Presidência. Ficha Técnica: João Dias Loureiro Presidente. Título: Mulheres e Homens em Moçambique Indicadores Seleccionados de Género 2011

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1 MULHERES E HOMENS EM MOÇAMBIQUE Indicadores Seleccionados de Género

2 Mulheres e Homens em Moçambique, Instituto Nacional de Estatística Reprodução autorizada, excepto para fins comerciais, com indicação da fonte bibliográfica Presidência João Dias Loureiro Presidente Manuel da Costa Gaspar Vice-Presidente Valeriano da Conceição Levene Vice-Presidente Ficha Técnica: Título: Mulheres e Homens em Moçambique Indicadores Seleccionados de Género 2011 Editor Instituto Nacional de Estatística Direcção de Estatísticas Sectoriais e de Empresas Av. 24 de Julho, n 1989, Caixa Postal 493 Maputo Telefones: info@ine.gov.mz Home page: Direcção Cassiano Soda Chipembe Produção Laura Duarte, Dionísia Khossa e Mussagy Ibraimo Análise de Qualidade: João Dias Loureiro Manuel da Costa Gaspar Cassiano Soda Chipembe Revisão Cecília Vilanculos e Filipe Langa Design e Grafismo: Mário Chivambo Difusão Instituto Nacional de Estatística Tiragem: 1000

3 ÍNDICE PREFÁCIO... 9 INTRODUCÃO CAPÍTULO 1 INDICADORES DEMOGRÁFICOS E AGREGADOS FAMILIARES População Agregados Familiares Habitação Acesso a água potável CAPÍTULO 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS Participação na Força de Trabalho Agricultura e Pecuaria CAPÍTULO 3 EDUCAÇÃO Indicadores de cobertura escolar Desistências Conclusão Frequência escolar Paridade do Género Ensino Superior Ensino Técnico Professores e docentes CAPÍTULO 4 SAÚDE Saúde Reprodutiva Mortalidade Nutrição Profissionais de Saúde Combate ao HIV, Malária e outras doenças CAPÍTULO 5 JUSTIÇA Violência doméstica... 73

4 CAPÍTULO 6 LUGARES DE DECISÃO Lugares de tomadas de decisão GRÁFICOS Gráfico 1.1 Evolução da População (000), Moçambique, 1975 a Gráfico 1.2 Pirâmide etário da população, Moçambique, Gráfico 1.3 Esperança de Vida ao Nascer, Moçambique, 1997, 2007 e Gráfico 1.4 Taxa Global de Fecundidade por área de residência, Moçambique, 1997, 2007 e Gráfico 1.5 Percentagem de Mulheres Chefes de Agregados Familiares, segundo Províncias, Moçambique, 1997 e Gráfico 1.6 Percentagem de Mulheres de anos Chefes de Agregados Familiares segundo províncias, Moçambique, Gráfico 1.7 Percentagem de Agregados Familiares que possuem telefone celular, por sexo do Chefe, segundo província, Moçambique, Gráfico 1.8 Pecrentagem de Agregados Familiares que usam computador, por sexo do Chefe, segundo províncias, Moçambique, Gráfico 1.9 Distribuição percentual de Agregados Familiares por tipo de Habitação particular, segundo sexo do Chefe, Moçambique, Gráfico 1.10 Percentagem de Agregados Familiares com acesso a água potável, Moçambique, 1997, 2007 e Gráfico 1.11 Acesso a água potável por sexo do chefe Agregado Familiar, segundo tipo de fonte, Moçambique, Gráfico 1.12 Percentagem de Agregados Familiares segundo sexo do chefe do agregado, por tempo médio (em minutos) para chegar à uma fonte de água, Moçambique, Gráfico 2.1 População Economicamente Activa por 1000 pessoas de 15 e mais, por sexo, Moçambique, Gráfico 2.2 Taxas Especificas de Actividade, Moçambique,

5 Gráfico 2.3 Distribuição percentual da População Economicamente Activa segundo ramo de actividade, Moçambique, Gráfico 2.4 Percentagem de pequenas e médias explorações, segundo sexo do chefe do Agregado Familiar, Moçambique, Gráfico 2.5 Percentagem das Explorações que utilizaram trabalhadores a tempo inteiro, na actividades agro-pecuárias, Moçambique, Gráfico 2.6 Percentagem de Explorações que utilizaram trabalhadores a tempo inteiro, na actividade pecuária, Moçambique, Gráfico 3.1 Taxas de Alfabetização, Moçambique, 1997 e Gráfico 3.2 Taxas Específicas de Alfabetização, Moçambique, Gráfico 3.3 Taxas de Desistências por nível de ensino, Moçambique, Gráfico 3.4 Razões para não frequentar a escola entre jovens anos Moçambique, Gráfico 3.5 Índice de Paridade de Género no Ensino Primário, Moçambique, Gráfico 3.6 Índice de Paridade de Género no ensino Secundário, Moçambique, Gráfico 3.7 Matriculados e Graduados no ensino Superior público e privado, (000), Moçambique, 2009 e Gráfico 3.8 Matriculados no Ensino Superior público e privado, segundo sexo, Moçambique, 2009 e Gráfico 3.9 Graduados no Ensino Superior público e privado, segundo sexo, Moçambique, 2009 e Gráfico 3.10 Alunos Matriculados no ensino Técnico, por nível, Moçambique, Gráfico 4.1 Percentagem de mulheres casadas ou em união marital que usam contraceptivos ou seus parceiros usam, segundo idade, Moçambique, Gráfico 4.2 Percentagem de mulheres anos casadas ou em união marital que usaram algum método contraceptivo ou seus parceiros usam, Moçambique, Grafico 4.3 Taxas Brutas de Mortalidade Segundo Sexo, Moçambique, 1997 e Gráfico 4.4 Taxa Mortalidade Infantil (menores de 1 anos), Moçambique, 1997 a Gráfico 4.5 Taxa de Mortalidade Infantil, segundo Província, Moçambique, 1997 a

