DESEMPENHO DO SECTOR DA EDUCAÇÃO

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1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO Reunião Anual de Revisão Documento número 1.01/RAR14 DESEMPENHO DO SECTOR DA EDUCAÇÃO 2012 = Relatório = (Versão Final, 22/03/2013) MAPUTO, DE MARÇO DE 2013

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3 Índice Desempenho do Sector da Educação, 2012 (Relatório Conjunto, Versão Final) Aprovado na 14ª Reunião Anual da Revisão (RAR) - 22 de Março de Parecer geral Cumprimento das metas Os indicadores do QAD Os Indicadores da Matriz Estratégica Principais realizações Assuntos transversais (área de desenvolvimento administrativo e institucional) Assunto de atenção especial Execução financeira Desempenho dos parceiros Factores de (in) sucesso Recomendações... 8 Desempenho do Sector da Educação, Introdução Contextualização Limitações Evolução do sistema educativo Rede escolar Efectivos no Ensino Geral Professores no Ensino Geral Realizações por Programa Sectorial Ensino (pré-primário) Matriz Estratégica Tendências Áreas de atenção Ensino Secundário Geral Matriz Estratégica Tendências Áreas de atenção Alfabetização e Educação dos Adultos Matriz Estratégica Tendências I

4 3.3.3 Áreas de atenção Ensino Técnico-Profissional Matriz Estratégica Tendências Áreas de atenção Ensino Superior Matriz Estratégica Tendências Áreas de atenção Desenvolvimento Administrativo e Institucional Matriz Estratégica Tendências Áreas de atenção Desempenho dos parceiros Pontos fortes Pontos fracos Recomendações Anexo 1: Matriz Estratégica, Ensino (Pré-) Primário Alfabetização e Educação de Adultos Ensino Secundário Geral Ensino Técnico-Profissional Ensino Superior Desenvolvimento Administrativo e Institucional Anexo 2: Relatórios dos Grupos de Trabalho Sectorial Ensino (Pré-) Primário Sumário Desempenho do sector em Enfoque especial: Primeira Infância Assegurar que todas as crianças ingressem no ensino na idade certa (6 ou 7 anos) e completem a 7ª classe Melhorar o desempenho escolar dos alunos, sobretudo no que tange as competências de leitura, escrita, cálculo numérico e habilidades para a vida Melhorar a eficiência e eficácia de uso dos recursos disponibilizados ao ensino primário Avaliação do Desempenho Conclusões e Passos seguintes Alfabetização e Educação dos Adultos II

5 Desempenho do subsector Expansão do Acesso Melhoria da Qualidade do Ensino Desenvolvimento Institucional Conclusão Matriz Estratégica (Alfabetização e Educação de Adultos) Ensino Secundário Geral Valores observados nos indicadores da Matriz Estratégica Implementação das grandes acções de Classificação e justificação Pontos-chave a considerar no contexto do PES Ensino Técnico-profissional Desempenho do subsector Implementação das acções prioritárias do PEE em 2012 ao nível do Programa Sectorial Conclusões e passos seguintes Pontos-chave a considerar no contexto do PES Desenvolvimento Administrativo e Institucional Introdução Valores observados nos indicadores da Matriz Estratégica Contratação de novos professores Observância de padrões e indicadores de qualidade Execução financeira Implementação das acções prioritárias do PEE em 2012 ao nível do Programa Sectorial As realizações Factores de (in-) sucesso Conclusões e passos seguintes Apêndice 1: Execução do Orçamento do Sector, Execução orçamental global Apêndice 2: Execução orçamental do FASE, Orçamentação dos fundos do FASE FASE no REO Execução por projecto orçamental (e-sistafe) Comparação entre REO e a informação do MINED Fundos disponíveis em 2012 (Informação do MINED) III

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7 RELATÓRIO CONJUNTO DESEMPENHO DO SECTOR DA EDUCAÇÃO, 2012 (RELATÓRIO CONJUNTO, VERSÃO FINAL) APROVADO NA 14ª REUNIÃO ANUAL DA REVISÃO (RAR) - 22 DE MARÇO DE 2013 CONTRIBUIÇÃO PARA A REVISÃO ANUAL CONJUNTA ENTRE O GOVERNO DE MOÇAMBIQUE E OS PARCEIROS DE APOIO PROGRAMÁTICO A avaliação do desempenho do sector da Educação é feita na base do grau de cumprimento das metas dos indicadores de resultado, com o enfoque nos três indicadores do QAD, bem como da avaliação das realizações relativas à implementação das acções prioritárias da Matriz Estratégica do Plano Estratégica da Educação , aprovado pelo Conselho de Ministros (12 de Junho de 2012) e endossado pelos parceiros (17 de Setembro de 2012). 1. Parecer geral Em 2012 o desempenho do sector da Educação é considerado Misto 1. Dos três indicadores, um dos quais desagregado por sexo, não estava definida meta para 2012 para o indicador Percentagem de alunos da 3ª classe que atinge as competências básicas de leitura e cálculo do 1º ciclo do Ensino Primário. Para o indicador Taxa líquida de escolarização aos 6 anos na 1ª classe (ensinos público, privado e comunitário) a meta foi atingida para meninas mas não foi atingida, embora com progresso, para ambos os sexos. A meta do indicador Alunos por Professor no Ensino Primário do 1º Grau (1ª à 5ª classes) (ensino público, diurno) não foi atingida mantendo-se ao nível do valor observado em 2011 (vide Quadro 1). Em linha com a recomendação da Revisão Anual Conjunta de 2012 (RAC) o sector conseguiu avançar com a implementação do seu Plano Estratégico, cujas acções estão viradas para aumentar a retenção no sistema e melhorar a aprendizagem do aluno a todos os níveis, através de uma melhor gestão e boa governação do sistema. Destacam-se como progressos a criação de um sistema cada vez mais equitativo em termos de género, particularmente no ensino secundário, bem como os avanços na área dos processos de monitoria e avaliação do desempenho do aluno no ensino primário. 1 Na base da escala de classificação de três categorias da Revisão Anual Conjunta entre o Governo de Moçambique e os Parceiros de Apoio Programático a saber Satisfatório, Misto e Não satisfatório. 1

8 RELATÓRIO CONJUNTO Realce ainda para o aumento significativo do número de alunos ingressando nos vários níveis de ensino na idade certa. Permanecem contudo grandes desafios, particularmente na área da gestão do sistema a partir da escola, assegurando a presença dos professores e gestores nas escolas, a retenção do aluno até ao Ensino Secundário e o fortalecimento de um sistema que garanta uma boa governação dos recursos humanos, materiais e financeiros para uma maior eficiência e eficácia. 2. Cumprimento das metas 2.1 Os indicadores do QAD Como já foi referido no contexto da Reunião de Planificação em Setembro de 2012, o sector não cumpriu duas das suas metas, nomeadamente as metas da taxa de escolarização (total) aos 6 anos e do rácio alunos por professor, embora se tenham observado progressos relativamente ao ano anterior. Foi atingida a meta da taxa de escolarização aos 6 anos (sexo feminino). Quadro 1: Indicadores do QAD: Metas para e valores observados em 2011 e 2012 Indicador 1. Taxa líquida de escolarização aos 6 anos na 1ª classe (ensinos público, privado e comunitário) Total Valores observados Metas para 2012 e Meta Avaliação 70% 72% 73% Meta não atingida, com progresso relativo a 2011 Meninas 69% 71% 71% Meta atingida 73% 2. Percentagem de alunos da 3ª classe que atinge as competências básicas de leitura e cálculo do 1º ciclo do Progresso na área n.a. n.a. Ensino Primário do indicador 3. Alunos por Professor no Ensino Primário do 1º Grau (1ª à 5ª classes) (ensino público, diurno) Banco de itens elaborado, testagem dos instrumentos e itens Meta não atingida, estagnação relativamente a % Recolha de dados na área de competência: leitura O indicador Adopção de um sistema de avaliação de competências básicas foi alterado na Reunião de Planificação do QAD de Setembro de 2012 para Percentagem de alunos na 3ª classe que atingem as competências básicas de leitura e cálculo do 1º ciclo do Ensino Primário e, portanto, não tinha meta para Contudo foram verificados progressos assinaláveis nomeadamente a introdução das avaliações trimestrais elaboradas a nível distrital e a introdução e testagem de um sistema de avaliação diagnóstica e formativa, em forma experimental, de competências básicas de leitura do 1º ciclo, na Província e Cidade de Maputo (Provinha Já sei ler! ). Foram ainda elaborados o manual e os instrumentos de padrões e indicadores da qualidade 61 2

9 RELATÓRIO CONJUNTO para a escola primária e foi iniciada a preparação da avaliação de larga escala na área de leitura (testagem realizada em Setembro de 2012) para ser implementada em 2013 (conforme a meta estabelecida). O não cumprimento da meta do indicador Taxa de escolarização aos 6 anos (total) resultou principalmente da estagnação verificada em A meta previa um crescimento em 3 pontos percentuais (total) relativamente ao valor observado em Considerando o abrandamento do crescimento do número de alunos frequentando o Ensino Primário, em consequência da expansão verificada ao longo dos anos passados, este nível de crescimento anual foi optimista e pouco realista, considerando que a meta para as meninas apenas previa um crescimento em 2 pontos percentuais. O crescimento da taxa de escolarização aos 6 anos em 2 pontos percentuais relativamente a 2011 é positivo e resulta do enfoque dado pelo sector à entrada na 1ª classe na idade certa (6 ou 7 anos). Neste contexto salienta-se que a taxa líquida de escolarização aos 7 anos é já de cerca de 100%. A estagnação do rácio alunos por professor no EP1 resultou, por um lado, do crescimento do número de alunos no ensino primário (em comparação com o ano anterior) e, por outro lado, da contenção observada, por razões orçamentais, na contratação de novos professores (7.300 em 2012 contra em ). A meta de contratação de novos professores para o EP1 foi atingida. 2.2 Os Indicadores da Matriz Estratégica A Matriz Estratégica é composta de 38 indicadores e sub-indicadores 3 ao nível dos objectivos estratégicos. Apenas 60% dos indicadores (23) tinha metas estabelecidas para o ano Quadro 2: Cumprimento das metas, Matriz Estratégica, 2012 Indica Cumprimento das metas Programa Sectorial dores Não, Falta Total Sim Não Total Progr. de Info Ensino Primário Ensino Secundário AEA Ensino Técnico-Profissional Ensino Superior 5 0 Desenvolvimento Admin. e Institucional Total Não incluindo os professores para os níveis pós-primário contratados com financiamento do FASE em Alguns indicadores são desagregados por sexo ou por nível ou classe do ensino. 4 Indicadores com informação parcial. 3

10 RELATÓRIO CONJUNTO Foram cumpridas 11 metas com maior destaque na área de desenvolvimento administrativo e institucional. 10 metas não foram atingidas, uma das quais com progresso. Para 2 indicadores apenas existe informação parcial. 3. Principais realizações Ensino Pré-Primário e Primário Houve progressos em termos de ingressos dos alunos aos seis anos, bem como na redução das taxas de desistência, resultando numa melhor retenção dos alunos no EP1. Contudo, o decréscimo do número de alunos frequentando o EP2 pelo segundo ano consecutivo é preocupante e prejudicará melhorias na taxa de conclusão a curto e médio prazos. Houve progressos importantes na implementação das acções cruciais para melhorar a retenção na escola primária a médio e longo prazos como sendo a aprovação da estratégia na área de primeira infância, a implementação do piloto da reforma do programa de formação inicial dos professores, a introdução do piloto do programa de alimentação escolar, a expansão do Programa de Atendimento Alternativo (ensino à distância) no EP2 e os avanços na área de monitoria e avaliação de competências básicas dos alunos do ensino primário. Contudo, continuam os atrasos, entre outros, na implementação do programa de construção acelerada, bem como na expansão do ensino bilingue que aguarda os resultados da avaliação do programa piloto. Ensino Secundário Embora as metas para as taxas brutas de escolarização não tenham sido atingidas, principalmente devido à redução do número dos graduados da 7ª classe, houve avanços em termos das taxas líquidas e equidade de género: cada vez mais jovens e mais raparigas continuam a sua educação na escola secundária (diurno). Houve progressos na melhoria das condições do ensino secundário através da conclusão de 5 escolas secundárias e mais 3 que estavam na fase final de conclusão e no equipamento das escolas com novas tecnologias e material multimédia, bem como através da distribuição de livros e materiais didácticos para as bibliotecas escolares. Contudo, as taxas de aproveitamento (10ª classe) continuam a baixar. Os poucos progressos nas áreas da reforma curricular e da formação e capacitação dos professores são preocupantes. 4

11 RELATÓRIO CONJUNTO Alfabetização e Educação de Adultos Registaram-se progressos em termos da revisão do livro para o programa único de alfabetização, na produção e distribuição dos livros e materiais didácticos e na capacitação dos alfabetizadores. Aumentou ainda o número de parcerias com outros intervenientes nesta área, nomeadamente confissões religiosas e ONGs. Permanece o desafio de obtenção de informação completa sobre o número de beneficiários dos vários programas na área de AEA, particularmente nos programas providos por outros provedores que não o MINED. Ensino Técnico-profissional Continuou a transformação de escolas elementares em escolas profissionais e básicas em institutos médios. Nesta perspectiva foram reabilitadas e apetrechadas 21 instituições do ETP, criados/construídos 11 Centros de Formação Profissional e 6 Centros Comunitários de Desenvolvimento de Competências (CCDCs). Ainda foram formados cerca de jovens em cursos de curta duração. A implementação da reforma continua através da introdução das novas qualificações em mais 4 instituições e da aprovação e implementação do regulamento específico para as instituições que introduziram as novas qualificações. Foi ainda reforçada a produção escolar em todas as instituições. Uma melhor coordenação entre os vários intervenientes é prejudicada pelos atrasos na aprovação do pacote legislativo da reforma que inclui o financiamento ao sector, a participação do sector privado na provisão e gestão da ETP, a autonomia das escolas e o estabelecimento do órgão regulador da formação profissional. Ensino Superior Continuou-se a expansão do Ensino Superior através da aprovação de duas novas Instituições de Ensino Superior. Foi lançado, em fase piloto, o curso de Capacitação à Distância para aumentar o acesso e retenção no Ensino Superior e foram assegurados e processados bolsas para 640 bolseiros, priorizando o corpo docente das IESs. Embora tenham tido lugar sessões de auscultação, sensibilização e divulgação da Estratégia de Financiamento do Ensino Superior e sobre a implementação do Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos Académicos, a estratégia de financiamento ainda não foi aprovada. A sua implementação exigirá um sistema sólido do controlo e inspecção da qualidade das IESs. Foram realizadas várias missões inspectivas. 5

12 RELATÓRIO CONJUNTO 4. Assuntos transversais (área de desenvolvimento administrativo e institucional) Equidade de género O sector continua a fazer progressos em termos de equidade de género no acesso e retenção no ensino geral, particularmente em termos de novos ingressos nas escolas primárias e secundárias. Contudo, continuam a existir grandes diferenças entre as províncias, principalmente a partir do EP2. Nestes níveis, na zona sul, a paridade de género está acima de 1 (há mais meninas nas escolas que meninos), enquanto na zona centro a paridade está abaixo de 0,85. A não realização da meta de contratação de professoras que coincide com a redução do número de alunas que ingressam nos IFPs é preocupante e coloca a necessidade de reflectir melhor sobre as causas e de como corrigir esta situação. Integração de assuntos transversais O Plano Estratégico promove uma abordagem de integração. Nesta perspectiva, em 2012, é de destacar a integração dos assuntos de HIV e SIDA e saúde sexual e reprodutiva no currículo de novo modelo de formação de professores, bem como a implementação do Programa de Assistência Social que está tendo sucesso na reintegração e retenção dos docentes no local do trabalho. Para avançar ainda mais, o Ministério, em parceria com UP-CEEP, está a desenvolver um instrumento que irá orientar a abordagem dos temas transversais no sector ao nível de gestão e implementação. Retenção e motivação dos recursos humanos Os recursos humanos do sector da educação são o seu melhor e maior recurso. A sua retenção no sistema é crucial para atingir os grandes objectivos do sector e depende muito das condições do seu recrutamento e contratação, bem como da sua capacitação e motivação que ultrapassam o sector da educação. Seria importante continuar, ao nível do sector público, as reformas viradas para melhorar a qualidade e quantidade dos seus quadros. Boa governação No contexto da implementação do plano de combate à corrupção, o sector prosseguiu a implementação da reforma dos exames e da distribuição do livro escolar gratuito assim como na divulgação do processo de matrículas através de uma maior divulgação de informação. Na área de gestão dos recursos humanos e financeiros foram realizadas sessões de capacitação. A Inspecção, nas suas missões inspectivas de natureza administrativa, deu especial atenção às áreas de maior risco tais como o programa ADE 6

13 RELATÓRIO CONJUNTO e o programa de construção acelerada de salas de aula. Foi ainda descoberto um caso da fraude ao nível central, em Novembro de 2012, que foi reportado às entidades competentes e que está actualmente em investigação. 5. Assunto de atenção especial Foi identificado como assunto de atenção especial do Governo no contexto da RAC de 2012 Acelerar a implementação do Plano Estratégico do sector de Educação com particular realce para a melhoria da qualidade de ensino, de modo a responder ao principal desafio da aprendizagem dos alunos a todos os níveis, no que diz respeito às competências básicas de leitura, escrita e aritmética no ensino primário". O PEE foi formalmente aprovado pelo Conselho de Ministros (12 de Junho de 2012) e endossado pelos parceiros a 17 Setembro de No centro deste plano está a aprendizagem do aluno do ensino primário em termos de obter as competências críticas na área de leitura, escrita e aritmética. Como já referido acima, houve progressos significativos na implementação do PEE nesta perspectiva. Apesar de que os resultados apenas serão visíveis (através dos indicadores) a médio prazo, este assunto foi devidamente atendido pelo Governo. 6. Execução financeira Embora os dados constantes nos diferentes mapas do REO, bem como ao nível do sector, nem sempre seguem a mesma classificação e, portanto, não são directamente comparáveis, os mesmos mostram que a execução financeira melhorou em termos de percentagem e volume da despesa como se pode verificar no Quadro 3. Quadro 3: Execução orçamental, sector da educação, REO 2012 (em milhões de Meticais) Referência / REO Orçamento Despesa % Exec. Orçamento Despesa % Exec Quadro % % 2% Quadro % % 10% Fonte: REO 2012, quadros 14 e 15. A melhoria na taxa de execução do orçamento em 2012 resultou da melhoria na execução da fonte externa (reportada no REO), principalmente dos fundos do FASE, que passou de 69% para 80% (Quadro 9 do REO 2012). O aumento da despesa foi, em grande parte, motivado pelo aumento da despesa de funcionamento, fonte interna, em aproximadamente 13% (veja o relatório do Programa Sectorial de Desenvolvimento Administrativo e Institucional para mais detalhes). 7

14 RELATÓRIO CONJUNTO 7. Desempenho dos parceiros O desempenho dos parceiros é avaliado como Misto. Continuou o bom relacionamento que se destacou no envolvimento e endossamento do Plano Estratégico da Educação pelos parceiros, no diálogo técnico e estratégico através dos grupos do trabalho, assim como na assinatura dos novos Termos de Referência do Diálogo e do novo Memorando de Entendimento do FASE por 10 parceiros. Ao mesmo tempo, apenas 73% do valor comprometido para o FASE foi desembolsado e o número de encontros, estudos e projectos bilaterais aumentou significativamente aumentando os custos de transacção do lado do MINED. Um parceiro retirou-se do sector de forma imprevista. 8. Factores de (in) sucesso Contribuiu para as realizações do sector em 2012, em primeiro lugar, a aprovação e endossamento do Plano Estratégico da Educação que mostra o compromisso político para com o desenvolvimento do sector. O PEE apresenta um quadro lógico amplamente consensualizado para a programação e acompanhamento da implementação das actividades do sector aos vários níveis. Os desenvolvimentos verificados na área de planificação operacional, plurianual e integrada, facilitaram a preparação de planos e orçamentos mais realistas e com maior coordenação. Contudo, a (falta de) capacidade humana é um dos grandes constrangimentos para um melhor desempenho. Entre outros, a não-contratação de novos quadros não-docentes tem um impacto negativo na boa gestão do sistema, principalmente ao nível dos distritos. Continuam a verificar-se atrasos nos processos de aquisições. É esperado que o reforço da UGEA, que se materializou ao longo de 2012, terá um impacto positivo em Recomendações Fortalecer a capacidade do sector na implementação do seu plano estratégico; Reforçar a gestão e o controlo interno ao nível do sistema a partir da escola e do distrito incluindo a criação da inspecção distrital; Assegurar a realização da avaliação de competências básicas nacionalmente representativa em 2013; Elaborar uma estratégia sustentável para a expansão do ensino bilíngue na base da avaliação em curso; Investigar as razões da diminuição do número de alunos a frequentar o EP2 e assegurar uma atenção especial no contexto do plano de 2014; Criar oportunidades educativas diversificadas para os jovens fora da escola; 8

