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- Nathan Carvalhal
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1 Soluções
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7 São misturas de duas ou mais substâncias e do ponto de vista químico e físico, homogêneas. As soluções farmacêuticas são sempre líquidas e obtidas a partir da dissolução de um sólido ou líquido em outro líquido. Quando a dissolução é total, originando um sistema homogêneo, temos uma solução verdadeira. Quando a dissolução é parcial e a porção insolúvel pode ser desprezada, sem prejuízo para a preparação, diz-se que a solução originada é extrativa. Extratos
8 Fatores que influenciam na dissolução:
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10 -ph: dependendo do caráter ácido ou básico do soluto, há maior ou menor dissolução do mesmo em função do ph do solvente. -agitação: em geral, quanto maior a agitação, melhor a dissolução. -tamanho do soluto: quanto menor a partícula de soluto a ser dissolvido, melhor sua dissolução.
11 - temperatura: em geral, o aumento da temperatura facilita a dissolução. - uso de co-solventes facilitam a dissolução. Exemplos: álcool como co-solvente do metilparabeno em água.
12 Agitadores magnéticos, misturadores elétricos economizam tempo e ajudam a preparar produtos uniformes Um "spray" de álcool (etanol para soluções internas) ajuda a "quebrar" a espuma, ou um agente antiespumante como o silicone pode ser adicionado à preparação A filtração de um líquido pode ajudar na obtenção de produtos claros, límpidos Remover as barras magnéticas de dentro da vidraria onde o produto está sendo preparado, antes de completar o volume
13 Dissolver sais em uma quantidade mínima de água antes de adicioná-lo a um veículo viscoso Agitar constantemente quando misturar dois líquidos minimiza incompatibilidades devido aos efeitos da concentração Quando incorporar um material insolúvel, levigar o pó com uma pequena porção do veículo ou um líquido miscível com o veículo Agitar gentilmente e não chacoalhar o produto para evitar a formação de espuma Adicione líquidos de alta viscosidade a líquidos de baixa viscosidade com agitação constante
14 Sempre esteja atento ao ph e concentração alcoólica dos produtos preparados Quando filtrar, esteja atento sobre o que está sendo retido no filtro Quando selecionar um veículo, estudar a concentração do fármaco, solubilidade, pka, sabor e estabilidade. Considerações ou estudos sobre o veículo devem incluir ph, aroma e sabor, cor, conservantes, viscosidade, compatibilidade e, se indicado, agentes suspensores e emulsificantes.
15 Quando preparar elixires, dissolver os constituintes solúveis em álcool no álcool e os constituintes solúveis na água, em água. Adicione a solução aquosa à solução alcoólica, com agitação, para manter alta a concentração do álcool, o mais possível. Talco pode ser usado para remover óleos essenciais em excesso. Isso é obtido pela adição de 1-2 g de talco por 100 ml de solução e filtra-se. Durante a filtração, as primeiras porções do filtrado são devolvidas ao filtro até obtenção de um filtrado límpido (repassar o filtrado). Sistemas co-solventes, misturas de água, álcool, glicerina e propilenoglicol podem ajudar na clarificação de soluções que são pouco límpidas, devido a insolubilidade em água.