6 Gráfico 4.6 Taxa de mortalidade materna intra-hospitalar (por nados vivos), Moçambique, Gráfico 4.7 Estado nutricional das crianças menores de 5 anos, Moçambique, Gráfico 4.8 Estado nutricional das crianças menores de 5 anos por Província, Moçambique, Gráfico 4.9 Percentagem de Médicos por sexo, Moçambique, Gráfico 4.10 Enfermeiros por sexo, Moçambique, Gráfico 4.11 Pessoas anos com conhecimento abrangente sobre HIV, Moçambique, Gráfico 4.12 Prevalência de HIV entre pessoas de anos, Moçambique, Gráfico 4.13 Prevalência de HIV entre pessoas anos, por nível de escolaridade, Moçambique, Gráfico 4.14 Prevalência de HIV entre jovens de anos, Moçambique, Gráfico 4.15 Percentagem de óbitos por HIV e Malária, Moçambique, Gráfico 4.16 Percentagem de Óbitos por Tuberculose, Moçambique, Gráfico 6.1 Funcionários e agentes do Estado que ocupavam as funções de chefia, segundo sexo, Moçambique, 2008 e MAPAS Mapa 3.1 Taxa de Alfabetização por Província, Moçambique, Mapa 4.1 Prevlência de HIV entre pessoas de anos,

7 QUADROS Quadro 1.1 Tamanho da População (000) em Moçambique, segundo províncias 1997, 2007 e Quadro 2.1 Distribuição percentual da População Economicamente Inactiva, por razões de inactividade, Moçambique, Quadro 2.2 Percentagem de Explorações que utilizaram mão-de-obra temporária por tipo de actividade, Quadro 3.1 Alunos Matriculados nas Escolas Públicas e Privadas, Moçambique, Quadro 3.2 Taxa Bruta de Escolarização no Ensino Primário e Secundário, Quadro 3.3 Taxa Liquida de Escolarização no Ensino Primário e Secundário, Quadro 3.4 Taxa de Desistência Anual no Ensino Primário, segundo províncias, Moçambique, Quadro 3.5 Taxa de Desistência Anual no Ensino Secundário por províncias, Moçambique, Quadro 3.6 População de 15 anos e mais por nível de ensino concluído, Quadro 3.7 Taxa Bruta de Conclusão no Ensino Primário, Quadro 3.8 Taxa bruta de Conclusão no ensino Secundário Geral, Quadro 3.9 Estudantes por área de formação no Ensino Superior, Quadro 3.10 Professores por nível de ensino, Moçambique, 2008 a Quadro 4.1 Percentagem de mulheres de anos casadas ou em união marital que usam contraceptivos ou seus parceiros usam, Quadro 4.2 Número de Médicos e Enfermeiros, Moçambique, 2008 a Quadro 5.1 Profissionais na área de Administração e Justiça, por sexo, segundo sector, Moçambique 2008 e Quadro 5.2 Percentagem de indiciados de crimes, Moçambique, 2008 e Quadro 5.3 Percentagem de detidos nos estabelecimentos prisionais, Moçambique, 2008 e Quadro 5.4 Percentagem de condenados nos estabelecimentos prisionais, Moçambique, 2008 e

8 Quadro 5.5 Mulheres de anos que justificam atitudes sobre a violência doméstica, Moçambique, Quadro 6.1 Lugares de decisão por sexo, segundo órgão, Moçambique, 2008 e Quadro 6.2 Funcionários e agentes do Estado, por sexo e segundo função de chefia, Moçambique, 2008 e Quadro 6.3 Funcionários e agentes do Estado em cargos de Direcção e Chefia, por sexo, segundo Provincia, Moçambique, 2008 e

9 PREFÁCIO Estatísticas de género ultrapassam a mera desagregação dos indicadores nas categorias de Mulher e Homem, Rapariga Rapaz. Porém a desagregação ajuda na percepção do papel de equidade, análise, equilíbrio e integração do género. A palavra sexo na perspectiva de género refere-se a designações masculino e feminino ou seja, qualidades ou características que a sociedade atribui a cada ser humano no tempo e espaço. As estatísticas de género têm a particularidade de espelhar de forma evidente, as assimetrias entre homens e mulheres, nos diferentes níveis sócio-económicos do País. Elas permitem estabelecer diagnósticos da situação de mulheres e homens de forma efectiva e produzir argumentos sólidos para formulação de políticas públicas e tomada de decisões tendentes a igualdade de género. Possibilitam, igualmente, a priorização de acções tendentes ao cumprimento dos compromissos do Governo no tocante ao alcance do objectivo da equidade de género e das metas de desenvolvimento do milénio. Incorporar a perspectiva de género, nas estatísticas moçambicanas, é valorizar as acções planificadas para mulheres e homens e seu impacto na vida da sociedade. É fornecer indicadores para a monitoria e avaliação das políticas e estratégias concebidas. Por isso, é importante que os diferentes sectores continuem a recolher, processar, analisar e disseminar informação desagregada por sexo. Muitos sectores registaram progressos consideráveis ao longo dos últimos anos, especialmente o de educação, onde as metas do desenvolvimento do milénio como a universalização do ensino primário poderão ser alcançadas. Foram também identificados progressos na situação económica e da saúde da mulher. No entanto, continuam a existir notáveis discrepâncias, entre o meio urbano e o rural e entre as províncias de Moçambique. Assim, espera-se que a informação contida nesta publicação possa permitir aos planificadores de políticas de integração dos assuntos de género, as mulheres em especial, na percepção da situação actual e seu aprimoramento. Presidente do INE João Dias Loureiro 9 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

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11 INTRODUCÃO Esta publicação apresenta informação recolhida por diferentes ministérios e agências nacionais. As estatísticas são desagregadas por sexo e área geográfica e dão uma visão da tendência ao longo do tempo. Uma breve análise acompanha os dados estatísticos apresentados de modo a mostrar a tendência e a situação actual, no que concerne a equidade de género em Moçambique É uma ferramenta dirigida aos fazedores de políticas, parlamentares, funcionários, académicos, organizações da sociedade civil e ao público em geral, com vista a facilitar a planificação, tomada de decisão e promoção da realização dos direitos da Mulher e do Homem, assim como justiça social. O documento está dividido em 6 capítulos. O primeiro capítulo centra-se na situação demográfica de Moçambique, enquanto os restantes dedicam-se aos assuntos chaves da participação económica, educação, saúde e empoderamento da Mulher. 11 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

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13 CAPÍTULO 1 INDICADORES DEMOGRÁFICOS E AGREGADOS FAMILIARES

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15 População Este capítulo apresenta alguns indicadores demográficos como, Tamanho da População, Esperança de Vida ao Nascer e a Taxa Global de Fecundidade. Para além destes indicadores, se apresenta também as caracterísicas sócio-demográficas dos agregados familiares. População O gráfico 1.1 mostra população total e por sexo de a 2013, onde se nota uma tendência crescente, e a população feminina apresenta um número maior que da população masculina. Este crescimento pode ser resultado de elevadas taxas de fecundidade e diminuição das taxas de mortalidade. Gráfico 1.1 Evolução da População (000), Moçambique, 1975 a Mulher Homem Total Fonte: INE, Projecções da População ; I RGPH 80; II RGPH 97; III RGPH 2007; Projecções da População Ano da independência 15 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