15 RELATÓRIO CONJUNTO Dar mais enfoque ao envolvimento e coordenação com o sector privado na provisão e financiamento do ensino pós-primário, particularmente do ETP; Acelerar a revisão/conclusão e implementação das reformas curriculares nos diferentes níveis de ensino com vista a melhorar a qualidade e relevância do ensino, assegurando a sustentabilidade da sua implementação. Contratação de pessoal não-docente para as áreas de gestão financeira, gestão de recursos humanos e de aquisições, particularmente para o nível distrital. Maputo, 22 de Março de 2013.= 9

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17 INTRODUÇÃO DESEMPENHO DO SECTOR DA EDUCAÇÃO, Introdução 1.1 Contextualização O ano 2012 foi o primeiro ano da implementação do Plano Estratégico da Educação , que foi aprovado pelo Conselho de Ministros no dia 12 de Junho de 2012, e endossado pelos parceiros do Ministério na reunião do Grupo Conjunto de Coordenação Alargado (GCC-Alargado) de 17 de Setembro Para garantir uma implementação eficaz e eficiente, o PEE prevê um acompanhamento contínuo aos diferentes níveis, envolvendo diferentes entidades e parceiros, e na base de uma diversidade de instrumentos. No contexto do diálogo entre o MINED e os seus parceiros, foi acordada a Matriz Estratégica do PEE como base para a avaliação anual e conjunta do desempenho do sector. A Matriz Estratégica resume, por programa sectorial, os objectivos e as acções prioritárias desenhadas para o seu alcance, bem como os indicadores de resultado e as suas respectivas metas para monitorar a sua implementação. A Matriz Estratégica do PEE é um instrumento chave na planificação e monitoria dos planos e orçamentos anuais do sector. O PEE, e subsequentemente os planos e orçamentos anuais, seguem a estrutura de programação por Programa Sectorial que foi introduzido no sector em Este relatório fornece um resumo do desenvolvimento do sector em 2012, através do grau de cumprimento das metas dos indicadores de resultado, com o enfoque nos três indicadores do QAD 5, bem como da avaliação das realizações relativas à implementação das acções prioritárias definidas na Matriz Estratégica. Como fonte da informação foram usados os seguintes documentos: BdPES e REO 2012; Relatórios de Supervisão Integrada e de outras visitas conjuntas; 5 A avaliação anual do desempenho do sector enquadra-se no processo da Avaliação Conjunta entre o GdM e os PAPs no contexto da monitoria da implementação do PARP

18 INTRODUÇÃO Os dados estatísticos do sector (aproveitamento 2011, levantamento escolar 2012); Os relatórios dos grupos de trabalho sectoriais; A Matriz Estratégica preenchida assim como os relatórios dos Grupos de Trabalho constam em anexo a este documento. 1.2 Limitações O PS e OE 2012 foram elaborados tendo como base as primeiras versões do PEE disponíveis na altura. Considerando que os indicadores e metas, bem como as notas técnicas da Matriz Estratégica apenas foram acordados no GCC-Alargado de 17 de Setembro 2012 o plano e orçamento do 2012 não ficou completamente alinhado com as acções prioritárias definidas na Matriz Estratégica do PEE. Algumas metas não estavam ainda definidas para 2012 e, em alguns casos, os valores da linha de base eram diferentes por se ter usado um outra maneira para calcular o indicador. Excepção são os três indicadores do Quadro de Avaliação do Desempenho (QAD) que são a base do diálogo entre o Governo de Moçambique e os PAPs no contexto da monitoria da implementação do PARP. Assim, pelas razões acima expostas, o enfoque deste relatório sobre o desempenho em 2012 é mais no progresso feito relativamente ao ano anterior ao nível dos indicadores da Matriz Estratégico, e menos no alcance ou não das metas de

19 EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO 2. Evolução do sistema educativo 6 NB: Podem-se observar diferenças entre os números constantes no BdPES e os números apresentados neste documento. O BdPES apenas se refere ao ensino público, enquanto no contexto do PEE e dos indicadores de cobertura, os números referem-se a todos os ensinos (público, comunitário e privado). Como se pode verificar no Quadro 10, a contribuição do ensino privado em termos de proporção de alunos que o frequentam, não se alterou significativamente ao longo dos últimos anos. Assim, apesar das diferenças dos números entre este documento e o BdPES as tendências observadas são similares ou idênticas. Este documento é um documento complementar ao BdPES. Complementa também os relatórios sobre o Balanço dos Efectivos e sobre o Aproveitamento Escolar que o Ministério anualmente apresenta na Reunião Nacional de Planificação (Junho). A fonte da informação é a base de dados das estatísticas do MINED (domínio público). 2.1 Rede escolar 7 A rede escolar continuou a crescer com maior destaque para o Ensino Primário do 2º grau, mostrando progresso contínuo na transformação das EP1s em EPCs. Pode-se ainda observar uma transformação gradual das escolas básicas do Ensino Técnico-Profissional em favor das escolas profissionais e dos institutos técnicos médios. A contribuição do sector privado, na provisão dos serviços educativos, é significativa no ensino pós-primário (Ensino Técnico-Profissional cerca de 40%, Ensino Superior - mais de 50%, Ensino Secundário Geral do 1º ciclo (ESG1) - 23% e Ensino Secundário Geral do 2º ciclo (ESG2) - 38% em 2012). No Ensino Primário, e também no ESG1, a rede escolar privada (incluindo as escolas comunitárias) reduziu comparativamente a Em resumo, o Quadro 7 mostra que entre 2011 e 2012, aumentou o número de escolas, de salas de aula, de salas por escola, bem como o número de alunos no ensino público, enquanto o número de alunos por sala de aula reduziu ligeiramente. 6 O enfoque é no Ensino Geral, onde existe mais informação estatística, na assumpção de que é importante dar uma visão global, que não surge necessariamento apenas através do tratamento dos indicadores da Matriz Estratégica. 7 A referência aqui são os níveis do ensino leccionados nas escolas, e não os edifícios. 13

20 EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO Quadro 4: Rede escolar, Ensino Geral, turno diurno, , ensino público, privado e comunitário Ensino Público Nível 2010/ 2011/ EP % 3% EP % 15% ES % 4% ES % Ensino Comunitário e Privado Nível 2010/ 2011/ EP % -8% EP % ES % -9% ES % 8% Quadro 5: Rede escolar, Ensino Técnico-Profissional, diurno, Público Total % Público Público Total % Público Público Total % Público Escolas profissionais % % % Escolas básicas % % % Institutos médios % % % Total % % % Quadro 6: Rede escolar, Ensino Superior, público e privado, Anos lectivos Crescimento / 2012/ Ensino público % 0% Ensino privado % 8% Total % 5% Quadro 7: Escolas, salas de aula e alunos no Ensino Público, Província Escolas Salas Alunos S/E A/S Escolas Salas Alunos S/E A/S Inhambane , ,1 87 Niassa , ,0 88 Gaza , ,6 88 Manica , ,3 95 Tete , ,1 96 Nampula , ,4 97 Cabo Delgado , ,5 101 Sofala , ,4 115 Zambézia , ,2 116 Maputo , ,6 127 Cidade de Maputo , ,5 171 Total , ,2 104 S/E: Número médio de salas de aula por escola A/S: Número médio de alunos por sala de aula 2.2 Efectivos 8 no Ensino Geral Em 2012, o número dos alunos que frequenta o ensino geral (diurno) cresceu relativamente ao ano 2011 (diurno), com maior destaque no ensino secundário 2º ciclo (Quadro 8). O número de alunos frequentando o EP2 registou um decréscimo pelo segundo ano consecutivo, o que é preocupante. 8 Os efectivos dos outros tipos de ensino são tratados nos respectivos programas sectoriais. 14

21 Zambézia Sofala Nampula Cabo Delgado Manica Niassa Tete Maputo Gaza Inhambane Cidade de Maputo EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO A proporção de alunos frequentando as escolas privadas e comunitárias permaneceu constante (Quadro 10). Relativamente ao nocturno, notou-se uma redução do número de alunos, particularmente no EP2. A paridade de género continuou a melhorar, particularmente no Ensino Secundário, e ao nível dos novos ingressos no Ensino Primário e Secundário na idade certa. Figura 1: Percentagem das raparigas no Ensino Geral, 2012, por província 60% 55% EP1 ESG1 EP2 ESG2 50% 45% 40% 35% Quadro 8: Evolução dos efectivos escolares no ensino geral, diurno (ensino público, privado e comunitário, ) Anos lectivos Crescimento (totais) / 2012/ Meninas Totais Meninas Totais Meninas Totais EP ,3% 2,6% EP ,5% -1,2% ES ,4% 1,1% ES ,1% 6,3% Total ,3% 2,0% Quadro 9: Evolução dos efectivos escolares no ensino geral, nocturno (ensino público, privado e comunitário, ) Anos lectivos Crescimento / 2012/ Meninas Totais Meninas Totais Meninas Totais EP ,7% -16,4% ES ,0% -4,8% ES ,3% -1,8% Total ,8% -6,2% 15

22 EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO Quadro 10: Evolução da proporção de alunos frequentando o ensino privado e comunitário (diurno e nocturno), EP1 1,5% 1,5% 1,4% EP2 2,2% 2,2% 2,1% ESG1 8,7% 9,7% 9,9% ESG2 12,4% 12,7% 13,0% Total 2,8% 3,0% 2,9% Quadro 11: Evolução da paridade de género no ensino geral (ensino público, diurno, ) Nível Aos 6 anos, 1ª classe 0,98 0,98 0,98 EP1 0,91 0,91 0,91 EP2 0,86 0,86 0,87 Aos 13 anos, 8ª classe 1,15 1,25 1,25 ES1 0,86 0,90 0,91 ES2 0,76 0,84 0,88 Total 0,89 0,90 0,91 A Figura 2 mostra que as taxas líquidas de escolarização no ensino geral melhoraram em 2012, enquanto as taxas brutas estagnaram ou mesmo reduziram (EP2). Esta tendência revela que o sistema educativo está a beneficiar cada vez mais os alunos na idade certa. Figura 2: Taxas de escolarização liquida e bruta, EP1, EP2, ESG1 140% EP1 140% EP2 140% ESG1 140% ESG2 120% 120% 120% 120% 100% 100% 100% 100% 80% 80% 80% 80% 60% 60% 60% 60% 40% 20% 0% TaxESc_Bruta TaxEsc_Liquida % 20% 0% % 20% 0% % 20% 0% Professores no Ensino Geral Embora o crescimento em 2012 de novos professores tenha sido inferior ao observado no ano anterior, o número de professores continua a crescer acima do crescimento dos alunos, o que tem contribuído para a melhoria dos rácios de alunos por professor e por turma tal como se pode verificar no Quadro

23 EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO Quadro 12: Número de professores no Ensino Geral, , ensino público, diurno Anos lectivos Crescimento Nível / 2012/ Mulher Totais %M Mulher Totais %M Mulher Totais %M EP % % % 5% 3% EP % % % 5% 4% ESG % % % 6% 10% ESG % % % 18% 11% Total % % % 5% 4% Quadro 13: Rácios de alunos por professor e alunos por turma, Ensino Geral, , ensino público, diurno Alunos/Professor Alunos/Turma EP1 66,2 62,9 62,7 50,2 50,9 50,7 EP2 37,2 35,0 33,4 52,1 50,9 49,5 ESG1 45,2 44,8 41,3 64,3 63,4 60,1 ESG2 31,3 28,4 28,5 61,3 57,5 53,9 17

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25 Conceito do sistema de avaliação de competências básicas elaborado e aprovado, instrumentos pré-testados Banco de itens elaborado, teste dos instrumentos e itens ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO 3. Realizações por Programa Sectorial NB: Conforme as Notas Técnicas: Os indicadores de cobertura (taxas de admissão, escolarização) referem-se a todos os ensinos (público, comunitário, privado, diurno e nocturno) na base dos dados do 3 de Março do ano em avaliação (2012); Os indicadores de transição e progressão (taxas de desistência, repetição, aproveitamento) referem-se ao ensino público (diurno e nocturno), à transição do ano anterior ao ano em avaliação (2011/2012). 3.1 Ensino (pré-primário) Matriz Estratégica Indicador de Resultado Base 2011 Meta d Número de crianças matriculadas no Ensino Pré-escolar 1.a Taxa líquida de escolarização aos 6 anos na 1ª classe 1.b Percentagem de alunos da 3ª classe que atinge as competências básicas de leitura e cálculo do 1º ciclo do Ensino Primário Valor Obs Avaliação HM N.A. M N.A. HM 70% 73% 72% Não atingida, com progresso M 69% 71% 71% Atingida N.A Progressos 1.c Rácio alunos/professor (EP1) Não atingida Dos seis indicadores, 3 não tinham metas estabelecidas para o ano Dois dos indicadores estão ligados à área da primeira infância. Em 2012 foi aprovado o financiamento para o projecto-piloto e começou a preparação da sua implementação a partir de O indicador de qualidade foi revisto e reformulado (GCC-Alargado de 17 Setembro 2012) sem meta para Contudo, registaram-se grandes progressos nesta área: em 2011 foi elaborado o conceito do sistema de avaliação, bem como os instrumentos que já foram pré-testados. Está em curso a formação dos técnicos do INDE, CNECE e DINEP na concepção de instrumentos e gestão de todo o processo de avaliação a larga escala. Está prevista a realização da avaliação nacional em Agosto 2013 que vai estabelecer a linha de base. Foi ainda aplicado em 2012, pela 2ª vez, a Provinha Já sei Ler! em 44 escolas da Província e da Cidade de Maputo. 19

26 ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Dos três indicadores com metas, duas não foram atingidas: A taxa de escolarização aos 6 anos (total) situou-se nos 72% em 2012 (70% em 2011) contra os 73% programados mas com progresso relativo ao ano anterior; A taxa de escolarização aos 6 anos (para Raparigas) situou-se nos 71% em 2012 (69% em 2011) tendo sido alcançada a respectiva meta; O rácio alunos por professor registado foi de 63/1 em 2012 contra os 62/1 planificados. Em 2011, este rácio foi de 63/1. A meta não foi cumprida, tendo-se observado uma estagnação relativamente a O não cumprimento da meta do indicador taxa de escolarização aos 6 anos (total) resulta principalmente da estagnação verificada em A meta previa um crescimento em 3 pontos percentuais (total) em comparação com o valor observado em Considerando o abrandamento do crescimento do número de alunos frequentando o Ensino Primário, em consequência da expansão verificada ao longo dos anos passados, este nível de crescimento anual é muito optimista. O crescimento da taxa de escolarização aos 6 anos em 2 pontos percentuais relativamente a 2011 (total e para as raparigas) é positivo e resulta do enfoque dado pelo sector à entrada na 1ª classe na idade certa (6 ou 7 anos), entre outros, através da realização das acções de sensibilização aos vários níveis. Neste contexto refira-se que a taxa líquida de escolarização aos 7 anos é já de cerca de 100%. A estagnação do rácio alunos por professor resultou, por um lado, do crescimento do número dos alunos no ensino primário e, por outro lado, da contenção na contratação de novos professores (7.300 em 2012 contra em ), associada à necessidade de alocar novos professores ao ensino secundário depois da concentração no Ensino Primário nos últimos anos Tendências Decréscimo na taxa de conclusão O Quadro 14 mostra uma redução na taxa de conclusão em 2011, apesar de se ter observado uma ligeira melhoria na taxa de promoção no mesmo ano. Quadro 14: Taxa de conclusão e promoção, 7ª classe, Conclusão Promoção Raparigas 43% 45% 44% 65% 62% 63% Rapazes 53% 54% 51% 65% 62% 63% Total 48% 49% 47% 65% 62% 63% 9 Esse número não inclui os professores contratados em 2011 com os fundos do FASE e absorvidos pela fonte interna em

27 ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO O decréscimo pode ser explicado pelo aumento da taxa de desistência desde 2008 em todas as classes, como se pode verificar no Quadro 18, o que tem contribuído para que menos alunos cheguem à 7ª classe. A taxa de conclusão resulta do fluxo dos alunos no sistema: o seu ingresso na escola, a sua progressão de uma classe para a outra e a sua graduação no fim do Ensino Primário. O documento sobre a Evolução das taxas de conclusão do Ensino Primário, de Julho 2012, analisa com mais detalhe a evolução das taxas de conclusão ao longo dos últimos anos, através dos indicadores subjacentes tais como as taxas de ingresso, de desistência, de repetição e de aproveitamento. Em 2012 o sector continuou a implementação dos seus programas orientados para evitar a desistência e melhorar a retenção no sistema, com maior destaque nas actividades de sensibilização dos pais e comunidades sobre a importância da educação, medidas de protecção social (ADE, alimentação escolar) e intervenções na área da Educação Inclusiva. As intervenções do sector estão viradas para melhorar o desempenho escolar através da distribuição do livro escolar, o desenho do plano de acção de Leitura e Escrita, as capacitações dos professores no contexto do programa de ensino bilingue, a introdução do novo modelo de formação inicial do professor, entre outros. Destaque-se ainda a capacitação dos gestores escolares. Para mais informação sobre a implementação das acções prioritárias, veja o Anexo 2. Quadro 15: Nº de alunos por classe, Anos lectivos Crescimento Classe / 2012/ ª % 3% 2ª % 3% 3ª % 3% 4ª % 2% 5º % 0% 6ª % -2% 7ª % -3% Total % 2% Contudo, mesmo que a retenção dos alunos na Escola Primária continue a melhorar nos próximos anos, observar-se-á uma estagnação na taxa de conclusão a médio-prazo, resultando principalmente do aumento da desistência até Nesta perspectiva o decréscimo do número de alunos frequentando o EP2 pelo segundo ano consecutivo é preocupante. 21

28 N º de alunos Nº de alunos ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Progresso no ingresso na idade certa Como já referido, registou-se progresso no ingresso na escola na idade certa. A Figura 2 (página 16) mostra que a taxa líquida no EP1 está já próxima dos 100%. A Figura 3 indica que quase todas as crianças com 7 anos frequentam a escola. Figura 3: Taxas de escolarização aos 6 e 7 anos Escolarização aos 6 anos 73% Escolarização aos 7 anos 101% % % % % % Raparigas 67% % Rapazes TaxaEsc, Total TaxaEsc, Raparigas Contudo, o Quadro 16 mostra que ainda há um número considerável de crianças com 8 anos que frequenta a 1ª classe. Analisando a evolução de taxas bruta e líquida de escolarização no EP1 e EP2 (Figura 2) pode-se deduzir que uma criança que conclui o EP1 na idade certa tem maior probabilidade de continuar para a 6ª classe comparativamente àquelas que o concluem com idade mais avançada. Quadro 16: Estrutura etária, 1ª classe, raparigas e totais, todos os ensinos Idade Meninas Total % M Meninas Total % M Meninas Total % M % % % % % % % % % > % % % TOTAL % % % % % 68% 70% 69% 71% 70% 22

29 ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Equidade na participação A paridade de género continuou alta e melhorou no EP2. Como se pode verificar no Quadro 11 (página 16) o índice de paridade é de quase 1 na 1ª classe aos 6 anos. Contudo permanecem grandes diferenças entre as províncias. A Figura 4 mostra que o número de crianças órfãs (de ambos os país) na escola está a reduzir desde 2009, quer em número absoluto, quer em percentagem do total de alunos no Ensino Primário. Deve-se investigar se isto resulta da redução do número total de órfãos ou se resulta de uma tendência de aumento da exclusão dos mais vulneráveis. Figura 4: Participação dos órfãos no Ensino Primário, todos os ensinos, Nº Orfãos (ambos pais) na escola % total dos alunos 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% Equidade na alocação de professores Embora o rácio médio (nacional) de alunos por professor tenha estagnado, as províncias com rácios mais altos (Zambézia e Nampula) continuam a beneficiar da alocação de novos professores em números significativos que se traduzem na diminuição do rácio de alunos por professor. Contudo, a priorização das províncias da Zambézia e de Nampula no que toca à alocação de professores teve como consequência que os rácios tenham piorado em algumas províncias, nomeadamente nas províncias de Maputo e de Niassa. Existem ainda grandes diferenças entre as províncias e entre distritos de uma mesma província, como se pode verificar no exemplo da Província de Maputo (Figura 5) que localiza claramente o problema dos altos rácios na Cidade de Matola. 23