16 POP S Cálculo Pesagem Trituração Levigação Dissolução Filtração Envase
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19 Soluções Extrativas
20 TRANSFORMAÇÕES DAS PLANTAS MEDICINAIS Para alcançar sua ação medicinal, uma planta deve ser tratada de tal forma que se obtenham produtos derivados com ação específica. Com uma mesma planta, ou com a mesma parte da planta, pode-se preparar diversos derivados levando-se em consideração: o modo de preparação as propriedades físicas o aspecto as características organolépticas a concentração dos princípios ativos as propriedades farmacológicas sua finalidade
21 Classificação a)produtos obtidos por tratamentos mecânicos:» plantas empregadas in natura» pós vegetais» polpas» produtos líquidos obtidos por expressão (suco fresco de planta)
22 b) Produtos obtidos por ação do calor:» por destilação: - óleos essenciais - águas destiladas - alcoolatos
23 c) Produtos obtidos utilizando a ação de um solvente:» álcool alcoóleos: - tinturas - tinturas mães - alcoolaturas» água hidróleos: - infusos e decoctos» solução açucarada - sacaróleos: - xaropes e melitos» solventes diversos - vinhos: - cervejas - vinagres - óleos - propilenoglicol - glicerina
24 d) Produtos obtidos por concentração das soluções extrativas: - extratos fluídos - extratos moles - extratos secos
25 Hidrolatos
26 Freqüentemente, produtos secundários à preparação dos óleos essenciais, as águas destiladas, também conhecidas por hidrolatos, possuem grande quantidade de princípios voláteis como ácidos, aldeídos e aminas. São preparadas por simples destilação com vapor de água, e plantas frescas ou secas. As plantas rasuradas são maceradas por horas com uma quantidade relativamente grande de água e depois destiladas. A destilação é suspensa quando se obtém uma quantidade razoável de destilado. O excesso de essência é separado por decantação ou filtração.
27 Para preparação do hidrolato são utilizadas de preferência as plantas frescas.o Codex preconiza, por exemplo, para a água de hortelã a utilização de l.000 g de planta fresca ou 200 g de planta seca para obter g de hidrolato. Os hidrolatos de plantas aromáticas contém geralmente de 0,05 a 0,20 g de óleo essencial por litro. A conservação dos hidrolatos é delicada, pois contaminam-se com facilidade. Os hidrolatos são utilizados, por suas propriedades aromáticas, para a preparação de xaropes; e em cosmetologia, por suas propriedades adstringentes, calmantes e antipruriginosas, sob a forma de loções e cremes.
28 Alcoolatos
29 Os alcoolatos são preparados pela maceração com álcool das plantas frescas seguida por uma destilação. Atualmente a denominação alcoolato foi substituída no Codex por soluções alcoólicas de essências ou tinturas de essências.
30 O título do álcool utilizado estará na função dos princípios ativos a dissolver ou da textura do material a tratar. Em fito-aromaterapia utilizam-se as tinturas, as tinturas mãe, e as alcoolaturas.
31 Tinturas vegetais
32 As tinturas vegetais são preparadas à temperatura ambiente pela ação do álcool sobre uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas (tintura composta). São preparadas por solução simples, maceração ou percolação. A tintura simples corresponde a 1/5 do seu peso em erva seca, quer dizer que 200 g de erva seca permitem preparar g de tintura. Na maioria das vezes se utiliza um álcool a 60º G.L.
33 Existem algumas exceções, como as tinturas de materiais resinosos como o tolú, ou drogas ricas em essências ou resinas como boldo, canela, eucalipto, grindélia, ou ricas em mucilagens como casca de laranja amarga, onde o título do álcool é de 80º G.L. As drogas muito ativas (heróicas), como o acônito e a beladona são preparadas por percolação com álcool 70º G.L.. As tinturas de ópio e noz-vômica são preparadas por simples dissolução do extrato correspondente em um álcool a 70º G.L., obtendo-se um título final de aproximadamente 10 % de planta seca.
34 Tinturas-mãe
35 As tinturas-mãe são definidas como preparações líquidas resultantes da ação dissolvente de um veículo alcoólico sobre drogas de origem vegetal ou animal. As tinturas-mãe de drogas vegetais são obtidas pela maceração em álcool de diferentes títulos, da planta fresca, da planta fresca estabilizada ou, raramente, da planta seca. Correspondem a 1/10 de seu peso em droga desidratada, com algumas exceções como a calêndula e o mirtilo que correspondem a 1/20. As tinturas-mãe são mais utilizadas como forma galênica, na homeopatia.