16 O quadro 1.1 apresenta Tamanha da População em milhares, e distribuição percentual da população, segundo províncias e sexo. Em média as províncias de Nampula e Zambézia congregamcerca de 40% da população do país nos três períodos em referência, sendo portanto as províncias mais populosas. Quadro 1.1 Tamanho da População (000) em Moçambique, segundo províncias 1997, 2007 e Total % Homem % Mulher Total % Homem % Mulher Total % Homem % Mulher Total Niassa C. Delagado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Prov Maputo C Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH 2007; Projecções da População Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

17 O País apresenta população com estrutura etária muito jovem. Esta situação está relacionada com as contínuas elevadas taxas de fecundidade, como consequência do baixo de nível de escolaridade das mulheres e fraco nível de uso de serviços de planeamento familiar. Segundo ilustra o gráfico 1.2, a base da pirâmide é muito larga, mostrando que a fecundidade ainda não começou a diminuir significativamente. Gráfico 1.2 Pirâmide etário da população, Moçambique, Homens Mulheres Percentagem Fonte: INE, Projecções da População O indicador Esperança de Vida ao Nascer, representa o número médio de anos que espera viver uma pessoa nascida num determinado ano, se as condições de mortalidade registadas no momento de nascimento continuarem constantes ao longo de tempo. Assim, o gráfico 1.3 mostra que, em média, as mulheres têm uma esperança de vida ao nascer mais elevada do que os homens. Esta é uma tendência que se regista na maioria dos países do mundo. 17 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

18 Anos de Vida Gráfico 1.3 Esperança de Vida ao Nascer, Moçambique, 1997, 2007 e Mulher Homem Total Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH 2007; Projecções da População A Taxa Global de Fecundidade (TGF), indica o número médio de filhos que uma mulher teria até ao final da sua vida reprodutiva se as condições do comportamento reprodutivo registado no ano do censo ou da pesquisa se mantiverem constantes. O gráfico acima mostra que as mulheres em Moçambique ainda continuam a ter, em média, acima de 5 filhos. Esta situação tende a manter-se ao longo de tempo, pois, como se pode notar, entre 1997 e 2007, a taxa global de fecundidade mante-ve quase constante. Enquanto as mulheres residentes em áreas urbanas tendem a diminuir cada vez mais o número de filhos, na rural, a tendência é de se manter estável, e em média acima de 6 filhos por mulher. 18 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

19 Nº médio de filhos Gráfico 1.4 Taxa Global de Fecundidade por área de residência, Moçambique, 1997, 2007 e Total Urbana Rural Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH 2007; Projecções da População Agregados Familiares Considera-se agregado familiar, a pessoa singular ou grupo de pessoas ligadas ou não por laços de parentesco, que vivem na mesma casa, partilham a alimentação e maior parte das despesas. Em Moçambique, o tipo de agregado familiar predominante é o alargado, isto é, inclui outros parentes, para além da mãe, pai e filhos. O número de agregados familiares têm vindo a aumentar, pois passou de cerca de 4 milhões em 1997 para cerca de 5 milhões em Chefe do agregado familiar, refere-se a pessoa responsável pelo agregado, ele deve ser residente, podendo estar presente ou não, desde que a ausência seja inferior a 6 meses. Segundo os resultados do II e III Recenseamentos Gerais da População e Habitação, em Moçambique, a maior parte dos agregados familiares são chefiados por homens. Há tendência do aumento de agregados familiares, chefiados por mulheres segundo dados do censo 1997 e 2007 (grafico 1.5). As províncias de Gaza e Inhambane, apresentam percentagens muito próximas a 50%. As mulheres chefes dos agregados familiares reduziram nas províncias de Tete e Maputo. 19 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

20 Percentagem Gráfico 1.5 Percentagem de Mulheres Chefes de Agregados Familiares, segundo Províncias, Moçambique, 1997 e Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH 2007 O gráfico 1.6 apresenta a percentagem de adolescentes do sexo feminino chefes de agregados familiares, onde as províncias de Gaza e Inhambane, detêm percentagens mais elevadas (acima de 50%). Gráfico 1.6 Percentagem de Mulheres de anos Chefes de Agregados Familiares segundo províncias, Moçambique, 2007 Fonte: INE, III RGPH Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

21 A quando da realização do III RGPH, solicitou-se aos agregados familiares para indicar quantos membros tinham telefone celular nos últimos 12 meses anteriores de Assim, constata-se que, quase em todas as províncias, a maioria dos agregados chefiados por homens possuem telefones celulares (gráfico 1.7). Os agregados familiares da zona Sul possuem mais celulares que os do Norte do País. Isto pode estar associado à expansão e cobertura dos serviços da telefonia móvel, que iniciou no Sul. Gráfico 1.7 Percentagem de Agregados Familiares que possuem telefone celular, por sexo do Chefe, segundo província, Moçambique, 2007 Maputo Cidade Maputo Gaza Inhambane Sofala Manica Tete Zambézia Nampula Cabo Delgado Niassa Fonte: INE, III RGPH 2007 Homem Mulher Percentagem No gráfico 1.8 mostra-se a percentagem de agregados familiares que usam computadores, independemente do local de uso. Menos de 5% dos agregados familiares das províncias do Norte e Centro do País tiveram acesso a um computador com a excepção de Sofala, onde a percentagem dos chefiados por homens está próxima dos 10%. Maputo Província e Maputo Cidade apresentam percentagens mais elevadas, tanto nos agregados familiares chefiados por mulheres como por homens. Em ambos casos, notase que o uso é menor nos agregados chefiados por mulheres, pricinpalmente nas províncias das Regiões Norte e Centro. 21 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

22 Gráfico 1.8 Pecrentagem de Agregados Familiares que usam computador, por sexo do Chefe, segundo províncias, Moçambique, 2007 Fonte: INE, III RGPH 2007 Habitação O tipo de habitação predominante no País é a palhota (gráfico 1.9) e em quase todos tipos de habitação, registam-se pequenas diferenças entre os agregados familiares chefiados pelos homens e pelas mulheres 22 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