30 Boane Cidade da Matola Magude Manhiça Marracuene Matutuíne Moamba Namaacha ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Quadro 17: Rácios alunos por professor (EP1), , por província Província Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Cidade de Maputo Total Está em curso o processo para a racionalização do uso de professor no EP2. Contudo, o rácio alunos por professor continua a diminuir como se pode verificar no Quadro 13 (página 17). Essa redução pode ter sido influenciada pela redução do número dos alunos no EP2 comparativamente ao incremento previsto para o ano 2012 que foi a base para a alocação de professores. Figura 5: Rácio de alunos por professor, EP, 2012, Província de Maputo Medio: 56 A/P - EP1 A/P - EP Áreas de atenção Na base de análise do cumprimento das metas e das tendências observadas ao longo dos últimos anos, destacam-se as seguintes áreas que merecem maior atenção: A transição de EP1 para EP2: apesar dos progressos em termos de expansão da rede escolar ao nível do EP2, o número de alunos neste nível está a diminuir. Esta tendência afectará negativamente a evolução da taxa de conclusão. Deve-se investigar as razões principais atrás deste fenómeno e considerar estratégias para alterar esta tendência 24

31 ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO negativa, eventualmente beneficiando da experiência do Programa de Atendimento Alternativo para o EP2, entre outros. A racionalização da utilização dos professores no Ep2: nos próximos anos, a contratação dos novos professores não deverá aumentar substancialmente. Considerando as grandes necessidades de outros níveis do ensino, o volume de contratação de docentes para o Ensino Primário poderão não ser suficiente para sustentar a diminuição dos rácios de alunos por professor nos padrões actuais de utilização dos docentes no EP2. Operacionalização das reformas complexas: Apesar dos progressos feitos na implementação das acções prioritárias houve alguns atrasos na implementação de algumas acções prioritárias importantes, nomeadamente a implementação do programa de construção acelerada (nova abordagem), a preparação da expansão do ensino bilingue, a capacitação de professores em serviço e a reforma do currículo no EP2, o que pode influenciar negativamente os resultados a médio-prazo. 25

32 Quadro 18: Fluxo dos alunos pelo sistema, EP, , ensino público, comunitário, privado Classes Alunos no início do ano (3 de Março) 1ª classe ª classe ª classe ª classe º classe ª classe ª classe Total Repetentes 1ª classe ª classe ª classe ª classe º classe ª classe ª classe Total Repetentes Taxa de promoção 1ª classe 62,2% 64,1% 79,6% 82,0% 85,7% 83,3% 81,6% 81,3% 77,5% 80,0% 2ª classe 65,1% 68,9% 74,5% 78,9% 81,5% 82,2% 77,6% 77,4% 74,2% 75,9% 3ª classe 63,7% 66,6% 84,6% 86,1% 86,2% 86,0% 83,9% 83,2% 79,6% 82,2% 4ª classe 67,0% 69,2% 73,5% 84,6% 85,7% 83,6% 81,2% 79,3% 74,8% 75,7% 5º classe 62,0% 71,6% 75,6% 77,3% 73,3% 74,4% 68,2% 67,4% 65,0% 65,8% 6ª classe 66,5% 80,6% 91,1% 93,9% 91,9% 91,3% 88,2% 88,6% 83,0% 83,7% 7ª classe 60,4% 57,1% 74,4% 70,2% 69,2% 72,7% 69,5% 65,3% 62,3% 62,7% Taxa de promoção, EP, média 64% 68% 79% 82% 82% 82% 79% 78% 74% 75% Taxa de repetição 1ª classe 25,0% 23,6% 7,8% 3,6% 3,6% 3,1% 3,3% 3,7% 3,3% 3,4% 2ª classe 23,8% 22,8% 17,3% 8,2% 9,0% 8,1% 10,1% 10,5% 10,7% 11,0% 3ª classe 24,0% 23,3% 7,4% 4,4% 4,3% 4,5% 4,8% 5,2% 4,9% 4,9% 4ª classe 20,8% 20,4% 16,6% 3,5% 4,5% 4,2% 4,8% 5,3% 5,0% 5,0% 5º classe 18,5% 19,5% 16,4% 9,4% 13,2% 12,6% 15,2% 15,1% 15,2% 15,0% 6ª classe 20,5% 23,5% 3,0% 1,6% 2,1% 2,3% 3,1% 3,6% 3,6% 3,7% 7ª classe 24,2% 33,3% 11,8% 10,9% 11,3% 10,7% 12,9% 15,5% 15,5% 15,3% Taxa de repetição, EP, média 22% 24% 11% 6% 7% 6% 8% 8% 8% 8% Taxa de desistência (interanual) 1ª classe 12,8% 12,3% 12,5% 14,4% 10,7% 13,6% 15,1% 15,0% 19,2% 16,5% 2ª classe 11,0% 8,2% 8,2% 12,8% 9,6% 9,7% 12,2% 12,1% 15,1% 13,1% 3ª classe 12,4% 10,2% 8,0% 9,6% 9,5% 9,5% 11,4% 11,6% 15,5% 12,9% 4ª classe 12,1% 10,4% 10,0% 11,9% 9,8% 12,2% 14,0% 15,3% 20,2% 19,3% 5º classe 19,4% 8,9% 8,0% 13,3% 13,5% 13,0% 16,6% 17,5% 19,8% 19,1% 6ª classe 13,0% -4,1% 5,8% 4,5% 6,1% 6,5% 8,7% 7,7% 13,4% 12,6% 7ª classe 15,4% 9,6% 13,8% 18,9% 19,5% 16,6% 17,6% 19,1% 22,2% 22,1% Taxa de desistência, EP, média 14% 8% 9% 12% 11% 12% 14% 14% 18% 17%

33 ENSINO SECUNDÁRIO GERAL 3.2 Ensino Secundário Geral Matriz Estratégica Indicador de Resultado Base Valor Obs 2012 Avaliação 3.a Taxa Bruta de Admissão 8ª classe HM 46% 48% 42% Não cumprido M 43% 45% 40% Não cumprido 11ª classe HM 20% 21% 19% Não cumprido M 18% 19% 18% Não cumprido 3.b Taxa de aproveitamento 10ª classe HM 51% 47% 48% Cumprido (ano n-1) M 49% 44% 46% Cumprido 12ª classe HM 48% 51% 52% Cumprido M 46% 49% 50% Cumprido 3.c Nº de directores formados 0 0 N.A Dos 9 novos indicadores, as metas dos indicadores de admissão (4) não foram atingidas, enquanto as metas dos indicadores de aproveitamento (4) foram atingidas. Não foi definida uma meta para o indicador sobre a formação dos directores das escolas. Foi concebida uma proposta de programa de capacitação e formação de gestores de escolas, com o início previsto no segundo semestre de Tendências Redução das taxas brutas de admissão Não foram atingidas as metas para as Taxas Brutas de Admissão na 8ª e 11ª classe, e registou-se uma redução comparativamente ao ano de Esta redução está ligada à redução de número de alunos que ingressam nas classes referidas, particularmente na 8ª classe. Quadro 19: Novos ingressos, 8ª e 11ª classe, Classe Turno Ano 2011/ ª Diurno % Nocturno % Total % 11ª Diurno % Nocturno % Total % A redução da taxa de admissão está ainda directamente ligada à redução de número de graduados na 7ª classe em Como se pode verificar, a taxa de transição para a 8ª classe (diurno) permaneceu constante em cerca de 70%. 27

34 2007/ / / / /2012 ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Figura 6: Transição da 7ª (todos os graduados) para a 8ª classe, diurno % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Graduados, 7ª classe, ano n-1 Novos ingressos, 8ª classe Taxa Transiçâo O não cumprimento das metas poderá ainda estar relacionado com o não cumprimento integral do programa de construções escolares, com os atrasos na expansão do ensino à distância, com a falta de professores, bem como com os elevados níveis de reprovação que continuam a bloquear o acesso a cada vez mais alunos, principalmente na 8ª classe. Quadro 20: Alunos nas classes iniciais dos ciclos de ESG, ª classe 11ª classe Total Repetentes % Repetentes 13% 13% 7% 7% Aumento na participação na idade certa Ao mesmo tempo, pode-se verificar que as Taxas Líquidas de Admissão continuam a aumentar, favorecendo as raparigas, particularmente aos 13 anos na 8ª classe. A Figura 8 mostra que o número total dos alunos que frequenta o ESG1 e, portanto, a taxa de escolarização bruta, diminuiu em 2012 relativamente ao ano de Por outro lado, o número de alunos com anos (idade certa) a frequentar o ESG1, e portanto a taxa líquida de escolarização, continua num ritmo crescente. 28

35 ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Figura 7: Taxas de Admissão, 8ª e 11ª classe, todos os ensinos, % TaxBruAdm, 8ª classe 10% TaxLiqAdm, 8ª classe 40% 5% 30% Total Mulher 0% Total Mulher 25% TaxBruAdm, 11ª classe 4% TaxLiqAdm, 11ª classe 15% 2% 5% Total Mulher 0% Total Mulher Figura 8: Escolarização no ESG1, alunos e taxas, Nº de Alunos no ESG1 Taxas de Escolarização, ESG Alunos, anos Alunos, > 15 anos 60% 50% % % 20% TaxLiq_M TaxLiq_H TaxBru_M TaxBru_H % % Melhoria na equidade de género A paridade de género continua a melhorar como se pode verificar no Quadro 11 (página 16) e no Quadro 21. A paridade de 0,8 na 8ª classe do turno nocturno revela a prioridade dada à entrada das raparigas no diurno. Ao mesmo tempo, uma paridade acima de 1 no Ensino Geral na zona Sul do país, pode também revelar um problema com a retenção dos rapazes neste nível do ensino. 29

36 No dos graduados No dos graduados ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Quadro 21: Paridade de Género, ESG1, diurno e nocturno, , todos os ensinos Classes Diurno Nocturno Diurno Nocturno Diurno Nocturno 8ª 0,85 0,85 0,90 0,84 0,91 0,80 9ª 0,86 0,87 0,88 0,93 0,91 0,89 10ª 0,84 0,90 0,90 0,93 0,93 0,95 Estagnação nas taxas de aproveitamento Como se pode verificar na Figura 9 as taxas de aproveitamento têm piorado ao longo dos últimos anos, apesar da melhoria na taxa de aproveitamento na 12ª classe em 2012 relativamente a Contudo o número de alunos, raparigas e rapazes, que se graduaram ao longo dos últimos anos manteve-se crescente com excepção dos rapazes na 10ª classe. Figura 9: Taxas de aproveitamento, 10ª e 12ª classe, ensino público, diurno, ª classe 80% ª classe 80% % % % % % % % % 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0 0% Mulheres Homens TaxaAprov, Total TaxaAprov, M % Com o objectivo de melhorar o rendimento escolar, o MINED tem adquirido ultimamente livros para o apetrechamento das bibliotecas, mapas e cartazes, e kits de laboratório para a realização de aulas práticas. Foram ainda alocados fundos Adicionais para as escolas através do ADE. Contudo, a falta de preparação dos professores para trabalharem com os materiais disponíveis de apoio à aprendizagem, a não existência na altura de livros didácticos aprovados para o aluno, e o incumprimento dos programas de ensino poderão ser alguns dos factores que têm contribuído para o baixo rendimento escolar. Um outro factor que poderá estar a influenciar negativamente o rendimento escolar na 10ª classe, pode ser o número de exames a que o aluno é submetido (8 exames). 30

37 ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Portanto, a reforma curricular no ESG1 que conduza à redução do número disciplinas (e consequentemente de exames) tal como já havia sido prevista no plano estratégico , afigura-se cada vez mais necessária Áreas de atenção Expansão do Ensino à Distância: O PEE prevê a expansão desta modalidade como uma estratégia principal para expandir este nível do ensino, garantindo a sua qualidade e sustentabilidade. Foi elaborado um plano de acção para este efeito que deve ser implementado. Adoptação do currículo: esta é uma das áreas com menos progresso mas com grande impacto em termos de aplicação dos escassos recursos neste nível do ensino bem como eventualmente no rendimento escolar dos alunos. Formação dos professores: o desenvolvimento de um sistema de formação e de desenvolvimento profissional contínuo de professores, como já estava previsto na Estratégia de Ensino Secundário, não avançou tal como tinha sido previsto. A aprovação e implementação do novo regulamento de propinas, taxas de internamento e exames seria importante para o desenvolvimento de um sistema de financiamento sustentável. 31

38 ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DOS ADULTOS 3.3 Alfabetização e Educação dos Adultos Matriz Estratégica Indicador de Resultado Base 2011 Meta 2012 Valor Obs 2012 Avaliação 2.a Nº de jovens e adultos que participam nos diferentes programas de alfabetização HM 474 mil a) 627 mil a) 447 mil M 315 mil a) 395 mil a) 293 mil 2.b Nº de programas de alfabetização na base Não harmonizados harmonizados harmonizados Não Não N.A de padrões estabelecidos 2.c % de consolidação dos dados de Educação Não Formal em relação com os diferentes programas 0% 0% 0% N.A a) Os números referem-se apenas ao programa regular. Informação relativa apenas ao programa regular Dos 4 indicadores, apenas dois tinham metas definidas para o ano Para estas metas apenas existe informação parcial para avaliar o seu cumprimento ou não. A informação apresentada aqui apenas reflecte o programa regular do Ministério da Educação. No relatório do Grupo de Trabalho foram avançados outros números mas para os quais falta ainda a sua verificação. Relativamente ao ano 2011, houve uma ligeira redução no número de participantes no programa regular. Relativamente ao indicador que mede o número de programas harmonizados na base de padrões estabelecidos, foram observados atrasos devido à prioridade dada ao estabelecimento dos padrões e indicadores de qualidade para o ensino primário. O indicador percentagem dos dados consolidados relativo aos programas de Educação Não Formal assume a existência de uma base de dados que neste momento ainda está em fase de construção Tendências Redução na participação no programa regular de AEA Como se pode observar no Quadro 22, a participação no programa regular diminuiu com destaque para o 3º ano. A percentagem de mulheres nos programas permaneceu constante entre 60-67%. Foram contratados cerca de 17 mil alfabetizadores, abaixo dos 21 mil programados e orçamentados. 32

39 ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DOS ADULTOS Houve melhorias na partilha da informação e coordenação com os vários intervenientes neste programa sectorial. Neste contexto destaca-se o estabelecimento de parcerias com mais três organizações em Quadro 22: Nº de participantes no programa regular da Alfabetização, Anos lectivos Crescimento Ano / 2012/ M HM %M M HM %M M HM %M % % % -7% -22% % % % 1% -28% % % % -18% -41% Total % % % -6% -28% Melhoria na desistência Embora a participação tenha reduzido, as taxas de desistência diminuíram, particularmente no 1º ano. No combate ao analfabetismo a retenção nos programas de AEA é crucial. Quadro 23: Taxa de desistência no programa regular da Alfabetização, 2010 e 2011 Ano M Total M Total 1 30% 31% 21% 19% 2 29% 29% 23% 24% 3 47% 46% 46% 42% Estagnação no aproveitamento Como se pode verificar no Quadro 24, a taxa de aproveitamento não melhorou em 2011 relativamente a Nesta perspectiva, o sector embarcou na reforma dos programas de AEA através da introdução do novo currículo, da formação dos educadores e alfabetizadores, bem como na distribuição de materiais didácticos. Quadro 24: Taxa de aproveitamento, programa regular de AEA, Ano M Total M Total 1 85% 84% 85% 81% 2 85% 83% 85% 84% 3 64% 67% 62% 64% Áreas de atenção O recrutamento dos alfabetizadores continua a ser uma área que merece atenção. Em 2012 foram recrutados menos alfabetizadores do que o programado. Isto pode ser resultado de uma melhor gestão dos contractos dos alfabetizadores mas necessita de ser verificado. 33

40 ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DOS ADULTOS A elaboração de padrões e indicadores de qualidade dos programas de AEA: embora a prioridade tenha sido o ensino primário, seria importante a operacionalização desta acção prioritária no médio-prazo uma vez que isto permitirá criar a base para o controlo de qualidade e comparabilidade dos programas na área de AEA oferecidos pelos diferentes intervenientes. 34

41 ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL 3.4 Ensino Técnico-Profissional Matriz Estratégica Indicador de Resultado Base a Número de jovens e adultos no sistema 4.b Taxa de aproveitamento por cada nível e sistema de ensino médio 4.c Número de escolas que implementam instrumentos de gestão de qualidade Valor Obs 2012 Avaliação Escolas profissionais N.A progresso Escolas Básicas N.A conforme político Institutos Médios N.A estagnação Cursos não formais de (previsão 2011) curta duração Meta atingida Escolas profissionais 75,7% 77% 75% Meta não atingida Escolas Básicas 63,3% 65% 53%a) Meta não atingida Instituições de nível 73,2% 75% 72%a) Meta não atingida 5 14 Sem info Sem info Dos 8 indicadores, 3 não tinham metas para o ano 2012 e mostram pouco progresso relativamente ao ano Dos cinco indicadores com metas, 3 não foram cumpridos e apresentam uma estagnação relativamente a Não foi possível obter informação para avaliar a realização da meta do indicador Número de escolas que implementam instrumentos de gestão de qualidade Tendências Estagnação no número de alunos no sistema Quadro 25: Nº de alunos no Ensino Técnico Profissional, , todos os ensinos Nível e tipo de ensino / M HM %M M HM %M 2011 Profissionais Total % % 3% Básicos Público Diurno % % -9% Nocturno % % -26% Privado Diurno % % 83% Nocturno % % 2% Outros Públicos Diurno % % 97% Total % % -12% Médio Público Diurno % % 2% Nocturno % % 4% Privado Diurno % % -25% Nocturno % % -5% Total % % -3% Fonte da informação: brochuras de levantamento escolar, 2011 e 2012 O Quadro 25 mostra a redução do número de alunos no nível básico (ensino público) e o crescimento na participação nas escolas profissionais, conforme a política, apesar da redução não ter sido compensada pela expansão dos outros níveis o que pode ser 35

42 ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL explicado pelos atrasos na transformação de escolas básicas em institutos médios e escolas profissionais bem como pela falta de professores neste subsector. A redução do número dos alunos no nível médio resulta principalmente da redução da contribuição do ensino privado. O cumprimento da meta para os cursos de curta duração resultou, entre outos, de uma melhor articulação com a DINAEA e o INEFP. Baixas taxas de aproveitamento Como se pode observar na Matriz Estratégia, as taxas de aproveitamento baixaram relativamente a 2010, particularmente no nível básico. O relatório de Balanço de Aproveitamento 2011, preparado e apresentado na Reunião de Planificação em Junho de 2012, apresenta mais detalhes sobre o aproveitamento por nível e por ramo. Para melhorar a qualidade do ensino neste nível e o desempenho escolar dos alunos, começou a implementação da estratégia de recrutamento, formação e capacitação dos professores e foi expandido o currículo baseado em competências para mais 4 instituições. Foi ainda expandida a reforma de exames nas instituições que implementam o antigo currículo Áreas de atenção Aprovação e garantia das condições para a criação da ANEP: o atraso neste processo contribui para os atrasos das actividades viradas para melhorar a gestão e a coordenação do subsistema em termos de operacionalização dos mecanismos para a regulação e garantia da qualidade da Educação Profissional, bem como do seu financiamento. Envolvimento do sector privado: embora os avanços no envolvimento do sector produtivo/privado nos comités técnicos sectoriais e conselhos de escola, continuam os desafios na coordenação dos vários actores. A planificação da reabilitação e apetrechamento das instituições do ETP: trata-se de processos complicados e morosos que precisam de uma boa coordenação e conhecimento técnico. Esta área podia beneficiar de uma melhor planificação plurianual que toma em conta todo o processo a partir da elaboração do projecto até à inauguração da instituição. 36

43 ENSINO SUPERIOR 3.5 Ensino Superior Matriz Estratégica Indicador de Resultado Base Valor Obs a Proporção de graduados HM 13% (2010) 10% (2011) N.A sobre inscritos M Sem info N.A 5.b Nº de docentes da IES por Grau de Mestre 21% Sem info N.A gau académico Grau de doutorado 8.5% Sem info N.A 5.c % de IES conformada com as disposições do Decreto 48/2010 n.a Sem info N.A Avaliação Não foram definidas metas para 2012 para nenhum dos 5 indicadores constantes da matriz estratégica. Não há informação disponível para 4 indicadores Tendências Crescimento da rede do Ensino Superior Como se pode verificar no Quadro 6 (página 14), aumentou a rede de instituições do ensino superior. Foi aprovada a abertura de duas novas instituições privadas, contribuindo para a expansão da provisão do ensino superior. O número de estudantes no Ensino Superior continua a crescer, apesar de no ano de 2011 se ter observado uma redução relativamente a Para assegurar a equidade na participação baseada no mérito, foram asseguradas e processados bolsas para 640 estudantes. Quadro 26: Evolução dos efectivos estudantis no Ensino Superior, / 2009 Ensino público % Ensino privado % Total % Consolidação do número de graduados O número de graduados tem flutuado nos últimos anos. Para melhorar a qualidade e no contexto da implementação do Plano de Formação de Professores, priorizou-se na alocação das bolsas a formação do corpo docente. Neste momento cerca de 552 professores, dos quais 174 são mulheres, estão em formação nos graus de Mestrado e de Doutoramento. 37