36 Hidróleos
37 Os hidróleos são derivados obtidos pela dissolução em água de uma substância medicamentosa. Os hidróleos são obtidos por infusão, decocção ou maceração: a) Infusão A infusão é preparada jogando-se água fervente sobre as partes ativas do vegetal, geralmente as folhas ou as flores. É o modo tradicional de preparar o chá. Devese deixar as plantas dentro da água quente por 5 a 10 minutos, e depois filtrar. A quantidade de erva varia segundo a espécie,sendo normalmente de 5 g para cada 100 ml de água.
38 b) Decocção Na decocção, geralmente coloca-se a erva em água fria, que, em seguida, se aquece até a ebulição num recipiente fechado, deixando ferver por alguns minutos. Geralmente se aplica a drogas que apresentam princípios ativos de difícil extração por estarem contidos em partes lenhosas das plantas. c) Maceração É uma preparação líquida que requer longa imersão. Põe-se a planta em água fria, cobre-se o recipiente e deixa-se repousar em lugar fresco durante uma noite.
39 Extratos fluidos
40 Segundo a Farmacopéia Brasileira, os extratos fluidos são preparações oficinais, obtidas de drogas vegetais manipuladas, de forma que g de extrato contenham o equivalente a g de erva seca. Por não terem sofrido ação do calor, seus princípios ativos são exatamente os mesmos encontrados nos fármacos respectivos. Os extratos fluidos apresentam uma relação ponderal simples entre droga e extrato, o que facilita a posologia e a prescrição.
41 Extratos moles
42 Os extratos moles são soluções extrativas que possuem consistência de mel, que, quando dessecados a 105 ºC perdem entre 15 e 20 % de água
43 Extratos secos
44 Os extratos secos apresentam sob a forma de pó e perdem de 5 a 8 % de água. Os extratos secos podem ser facilmente manipulados, apesar de muito higroscópicos. A posologia é a mesma dos extratos moles. São conservados em recipientes herméticos, em presença de desidratantes e ao abrigo da luz.
45 Os extratos na fitocosmética
46 Os extratos glicólicos são indicados para aplicação em soluções aquosas, géis sem álcool, emulsões água/óleo e tensoativos (sabões,banhos de espuma, xampus). Extratos fluidos podem ser utilizados em soluções alcoólicas, géis com álcool e emulsões alcoólicas. Os extratos moles apresentam as mesmas aplicações do extrato fluido, com a vantagem de possuir uma concentração maior. Estes extratos podem ser facilmente diluídos antes do uso. Os extratos secos podem ser usados nos produtos para banho, como sais, e em máscaras cosméticas.
47 Xarope
48 São formas farmacêuticas aquosas, contendo cerca de dois terços de seu peso em sacarose ou outros açúcares. Os xaropes apresentam duas vantagens: correção de sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração. Os xaropes podem ser medicinais e/ou edulcorantes.
49 Suspensão
50 São formas farmacêuticas líquidas, constituídas de uma dispersão grosseira, onde a fase dispersa, sólida e insolúvel (fase interna) é distribuída em um líquido (fase externa). Podem receber várias denominações: mistura, gel, loção, magma e suspensão. Suspensões são formas farmacêuticas de sistema heterogêneo, cuja fase externa ou dispersante é líquida e a fase interna ou dispersa é constituída de substâncias sólidas insolúveis no meio utilizado.
51 Do ponto de vista galênico, interessa obter suspensões que não depositem rapidamente e que se possam reconstituir com facilidade por agitação. Interessa ainda que a redispersão operada por agitação origine um produto de aspecto homogêneo, em que não se observe a presença de quaisquer aglomerados de partículas. Os principais aspectos teóricos que devem ser considerados na preparação racional de suspensões, são os seguintes: flutuação das partículas suspensas, velocidade de sedimentação e forma de sedimentação. Agentes suspensores empregados: derivados da celulose, alginatos, líquidos viscosos, argilas, etc. As suspensões devem ser agitadas antes do uso.
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