23 Gráfico 1.9 Distribuição percentual de Agregados Familiares por tipo de Habitação particular, segundo sexo do Chefe, Moçambique, 2007 Fonte: INE, III RGPH 2007 Acesso a água potável O acesso a água potável é um dos indicadores que mostra o nível de desenvolvimento sócioeconómico do País. Apesar de não estar descriminado segundo o sexo do chefe do agregado, este indicador pode ser importante para análise de género, pois se sabe que esta actividade de busca de água é muitas vezes realizada pelas mulheres. Em Moçambique o acesso à água potável abrange poucos agregados familiares, apesar da tendência crescente ao longo do tempo, como se pode observar no gráfico Em 1997 cerca de 15% de agregados familiares tinha acesso a água potável, e em 2008 aumentou em cerca de 28 pontos percentuais. A área rural apresenta percentagens muito baixas se comparadas com as da area urbana, onde em 2007 cerca de 70% teve acesso a água potável gráfico Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

24 Gráfico 1.10 Percentagem de Agregados Familiares com acesso a água potável, Moçambique, 1997, 2007 e 2008 Fonte: INE, II e III RGPH (1997,2007), MICS 2008 O gráfico 1.11 mostra acesso a água potável segundo sexo do chefe de agregado familiar e por tipo de fonte de água. Cerca de 14% de agregados familiares no País utilizam a água proveniente de poço ou furo protegido. O gráfico ilustra ainda que aproximadamente 16% de agregados familiares chefiados por mulheres, usam água proveniente de poço ou furo protegido, contra 13% dos agregados chefiados por homens. No que diz respeito a água canalizada dentro e fora de casa, as percentagens são baixas, mas a tendência é de ser mais utilizada pelos agregados chefiados pelos homens. 24 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

25 Gráfico 1.11 Acesso a água potável por sexo do chefe Agregado Familiar, segundo tipo de fonte, Moçambique, 2007 Agua de poço/furo protegido Fontenario Canalizada fora Mulheres Homens Canalizada dentro Total Agua mineral Fonte: INE, II e III RGPH (1997, 2007), MICS Percentagem Acesso a água potável está também relacionado com a distância em que os agregados familiares percorrem até as fontes de água. Segundo a informação apresentada no gráficio 1.12, 90% dos agregados familiares percorrem menos de 30 minutos para chegar a uma fonte de água. Não existem diferenças significativas entre os agregados chefiados por mulheres e homens, quanto ao tempo de acesso a fonte de água. 25 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

26 Gráfico 1.12 Percentagem de Agregados Familiares segundo sexo do chefe do agregado, por tempo médio (em minutos) para chegar à uma fonte de água, Moçambique, 2008 Fonte: INE, IOF 2008/09 26 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

27 CAPÍTULO 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

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29 Permilagem Participação na Força de Trabalho A População Economicamente Activa (PEA) é definida como, todas as pessoas de quinze anos e mais que sejam empregadas ou desempregadas, mas disponíveis para trabalhar. O trabalho, conforme definido aqui, não inclui o trabalho doméstico não remunerado, estudantes, reformados, aposentados, assim como aqueles que não podem trabalhar por invalidez. O gráfico 2.1 apresenta população economicamente activa, onde se nota uma pequena redução entre o II e III RGPH. Os homens tendem a ter maior número da população economicamente activa do que as mulheres. De referir que as mulheres economicamente activas tendêm à decrescer, por razões várias incluindo o acesso a educação, e consequentemente deixam de ser economicamente activas passando para as inactivas. Gráfico 2.1 População Economicamente Activa por 1000 pessoas de 15 e mais, por sexo, Moçambique, Total Homens Mulheres Fonte: INE, II e III RGPH 2007 O gráfico 2.2 apresenta as taxas específicas de participação da população nas actividades económicas por sexo e idade. A participação da mulher nas actividades económicas é geralmente menor em relação aos homens, com a excepção da faixa etária entre anos de idade, onde as mulheres têm uma taxa acima de 40% e os homens com 37%. A medida que a idade avança, diminui a percentagem da participação das mulheres nas actividades económicas, que pode ser 29 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

30 explicado pelo facto de muitas mulheres serem inactivas, isto é, domésticas, empenhando-se especialmente aos cuidados de casa e de crianças. Gráfico 2.2 Taxas Especificas de Actividade, Moçambique, 2007 Fonte: INE, III RGPH 2007 A distribuição da população economicamente activa por ramos de actividade é mostrada no gráfico 2.3, onde se pode notar que 75.2 % da população moçambicana está ligada às actividades agrícolas, pecuárias, caça, pesca e silvicultura. Nestas actividades, as mulheres são a maioria, representando cerca de 86.7% contra 63.4% dos homens. Entretanto, nos ramos de actividade diferentes da agricultura, os homens representam a maioria. 30 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

31 Gráfico 2.3 Distribuição percentual da População Economicamente Activa segundo ramo de actividade, Moçambique, 2007 Fonte: INE, III RGPH 2007 Outros Serviços Serviços Administrativos Comércio e Finanças Transporte e Comunicação Construção Energia Indústria Manufactureira Extracção de Minas Mulher Percentagem Homem A população Economicamente Inactiva (PNEA), compreende todas pessoas de quinze anos e mais, que não realizam e nem procuram qualquer actividade económica. Geralmente é constituída por estudantes, domésticas, reformados, os fisicamente incapacitados, etc. Segundo o quadro 2.1, cerca de 60% de mulheres são inactivas por serem domésticas, enquanto entre os homens, a maioria é inactiva por ser estudante. Quadro 2.1 Distribuição percentual da População Economicamente Inactiva, por razões de inactividade, Moçambique, 2007 Razões de País Urbana Rural inactivedade Total Mulher Homem Total Mulher Homem Total Mulher Homem N PNEA Foi Doméstico (a) Foi somente Estudante Foi Reformado/Reserva Incapacitado (a) Outra Fonte: INE, III RGPH Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

32 Agricultura e Pecuaria Segundo o Censo Agro-pecuário de 2010, no País existem cerca de 3.8 milhões de explorações, onde as pequenas correspondem a maioria, e em menor escala as grandes explorações. As Províncias de Nampula e Zambézia com (21.8%), são as que apresentam maiores percentagens de pequenas explorações, e em contrapartida, há mais grandes explorações nas Províncias de Maputo (30.3%), Gaza (18.2%) e Tete (11.4%). O gráfico 2.4, que mostra a percentagem de pequenas e médias explorações, segundo sexo e idade do chefe de agregado, em ambos sexos, o pico das pequenas e médias explorações, se regista no grupo etário anos e a percentagem de homens sé mais elevada que a das mulheres, a situação muda a partir do grupo etário em diante, onde as percentagens de mulheres ultrapassam a dos homens, e termina num ponto de igualdade. Gráfico 2.4 Percentagem de pequenas e médias explorações, segundo sexo do chefe do Agregado Familiar, Moçambique, 2010 Fonte: INE, II CAP 2010 Dos trabalhadores nas explorações agro-pecuárias a tempo inteiro, cerca de 61% são homens e 39% mulheres, sendo que, a maioria deles praticam actividades agrícolas. Como mostra o gráfico 2.5, as Províncias de Zambézia, Nampula, Gaza e Cabo Delgado são as que têm mais mulheres a trabalhar a tempo inteiro. 32 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