44 ENSINO SUPERIOR Quadro 27: Graduação, Ensino Superior, Nº de graduados % de graduados sobre o total Ensino público % 14% 10% Ensino privado % 9% 10% Total % 13% 10% Áreas de atenção A aprovação da estratégia do financiamento do Ensino Superior é importante porque visa a correcção dos actuais desequilíbrios, a facilitação de um maior investimento neste sector e a incentivação de um melhor desempenho das IESs. O financiamento adequado à inspecção do Ensino Superior será chave para a continuação das inspecções das IESs. 38

45 DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO E INSTITUCIONAL 3.6 Desenvolvimento Administrativo e Institucional Matriz Estratégica Indicador de Resultado Base 2011 Meta 2012 Valor Obs 2012 Avaliação 6.a Nº de pessoal contratado Docentes HM Cumprido M 68,5% 50% 32% Não cumprido Não-docentes Cumprido 6.b Número de escolas monitoradas que atingem os padrões mínimos 6.c Execução orçamental (funcionamento e investimento) 10 i. Total n.a 90 Padrões estabelecidos (EP) ano anterior Padrões estabelecidos (EP) 91% Cumprido Cumprido ii. Fase 69% 69% 80% Cumprido Não foi atingida a meta de um dos 6 indicadores constantes da matriz. Aponta-se como razão do incumprimento da meta de contratação de professoras, a falta de candidatas com formação psicopedagógica, o que coincide com a redução do número de alunas frequentando os IFPs (em números absolutos e em percentagem) desde O cumprimento das restantes metas resultou das melhorias na área de planificação e orçamentação, e também da aprovação do PEE que estabeleceu uma agenda comum que compromete todos os intervenientes na sua implementação e prioriza a continuação e consolidação das reformas já concebidas e iniciadas. Isto aumenta a clareza sobre o que deve ser feito Tendências Redução das metas de contracção de novo pessoal Em 2012 foi orçamentada a contratação de um número reduzido de novos funcionários, devido aos limites orçamentais estabelecidos para a componente dos salários, apesar de continuar elevada a necessidade de pessoal docente e não docente. A falta de professores contribui para a sobrecarga do corpo docente existente, para a introdução do 2º turno e 3º turno, para o aumento da despesa com horas extras e segundo turno e para a redução de tempo lectivo. A não contratação de pessoal não-docente nos últimos três anos tem contribuído negativamente na capacidade de gestão do sistema particularmente nos níveis descentralizados. 10 Deve se notar que a informação sobre a execução financeira nos diferentes documentos nem sempre é comparável. A conta final é apresentado na Conta Geral do Estado que é disponnibilizada apenas no fim do ano seguinte ou no ano n+2. 39

46 DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO E INSTITUCIONAL Entretanto, é importante realçar que o pagamento atempado do trabalho extraordinário assim como a evolução na carreira pelos funcionários é um factor de motivação para o alcance das metas. Maior enfoque na supervisão e controlo interno ao nível das escolas Numa perspectiva da gestão descentralizada do sistema educativo, maior atenção é dada à observância dos padrões e indicadores de qualidade, através da elaboração dos mesmos, das acções de supervisão integrada, bem como de uma inspecção virada para a sala de aula. Aumento na execução financeira A informação sobre a execução financeira difere segundo a fonte da informação usada mas consistentemente mostra um crescimento da despesa do sector, quer em termos absolutos, quer em percentagem de execução. Quadro 28: Execução orçamental, sector da educação, REO 2012 (em milhões de Meticais) Referência / REO Orç. Exec. % Exec. Orç. Exec. % Exec Quadro % % 2% Quadro % % 10% Fonte: REO 2012, quadros 14 e 15 A melhoria da taxa de execução do orçamento em 2012 resultou da melhoria na execução da fonte externa, principalmente dos fundos do FASE, que passou de 69% para 80% (Quadro 9 do REO 2012). Figura 10: Execução orçamental, 2012, por tipo da despesa e âmbito, educação (incluindo o ensino superior Por tipo da despesa Por âmbito 5% 15% 12% 23% Total 46% 56% Funcionament 32% Funcionamento Inv. Interno Inv. Externo 80% 31% - Órgão Central - Órgão Provincial - Órgão Distrital 40

47 DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO E INSTITUCIONAL O aumento da despesa foi, em grande parte, motivado pelo aumento da despesa de funcionamento, fonte interna, em aproximadamente 13% (veja o relatório do Programa Sectorial de Desenvolvimento Administrativo e Institucional para mais detalhes). Para uma análise mais profunda, a informação disponibilizada pelo REO não é suficiente havendo necessidade de extrair a informação pertinente do e-sistafe. Analisando a informação (veja a Figura 10), verifica-se que grande parte da despesa é de funcionamento, cuja maior parte (56%) acontece no nível distrital. A execução dos fundos do FASE melhorou em comparação com o ano de 2011, e ultrapassou a meta de 70%. Contudo, o volume da despesa decresceu em 13% relativamente à despesa observada em 2011.O cumprimento da meta resultou principalmente de uma planificação e orçamentação mais realista ao nível do sector, através de uma orçamentação baseada na despesa prevista, e não baseada nas previsões dos fundos disponíveis, bem como as melhorias verificadas nos processos de aquisição, apesar de ainda lentos. Contribuiu para a redução da despesa relativamente ao ano anterior 11, os adiantamentos feitos em finais de 2011 para o ADE e para os IFPs para serem executados em 2012 (cerca 300 milhões de meticais), o que não foi feito em 2012, bem como os atrasos contínuos na implementação da nova abordagem de construção acelerada e nos processos de aquisições em geral. Introdução da planificação plurianual Com o objectivo de beneficiar a implementação do PEE, o sector continuou os seus esforços para melhorar e concretizar a sua operacionalização através de uma planificação plurianual e do alinhamento dos diferentes instrumentos do POEMA. Neste contexto, atenção específica foi dada à capacitação do pessoal das DPECs e SDEJTs usando os módulos de POEMA, bem como no contexto da preparação do PdA para Áreas de atenção Reforço dos mecanismos de controlo da pontualidade e assiduidade dos professores e directores da escola: um aspecto que foi constatado nas visitas de supervisão, entre outros, é a falta da presença do professor na sala de aula. Trata-se do fundamento do sistema de ensino, e portanto merece a atenção especial de todos. Reforço do controlo interno financeiro através de uma melhor coordenação entre a DAF e a IGE: apesar dos progressos feitos ao longo dos últimos anos, que resultou, 11 Este assunto foi referido no documento Adenda ao PdA 2012, de

48 DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO E INSTITUCIONAL entre outros, na descoberta da fraude detectada em Novembro de 2012 no sistema de pagamento de salários do MINED, a mesma evidencia também as fraquezas do sistema. Consolidação da planificação operacional: Uma das causas dos atrasos na implementação dos programas do sector, particularmente das reformas e programas complexos que envolvem vários intervenientes, é a fraqueza da planificação plurianual apesar dos progressos verificados nesta área que devem ser consolidados e expandidos até às províncias. Consolidação da reforma na área de aquisições: o volume da execução em 2012 foi influenciado negativamente, entre outros, pelos atrasos nos processos de aquisições, por um lado por falta de uma planificação plurianual dos projectos complexos, e por outro lado por falta de capacidade humana para gerir os inúmeros processos de aquisições. Espera-se que o reforço da UGEA no segundo semestre de 2012 tenha um impacto positivo na execução em

49 DESEMPENHO DOS PARCEIROS 4. Desempenho dos parceiros O desempenho dos parceiros em 2012 foi Misto pelas seguintes razões: 4.1 Pontos fortes Em 2012 manteve-se o bom relacionamento entre o Ministério e os seus Parceiros. No dia 17 de Setembro, os parceiros da cooperação bem como da sociedade civil, representada através do MEPT, endossaram o Plano Estratégico da Educação que foi aprovado pelo Conselho do Ministros no dia 12 de Junho de Este endossamento reflecte o compromisso conjunto e partilhado para o desenvolvimento e fortalecimento do sistema educativo. Para facilitar o acompanhamento conjunto da implementação do PEE foram acordados, em 13 de Dezembro de 2012, os novos Termos de Referência do Diálogo entre o Ministério e os seus Parceiros que institucionalizou uma maior participação da Sociedade Civil no diálogo, através do Movimento para Educação para Todos. Reforçou-se ainda o diálogo técnico e estratégico em volta da implementação do Plano Estratégica através dos grupos de trabalho sectoriais e temáticos, contribuindo para a melhoria da qualidade dos programas e reformas previstos no sector nos próximos anos. Foi ainda concluída a elaboração e assinado o novo Memorando de Entendimento do Fundo de Apoio ao Sector da Educação (FASE) por 10 Parceiros de Cooperação. Em 2012, 83% da despesa financiada e reportada com fundos externos foi canalizada através do FASE. 4.2 Pontos fracos Este ano os parceiros desembolsaram 73% dos seus compromissos por várias razões: A Espanha, devido à crise económico não conseguiu desembolsar o valor comprometido e também anunciou a sua retirada do FASE a partir de 2013; O desembolso da Finlândia atrasou se, dependente da assinatura do novo acordo bilateral entre os dois Governos, bem como da assinatura do novo MdE; O Banco Mundial desembolso 56% do valor comprometido, por um lado devido aos atrasos na execução do PdA por parte do Ministério e, por outro lado em resultado das regras internas no processo de libertação dos fundos. A assinatura do MdE do FASE atrasou-se, principalmente devido ao processo complexo de criar consenso entre os parceiros sobre o conteúdo do mesmo. 43

50 DESEMPENHO DOS PARCEIROS Embora não estivessem programados estudos analíticos ao nível do sector (como acordado no contexto da Reunião de Planificação de 2011), vários parceiros iniciaram estudos, com ou sem o envolvimento directo do Ministério. Adicionalmente, os PdAs dos últimos anos (2012 e 2013) revelam pouca informação sobre os projectos bilaterais ao nível central mas, sobretudo ao nível provincial. Isto afecta negativamente a qualidade dos processos de planificação. 4.3 Recomendações No contexto da monitoria conjunta da implementação do PEE seria importante elaborar um quadro de avaliação do desempenho dos parceiros para assegurar a sinergia entre as contribuições dos diferentes intervenientes; Para reforçar a planificação integrada e facilitar a monitoria da implementação ao nível das províncias, é importante reforçar os mecanismos de diálogo entre as DPECs e os seus parceiros locais. Anexos: 1. Matriz Estratégia, Relatórios dos Grupos de Trabalho Sectoriais Maputo, 13 de Março de 2013.= 44

51 Anexo 1: Matriz Estraté gica,

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53 Conceito do sistema de avaliação de competências básicas elaborado e aprovado, instrumentos prétestados Banco de itens elaborado, teste dos instrumentos e itens ANEXO 1: MATRIZ ESTRATÉGICA, 2012 Ensino (Pré-) Primário Programa Objectivo Geral Ensino Primário Assegurar que todas as crianças tenham oportunidade de concluir uma educação básica de 7 classes com qualidade Indicador de Impacto 1. Taxa Bruta de Conclusão Ensino Primário Base (2011) Meta (2016) Total (HM) 49% (2010) 54% (2015) Raparigas (M) 45% (2010) 51% (2015) Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base 2011 Meta 2012 Valor Obs 2012 Avaliação Enfoque especial: Primeira infância Assegurar que todas as crianças ingressem no ensino na idade certa (6 ou 7 anos) e completem a sétima classe Melhorar o desempenho escolar dos alunos, sobretudo no que tange às competências de leitura, escrita, cálculo numérico e habilidades para a vida 1.d Número de crianças matriculadas no Ensino Pré-escolar 1.a Taxa líquida de escolarização aos 6 anos na 1ª classe HM N.A Progresso M N.A Progresso HM M 1.b Percentagem de alunos da 3ª classe que atinge as competências básicas de leitura e cálculo do 1º ciclo do Ensino Primário 70% 73% 72% 69% 71% 71% Atingido N.A Não atingido, com progresso Progresso Melhorar a eficiência e eficácia do uso dos recursos disponibilizados ao ensino primário. 1.c Rácio alunos/professor (EP1) Não atingido, estagnação Alfabetização e Educação de Adultos Programa Alfabetização e Educação de Adultos Objectivo Geral Reduzir o analfabetismo, dando particular atenção às mulheres Indicador de Impacto 2. Taxa de analfabetismo Base (2011) Meta (2016) Total (HM) 48% (2008) 30% Mulheres (M) 63% (2008) 45% Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base 2011 Meta 2012 Valor Obs 2012 Avaliação Garantir o acesso e retenção dos Alfabetizandos nos programas de Alfabetização e Educação de Adultos 2.a Nº de jovens e adultos que participam nos diferentes programas de alfabetização HM M 474 mil (a) 627 mil 447 mil (a) 315 mil (a) 395 mil 293 mil (a) Informação parcial Melhorar a qualidade e relevância dos programas de Alfabetização e Educação de Adultos e Educação Não Formal Reforçar a capacidade institucional e organizativa 2.b Nº de programas de alfabetização na base de padrões estabelecidos 2.c % de consolidação dos dados de Educação Não Formal em relação com os diferentes programas Não harmonizados N.A 0% N.A Atrasos Progresso, está em elaboração a base de dados a) A informação fornecida apenas trata o programa de alfabetização e educação de adultos regular, no caso de linha de base 2011 e os valores observados em 2012 enquanto o indicador e meta cobrem tudo. Infelizmente o sistema de informação sobre os outros programas ainda não está institucionalizado. 47

54 ANEXO 1: MATRIZ ESTRATÉGICA, 2012 Ensino Secundário Geral Programa Objectivo Geral Ensino Secundário Geral Expandir, de forma controlada, equitativa e sustentável, ensino secundário geral, garantindo a sua qualidade e relevância Indicador de Impacto 3. Taxa Bruta de Escolarização no ESG1 Base (2011) Meta (2016) Total (HM) 46% 50% Raparigas (M) 43% 47% Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base 2011 Meta 2012 Valor Obs 2012 Avaliação Expandir o acesso de forma controlada, assegurando o acesso equitativo dando atenção especial às raparigas e jovens com necessidades educativas especiais Melhorar a qualidade e relevância do ensino secundário geral através do desenvolvimento e implementação de um currículo profissionalizante 3.a Taxa Bruta de Admissão 3.b Taxa de aproveitamento (ano n-1) 8ª classe HM 46% 48% 42% Não atingido M 43% 45% 40% Não atingido 11ª classe HM 20% 21% 19% Não atingido M 18% 19% 18% Não atingido 10ª classe HM 51% 47% 48% Atingido 12ª classe M 49% 44% 46% Atingido HM 48% 51% 52% Atingido M 46% 49% 50% Atingido Melhorar a gestão escolar 3.c Nº de directores formados 0 N.A Progresso Ensino Técnico-Profissional Programa Ensino Técnico-Profissional Objectivo Geral Melhorar o acesso, a relevância e a qualidade do ETP para o desenvolvimento do País Indicador de Impacto 4. % de graduados absorvidos no mercado de Base (2007) Meta (2016) trabalho de acordo com a sua formação Graduados do novo sistema de qualificação 27% 60% Graduados de sistema antigo Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base Valor Obs 2012 Avaliação Aumentar o acesso e a retenção no ETP, prestando particular atenção às disparidades geográficas e de género Garantir que os graduados do ETP tenham uma formação de qualidade e relevante para o mercado de trabalho formal e informal Melhorar a gestão e coordenação do sistema, envolvendo o sector produtivo, de forma particular 4.a Número de jovens e adultos no sistema 4.b Taxa de aproveitamento por cada nível e sistema de ensino 4.c Escolas profissionais Escolas Básicas Institutos Médios Cursos não formais de curta duração Escolas profissionais Escolas Básicas Instituições de nível médio Número de escolas que implementam instrumentos de gestão de qualidade a) Não inclui o ramo agrário cujo calendário escolar inicia em Agosto N.A Progresso N.A Progresso N.A Estagnação (previsão 2011) Atingido 75,7% 77% 75% Não atingido 63,3% 65% 53%a) Não atingido 73,2% 75% 72%a) Não atingido 5 14 Sem info Sem info 48

55 Docentes ANEXO 1: MATRIZ ESTRATÉGICA, 2012 Ensino Superior Programa Ensino Superior Objectivo Geral Promover a participação e o acesso a um ensino superior que responde às necessidades para o desenvolvimento socioeconómico do país, garantindo a sua eficácia, equilíbrio e sustentabilidade Indicador de Impacto 5. Nº de estudantes no ensino superior por Base (2009) Meta (2016) habitantes Total 3 5 Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base 2011 Meta 2012 Valor Obs 2012 Avaliação Consolidar o subsistema existente na perspectiva de melhorar a sua eficiência interna Reforçar a capacidade de governação, financiamento, administração e monitoria do subsistema a todos os níveis 5.a Proporção de graduados sobre inscritos 5.b Nº de docentes da IES por gau académico 5.c HM 13% (2010) N.A 10% (2011) Sem progresso M N.A Sem info Grau de Mestre Grau de doutorado % de IES conformada com as disposições do Decreto 48/ % N.A Sem info 8.5% N.A Sem info n.a N.A Sem infor Desenvolvimento Administrativo e Institucional Programa Objectivo Geral Desenvolvimento Administrativo e Institucional Fortalecer a gestão e governação da administração o sistema educativo aos vários níveis, particularmente nos distritos, com vista a melhorar a qualidade de prestação dos serviços, em todo o país Indicador de Impacto 6. Índice de satisfação da população com a qualidade dos serviços educativos Base Meta (2016) (2011) Por Satisfatório estabelecer (2012) Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base 2011 Meta 2012 Estimular o desenvolvimento e a gestão dos recursos humanos Assegurar a observância de padrões e indicadores de qualidade da educação Harmonizar e reforçar os processos e instrumentos de POMA do sistema 6.a Nº de pessoal contratado 6.b Número de escolas monitoradas que atingem os padrões mínimos 6.c Execução orçamental (funcionamento e investimento) Valor Obs 2012 Avaliação Melhorar a qualidade do processo de ensinoaprendizagem H M Atingido M 68,5% 50% 32% Não atingido Nãodocentes Atingido n.a Padrões estabelecidos (EP) Padrões estabelecidos (EP) Atingido i. Total 90 ano anterior 91% Atingido ii. Fase 69% 69% 80% Atingido 49

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57 Anexo 2: Rélató riós dós Grupós dé Trabalhó Séctórial 51

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59 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Ensino (Pré-) Primário Relatório do Grupo de Trabalho, Desempenho 2012 Sumário O presente relatório apresenta as actividades desenvolvidas pelo subsector do Ensino Primário (EP), como resultado da implementação das acções previstas para o ano de A descrição do estado actual do Ensino Primário é feita com base nos Termos de Referência da RAR e nos objectivos estratégicos e indicadores do EP a saber: Quadro 29: Indicadores do QAD: valores observados em 2012 e propostas para 2013 e 2014 Indicadores 1. Taxa líquida de escolarização aos 6 anos na 1ª classe (ensinos público, privado e comunitário) Total Baseline 2010 Val Obs 2011 Meta 2012 Val Obs ,8% 70% 73% 72% Avaliação Meta 2013 Meta 2014 Não cumprido, com progresso 76% (74%) 79% (77%) Meninas 68,6% 69% 71% 71% Cumprido 74% (73%) 77% (76%) 2. Percentagem de alunos da 3ª Banco de classe que atinge as itens Recolha de competências básicas de leitura elaborado, dados e cálculo do 1º ciclo do Ensino Primário testagem dos instrument os e itens Cumprido Área de competência: leitura 3. Alunos por Professor no Ensino Primário do 1º Grau (1ª à 5ª classes) (ensino público, diurno) 65, Não cumprido, estagnação Relatório preliminar até finais de Abril Relatório final até finais de Outubro (linha de base) Embora se tenha verificado esforços tendentes a implementação do PEE, não foram atingidas as metas de dois dos três indicadores do QAD. A avaliação reporta o seguinte cenário: A taxa de escolarização aos 6 anos (total) situou-se nos 72% em 2012 contra os 73% programados. Em 2011 esta taxa fixou-se nos 70%. Portanto, a meta não foi cumprida apesar de ter havido progresso. O não cumprimento da meta deveu-se a longas distâncias Escola- Casa, falta de conhecimento da idade real da criança. A taxa de escolarização aos 6 anos (para Raparigas) situou-se nos 71% em 2012 tendo sido alcançada a respectiva meta. Em 2011 esta taxa fixou-se nos 70%. Foram factores determinantes para o cumprimento as acções de sensibilização a vários níveis. O rácio alunos por professor registado foi de 63/1 em 2012 contra os 62/1 planificados. Em 2011, este rácio foi de 63/1. A meta não foi cumprida, houve 53