33 Percentagem percentagem Gráfico 2.5 Percentagem das Explorações que utilizaram trabalhadores a tempo inteiro, na actividades agro-pecuárias, Moçambique, Homem Mulher Fonte: INE, II CAP 2010 Cerca de 80% dos homens trabalham na pecuária a tempo inteiro, como mostra o gráfico 2.6. Na Província de Tete, por exemplo, a percentagem de homens é 5 vezes superior a das mulheres. Em contrapartida, as Províncias de Gaza e Nampula apresentam uma situação inversa. Gráfico 2.6 Percentagem de Explorações que utilizaram trabalhadores a tempo inteiro, na actividade pecuária, Moçambique, Homem Mulher Fonte: INE, II CAP Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

34 De uma forma geral, as actividades de preparar a terra, sacha, sementeira e colheita, são mais destacadas em quase todas as explorações (quadro 2.2). Quadro 2.2 Percentagem de Explorações que utilizaram mão-de-obra temporária por tipo de actividade, 2010 Actividade Total Pequenas Médias Grandes Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Total Preparação da terra Sementeira Sacha Colheita Cuidado dos animais Outras Fonte: INE, II CAP Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

35 CAPÍTULO 3 EDUCAÇÃO

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37 A educação é um dos pilares importantes para inserção da mulher nos domínios político, económico e social. Segundo os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), até 2015, 100% das crianças com idade para frequentar o Ensino Primário (EP1 e EP2), deverão estar a frequentar estes níveis. De acordo com os resultados do último RGPH (2007), a média nacional de crianças no ensino primário, matriculadas no início do ano com idade oficial para esse nível (EP1-6 a 10 anos e EP2 11 a 12 anos), em relação a população dessa mesma idade, a Taxa Líquida de Escolarização, ronda aos 60% no EP1 e 12% no EP2. Estes dados mostram que a cobertura do sistema de educação no País ainda está muito abaixa daquilo que se pretende atingir, por isso, o número de alfabetizados no País tem subido lentamente. Indicadores de cobertura escolar São consideradas alfabetizadas, todas as pessoas com idade igual ou superior a 15 anos que possuem habilidade de ler e escrever. As taxas tendem aumentar, apesar do processo de alfabetização ser ainda lento, uma vez que passados 10 anos ( ; % a %), só aumentou em cerca de 10 pontos percentuais. Segundo o gráfico 3.1 os homens apresentam taxas elevadas de alfabetização, na área urbana, assim como rural. Apesar da tendência positiva de 1997 para 2007, a diferença percentual entre os homens e mulheres nos dois períodos em analise, reduziu o significa mais mulheres a entrarem para o grupo dos alfabetizados. Gráfico 3.1 Taxas de Alfabetização, Moçambique, 1997 e Total Urbana Rural Homem 1997 Mulher 1997 Homem 2007 Mulher 2007 Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

38 Numa sociedade onde os níveis de educação da população são baixos, e quando o sistema educativo começa a se desenvolver, este tende a benefeciar mais as gerações novas. Por isso, análise do sistema educativo por idade tem sido importante, pois pode fornecer as tendências do benefício do sistema educativo nos diferentes seguimentos etários. Assim, como se pode constatar no gráfico 3.2, em Moçambique, a maior parte da população alfabetizada encontra-se entre as idades e anos, e em menor percentagem aos 60 anos e mais. Tanto para os homens como para as mulheres a taxa de alfabetização decresce com a idade. Registam-se grandes diferenças por sexo, onde as mulheres apresentam taxas de alfabetização muito baixas. Gráfico 3.2 Taxas Específicas de Alfabetização, Moçambique, 2007 Fonte: INE, III RGPH 2007 O Mapa 3.1 apresenta taxas de alfabetização por províncias e sexo, onde evidentemente se nota que Maputo Cidade, Maputo Província e Gaza têm elevadas taxas de alfabetização. Enquanto, todas as províncias da região norte e a Província de Zambézia apresentam baixas taxas. Em todas as províncias, as mulheres são as que apresentam menores taxas de alfabetização, exceptuando Maputo Província e Maputo Cidade, onde as diferenças entre mulheres e homens não são significativas. 38 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

39 Mapa 3.1 Taxa de Alfabetização por Província, Moçambique, Total Baixa Média Alta Total Feminino Masculino Fonte: INE, ESDEM com base nos dados do III RGPH Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

40 Alunos matriculados são todos que no início do ano são inscritos nas escolas cujo levantamento geral a nível nacional é realizado a 3 de Março de cada ano. O levantamento é da responsabilidade do Ministério da Educação. O quadro 3.1, mostra que as mulheres estão em desvantagem em quase todas as províncias do País, excluindo Maputo Província, Maputo Cidade e Gaza, onde as alunas matriculadas tem percentagem acima dos 50%. Quadro 3.1 Alunos Matriculados nas Escolas Públicas e Privadas, Moçambique, 2010 Provincias Ensino Primário* Ensino Secundário** Total % Feminino % Masculino Total % Feminino % Masculino Total Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Província Maputo Cidade Fonte: MINED, Levantamento Escolar 2010 *6-12 Anos **13-15 Anos A Taxa bruta de escolarização é um indicador de cobertura do sistema de educação e é definido como sendo a proporção entre o total de alunos frequentando um nível de ensino, e a população do grupo etário oficial para frequentar o mesmo nível. No geral, as taxas brutas do ensino primário tendem a estar acima dos 100%, isto, deve-se ao facto de existir alunos com idades superiores a idade oficial definida para frequentar este nível. Os rapazes apresentam elevadas taxas que das raparigas, o mesmo cenário se repete no ensino secundário. Em algumas províncias como Inhambane, Gaza, Maputo Província e Maputo Cidade, as raparigas apresentam taxas elevadas que as dos rapazes (quadro 3.2). 40 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