60 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO estagnação em relação ao ano de As razões do não cumprimento são limitações orçamentais para contratação de professores. Desempenho do sector em Enfoque especial: Primeira Infância 1.1 Promover a expansão do acesso a oportunidades educativas na idade pré-escolar Elaborada e aprovada, pelo Conselho de Ministros, a estratégia do DICIPE; Aprovado o financiamento para o projecto-piloto. 1.2 Monitorar a implementação da estratégia para o desenvolvimento da criança na idade pré-escolar Preparada a fase de implementação do projecto de Desenvolvimento da criança para 2014, tendo-se: o Elaborado o esboço do manual de implementação, incluindo o pacote de serviços básicos para provedores de serviços. O pacote descreve os requisitos mínimos a serem incluídos em todas as Escolinhas envolvidas no projecto; o Revisto o programa de educação Pré-escolar em coordenação com o MMAS. 2. Assegurar que todas as crianças ingressem no ensino na idade certa (6 ou 7 anos) e completem a 7ª classe 2.1 Promover o ingresso na escola na idade certa (6 ou 7 anos) Sensibilizadas as comunidades sobre a importância da escola e a necessidade de entrada na idade certa, através de programas radiofónicos, panfletos, cartazes, palestras; Sensibilizadas as comunidades sobre a importância da educação da rapariga. 2.2 Melhorar a implementação do programa de construção acelerada Foi introduzida a planificação multianual da construção, a qual considera um calendário de construção mais realista e a racionalização dos recursos, evitando saldos financeiros ao fim do ano; Foi introduzido igualmente o princípio das penalizações para as Províncias com pouco desempenho no programa de construção escolar e estímulos para as províncias que mais se destacarem nesta área; Foram preparados, pelas Províncias e certificados pela DIPLAC-CEE, planos de conclusão de Obras Paralisadas ( ), conforme os dois critérios definidos na reunião nacional sobre o assunto; 54

61 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Foram aprovados projectos para a conclusão de 122 salas paralisadas, sendo 15 em Maputo, 10 em Inhambane, 16 em Cabo Delgado, 15 em Niassa, 7 em Tete, e 59 em Sofala. Os concursos foram lançados em finais de 2012 e as obras irão decorrer e concluídas em Foi igualmente preparado e lançado o concurso para auditoria das obras paralisadas com litígio, a qual irá decorrer em 2013; De acordo com a planificação multianual, para 2012 estava prevista a construção de 556 salas de aula do EP. Foram concluídas 650 salas sendo, 124 em Niassa, 5 em C. Delgado, 124 em Nampula, 136 na Zambézia, 19 em Tete, 20 em Manica, 38 em Sofala, 32 em Inhambane, 69 em Gaza, 25 em Maputo e 58 na Cidade de Maputo. 2.3 Garantir que as escolas sejam seguras e saudáveis Introduzida a nova metodologia do Programa de Construção Acelerada nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Manica, Sofala e Maputo, a qual prevê a construção de latrinas melhoradas nas zonas rurais e sanitários convencionais nas zonas urbanas e per urbanas à razão de 1,6 latrinas ou sanitas por cada sala de aulas. 2.4 Elaborar estratégias para reduzir disparidades regionais, de idade e de género. Iniciou-se a implementação do Programa de Atendimento Alternativo para o EP2, nos distritos de Moamba (Maputo-Província) com 42 alunos; Mágoe (Tete) com 89 alunos; Milange (Zambézia) com 95 alunos e Nipepe (Niassa) com 110 alunos, totalizando 336 alunos com uma média de idade de 15 anos. O plano inicial era de inscrever 371 alunos, o que não foi possível, devido à transformação de escolas do EP1 em EPCs, na Zambézia, não foi possível cumprir as metas. 2.5 Harmonizar os programas de protecção social Em curso a articulação interna e com os parceiros para garantir a maximização dos recursos e sustentabilidade das acções transversais (Pacote Básico, IEAC, CSTL); Visando desenvolver o programa de alimentação escolar, foram capacitadas 160 pessoas para gestão do mesmo, que contou com a participação dos líderes comunitários, membros dos conselhos de escola e coordenadores das ZIPs. Neste momento já está em curso o programa alimentação escolar nas províncias de Gaza, Inhambane, Manica e Sofala (através de uma ONG denominada JAM) e Tete, através do PMA; No âmbito da alimentação escolar, na província de Tete, nos distritos de Changara e Cahora Bassa, foi implementado um plano de transição, envolvendo um total de 174 escolas, que em 2012 matricularam crianças. Nestas escolas, foi servido o lanche escolar, com o objectivo de garantir o acesso, a retenção e contribuir para a melhoria do aproveitamento escolar; 55

62 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Expansão da componente de protecção social via ADE em 45 distritos, com foco nas crianças órfãs e vulneráveis (abrangendo as 11 Províncias). 2.6 Expandir o atendimento a crianças com NEE Elaborado esboço do Guia de Apoio de Professores de Educação Inclusiva; Elaborado esboço da Estratégia de Educação Inclusiva; Elaborados os manuais de sugestões metodológicas das disciplinas de Português e Matemática do 1º Ciclo do Ensino Básico para o Ensino-Aprendizagem de alunos com NEE de carácter auditivo, visual e mental; Capacitados os professores dos CREI em computadores adaptados em WinBraille e em sistema Braille e Língua de Sinais de Moçambique; Assinado o contrato de compra e distribuição de material específico: 100 bengalas brancas, 100 pautas, 100 punções, 50 máquinas Braille, 5 caixas de papel Braille e 100 mapas do alfabeto dactilológico; Compradas outras 46 máquinas Braille, bengalas brancas, pautas, punções, caixas de papel Braille. 3. Melhorar o desempenho escolar dos alunos, sobretudo no que tange as competências de leitura, escrita, cálculo numérico e habilidades para a vida 3.1 Continuar a produção e distribuição do livro escolar gratuito, incluindo os do EB Foram adquiridos e distribuídos livros da 1ª a 7ª classe. A taxa de reposição foi de 100% dos livros do 1º ciclo (livros caderno) e 40% nos do 2º e 3º ciclo (livros propriedade da escola); Foi aprovado o Sistema de Inventariação, Conservação e Abate do Livro Escolar SICOLE, que ajudará no processo de controlo das entregas e distribuição do livro desde a sala de aulas; Foi lançado um desdobrável contendo conselhos úteis para os alunos sobre o manuseamento do livro escolar e feitas campanhas de sensibilização sobre a conservação do livro escolar nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Inhambane; Foram feitas inspecções pré-embarque dos livros do ensino primário nos locais de produção; Foi feita a monitoria das chegadas do livro nos quatro (4) Portos do país e do processo de distribuição; Foram introduzidos novos livros (20 títulos) em substituição dos que pertenciam à Macmillan; Foi coordenada a produção e distribuição do Guião do Professor ; Os livros do Ensino Bilingue do 1º ciclo (L1 e Mat) foram distribuídos às escolas em 2010 para um período de 3 anos (2011/12/13). Para o reforço dos 56

63 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO mesmos serão impressos mais livros em Para o aprovisionamento do livro escolar para o Ensino Bilingue foi lançado um concurso público para impressão dos livros do 2º e 3ºciclos. 3.2 Elaborar e implementar o plano de acção de Leitura, Escrita e Cálculo Foi desenhado um esboço do plano de acção de Leitura e Escrita iniciais que servirá de base de elaboração do mesmo no ano de Assegurar a expansão do Ensino Bilingue garantindo a sua qualidade Capacitados 110 formadores dos IFPs em matérias de ortografia, estrutura das 16 línguas moçambicanas e em metodologias de ensino de L1 e L2; Capacitados 151 professores (44 zona Sul; 47 zona Centro e 60 zona Norte) em matérias de ortografia, estrutura das 16 línguas moçambicanas e em metodologias de ensino de L1 e L2; Realizada uma acção de Supervisão Pedagógica, a nível nacional, às escolas do Ensino Bilingue. 3.4 Reformar a formação e capacitação de professores primários (FP) Foi introduzido um novo modelo de formação inicial de professores como pressuposto para a melhoria da qualidade de ensino. Para este modelo de 10ª+3, ainda em fase piloto, estão inscritos 279 formandos distribuídos da seguinte maneira: 80 no IFP Alberto Chipande, 80 no IFP Alto-Molócuè e 119 no IFP da Matola. Este número de inscritos corresponde a 99,6% da meta estabelecida. 3.5 Melhorar o currículo do ensino primário Foi iniciado o processo de revisão pontual do currículo. Neste âmbito foram realizadas as seguintes acções: Definidas as competências por ciclo; Elaborados os indicadores de desempenho do 1º Ciclo. No âmbito do Currículo Local foram realizadas as seguintes actividades: Impressão do Manual do Currículo Local Revisto ( cópias). 3.6 Melhorar a monitoria e o acompanhamento do desempenho escolar dos alunos e dos professores Foi organizado um banco de itens e feita a sua pré-testagem. Introduzidas as avaliações trimestrais elaboradas a nível distrital. Introduzido, em forma experimental, um sistema de avaliação diagnóstica e formativa de competências básicas de leitura do 1º ciclo Provinha Já Sei Ler nos distritos de Boane e Kamubukwane, envolvendo todos os alunos da 3ª classe. 57

64 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Adoptado um sistema de avaliação de competências básicas, (provinha e avaliação à larga escala) cujos objectivos consistem em diagnosticar as competências de leitura em língua portuguesa, analisar e resolver as dificuldades de aprendizagem; Elaborado o Manual de Padrões e Indicadores da Qualidade para a Escola Primária que observou as seguintes etapas: Realizada a pré-testagem dos instrumentos em vinte (20) escolas, nas províncias de Maputo, Inhambane, Manica, Nampula e Cabo Delgado. Preparada a implementação piloto, em 2013, de padrões e indicadores em 40 escolas na primeira fase e mais 220 na segunda fase, perfazendo um total de 260 escolas; 3.7 Melhorar a gestão escolar Capacitados, em matéria de Gestão Escolar, gestores escolares (Directores de escolas, Directores Adjuntos Pedagógicos e Chefes de Secretaria) dos planificados, o correspondente a 89%. 4. Melhorar a eficiência e eficácia de uso dos recursos disponibilizados ao ensino primário 4.1 Racionalizar o uso dos recursos humanos (professores e gestores) no Ensino Primário Em curso o processo para a racionalização dos Recursos Humanos. No EP2 a racionalização passa pela monodocência e pela definição das horas lectivas do director da escola. 4.2 Continuar as reformas na área das aquisições Lançado um manual de aquisições novas para o pessoal ligado à esta área. 4.3 Aumentar a transparência na gestão da escola Aprovado, através da Resolução nº 18/2012 de 7 de Dezembro, o qualificador das funções de direcção e chefia nos estabelecimentos de ensino; Formado um técnico em POEMA para elaboração do módulo de Gestão Escolar; ADE (estudo encomendando em 2012 pela DIPLAC). 4.4 Desenhar um plano de acção para a integração dos assuntos transversais nos programas deste subsector Realizou-se intercâmbio para partilha de boas práticas no âmbito do programa PB-Habilidades para vida, onde participaram 23 Coordenadores do PB nas DPECs, 11 directores adjuntos pedagógicos dos IFPs, 10 técnicos do MINED, 6 convidados e 2 parceiros; 58

65 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO (PRÉ-) PRIMÁRIO Iniciou-se o processo de capacitação dos formadores nos IFPs que estão a implementar o novo modelo de formação (IFPs de Pemba, Matola, Homoíne e Marrere) abrangeu x formadores, sobre métodos e técnicas da abordagem dos temas transversais, no processo de ensino-aprendizagem no Ensino Primário; Elaborado o draft do Manual de Cidadania. Avaliação do Desempenho O desempenho do Ensino Primário pode ser considerado satisfatório, pois, dos quatro indicadores do QAD, dois foram integralmente cumpridos, um não foi cumprido, mas progrediu e outro, apesar de não ter sido cumprido, estagnou, como resultado do não recrutamento de professores necessários para o EP, por implicações orçamentais. Aliado ao QAD, as actividades constantes da matriz operacional para o período , as relativas ao ano de 2012 foram realizadas. Conclusões e Passos seguintes Necessidade de melhor articulação com as outras unidades orgânicas para o acesso a informação das acções realizadas no âmbito do Ensino Primário, onde a DINEP não é implementadora directa. 59

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67 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DE ADULTOS Alfabetização e Educação dos Adultos Relatório do Grupo de Trabalho, Desempenho 2012 Desempenho do subsector No âmbito da implementação do Plano Estratégico da Educação ( ), a Direcção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos, desenvolveu as actividades seguir mencionados, estruturados, de acordo com os objectivos estratégicos do Plano em referência. A realização das actividades teve o apoio e acompanhamento do Grupo de Trabalho composto essencialmente por técnicos da DINAEA, parceiros de cooperação, representando a DVV Internacional, a ICEIDA e a UNESCO. O apoio e acompanhamento do Grupo de Trabalho foram realizados através de encontros planificados e implementados de acordo com os Termos de Referência e orientações vindas do GCC. Assim sendo, a seguir descrevem-se de forma sucinta as principais actividades realizadas em 2012, nos seguintes domínios: Expansão do Acesso Inscrição de alfabetizandos e educandos, o que corresponde a uma realização de 134,7% do plano, registando-se um sobre cumprimento na ordem de 34,7% em relação à meta. Comparativamente com 2011, nota-se um crescimento na ordem de 18,1%. Para atender a este efectivo de alfabetizandos e educandos, foram contratados alfabetizadores. Melhoria da Qualidade do Ensino Para a implementação do Currículo de Alfabetização e instrumentos de escrituração escolar no subsector de AEA, em 2012 foram capacitados 110 Técnicos entre provinciais, distritais de AEA, formadores dos IFEAs e IFPs em 5 pontos a destacar Maputo, Gaza, Sofala, Nampula e Zambézia. Paralelamente a esta actividade e como forma de assegurar a implementação efectiva do Currículo de Alfabetização a DINAEA imprimiu e distribuiu: 1500 Exemplares de plano curricular, programas e orientações metodológicas de Literacia e Numeracia Exemplares de folhetos (livros) de Português, Matemática e Ciências Naturais para o 3º Ano para todas províncias; Livros do alfabetizador-literacia e numeracia; 61

68 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DE ADULTOS Exemplares do Livro do alfabetizando de Literacia Numeracia; Elaborado caderno de desempenho para o nível de alfabetização. No que concerne à formação em exercício, foram capacitados 1102 alfabetizadores pelos IFEAs, distribuídos do seguinte modo: a) IFEA de Mutauanha b) IFEA da Manga - 65 c) IFEA de Chongoene - 74 d) IFEA de Quelimane Foi igualmente feito o acompanhamento da testagem do Currículo modular de Formação de Educadores de Adultos no IFEA de Chongoene, em 3 momentos, a qual foi antecedido de um Seminário de Capacitação de 22 Gestores e Formadores, sendo 16 Formadores e 6 membros do corpo directivo. Está em curso a elaboração de guiões para o programa alfa-rádio ajustados ao novo currículo de alfabetização aprovado em Novembro de Desenvolvimento Institucional Realizou-se a divulgação das acções de implementação da Estratégia de Alfabetização e Educação de Adultos , através de encontros regionais (Norte, Centro e Sul) junto a sociedade civil, confissões religiosas e empresariado. No âmbito do desenvolvimento de parcerias foram assinados Memorandos de Entendimento, com HANDICAP, a DVV e a Igreja de Salvação. Foi realizada uma pesquisa sobre os factores que contribuem para a fraca retenção das mulheres e fraca participação dos homens na AEA. Foram feitos Lançamentos de dois projectos de Alfabetização inclusiva para pessoas com deficiência. Foram organizados e implementados três cursos de ENF: de horta orgânica, gestão de pequenos negócios e construção à baixo custo, nas províncias de Nampula, Zambézia e Tete. Edição dos documentos de escrituração escolar para níveis de Alfabetização e pós- Alfabetização. Foram estabelecidas parcerias com mais três organizações, nomeadamente, Igreja Exército de Salvação, HandCap Internacional e DVV Internacional, em 2012, e com a OMM e Somotor Moçambique, em

69 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DE ADULTOS Conclusão Em suma, pode-se afirmar que, em 2012, o desempenho do subsector foi positivo. Porém, recomenda-se a necessidade de: Melhorar os níveis de recrutamento de Alfabetizadores e incremento do envolvimento de estudantes, na materialização da iniciativa Família sem Analfabetismo de modo a garantir o cumprimento das metas estabelecidas; Melhorar o funcionamento do Grupo de Trabalho, através de estabelecimento e seguimento de um Plano e Calendário de Actividades pré-estabelecido; Continuar as acções de estabelecimento de memorandos e parcerias para a implementação da Estratégia aprovada. Maputo, 4 de Março de 2013.= 63

70 Não harmonizados Não harmonizados Padrões desenvolvidos Matriz Estratégica (Alfabetização e Educação de Adultos) Programa Alfabetização e Educação de Adultos Objectivo Geral Reduzir o analfabetismo, dando particular atenção às mulheres Indicador de Impacto 7. Taxa de analfabetismo Base (2011) Meta (2016) Total (HM) 48% (2008) 30% Mulheres (M) 63% (2008) 45% Objectivos Estratégicos Garantir o acesso e retenção dos Alfabetizandos nos programas de Alfabetização e Educação de Adultos Melhorar a qualidade e relevância dos programas de Alfabetização e Educação de Adultos e Educação Não Formal Reforçar a capacidade institucional e organizativa Indicador de Resultado 2.a Nº de jovens e adultos que participam nos diferentes programas de alfabetização 2.b Nº de programas de alfabetização na base de padrões estabelecidos 2.c % de consolidação dos dados de Educação Não Formal em relação com os diferentes programas Base 2011 Meta 2012 Val Obs Principais realizações em 2012 HM 598 mil 627 mil 659 mil 1. Inscritos alfabetizandos e educandos nos programas públicos de alfabetização e educação de adultos. 2. Contratados alfabetizadores para programas de alfabetização número abaixo do previsto. No âmbito da reorganização do Curso Nocturno, foi lançado um concurso e contratada uma consultoria. 3. Impressos e distribuídos livros de Português, Matemática e Ciências Naturais para 3º ano e exemplares de livros de Literacia e igual nº para a Numeracia para alfabetização e manuais de literacia e numeracia de alfabetizadores M 376 mil 395 mil 415 mil 4. Um estudo dos Factores que Influem para a Fraca Retenção das mulheres e Fraca Participação dos homens na alfabetização realizado. 5. Testagem do Novo Currículo de Formação de Educadores de Adultos no IFEA de Chongoene. Elaboração da Proposta do Regulamento de Avaliação para o Novo Currículo de Formação de Educadores de Adultos no IFEA de Chongoene. 6. Implementação do Currículo de Alfabetização em todo país. Aprovação do Regulamento de Avaliação de Alfabetização e Educação Básica de Jovens e Adultos. 7. Realização de um seminário de capacitação dos Técnicos Pedagógicos de AEA das DPEC e SDEJT, Formadores dos IFEAs e IFPs envolvendo de 110 pessoas. 8. Elaboração de um caderno de exercício de Literacia e um de numeracia. 9. Elaboração de caderno de desempenho para o nível de alfabetização; 10. Elaboração de instrumentos de escrituração escolar. 0% 0% 30% 11. Assinatura de três memorandos de entendimento sendo um com a Igreja Exército de Salvação, segundo com a dvv international e o terceiro com a HANDICAP INTERNATINAL para o desenvolvimento de actividades de AEA e ENF com respectivos planos de acção. 12. Identificação das capacidades de AEA no âmbito do CAPEFA ao nível da DINAEA e DPECs com destaque sobre prioridades em cada um dos pilares da Estratégia de AEA.