41 Quadro 3.2 Taxa Bruta de Escolarização no Ensino Primário e Secundário, 2010 Provincias Ensino Primário* Ensino Secundário** Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Província Maputo Cidade Fonte: MINED, Levantamento Escolar 2010 *6-12 Anos **13-17 Anos A Taxa líquida de escolarização é a proporção entre alunos que frequentam um determinado nível de ensino com idade oficial para estudar, e a população da idade correspondente. Segundo a informação apresentada no quadro 3.3, as Províncias de Zambézia, Inhambane e Maputo, são as que apresentam elevadas taxas de alunos matriculados no ensino primário, e os rapazes em maior percentagem em relação as raparigas. Quadro 3.3 Taxa Liquida de Escolarização no Ensino Primário e Secundário, 2010 Ensino Primário (6-12 anos) Ensino Secundário (13-17 anos) Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino País Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Província Maputo Cidade Fonte: MINED, Levantamento Escolar 2010 * 6-12 Anos ** Anos 41 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

42 Desistências A Taxa de desistência é a proporção entre alunos que abandonaram o ensino, e os matriculados no início desse mesmo ano. Segundo o gráfico 3.3, o ensino primário é que apresenta elevadas desistências, e na sua maioria são efectuadas por rapazes, enquanto no ensino secundário, as raparigas são as que mais desistem das aulas. As percentagens são ainda baixas, mas não deixa de ser preocupante, pois, segundo os resultados de muitos inquéritos realizados pelo INE (IAF2002/03, IOF2008/9, IDS 2003 e 2011, entre outros), que têm a informação sobre as razões de abandono escolar, tem apontado como razões principais de desistência, a falta de condições materiais e financeiras, distância, casamento, gravidez, emprego, etc. Gráfico 3.3 Taxas de Desistências por nível de ensino, Moçambique, 2010 Fonte: MINED, Aproveitamento Escolar 2010 As províncias Niassa e Tete são as que apresentam elevadas taxas de desistência, tanto para o EP1, assim como, para o EP2. Nota-se que os rapazes são os que mais desistem na maioria das Províncias, (quadro 3.4). 42 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

43 Quadro 3.4 Taxa de Desistência Anual no Ensino Primário, segundo províncias, Moçambique, 2010 Províncias EP1 EP2 Total Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Província Maputo Cidade Fonte: MINED, Aproveitamento Escolar 2010 As taxas negativas acontecem quando o número de alunos no fim do ano é superior ao número de estudantes no início. Isto ocorre, principalmente, devido a entradas de alunos depois do levantamento realizado a 3 de Março. As Províncias de Cabo Delgado e de Maputo Cidade são as que tiveram taxas negativas, como mostra o quadro 3.5, e principalmente no ensino secundário do segundo ciclo. Quadro 3.5 Taxa de Desistência Anual no Ensino Secundário por províncias, Moçambique, 2010 Províncias ESG1 ESG2 Total Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Província Maputo Cidade Fonte: MINED, Aproveitamento Escolar Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

44 Conclusão A Taxa de conclusão, representa a proporção de alunos matriculados que terminam um nível escolar. Segundo dados do RGPH 2007 a maior parte da população (74.8%) não tem nenhum nível concluído, e a zona rural apresenta mais de 80%. Os níveis primários e secundário, são os que apresentam percentagens significativas de indivíduvos com algum nível de educação concluído, e sempre é mais elevado entre os homens do que as mulheres (quadro 3.6). Quadro 3.6 População de 15 anos e mais por nível de ensino concluído, 2007 Total Urbana Rural Total Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total Feminino Masculino Alfabetização Primário Secundário Técnico C.F.P Superior Nenhum Total Fonte: INE, III RGPH 2007 De acordo com o quadro 3.7, os rapazes apresentam taxas de conclusão mais elevadas que as raparigas para ambos os níveis em quase todas as províncias, com a excepção da Região Sul, onde por sinal tem a taxa mais elevadas do País. Quadro 3.7 Taxa Bruta de Conclusão no Ensino Primário, 2010 EP1 EP2 Provincias Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Província Maputo Cidade Fonte: MINED, Aproveitamento Escolar Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

45 As taxas de conclusão no ensino secundário, são geralmente abaixo de 50% com a excepção de Maputo Cidade, onde as raparigas concluem o ensino com maiores percentagens do que dos rapazes (quadro 3.8). Quadro 3.8 Taxa bruta de Conclusão no ensino Secundário Geral, 2010 Provincias ESG1 ESG2 Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Niassa Cabo Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Província Maputo Cidade Fonte: MINED, Aproveitamento Escolar 2009 Frequência escolar De entre as causas que leva os jovens a não frequentar a escola, a gravidez figura em primeiro lugar entre as raparigas, enquanto, a falta de dinheiro constitui a razão principal para os rapazes (gráfico 3.4). Para além destas duas razões, há outras, por exemplo, entre os rapazes citaram também a distância e outros motivos, enquanto que entre as raparigas citaram a doença/deficiência, falta de dinheiro e outros motivos. 45 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

46 Gráfico 3.4 Razões para não frequentar a escola entre jovens anos Moçambique, 2009 Fonte: INSIDA 2009 Paridade do Género Segundo o Global Gender Gap Report 2010, documento publicado pelo Fórum Económico Mundial, Moçambique ocupa a 22ª posição no índice que mede a paridade de género, de um total de 134 países do mundo 2. Este é um facto positivo, pois demonstra o trabalho que o País vem desempenhando, incentivando ambos os sexos, no que concerne a mesmas oportunidades para todos. O rácio de raparigas por rapazes tem aumentado ao longo do tempo. Por exemplo, em 1997 (IDS), o rácio no EP1 era de 0.71, passou para 0.89 em 2008 (MICS). Com esta tendência em 2015 o índice de paridade para o país estará muito próximo de 1, ou seja, haverá uma menina para cada rapaz a frequentar os níveis de ensino. O gráfico 3.5, apresenta o índice de paridade de género por Província para o ensino primário, onde as Províncias de Inhambane e Gaza têm rácio acima de 1, o que significa que há mais raparigas que rapazes. Isto significa que estas duas províncias já ultrapassaram a meta dos ODM, que é de 1. Maputo Cidade e Província estão muito próximos daquela meta. 2 Maputo, 20 Outubro de 2010 Agência de Informação de Moçambique AIM 46 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

47 Gráfico 3.5 Índice de Paridade de Género no Ensino Primário, Moçambique, 2008 Fonte: INE, MICS 2008 No ensino secundário os resultados são heterogéneos. O gráfico 3.6 apresenta algumas Províncias com rácio acima de 1 e outras abaixo. O Sul do País e a Província de Nampula são os que estão acima da meta dos ODM. As Províncias de Manica e Tete apresentam uma situação muito abaixo da meta e deverão empreender muitos esforços para atingir a barreira. Gráfico 3.6 Índice de Paridade de Género no ensino Secundário, Moçambique, 2008 Fonte: INE, MICS Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