71 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Ensino Secundário Geral Relatório do Grupo de Trabalho, Desempenho 2012 Valores observados nos indicadores da Matriz Estratégica A Tabela 1 mostra indicadores de resultado em função do objectivo estratégico referente à expansão do acesso. Tabela 1: Indicador de Acesso: Taxa Bruta de Admissão, 2012 Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base Valor Obs 2012 Expandir o acesso de forma controlada, assegurando o acesso equitativo dando atenção especial às raparigas e jovens com necessidades educativas especiais 3.a Taxa Bruta de Admissão 8ª classe HM 46% 48% 42 M 43% 45% 40 11ª HM 20% 21% 19 classe M 18% 19% 18 De acordo com a tabela 1, em 2011, a taxa bruta de admissão na 8ª classe foi fixada em 46% no total e em 43% para as mulheres. Para 2012 foi planificada uma subida de ingressos de 2%, quer no total, quer para as mulheres. No entanto, os valores observados em 2012, mostram que, contrariamente ao que se esperava, a taxa bruta de admissão nesta classe foi no total de 42% (-6% em relação à meta estabelecida para 2012 e 4% relativamente ao valor registado em 2011). No que diz respeito às mulheres o valor registado foi de -5% relativamente à meta estabelecida para 2012 e de -3% em relação ao valor registado em Situação similar verifica-se na 11ª classe onde se esperava que a taxa bruta fosse de 21% no total e de 19% para as mulheres, o que representaria um crescimento de 1%. No entanto a taxa bruta de admissão registada para HM foi de 19%, menos 2% em relação à meta para 2012 e 1% relativamente ao alcançado em 2011, enquanto no caso das mulheres ao valor registado em 2012 foi de 18%, menos 1% do que o planificado e igual ao verificado em Constata-se assim que os valores observados em 2012 não vão de encontro ao planificado tanto para a 8ª como para a 11ª classe. Os factores-chave que estão na origem destes resultados poderão estar relacionados com o não cumprimento integral do programa das construções escolares e com a fraca qualidade de ensino que é fornecida a este subsistema de ensino. A construção de novas 65

72 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL escolas secundárias devia obedecer às prioridades definidas na carta escolar para melhorar o equilíbrio regional e tendo em conta ao que está plasmado na Estratégia do Ensino Secundário Gera (escolas pequenas, evolutivas e próximas das comunidades). A fraca qualidade de ensino que é fornecida, também pode ser vista como um dos principais constrangimentos do sistema que bloqueia o acesso a cada vez mais alunos, principalmente nas classes iniciais dos ciclos (8ª e 11ª classe). Neste sentido, ela precisa de ser melhorada para que se possa aumentar a eficiência do sistema, através da redução da reprovação (taxas de reprovação acima dos 25%), repetição e desistência e no aumento das taxas de conclusão. Assim, um investimento na contratação de professores em número suficiente, formação de professores em exercício e a consolidação da política de material escolar poderia contribuir para a melhoria da qualidade, reduzindo consequentemente o desperdício escolar, que é bastante alto. Portanto, estes aspectos são essenciais para garantir a qualidade no ESG e poderão abrir espaço para os novos ingressos. De seguida, com base na Tabela 2 abaixo é analisado o cumprimento das metas relativas ao objectivo estratégico relacionado com a qualidade, com base nas taxas de aproveitamento 2011, em virtude de ainda não ter sido concluído o processamento do levantamento do aproveitamento escolar, referente ao ano lectivo Tabela 2: Indicador de Qualidade: Taxa de Aproveitamento (n-1), 2011 Objectivos Estratégicos Melhorar a qualidade e relevância do ensino secundário geral através do desenvolvimento e implementação de um currículo profissionalizante Indicador de Resultado 3.b Taxa de aproveitamento (ano n-1) 10ª classe 12ª classe Base HM 51% 47% M 49% 44% HM 48% 51% M 46% 49% Valor Obs 2012 Analisando o aproveitamento de 2011 e tendo em conta o aproveitamento obtido no ano lectivo 2010, podem ser tecidas as seguintes considerações: Na 10ª classe, o rendimento escolar em 2011 foi de 47%, sendo 44% para mulheres. Estes resultados mostram que comparativamente ao ano lectivo 2010 houve uma regressão na ordem de 4% no total, e de cerca de 5% para as mulheres. Analisando os dados disponíveis, desde 2007, constata-se que o aproveitamento nesta classe tem vindo a registar uma tendência regressiva de ano para ano, como evidenciado na Tabela 3. Os dados mostram também que em 2011 a queda foi significativa comparativamente ao ano precedente. Tabela 3: Evolução do Aproveitamento Escolar da 10ª classe, Ano Aproveitamento 67% 61% 58% 51% 47% 66

73 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Estes resultados são bastante preocupantes porque representam um elevado desperdício escolar, podendo dizer-se que os recursos que são alocados às escolas não produzem os resultados esperados. Com o objectivo de melhorar o rendimento escolar, o MINED adquire e distribui anualmente livros para o apetrechamento das bibliotecas, mapas e cartazes, Kits de laboratório para a realização de aulas práticas, atribui o ADE, iniciativas que se deveriam traduzir numa melhoria do rendimento dos alunos. Contudo, a falta de preparação dos professores para trabalharem com os materiais de apoio à aprendizagem disponíveis, a não aprovação de livros didácticos para o aluno naquela altura (2011) 12, o incumprimento dos programas de ensino poderão ser alguns dos factores que têm contribuído para o baixo rendimento escolar nesta classe. Um outro factor que poderá estar a influenciar negativamente o rendimento escolar na 10ª classe, pode ser o número de exames a que o aluno é submetido (8 exames). Portanto, a reforma curricular do ESG1 que deveria conduzir à redução do número disciplinas (e consequentemente de exames) tal como já havia sido previsto no Plano Estratégico , afigura-se cada vez mais necessária. Na 12ª classe, o rendimento escolar, passou de 48% em 2010 para 51% em 2011 e para as mulheres de 46% para 49%. Portanto, contrariamente ao verificado na 10ª classe o rendimento escolar deste nível registou uma melhoria de 3%, quer no total, quer para as mulheres. Os dados estatísticos disponíveis mostram que o rendimento escolar na 12ª classe tem muitas oscilações, como mostram os dados da Tabela 4. Tabela 4: Evolução do Aproveitamento Escolar da 12ª classe, Ano Aproveitamento 55% 79% 60% 48% 51% Apesar de ter melhorado, o rendimento escolar nesta classe, ainda constitui motivo de muita apreensão, pois traduz um desperdício escolar bastante significativo. Pode dizerse que o baixo aproveitamento contribui muito significativamente para a redução dos novos ingressos na 11ª classe. À semelhança da 10ª classe, a falta de preparação de professores para trabalharem com os materiais disponíveis de apoio à aprendizagem, a não aprovação de livros didácticos para o aluno, o incumprimento dos programas de ensino poderão ter sido alguns dos factores que condicionaram o nível do rendimento escolar na 12ª classe em Comparando o rendimento escolar de 2011 com o de 2010, conclui-se que enquanto na 10ª classe o aproveitamento regrediu, na 12ª classe registou alguma melhoria ligeira. 12 Os livros foram aprovados em

74 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Considerando que as taxas de aproveitamento escolar em 2011, situaram-se abaixo dos 50% (10ª classe) e um pouco acima dos 50% (12ª classe), então, pode-se concluir que o processo de ensino e aprendizagem foi ineficaz em Isto significa que o desperdício escolar é muito significativo, ou seja os recursos que são alocados para o funcionamento do sistema educativo não são usados de forma eficiente e efectiva. Por último, em relação ao objectivo estratégico sobre a melhoria da gestão escolar referir que os valores indicados na matriz estratégica indicam que esta actividade terá seu início em 2013, com a formação de 140 directores. 68

75 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Implementação das grandes acções de 2012 Acções Prioritárias Responsabilidade Sub-Programa MEC04-01: Acesso 1. Observar as metas acordadas sobre os ingressos 2. Continuar a construção e apetrechamento das escolas secundárias, priorizando a zona rural 3. Expandir o ensino à distância, de forma sustentável 4. Promover a participação do sector privado e comunitário 5. Actualizar e implementar um sistema de bolsas/isenção de propinas 6. Promover, regular e fiscalizar o autodidactismo Actividade/Acção Indicador Meta Física Ponto de Situação DIPLAC Ingressos na 8ª classe e 11ª classe em 2012 DIPLAC-CEE Recepção definitiva de 5 escolas secundárias Elaboração de projectos executivos de 5 escolas secundárias Lançamento de concurso de empreitada Construções de escolas secundárias rurais, no âmbito de programa de construção acelerada IEDA DIPE DIPE Expansão do PESD através da abertura de novos Centros de Apoio e Aprendizagem Revisão do Regulamento do Ensino particular com resgate da figura do Explicador; Promover o autodidactismo através da acção do explicador Novos ingressos Recepção definitiva de escolas secundárias, no âmbito do BID III BID IV 18 salas iniciadas em salas iniciadas em % dos alunos do 1º ciclo do Ensino Secundário cobertos Novas escolas particulares criadas Acção do explicador regulamentada 48%(totais) 21%(totais) 5 5 Abertura de 82 CAAs Regulamento do Ensino Particular revisto, integrando a acção do explicador 8ª classe 11ª classe Chiúre, Dondo, 29 de Setembro (Maxixe) Marrupa e Nacala 42% 19% Recebidas 4 faltando a de Marrupa. Projectos executivos para a construção de 5 escolas secundárias concluídos e entregues Em curso a avaliação das propostas Concluídas 6 salas das iniciadas em Está em curso a construção a construção de 68 salas de aula das quais 12 iniciaram em 2011 e 56 em CAAs abertos; alunos da 8ª a 10ª classe,( 8% da meta estabelecida) dos quais 7089 na 8 classe( novos ingressos) Revisto o Regulamento do Ensino Particular Criadas 13 Escolas particulares do ESGI/II Actividade não prevista para 2012 Realizado um encontro de auscultação de explicadores da Cidade de Maputo; Elaborada proposta de revisão dos Regulamentos do Ensino Privado 69

76 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Acções Prioritárias Responsabilidade Actividade/Acção Indicador Meta Física Ponto de Situação Sub-Programa MEC04-02: Qualidade 7. Adoptar um currículo INDE mais relevante e sustentável incluindo os temas transversais 8. Aumentar o tempo lectivo de 33 para 40 semanas 9. Garantir o acesso ao livro escolar, materiais didácticos e a outros materiais com conteúdos de temas transversais 10. Estabelecer um sistema de formação e de desenvolvimento profissional contínuo de professores. Elaboração dos programas integrados da 8ª, 9ª e 10ªclasses; Elaboração dos programas e módulos de turismo DINES/IG Rever o calendário escolar Tempo lectivo de 38 semanas DINES /DAF DNFP Apetrechar as bibliotecas escolares em livros e materiais didácticos de apoio ao professor e ao aluno Aquisição de equipamento para laboratórios escolares Produzir e distribuir material multimédia para o apoio ao professor, sobretudo na área de Ciências Naturais (PES 2012) Desenvolver um sistema de formação em exercício e continuo para os professores de todas as áreas curriculares, excepto o Ensino Superior. Apetrechamento das bibliotecas escolares Número de laboratórios equipados Escolas apetrechadas com material multimédia para o apoio ao professor, sobretudo na área de Ciências naturais Pacote de capacitação/formação de professores concebido Programas de disciplinas integradas da 8ª, 9ª e 10ª classe elaborados - Módulo e programa da 8ª classe de Turismo elaborados 561 escolas 200 escolas 33 escolas A nível nacional A nível nacional Não foram elaborados os programas das disciplinas integradas da 8ª, 9ª e 10ª classes, - Harmonizada a matriz dos conteúdos e competências gerais; Concluídos o programa e o módulo da 8ª classe de Turismo Alcançada a meta de 38 semanas lectivas Distribuídos para todas as províncias livros do aluno aprovados pelo MINED para 13 disciplinas curriculares. Distribuídos livros de leitura complementar doados pela Associação Karingana Wa Karingana; Elaborado e enviado a DAF o processo de procurement, faltando a sua aquisição (kits); Em conclusão a elaboração dos guiões para a produção de vídeos; Instalado o software de gestão académica D distribuído equipamento multimédia e de ensino à distância no âmbito do e-learning Realizadas duas (2) sessões de consulta e auscultação às instituições de ensino ( UP, UEM, Dom Bosco, OWU/ADPP, UST) e a outras personalidades académicas. 70

77 Acções Prioritárias 11. Definir e implementar os padrões e indicadores de qualidade no ensinoaprendizagem Responsabilidade Actividade/Acção Indicador Meta Física Ponto de Situação ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL DGGQ Nada estava planificado para o ESG em 2012 Sub-Programa MEC04-03: Desenvolvimento Institucional 12. Criar um sistema de DNFP formação e capacitação dos gestores nos domínios da planificação, gestão e administração escolar 13. Desenvolver um sistema de financiamento sustentável para o ESG, com a comparticipação das famílias e do sector privado DINES Desenvolver um Programa de capacitação/formação de gestores de escolas nas áreas de planificação, gestão e administração escolar; Rever os regulamentos de propinas, taxas de internamento e exames no SNE Pacote de capacitação/formação de gestores escolares concebido Sistema de financiamento sustentável desenvolvido A nível nacional A nível nacional Concebida uma proposta de programa de capacitação e formação de gestores de escolas, com início previsto para segundo trimestre do corrente ano. Elaborada a proposta de revisão do regulamento de Propinas, taxas de internamento e exames no SNE 71

78 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Acções Prioritárias 14. Consolidar a reforma dos exames. Responsabilidade CNECE Actividade/Acção Indicador Meta Física Ponto de Situação Realizar os exames Corrigir Continuar a implementação da reforma de exames: consultorias Continuar a implementação da reforma de exames: outros aspectos electronicamente os exames. Fazer a montagem do software p/ os candidatos externos aos exames finais de Dezembro e p/ alunos internos de 2013, nas escolas do ESG2 Adquirir duas máquinas de correcção electrónica (OMR) para a leitura óptica para as províncias de Tete e Gaza. Fazer a consultoria para a elaboração do programa de implementação da reforma para os próximos anos Criação de modelos nacionais de certificados. Provas da 12ª classe da época extraordinária e da 1ª época corrigidas Todas escolas do ESG2 com o software readaptado Máquinas de leitura óptica para Tete e Gaza solicitadas Empresa apurada para a consultoria e trabalhos de consultoria iniciada Corrigidos os exames extraordinários de escolha múltipla da 12ª classe (leitura óptica) nos centros de Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala e Inhambane. O tratamento dos resultados foi realizado no centro do CNECE, em Maputo. Foi iniciada a correcção electrónica dos exames da 1ª época da 12ª classe, paralelamente a correcção manual feita nas escolas com intuito de obter dados estatísticos para a análise. Embora o novo software não tenha sido recebido, situação aliada ao processo de assinatura do contrato com a CORE, readaptou-se a versão anterior para o seu uso nas escolas. Feita uma solicitação para aquisição de duas (02) máquinas de leitura óptica (correcção electrónica OMR) para as províncias de Tete e Gaza. Iniciada a consultoria para a elaboração da estratégia para a área dos exames e respectivo plano de acção para o quinquénio Aprovado o Regulamento de Certificação e a actividade foi reprogramada para

79 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Acções Prioritárias 15. Adequar e aplicar os instrumentos normativos do ESG 16. Promover o conceito de escolas seguras e saudáveis Responsabilidade DINES DINES DIPE Actividade/Acção Indicador Meta Física Ponto de Situação Capacitação de formadores do programa geração Biz; Realização de seminários sobre o tratamento de temas transversais no sistema educativo Novos SSRAJ criados Surgimento de novos activistas em abordagem de temas transversais 33 formadores do programa Geração BIZ Revisão do RAESG; Revisão do Regulamento do E.S. Revisão do Manual do Conselho de Escola Operacionalização do plano de estudo do 2º ciclo Aprovados livros do E.S. Produzida a Instrução Ministerial atinente aos cursos modulares de curta duração. Instrução Ministerial atinente a Escolas Piloto para a melhoria da Qualidade Capacitados formadores do Programa geração Biz em abordagem sócio- cultural 73

80 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Classificação e justificação Classificação: Consideramos que o desempenho do sector no Programa do ESG em 2012 foi Satisfatório. Justificação: Analisando os resultados obtidos em cada um dos três objectivos estratégicos podem ser tecidas as seguintes considerações: No que tange ao acesso, fazendo uma análise comparativa dos dados nos dois anos constata-se que os valores observados em 2012 não vão de encontro ao planificado tanto para a 8ª como para a 11ª classe. Para a 8ª classe estava planificada uma subida de ingressos em 2%. No entanto, os valores observados em 2012, mostram que, contrariamente ao que se esperava, a taxa bruta de admissão nesta classe regrediu em 4%. Para a 11ª classe também se esperava uma melhoria nas taxas em 1%, mas, pelo contrário, estas regrediram em 1%. Na área do acesso, o não cumprimento das metas pode estar em parte ligado à falta de espaços. Por isso, urge acelerar a implementação do programa de construção de escolas, com escolas pequenas cada vez mais próximas das comunidades, tal como previsto na estratégia do ESG. Na componente da qualidade, as taxas de aproveitamento escolar em 2011, situaram-se abaixo dos 50% na 10ª classe e um pouco acima dos 50% na 12ª classe. Com estas taxas, pode-se concluir que o processo de ensino e aprendizagem foi ineficaz em 2011, pois o desperdício escolar é muito significativo. No entanto, com vista a inverter a tendência regressiva do rendimento escolar, há a destacar o facto de em 2012 terem sido, pela primeira vez, aprovados e distribuídos livros do aluno para uso em escolas secundárias; a realização de testes provinciais nas diferentes disciplinas que compõem os currículos (actividade que foi acompanhada pela realização de três painéis regionais para a capacitação dos elaboradores das avaliações); e a realização de acções de monitoria da implementação dos regulamentos de funcionamento das escolas secundárias, regulamento de avaliação e do manual do conselho de escola. Estas são algumas das acções levadas a cabo que podem concorrer na melhoria da qualidade. Apesar disso, o estabelecimento de um sistema de formação e de desenvolvimento profissional contínuo de professores, em todas as áreas curriculares, contínua a ser uma necessidade imperiosa. Relativamente ao desenvolvimento institucional, o facto de ter sido concebida uma proposta de programa de capacitação e formação de gestores de escolas, abre caminhos para que se consiga formar os cerca de 140 gestores planificados para 2013, de acordo com a matriz estratégica. Neste subprograma, há a destacar também a elaboração da proposta de revisão do regulamento de propinas, taxas de internamento e exames no SNE. Esta revisão poderá concorrer para o desenvolvimento de um sistema de 74

81 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO SECUNDÁRIO GERAL financiamento sustentável para o ESG, com a comparticipação das famílias e do sector privado, mas muito há ainda por fazer nesta componente. Pontos-chave a considerar no contexto do PES Continuar a construção e apetrechamento das escolas secundárias, priorizando a zona rural. 2. Observar as metas acordadas sobre os ingressos. 3. Aquisição de equipamento para laboratórios escolares, livros para as Bibliotecas escolares e outros materiais de apoio ao ensino. 4. Disseminar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo de ensino e aprendizagem. 5. Adoptar um currículo mais relevante e sustentável incluindo dos temas transversais. 6. Investir na melhoria da qualidade da aprendizagem nas 60 escolas piloto/modelo. 7. Assegurar a formação em exercício dos professores. 75

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83 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL Ensino Técnico-profissional Relatório do Grupo de Trabalho, Desempenho 2012 Desempenho do subsector Os valores indicados nos indicadores da Matriz da Estratégia, duma forma forma geral foram atingidos e ultrapassados e em alguns não foram atingidos, o que nos permite afirmar que houve progresso em relação ao ano anterior em particular no objectivo estratégico 1 do PEE como poderemos observar na tabela do ponto 2. Os factores que contribuíram para o sucesso das metas pré-estabelecidas deveu-se em grande medida a melhor planificação e coordenação entre os diferentes intervenientes, nomeadamente, DIPLAC CEE, DPECs INEFP PIREP, PRETEP, ISDB, Canadá, GIZ, Espanha, Portugal, entre outros. Os factores chaves que contribuíram para não se atingir as metas há destacar: 1. A Transformação de escolas básicas em institutos médios e em escolas profissionais bem como a extinção progressiva dos cursos do nível básico; 2. A redução do rácio professor/aluno que têm como consequência a redução dos efectivos escolares em relação ao ano de 2011 e, 3. A morosidade de procedimentos de procurement (DAF) para os processos de aquisição e estudos previstos e; 4. A aprovação da ANEP. 77

84 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL Implementação das acções prioritárias do PEE em 2012 ao nível do Programa Sectorial Programa Ensino Técnico-Profissional Objectivo Geral Melhorar o acesso, a relevância e a qualidade do ETP para o desenvolvimento do País Indicador de Impacto 1. % de graduados absorvidos no mercado de trabalho de acordo com a sua formação Base (2007) Meta (2016) Graduados do novo sistema de qualificação 27% 60% Graduados de sistema antigo Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base Valor Obs Principais realizações em 2012 Aumentar o acesso e a retenção no ETP, prestando particular atenção às disparidades geográficas e de género 4.a Número de jovens e adultos no sistema Escolas profissionais Escolas Básicas Institutos Médios Cursos não formais de curta duração Reabilitar (ou construir) e apetrechar 21 instituições existentes do ETP (EP. Mugeba, EP. Macomia, IIC de Nampula, IA de Mocuba, IIC Pemba, IA Ribáue, EP da Ilha de Moçambique, EP de Murrupula, IIC Quelimane, IA de Chimoio, IMEM de Moatize, IIC da Beira, EP Massinga, IA Inhamussua, IIC "7 de Setembro" Xai-Xai, IA Chókwe, IA de Boane, II de Maputo, ICAG de Beloluane, IC de Maputo, I. Agro-Industrial de Salamanga) Construir/criar Escolas Profissionais, principalmente nas zonas rurais. (está em construção a EP de Machaze em Manica) Desempenho: satisfatório Criar 40 CCDCs (Foram criados e apetrechados 6 CCDCs em Chimoio, Tete, Ribáue, Namapa, Mocuba e Caia (os 6 CCDCs foram planificados de acordo com os recursos do Ministério enquanto que os 40 seria com financiamento do governo indiano) Desempenho: satisfatório Expandir a oferta dos cursos de curta duração, em estreita ligação e (previsão articulação com a DINAEA e o INEFP. Foram formados 407 jovens fora do 2011) SNE em colaboração com CFP da Metalomecânica e 21 instituições do ETP estão providenciando diferentes cursos de curta duração em diferentes áreas com a duração de 4 a 24 semanas tendo formado no ano passado, 1547 jovens 5 Racionalizar a oferta de cursos; (em coordenação entre as instituições que providenciam cursos de curta duração e delegados de trabalho e CFPs na selecção de cursos com demanda nessas regiões) Desempenho satisfatório 6. Explorar as possibilidades do uso do ensino à distância (esta sendo realizada uma consultoria sobre a viabilidade de ensino a distância). Desempenho: satisfatório 78

85 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base Valor Obs Principais realizações em 2012 Garantir que os graduados do ETP tenham uma formação de qualidade e relevante para o mercado de trabalho formal e informal 4.b Taxa de aproveitamento por cada nível e sistema de ensino Escolas profissionais Escolas Básicas 7. Motivar a abertura de instituições privadas foram abertas 7 instituições privadas que providenciam cursos do ETP duas das novas qualificações Desempenho: bom 8. Aplicar um sistema de incentivos que vise um maior equilíbrio entre o género e evite a exclusão Foi aplicada o sistema de incentivos nas seguintes instituições: IIC de Pemba, IIC de Nampula, IA Ribáue, IIC de Quelimane, IA de Chimoio, IIC da Beira, IA de Chókwe, IA de Boane, II de Maputo, que consiste na distribuição material de higiene individual, material escolar, prioridade na selecção no ingresso ao ETP médio. Desempenho: satisfatório 75,7% 77%? 79% 9. Implementar a estratégia de recrutamento, formação e capacitação dos professores para o ETP; Foram recrutados 152 novos docentes para o ETP em diferentes províncias. Desempenho: Satisfatório 10. Introduzir currículos baseados em padrões de competências (sistema modular nível médio todas as instituições (Foram introduzidas novas qualificações em mais 4 Instituições nomeadamente: IA Bilibiza, IAI de Salamanga, IIC de Xai-Xai e IIC de Nampula contra 11 previstas). Desempenho não satisfatório 63,3% 65%? 67% 11. Garantir recursos financeiros, humanos e materiais para garantir a qualidade; (O MINED colocou cerca de 17 Milhões de Meticais para aquisição de equipamento diverso para as instituições do ETP (Equipamento Informático, Tractores, Alfaias Agrícolas e Viaturas). Através dos fundos do ADE, as escolas podem adquirir matérias e consumíveis para melhorar a formação prática dos alunos, foram recrutados 152 novos docentes e 8 novos técnicos para DINET) Desempenho: satisfatório 12. Planificar e introduzir cursos de curta duração Foi incrementado o número de instituições que promovem cursos de curta duração de 10 para 21 em coordenação com o INEFP Desempenho: bom 13. Expandir a reforma de exames para as instituições que implementam o antigo curriculum. Exames são realizados e corrigidos ao nível da escola por meio das Comissões de Exames criadas pelas DPECs e em parceria com o CNECE. Desempenho: bom 79

86 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL Objectivos Estratégicos Indicador de Resultado Base Valor Obs Principais realizações em 2012 Melhorar a gestão e coordenação do sistema, envolvendo o sector produtivo, de forma particular Instituições de nível médio 4.c Número de escolas que implementam instrumentos de gestão de qualidade 73,2% 75% 77% 14. Consolidar e expandir o Quadro Nacional de Qualificações Profissionais e do sistema de acreditação e certificação (Discussão com as Direcções da Coordenação do Ensino Superior, de Gestão das Qualificações e com o Ministério do Trabalho para harmonizar os aspectos visando a criação do QNQP). Desempenho: satisfatório 15. Assegurar a criação nas escolas de unidades de orientação profissional vocacional e de organização de estágios. (O PIREP vai contratar em 2013 uma consultaria para desenvolver um sistema de orientação profissional e académico). Desempenho: não satisfatório Criar um órgão que se responsabilize pela política, regulação e garantia da qualidade da Educação Profissional. (Em processo de aprovação da ANEP que irá regulamentar essas necessidades. Desempenho: satisfatório 17. Atribuir maior autonomia às instituições de nível médio. (Aprovado e em implementação o regulamento especifico para instituições que introduziram as novas qualificações) Desempenho: satisfatório 18. Melhorar a gestão das escolas seguras e saudáveis. (Capacitados os Chefes de Internatos e Lares na perspectiva da melhoria das condições de vida nas escolas, lares/internatos tendo a salvaguarda das condições ambientais e de saúde publica). Desempenho: bom 19. Garantir uma melhor ligação com o sector produtivo, através da sua participação na gestão escolar; 2012: (Em funcionamento os STCs -Comités Técnicos Sectoriais onde estão envolvidos membros do sector produtivo/privado criados no âmbito da REP. (Foram criados conselhos de escola com a participação do sector privado em algumas instituições). Desempenho: satisfatório 20. Garantir o financiamento do ETP (Em processo de aprovação da ANEP que irá regulamentar essas necessidade). Desempenho: não satisfatório 21. Reforçar a produção escolar em todas as instituições; (Foi realizada uma acção de capacitação aos chefes de produção das IFETP com vista a melhorar o seu performance) Desempenho: satisfatório 80

87 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL Os factores-chave que contribuíram para o sucesso da implementação do programa do sector (se for o caso): Melhor planificação e coordenação entre os diferentes intervenientes, nomeadamente, DINET, DPECs, INEFP, DIPLAC CEE, PIREP, PRETEP, ISDB, GIZ, Canada, Portugal, Espanha, entre outros Apoio técnico no nível das escolas (por exemplo na formação de formadores, instalação de novo equipamento, gestão etc.) Aderência cada vez maior do sector produtivo nas actividades organizadas no âmbito da REP. Mais formadores formados com apoio de vários actores (PRETEP, ISDB, Portugal, Canada, GIZ, etc.) Os factores-chave que contribuíram para o insucesso da implementação do programa do sector (se for o caso); A reabilitação e apetrechamento são processos complicados e morosos que precisam uma boa coordenação, conhecimento técnico profundo e alta responsabilidade desde o primeiro passo até o fim (planeamento, especificação, encomenda, entrega, instalação e uso). Este facto tem efeitos directos à implementação das actividades programadas dentro e fora da reforma ao nível das escolas: onde não há condições adequadas, os novos currículos não podem ser introduzidos em plena forma. Coordenação entre os vários actores é um desafio, DINET,PIREP, INEFP, sector privado. Falta de coordenação adequada entre DINET, PIREP e INEFP com vista a assegurar a transferência de capacidades para DINET e INEFP e as instituições de formação) Atraso do cumprimento dos prazos nos processos de procurement. Conclusões e passos seguintes Tendo em conta os pontos 1 e 2, podemos concluir que o desempenho do Programa Sectorial do Ensino Técnico-profissional em 2012 foi Satisfatório. A avaliação atribuída foi baseada no facto das metas estabelecidas tanto no Plano Operacional (PEE) e o PES 2012 terem sido cumpridas e em alguns casos ultrapassadas. Por outro lado novas instituições públicas e privadas terem aderidos à nova filosofia de formação baseada em competências. Também há a destacar a aderência cada vez maior do sector produtivo nas actividades organizadas no âmbito da REP através da sua participação nos STCs e comités de validação. 81

88 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL Pontos-chave a considerar no contexto do PES 2014 Os pontos chaves a considerar no contexto da preparação do PES para 2014 para incrementar o desempenho para 2014 são: Continuar a construção/ reabilitação e apetrechamento das instituições do ETP melhorando a coordenação com outros intervenientes e envidar-se esforços na melhoria da qualidade Continuar a formação dos formadores e gestores para o ETP e implementar a estratégia de formação de formadores Garantir as condições para a aprovação da proposta de criação da ANEP; Continuar os contactos com os diferentes parceiros para a criação do Quadro Nacional de Qualificações Profissionais; Incrementar a oferta de cursos de Curta Duração. 82

89 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Desenvolvimento Administrativo e Institucional Relatório do Grupo de Trabalho, Desempenho 2012 Introdução O Programa Sectorial de Desenvolvimento Administrativo e Institucional tem como objectivo principal fortalecer a gestão e a governação do sistema educativo aos vários níveis, dando atenção particular aos distritos. Trata-se de um programa vasto, que, na fase de implementação, envolve muitas entidades com diferentes responsabilidades relativamente aos três objectivos estratégicos. Quadro 30: Objectivos estratégicos e intervenientes Objectivo Coordenação 1 Estimular o desenvolvimento e a gestão dos DRH recursos humanos 2 Assegurar a observância de padrões e DGGQ indicadores de qualidade da educação 3 Harmonizar e reforçar os processos e DIPLAC instrumentos de POEMA do sistema Principais envolvidos DRH, DTIC, DIPE, DNFP DGGQ, IG, DAF, INDE DIPLAC, DIPE, DTIC, INED Valores observados nos indicadores da Matriz Estratégica Como se pode ver no Quadro 31, 4 das 5 metas dos indicadores com metas definidas foram atingidas. Quadro 31: Indicadores, metas e valores observados Indicadores Observado Meta Obs. Pessoal Docentes HM Atingido (99,8%) contratado %M 69% 32% 50% Não atingido Não-docentes Sem meta Nº de escolas monitoradas que Padrões estabelecidos (EP) belecidos (EP) Padrões esta- N.A. atingem os padrões mínimos Atingido Execução Total 87% 91% ano anterior Atingido orçamental FASE 69% 13 80% 69% Atingido 13 A linha de base foi ajustada à informação apresentada no REO 2012 sobre o ano 2011 (veja o Quadro 36). A taxa na Matriz Estratégica faz referência à informação no relatório do FASE 2010 (veja o Quadro 49) 83

90 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Contratação de novos professores A meta para a contratação dos professores (incluindo os professores contratados em 2011 com os fundos do FASE), que foi tingida em 99,8% revela melhoria na aplicação dos procedimentos de contratação de pessoal, como resultado dos cursos de capacitação que têm sido ministrados. Por outro lado, o facto de ter sido planificada a contratação de menos professores em comparação com o ano anterior, não significa que não sejam necessários mais professores, sendo sim reflexo da redução do orçamento disponibilizado para este efeito. A redução na contratação contribuiu para a estagnação do rácio de alunos por professor no EP1 (veja o relatório do Grupo de Trabalho do Ensino Primário), bem como obrigou ao ajuste das metas dos efectivos para o Ensino Secundário (veja o relatório do Grupo de Trabalho do Ensino Secundário). Quadro 32: Nº de novos professores contratados em 2012, por província, total e % mulheres Província EP ESG ETP Total HM %M HM %M HM %M HM %M 01 Niassa % 82 23% % 02 Cabo Delgado % % 29 24% % 03 Nampula % % 25 12% % 04 Zambézia % % 30 17% % 05 Tete % % 12 17% % 06 Manica % % 11 36% % 07 Sofala % % 8 13% % 08 Inhambane % % % 09 Gaza 45 27% 92 29% 3 0% % 10 Maputo Província % 36 31% 26 50% % 11 Maputo Cidade 91 47% 44 36% 31 42% % Total % % % % Quanto à contratação de professoras a meta de 50% não foi atingida, situando-se em 32% correspondendo a professoras contratadas. Relativamente ao ano anterior, a percentagem de professoras contratadas reduziu bastante, particularmente no ensino primário. Aponta-se como razão do incumprimento a falta de candidatas com formação psicopedagógica. Quadro 33. Número de alunos nos IFPs, Ano M Total % M % % % % % 84

91 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Quadro 34: Nº de graduados da 10ª e 12ª classe, Ano 10ª classe 12ª classe M Total % M M Total % M % % % % % % % % % % Este fenómeno coincide com a redução do número de alunas frequentando os IFPs (em números absolutos e em percentagem) desde Deve-se investigar melhor esta situação, uma vez que o número de alunas que se graduam anualmente na 10ª e 12ª classe tem crescido anualmente. Contudo, o número e a percentagem de professoras no sistema continua a crescer, com maior destaque no EP1 como se pode verificar no Quadro 35. Quadro 35: Nº de professores no Ensino Geral, , ensino público, diurno Nível / 2012/ M Total %M M Total %M M Total %M EP % % % 5% 3% EP % % % 5% 4% ESG % % % 6% 10% ESG % % % 18% 11% Total % % % 5% 4% Observância de padrões e indicadores de qualidade No âmbito do Programa Quinquenal do Governo, o Plano Estratégico da Educação ( ) estabelece como prioridades, o acesso, a melhoria da qualidade de ensino e o reforço da capacidade institucional. Pretende-se que os alunos não só acedam ao sistema educativo, mas nele permaneçam e concluam em tempo útil as competências requeridas. Tendo em vista a consolidação e desenvolvimento de uma cultura institucional virada para a melhoria contínua da qualidade do ensino estão em curso a concepção de indicadores de qualidade com a finalidade de orientar os processos de planificação, implementação eficaz e eficiente das estratégias aprovadas servindo também e consensualmente como critério de avaliação seja ao nível institucional seja no campo da aprendizagem. Os padrões gravitam em torno das prioridades do PQG e do PEE no sentido de se assegurar o acesso, retenção / permanência do aluno na escola tendo desenvolvido as competências prescritas, apostando em dimensões críticas que as influenciam estruturadas em três dimensões designadamente a Planificação, Administração e Gestão Escolar, as Infra-estruturas e Ambiente Escolar e o Processo de Ensino Aprendizagem, assumidos como críticos para a melhoria da qualidade de ensino que se pretende. 85

92 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL As acções em curso ( ) estão centradas na concepção dos padrões e indicadores de qualidade, com enfoque no ensino primário, como reflectido na meta do indicador de número de escolas monitoradas que atingem os padrões mínimos, o que foi cumprido. Tendo sido partilhada e consensualizada a proposta de padrões e indicadores de qualidade para a escola primária, está em curso em 2013 a sua experimentação que culminará com uma avaliação da mesma. Execução financeira Execução orçamental - orçamento global Em 2012, na base da informação apresentada no REO, a execução orçamental (Orçamento do Estado na sua totalidade) foi melhor do que em O Quadro 14 do REO refere-se ao sector da educação, baseado na classificação institucional. Isto não inclui a despesa com educação ao nível dos distritos, A informação do Quadro 15 do REO é baseada no classificador funcional, que inclui os distritos, mas também a despesa com educação de outros ministérios (como sendo por exemplo os Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia. Quadro 36: Execução orçamental, sector da educação, REO 2012 (em milhões de Meticais) Referência / REO Orç. Exec. % Exec. Orç. Exec. % Exec Quadro % % 2% Quadro % % 10% Fonte: REO 2012, quadros 14 e 15 A informação apresentada no REO é limitada em termos de detalhe da despesa do sector por âmbito e classificador económico 14. Quadro 37: Execução orçamental, sector da educação, (em milhões de Meticais) -- fonte e-sistafe, data de geração: 8 Fevereiro de 2013 Tipo da despesa por /2011 fonte de financiamento Orç. Exec. % Exec. Orç. Exec. % Exec. Orç. % Exec. Funcionamento Interno % % 13% 13% Investimento Interno % % 51% 45% Externo FASE % % -24% -13% Bilaterais % % -32% -28% Total % % 3% 7% 14 Deve se notar que a informação apresentada nos diferentes relatórios e mapas nem sempre é comparável. Isto resulta do facto de que as contas ainda não estão fechadas. A Conta Geral do Estado apenas estará disponível no final do ano ou no início do ano seguinte. 86

93 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL O Quadro 37 reflecte uma imagem mais real do orçamento e da despesa do sector, na base do e-sistafe. Esta informação confirma o crescimento na despesa do sector, quer em termos absolutos, quer em percentagem de execução. O cumprimento da meta de execução em 2012 resultou da melhoria na execução da fonte externa, principalmente dos fundos do FASE, que passou de 69% para 80% (Quadro 9 do REO 2012). O aumento da despesa foi, em grande parte, motivado pelo aumento da despesa de funcionamento, fonte interna, em aproximadamente 13% (veja o Apêndice 1 para mais detalhes sobre a execução orçamental em 2012). Execução orçamental do FASE O indicador compara a despesa realizada com o orçamento inscrito no REO. Como se pode verificar no Quadro 37, em 2012, a execução dos fundos do FASE melhorou em comparação com o ano de 2011, e ultrapassou a meta de 69%. Contudo, o volume da despesa decresceu em 13% relativamente à despesa observada em 2011, principalmente devido a descontinuação da prática dos adiantamentos feitos no fim do ano anterior para facilitar a abertura do ano lectivo no ano seguinte (ADE para o Ensino Primário e IFP 15 ) para 2012 e atrasos contínuos na implementação nos programas de construção, ao nível das províncias no caso da nova abordagem e ao nível central nas grandes construções. O cumprimento da meta resultou principalmente de uma planificação e orçamentação mais realista ao nível do sector, através de uma orçamentação baseada na despesa prevista, e não baseada nas previsões dos fundos disponíveis, bem como progressos nos processos de aquisição. Contribuiu para a redução da despesa relativamente ao ano anterior 16, os adiantamentos feitos em finais de 2011 para o ADE e para os IFPs para serem executados em 2012 (cerca de 300 milhões de meticais), o que não foi feito em 2012, bem como os atrasos contínuos na implementação da nova abordagem de construção acelerada. O Apêndice 2 fornece informação adicional sobre a execução dos fundos do FASE. 15 Esta prática para as escolas primárias já tem alguns anos. Para os IFPs foi introduzida para a 1ª vez em Trata-se de um desembolso de mais de 10 milhões de dólares americanos. Esta prática foi descontinuada em Foi iniciada uma discussão com o MF sobre a melhor maneira de descentralizar os fundos para as escolas através da CUT garantindo a sua disponibilidade em tempo útil. 16 Este assunto foi referido no documento Adenda ao PdA 2012, de

94 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Implementação das acções prioritárias do PEE em 2012 ao nível do Programa Sectorial As realizações Objectivo 1: desenvolvimento e gestão dos recursos humanos Acção 1 e 7: Implementação das rotinas, assegurando a motivação e retenção O cumprimento da meta de contratação dos novos professores, bem como para nomeações para as funções de direcção e chefia, promoções, progressões e mudanças da carreira (que não consta na Matriz Estratégica) mostra que foram planificados e orçamentados os actos administrativos de modo a que o sector consiga implementar as rotinas estabelecidas. O grande dilema é que as necessidades de contratação de novos funcionários (professores e não-docentes), assim como o cumprimento da legislação relativa a promoções, progressões e mudanças da carreira, têm um impacto orçamental que está muito acima da capacidade financeira do país. A falta de professores contribui para a sobrecarga do corpo docente existente, para a introdução do 2º e 3º turno, para o aumento da despesa com horas extras e segundo turno e para a redução de tempo lectivo. A não contratação de pessoal não-docente nos últimos três anos tem contribuído negativamente na capacidade de gestão do sistema nos níveis descentralizados. Entretanto é importante realçar que o pagamento atempado do trabalho extraordinário e a evolução da carreira do docente (direitos consagrados na legislação) é um factor de motivação importante para o alcance das metas. Acção 2 e 3: Implementação das reformas na Administração Pública O ministério envolveu-se na revisão do Diploma Ministerial nº 74/90, de 15 de Agosto, elaboração do Despacho que define procedimentos uniformes para o controlo das cargas horárias nas instituições de ensino público (aprovado pelos Ministros de Educação e das Finanças); revisão da Resolução nº 8/2005, de 23 de Dezembro, que culminou com a aprovação da Resolução nº 18/2012, de 7 de Dezembro, relativa aos Qualificadores das funções específicas dos estabelecimentos de ensino; elaboração do Quadro de Pessoal do Ministério da Educação (MINED), aprovado pela Resolução nº 10/2012; e colaborou na elaboração dos Estatutos Orgânicos do Instituto Superior Politécnico de Gaza (ISPG), dos Centros Regionais de Educação Inclusiva (CREI) e do Instituto Nacional de Educação a Distância (INED). 88