48 Ensino Superior O acesso ao ensino superior melhorou bastante nos últimos tempos, em quase todas províncias existe pelo menos uma universidade, pública ou privada. O corpo docente também tem vindo a aumentar. Nos últimos anos, tem se verificado no País aumento da procura do ensino superior, e a sua oferta também tem aumentado. O gráfico 3.7 demonstra esta situação, em 2010 foram matriculados em todos estabelecimentos de ensino superior, mais de estudantes, e assim como tem aumentado o número de graduados. Gráfico 3.7 Matriculados e Graduados no ensino Superior público e privado, (000), Moçambique, 2009 e 2010 Fonte: MINED, Estatísticas sobre Ensino Superior A maior parte da população a frequentar o ensino superior é do sexo masculino. Entretanto, notase que em 2010, aumentou o número de matriculados do sexo feminino e em contrapartida o dos homens reduziu. 48 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

49 Percentagem Gráfico 3.8 Matriculados no Ensino Superior público e privado, segundo sexo, Moçambique, 2009 e 2010 Fonte: MINED, Estatísticas sobre Ensino Superior À semelhança dos matriculados, a maioria dos graduados são do sexo masculino, nota-se uma redução na diferença entre homens e mulheres, de 2009 para 2010, gráfico 3.9. Gráfico 3.9 Graduados no Ensino Superior público e privado, segundo sexo, Moçambique, 2009 e Mulher Homem Fonte: MINED, Estatísticas sobre Ensino Superior 49 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

50 Permilageml Segundo o quadro 3.9, a maior parte de estudantes no ensino superior se encontra a frequentar ciências sociais, gestão e direito, seguindo-se o curso de educação, e também são os que mais graduados tem oferecido ao mercado. Os cursos mais preferidos pelos estudantes do sexo feminino são, saúde e bem-estar, ciências sociais, gestão e direito, enquanto os menos procurados são engenharias, indústria e construção, com cerca de 16%. Em relação aos graduados, a área de saúde e bem-estar é a que mais graduou, na sua maioria mulheres. Quadro 3.9 Estudantes por área de formação no Ensino Superior, 2010 Área de formação Total Matriculados Graduados % Mulher % Homem Total % Mulher % Homem Educação Letras e Humanidades Ciências sociais, gestão, direito Ciências naturais Engenharias, Indústrias e Construção Agricultura Saúde e bem-estar Serviços Total Fonte: MINED, Estatísticas sobre Ensino Superior Ensino Técnico O gráfico 3.10 mostra uma grande diferença entre os homens e mulheres matriculados nos ensinos básico e elementar. As mulheres representam a minoria nos cursos técnicos. Gráfico 3.10 Alunos Matriculados no ensino Técnico, por nível, Moçambique, Feminino Masculino Ensino Elementar Ensino Basico e Médio Fonte: MINED, Levantamento Escolar Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

51 Professores e docentes O professor é um componente indispensável no ensino. Os homens sempre constituiram a maior parte neste sector, apesar do grande desempenho da mulher ainda nota-se esta lacuna. Segundo o quadro 3.10, o ensino secundário apresenta défice de professoras, com percentagens abaixo de 20. Quadro 3.10 Professores por nível de ensino, Moçambique, 2008 a 2010 Ano EP2 EP2 ESG1 Total % Mulher % Homem Total % Mulher % Homem Total % Mulher % Homem Fonte: MINED, Levantamento Escolar 2010 e Estatísticas sobre Ensino Superior Continua... Quadro 3.10 Professores por nível de ensino, Moçambique, 2008 a 2010 (continuado) Ano ESG2 E.Tecnico ES Total % Mulher % Homem Total % Mulher % Homem Total % Mulher % Homem Fonte: MINED, Levantamento Escolar 2010 e Estatísticas sobre Ensino Superior 51 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

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53 CAPÍTULO 4 SAÚDE

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55 Saúde Reprodutiva Falar da contracepção, é referir-se sobre o planeamento familiar, que permite aos casais e as mulheres em especial orientar adequamente a sua vida reprodutiva. O uso de métodos contraceptivos, pode garantir a prevenção de gravidez indesejada e limitar o número de filhos, assim como evitar doenças sexualmente transmissíveis. Segundo o MICS, a maioria das mulheres entrevistadas responderam que não utilizam nenhum método contraceptivo. Os dados mostram que o uso de métodos contraceptivos continua baixo. A pílula, injecções e amenorreia por amamentação são os métodos mais usados a nacional. A área rural tem maior percentagem no uso de amenorreia por amamentação e abstinência periódica e por sinal os que nunca foram a escola apresentam valores elevados. Quadro 4.1 Percentagem de mulheres de anos casadas ou em união marital que usam contraceptivos ou seus parceiros usam, 2008 Não usa Esterilização feminina Esterilização masculina Pilula DIU Injecções Implan tes Preserva- Tivo masculino Total Urbana Rural Nível de educação Nunca foi á escola Primário Secundário Quintil de riqueza Mais baixo Mais elevado Continua... Continuação Preservativo feminino Diafragma /gel Amenorrea por amamentação Abstinência periódica Coito interropido Total Urbana Rural Nível de educação Nunca foi á escola Primário Secundário Quintil de riqueza Mais baixo Mais elevado Fonte: INE, MICS Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

56 Como pode se observar no gráfico 4.1, a maioria de mulheres ou seus parceiros não utilizam métodos contraceptivos. Esta situação acontece tanto nas mulheres mais jovens (15-19, e anos) e como nas mais velhas. Entre os métodos utilizados destaca-se a pílula. Gráfico 4.1 Percentagem de mulheres casadas ou em união marital que usam contraceptivos ou seus parceiros usam, segundo idade, Moçambique, 2008 Preservativo feminino preservativo masculino Pilula Esterilização masculina Esterilização feminina Não usa Percentagem Fonte: INE, MICS 2008 O gráfico 4.2 mostra percentagens de mulheres casadas ou em união marital e de seus parceiros que usaram algum método contraceptivo. A nível nacional a percentagem é de 16%, sendo mais elevada na área urbana que na rural. Nas províncias, constata-se que Sofala, Maputo Cidade e Província apresentam percentagens mais elevadas. A menor percentagem registou-se na Província de Cabo Delgado. 56 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