95 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Estava previsto a criação de uma unidade de implementação do Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Embora no final de 2012 tivesse sido contratados o Coordenador Executivo e o Coordenador do Eixo de Formação e Capacitação dos Funcionários, em Fevereiro o Coordenador Executivo denunciou o seu contrato. Este atraso tem contribuído para o incumprimento de algumas acções prioritárias nesta área. Acção 4: Medidas de apoio social O sector realizou várias actividades no contexto da implementação do Programa de Assistência Social, resultando no aumento do número de funcionários que declaram viver com doenças crónicas e HIV e SIDA, e facilitando o apoio aos funcionários nestas condições através dos subsídios alimentar em TARV. Acção 5: Formação e capacitação Foram admitidos na Universidade Pedagógica em 2012, isentos de exame de admissão à luz do memorando de entendimento entre o MINED e a UP, 833 docentes e técnicos do Sector da Educação de todo o país, para aumentar o seu nível académico com vista a melhorar a qualidade de ensino. No que se refere às capacitações de curta duração foram capacitados funcionários em diversas áreas, com destaque para as capacitações em Planificação e Execução dos Actos Administrativos (449 técnicos), com vista a melhorar a gestão de recursos humanos, a capacitação (198 técnicos) nos módulos POEMA (Planificação e Orçamentação e Gestão de Património) e no Preenchimento dos Mapas de Controlo das Cargas Horárias nas Instituições de Ensino Primário, Secundário Geral, Técnico- Profissional e de Formação de Professores, para a melhor racionalização dos recursos, bem como a uniformização do controlo do processamento das horas extraordinárias e 2ª turma (717 técnicos). Ainda neste âmbito, os Institutos de Formação de Professores (IFPs), sob coordenação da Direcção Nacional de Formação de Professores capacitaram: Gestores Escolares, 604 Chefes de Secretaria e Professores em matérias de leitura e escrita e metodologias de ensino. Acção 6: Melhoria das condições no lugar de trabalho Em 2012 foram feitos grandes investimentos na compra dos carros para os SDEJTs com o objectivo principal de facilitar a supervisão das escolas. Em termos de equipamento informático, em 2012 a prioridade foi dada às escolas do ensino secundário, técnico e aos IFPs. As novas instalações da DPEC de Maputo foram concluídas e inauguradas em

96 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Objectivo 2: observância de padrões e indicadores de qualidade da educação Acção 8 e 9: Acções relativas à conceptualização dos indicadores de qualidade e da implantação de SAQEM Criado um grupo de trabalho para o desenvolvimento da proposta de padrões e indicadores que incorpora técnicos representantes de diferentes unidades orgânicas do MINED (DGGQ, INDE, DINEP, DNFP, DEE, DNAEA, DINES); Definida a proposta de padrões e indicadores de qualidade para a escola primária agrupados em 3 grandes dimensões a saber: Planificação, Administração e Gestão Escolar (20 indicadores), Infra-estruturas e Ambiente Escolar (17 indicadores) e Processo de Ensino-Aprendizagem (7 indicadores) tidas como críticas para a melhoria da qualidade de ensino; Socializada a proposta de padrões e indicadores com vários segmentos nomeadamente professores, gestores, representantes de pais e encarregados de educação, membros dos Conselhos de Escolas parceiros de cooperação ao nível local e central bem como em encontros, seminários regionais, reuniões nacionais da DINEP, DINES, DNAEA, RENES, DNFP, Conselho Consultivo, Conselho Coordenador; Realizada a pré-testagem; Seleccionada e escolhida uma amostra de escolas para efeitos de experimentação, a título piloto, dos padrões e indicadores propostos, tendo sido privilegiados como critérios/variáveis (ser urbano/rural, região do país, participação na pré-testagem, escolas de experimentação e escolas de controle); Capacitadas as escolas da amostra que integram professores, gestores, membros do Conselho de Escola, Pais e encarregados de educação); Em curso a experimentação (a título piloto) dos padrões e indicadores em 260 escolas que culminará com uma avaliação antes da sua implementação em escala. Prevê-se que os resultados sejam apresentados em seminário nacional a ter lugar em Outubro de 2013; Em curso a concepção dos padrões e indicadores para os IFPs, com base nos padrões e indicadores desenvolvidos para as escolas primárias. Acção 11: Reforço do controlo interno Em 2012, a Inspecção reorientou as suas actividades de forma a dar mais atenção à inspecção pedagógica, priorizando a sua presença na sala de aula. Nesta perspectiva a inspecção concentrou-se, entre outros, no acompanhamento das recomendações das supervisões integradas. Paralelamente, foi dada continuidade à inspecção de áreas identificadas como de risco como sendo o programa de Apoio Directo às Escolas (ADE), a construção escolar e o 90

97 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL processo de correcção dos exames (verificação dos resultados obtidos nos exames e publicados). Foi institucionalizada a prática de partilhar as conclusões e recomendações das auditorias / missões inspectivas, com o Governador da Província em questão. Em 2012 a Inspecção ainda recebeu uma tarefa adicional ligada ao acompanhamento da abertura das novas instituições do Ensino Superior à luz dos critérios definidos. Ao nível institucional e no contexto do processo da auditoria interna, ao nível do MINED, a inspecção auditou a DRH e iniciou a auditoria à DAF. Em 2012 foi descoberta a fraude no pagamento dos salários no MINED, fora do sistema de e-folha. O caso foi reportado e dirigido às entidades competentes para o seu seguimento (Gabinete Central de Combate à Corrupção) e está neste momento em investigação. Acção 12: Avaliação do desempenho do aluno No que diz respeito especificamente à avaliação da aprendizagem, em 2012 foram desenvolvidas, as seguintes actividades Realizados 3 estudos pilotos, nomeadamente Provinha Já sei ler ; Avaliação Nacional e estudo piloto do SACMEQ IV com o propósito de validar os instrumentos propostos para cada avaliação bem como a identificação de possíveis constrangimentos a ter em conta na expansão para mais escolas e realização do estudo principal; Tabela 5: Comparação dos diferentes estudos na área de avaliação da aprendizagem dos alunos, Ensino Primário Estudo Provinha Já sei ler Avaliação Nacional SACMEQ IV Abrangência 68 Escolas primárias Alunos da 3ª classe Cerca de 9000 alunos Aplicado de forma censitária 15 Escolas primárias; Alunos e professores da 3ª, 5ª e 7ª classe Cerca de 4500 alunos Aplicado de forma amostra Instrumentos utilizados Progressos Teste para avaliação de competências de leitura inicial; Cartaz, brochura e folhetos para disseminar a essência e objectivos da Provinha Identificadas as principais áreas problemáticas na aprendizagem da leitura inicial Teste para avaliação de competências de leitura inicial Testes de língua portuguesa Questionários contextuais Identificados os erros nas perguntas aplicadas nos testes e nos questionários contextuais 15 Escolas primárias; Alunos e professores da 6ª classe Cerca de 500 alunos; Aplicado de forma amostra Teste de língua portuguesa Teste de matemática Questionários contextuais Identificados os erros nas perguntas aplicadas nos testes e nos questionários contextuais 91

98 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Estudo Provinha Já sei ler Avaliação Nacional SACMEQ IV Perspectivas para 2013 Estender o estudo piloto para mais 2 distritos sendo 1 em Tete e 1 em Niassa, totalizando 4 distritos e cerca de 230 escolas Acção 13: Consolidação da reforma de exames Realizar o estudo principal na 3ª classe numa amostra de 600 escolas Calibrar os itens utilizados nos testes aplicados na 5ª e 7ª classe Realizar o estudo principal numa amostra de 200 escolas Em 2012 continuou a correcção dos exames extraordinários e os da 1ª época da 12ª classe. Embora ainda persistam lacunas no registo académico e no preenchimento da folha de respostas nesta classe, houve melhorias significativas, comparativamente com os primeiros anos. O enfoque em 2012 era na capacitação do pessoal que dependeria da contratação de uma consultoria para a implementação da reforma nos próximos anos. A contratação apenas se materializou no final do ano. Foram assim observados atrasos na implementação das actividades. Objectivo 3: harmonização e reforço dos processos e instrumentos de POEMA Acção 14: Integração dos assuntos transversais Beneficiando da abertura e funcionamento dos centros de Recursos de Educação Inclusiva, o sector iniciou as suas actividades em termos de capacitação dos técnicos na área de levantamento estatístico de alunos com Necessidades Educativas Especiais, bem como da capacitação dos professores e directores na avaliação de alunos com NEE e a elaboração dos planos de acção para o seu seguimento; Na área de integração dos assuntos de Saúde Escolar e HIV/SIDA, o enfoque foi dado aos IFPs integrando estes assuntos no novo modelo de formação de professores; O sector continuou o seu compromisso à Campanha Nacional de Tolerância Zero ao assédio e abuso sexual na escola através de spots de divulgação, entre outros; Houve capacitação dos gestores e técnicos na área de produção e alimentação escolar, com enfoque na integração dos projectos nesta área no ciclo de POEMA do sector; Foi concluída a revisão da Estratégia de Género e o seu plano de implementação. Iniciou-se a discussão e implementação nas províncias. Apreciação dos progressos: Houve progressos na área de integração dos assuntos transversais nos vários programas do sector. O grande desafio é na área de planificação e orçamentação da integração 92

99 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL destes assuntos, assegurando a cobertura nacional e equitativa, limitado por um lado pelos custos elevados das intervenções (por exemplo, a introdução de um programa de alimentação escolar), bem como a falta de concretização das propostas de uma forma sustentável (por exemplo, através da planificação da implementação gradual ou intervenções orientadas para grupos alvos específicos). Acção 15, 16 e 17: Melhoria da qualidade da informação e o seu uso no ciclo de POEMA Continuou-se a recolha, processamento e disseminação de dados estatísticos sobre os efectivos escolares que permitiu que várias análises e estudos fossem feitos sobre a evolução do sector da educação em Moçambique; Iniciou-se um processo de actualização dos indicadores e metas da Matriz Estratégica do PEE ao nível das províncias, através de capacitações dos técnicos das DPECs; As DPECs e os SDEJTs foram equipados e capacitados para avançar com a aplicação da Carta Escolar. Iniciou-se o levantamento das coordenadas geográficas das escolas em falta; O MINED encorajou e apoiou estudos de pesquisa iniciados pelos parceiros, por exemplo na área de crianças fora do Sistema (UNICEF) e na demanda por educação (DFID). Apreciação dos progressos: Embora exista maior entendimento sobre a importância do uso de dados no ciclo do POEMA, a capacidade de utilizar os dados ainda é limitada, seja ao nível central, seja ao nível das DPECs e SDEJTs. Acção 18: Alocação dos fundos O sector continuou a envidar o seu enfoque na área de orçamentação por programa. Em 2012, o Orçamento de Funcionamento das DPECs, que inclui as cidades capitais de província e as instituições de ensino localizadas nas mesmas cidades, foi apresentado por nível de ensino por via do classificador funcional e está sendo consolidado em Pela primeira vez, os PdAs das DPECs (2013) incluem a despesa classificada por categoria económica da despesa. Apreciação dos progressos: O progresso nesta área continua a ser limitado pela não aplicação da classificação funcional (ou programática) ao nível dos distritos. O MINED esperava reiniciar a discussão com o Ministério das Finanças e CEDSIF no contexto do projecto Gestão financeira por Resultados, mas a aprovação deste projecto atrasou-se. 93

100 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Acção 19: Processos do POEMA Foi aprovado pelo Conselho de Ministros (12 de Junho de 2012), e endossado pelos parceiros (17 de Setembro de 2012) o novo Plano Estratégico que é a base para a elaboração dos planos e orçamentos anuais do sector; Foram ainda finalizados e acordados os instrumentos chaves que guiarão a implementação do PEE e o seu acompanhamento através da supervisão e monitoria, como sendo a Matriz Estratégica, os Termos de Referência para o Diálogo entre o Ministério e os seus parceiros externos, bem como o Memorando de Entendimento para a canalização dos fundos externos para o financiamento do PEE; Foi reforçada a planificação plurianual no contexto da operacionalização do PEE, através da actualização dos Planos Operacionais (nível central), o alinhamento do formato do PdA com a Matriz Estratégica do PEE, e a capacitação dos técnicos das DPECs nos conceitos de planificação plurianual e sobre as mudanças introduzidas no PdA 2013; Os instrumentos de PdA e PdP foram mais alinhados; Foram contratados novos quadros para reforçar a área de aquisições (DAF) para acelerar os processos de aquisições, bem como foram feitas capacitações ao nível das DPECs. Apreciação do progresso: Com a aprovação do PEE, existe um quadro estratégico e lógico robusto para a preparação dos planos e orçamentos e para a monitoria da sua implementação nos próximos anos. Com os ajustes feitos ao formato do PdA, os instrumentos anuais de planificação e orçamentação estão devidamente alinhados. O ponto fraco é ainda a planificação e orçamentação operacional de médio-prazo (plurianual) baseada em evidências por várias razões, nomeadamente a falta de informação sobre os fundos no médio-prazo, a ainda limitada conexão entre o CFMP e o orçamento anual, a capacidade limitada na área de planificação, orçamentação e monitoria, entre outros. Embora a equipa de aquisições (DAF) tenha sido reforçado com pessoal qualificado, isto apenas aconteceu no segundo semestre de O seu impacto no processamento dos processos apenas será visível, em termos da implementação das actividades e execução financeira, a partir de Acção 20: comunicação e divulgação da informação No contexto da implementação do Plano Tecnológico, foi iniciado o desenvolvimento do Portal da Educação do Ministério para melhorar a partilha da informação bem como estimular o diálogo sobre a Educação em Moçambique; 94

101 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Foi iniciada a elaboração da estratégica de comunicação das mensagens principais do PEE e materiais para a campanha do lançamento do PEE que estava previsto para o início de Apreciação dos progressos: O PEE coloca uma melhor comunicação e divulgação sobre as prioridades, actividades e reformas no sector, no centro da sua estratégia de implementação. Para assegurar o envolvimento, mobilização e compromisso de todos, o debate nacional e contínuo sobre a educação é crucial e deve ser alimentado pelos planos, ideias, propostas do ministério. Para este efeito, os primeiros passos foram já dados em Factores de (in-) sucesso Os progressos na área de desenvolvimento administrativo e institucional resultaram de, entre outros: O envolvimento na elaboração do PEE ajudou no estabelecimento de uma agenda comum que compromete todos os intervenientes na sua implementação; Esta agenda comum prioriza a continuação e consolidação das reformas já concebidas e iniciadas. Isto aumenta a clareza sobre o que deve ser feito. A introdução de uma planificação plurianual ajudou a focalizar as actividades do sector em O grande desafio continua ser a capacidade de implementação que é limitada pelas seguintes razões, entre outras: O orçamento limitado para a contratação de pessoal em todos os níveis, seja pessoal docente ou não docente, bem como para financiar a progressão do pessoal na carreira profissional tem um impacto negativo na capacidade institucional em termos de número de pessoas existentes para realizar o trabalho bem como na sua motivação; Existe uma grande mobilidade de pessoal na área de administração particularmente a nível local, limitando ainda a eficácia dos programas de capacitação ao nível do sector; Continuam a verificar-se atrasos nos processos de aquisição, particularmente na área de contratação de consultoria e de pessoal, afectando a implementação das actividades (p.e. a demora na contracção da equipa do Programa de Desenvolvimento de RH, da consultoria do CNECE, os novos quadros para a área de aquisições) ao nível do sector que se reflecte também nos níveis de execução financeira). 95

102 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Conclusões e passos seguintes No geral, o desempenho do sector na área de Desenvolvimento Administrativo e Institucional pode ser considerado de satisfatório. Foram cumpridos 4 dos 5 indicadores para os quais havia metas definidas, e a maior parte das actividades foram implementadas como previsto. Contudo, permanecem grandes desafios, principalmente em termos de criação e retenção da capacidade humana na gestão e desenvolvimento do sector. Ainda, a fraude detectada em Novembro de 2012 no sistema de pagamento de salários do MINED, mesmo que tenha sido descoberta através dos mecanismos de controlo interno, evidencia as fraquezas do mesmo. Esta situação afecta negativamente a credibilidade que o sector conseguiu construir ao longo dos últimos anos, afectando igualmente a imagem do Governo de Moçambique. Assuntos que merecem maior atenção: 1. Implementar a Estratégia de Recursos Humanos com enfoque na: a) Implementação do sistema integrado de gestão dos recursos humanos (piloto); b) Incremento das capacitações dos funcionários e a criação de um sistema de avaliação dos mesmos; c) Formação de Inspectores Distritais; 2. Reforçar os mecanismos de controlo da pontualidade e assiduidade dos professores e directores da escola; 3. Reforçar o controlo interno financeiro através de uma melhor coordenação entre a DAF e a IGE, bem como a conclusão da introdução do e-folha e a introdução de um sistema único de planificação, orçamentação e gestão financeira; 4. Prosseguir e partilhar as acções previstas inerentes à implementação do SAQEM; 5. Continuar a capacitação na área da planificação operacional e plurianual; 6. Continuar a discussão com o MF sobre o tratamento dos SDEJTs no orçamento. Maputo, 13 de Março de 2013.= 96

103 ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL Apêndice 1: Execução do Orçamento do Sector, 2012 Execução orçamental global 17 A execução global do sector (incluindo o ensino superior, mas excluindo as instituições sob tutela de outros sectores e o Ministério da Ciência e Tecnologia) foi de 87%. A execução orçamental da fonte interna foi superior a 95%. A execução da fonte externa foi de 55%. A grande diferença entre a informação apresentada no Quadro 37e a apresentada a seguir situa-se na fonte externa (orçamento mais alto e execução mais baixo). Quadro 38: Execução do Orçamento, 2012, por nível, tipo da despesa e fonte do financiamento (em milhões de Meticais) Funcionamento Investimento Interno Investimento Externo Total Descrição % % % Orç. Exec, Orç. Exec. % Exec Orç. Exec. Orç. Exec. Exec, Exec. Exec. Órgão Central % % % % MINED % % % % Outras Inst % % % % Órgão Provincial % % % % DPECs % % % % Outras Inst % % % % Órgão Distrital % % % % SDEJTs % % % % Total % % % % Figura 11: Execução orçamental, 2012, por tipo da despesa e âmbito, educação (incluindo o ensino superior Por tipo da despesa Por âmbito 5% 15% 12% 23% Total 46% 56% Funcionament 32% Funcionamento Inv. Interno Inv. Externo 80% 31% - Órgão Central - Órgão Provincial - Órgão Distrital 17 A fonte de informação é o e-sistafe, gerada no dia 8 de Fevereiro de 2013, que pode ser diferente da informação apresentada no REO. 97

104 Bilaterais ANEXO 2: RELATÓRIOS DOS GRUPOS DE TRABALHO SECTORIAIS DESENVOLVIMENTO ADMINISTYRATIVO E INSTITUCIONAL A Figura 11 mostra que grande parte da despesa do sector (85%) é financiado pela fonte interna. Cerca de 77% da despesa é realizada ao nível provincial e distrital. Grande parte da despesa de funcionamento (56%) é feita ao nível distrital. Figura 12: Orçamento e Despesa em 2012, FASE e projectos bilaterais Exec; 17% Orc; 44% Orc; 56% Exec; 83% (em milhões de Meticais) Orc. Desp. %Exec. Provincial % Distrital % Total % Central % Provincial 0,5 0,3 58% Distrital 1,3 0 0% Total % Total % FASE Central % FASE Projectos bilateral A Figura 12 mostra uma baixa execução dos projectos bilaterais, ao nível central (20%). O Quadro 42 dá mais detalhe por projecto. Nalguns casos, a baixa execução significa a não existência de informação sobre a execução. 98

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