57 Percentagem Gráfico 4.2 Percentagem de mulheres anos casadas ou em união marital que usaram algum método contraceptivo ou seus parceiros usam, Moçambique, Fonte: INE, MICS 2008 Mortalidade Os indicadores de mortalidade mostram o estado de desenvolvimento económico e social, de um País, uma vez que quanto pior forem as condições de vida, maior será a taxa de mortalidade e consequentemente menor esperança de vida ao nascer. Os dados do gráfico 4.3, mostram que em 1997 a taxa bruta de mortalidade era de 21.2 em cada mil habitantes, tendo reduzido para 15.6 em A área rural continua a ser aquela que apresenta elevadas taxas de mortalidade, e as mulheres são as que apresentam menores taxas, comparativamente aos homens. 57 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

58 Grafico 4.3 Taxas Brutas de Mortalidade Segundo Sexo, Moçambique, 1997 e 2007 Percentagem Total Urbana Rural 0 Total 1997 Homem 1997 Mulher 1997 Total 2007 Homem 2007 Mulher 2007 Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH 2007 Com o melhoramento das condições de vida da população, também verifica-se a redução da taxa de mortalidade infantil e consequentemente aumenta a esperança de vida ao nascer. Em Moçambique, nota-se que durante os últimos 10 anos a mortalidade infantil reduziu bastante em 55 pontos percentuais, ao passar de por mil nascidos vivos em 1997 para 93.6 em 2007 (gráfico 4.4) Gráfico 4.4 Taxa Mortalidade Infantil (menores de 1 anos), Moçambique, 1997 a 2012 Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH 2007; Projecções da População Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

59 Permilagem De acordo com o gráfico 4.5, as taxas de mortalidade infantil tendem a reduzir ao longo de tempo em todas as províncias. A Província de Niassa foi a que mostrou elevada taxa em 2007 e seguida por Zambézia e Manica. Gráfico 4.5 Taxa de Mortalidade Infantil, segundo Província, Moçambique, 1997 a Fonte: INE, II RGPH 97; III RGPH 2007; Projecções da População Taxa de mortalidade materna intra-hospitalar- é o número de óbitos de mulheres em estabelecimentos de saúde, por causas relacionadas a gestação, parto, num determinado período de tempo. Em 2008 a taxa era de 191 em cada nados vivos, tendo reduzido para 169 em 2010 como resultado do melhoramento assistência pré-natal e ao parto. Segundo o gráfico 4.6, Nampula, Inhambane e Sofala são as províncias que apresentam taxas de mortalidade materna intra-hospitalar mais elevadas, acima de 200 em cada 100 mil nados vivos. Em contrapartida, Maputo Província e Maputo Cidade exibem taxas mais baixas dos 100 óbitos em cada 100 mil nados vivos. Maputo Cidade e Província, apresenta melhores condições em termos de infraestruturas sanitárias comparativamente as outras províncias. 59 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

60 Obitos maternos Gráfico 4.6 Taxa de mortalidade materna intra-hospitalar (por nados vivos), Moçambique, Fonte: MISAU, Informação Sumária 2010 Nutrição A má nutrição contribui em grande medida para elevada taxa de mortalidade no País. Ela é resultado de uma combinação de factores tais como, insuficiência de proteínas, energia e de micro nutrientes. A nível nacional, 43.7% das crianças sofrem de subnutrição crónica, 18.3% têm insuficiência de peso e 4.2% estão afectadas pela subnutrição aguda. Esta situação é pior nas áreas rurais que nas urbanas (gráfico 4.7). O gráfico 4.8 apresenta o estado nutricional das crianças por províncias, onde se nota que a subnutrição crónica é mais elevada em Cabo Delgado e Nampula com taxas acima de 50%. Em oposição, ela é mais é baixa em Maputo Cidade e Maputo Província. 60 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

61 Percentagem Gráfico 4.7 Estado nutricional das crianças menores de 5 anos, Moçambique, Insuficiência de peso Subnutrição Crónica Subnutrição aguda Total urbana Rural Fonte: INE, MICS 2008 Gráfico 4.8 Estado nutricional das crianças menores de 5 anos por Província, Moçambique, 2008 Subnutrição aguda Insuficiencia do peso Subnutrição crónica Fonte: INE, MICS Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

62 Profissionais de Saúde A qualidade dos serviços de saúde depende muito dos recursos humanos e materiais, que influenciam em grande medida no melhoramento e cobertura no atendimento. Segundo dados disponíveis, em 2010, havia cerca de 4 médicos e 24 enfermeiros para cada habitantes. O quadro 4.2 apresenta o pessoal de saúde, onde se nota que o número de médicos ainda é muito baixo. Há mais enfermeiros que médicos e na sua maioria compostos por homens. Deve-se salientar também que até 2009 havia no País mais médicas que médicos, situação que se alterou em 2010 a favor destes. Quadro 4.2 Número de Médicos e Enfermeiros, Moçambique, 2008 a 2010 Nível de formação Total % Mulher % Homem Total % Mulher % Homem Total % Mulher % Homem Médicos Enfermeiros Fonte: MISAU, Informação Sumária 2010 O gráfico 4.9 mostra a distribuição dos médicos pelas províncias e por sexo. Com a excepção de Maputo Cidade e Maputo Província, as mulheres constituem maior percentagem, comparada a dos homens. Observam-se algumas disparidades por sexo nas províncias: em Niassa e Cabo Delgado a percentagem de médicas era infeiror a 20%, enquanto em Maputo Cidade e Maputo Província ela predominam sobre os homens. Nas Províncias de Inhambane e Gaza havia quase um equilíbrio entre os médicos de ambos os sexos. Gráfico 4.9 Percentagem de Médicos por sexo, Moçambique, 2010 Fonte: MISAU, Informação Sumária Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

63 Percentagem Quanto a distribuição dos enfermeiros por províncias, o gráfico 4.10 mostra também que, em geral, há mais enfermeiros que enfermeiras, com a execpção da Região Sul do País. Gráfico 4.10 Enfermeiros por sexo, Moçambique, Mulher Homem Fonte: MISAU, Informação Sumária 2010 Combate ao HIV, Malária e outras doenças O INSIDA 2009 recolheu informacação sobre conhecimento abrangente em HIV/SIDA. O gráfico 4.11 mostra a percentagem de pessoas de anos que sabem, que o uso de preservativo durante as relações sexuais e ter somente um parceiro sexual não infectado e que seja fiel, pode reduzir o risco de infecção do HIV; e também as pessoas que sabem que uma pessoa aparentemente saudável pode ser portadora do HIV. Os resultados mostram que o conhecimento abrangente sobre o HIV/SIDA é elevado entre os homens do que nas mulheres, e em todas áreas a população urbana tem mais conhecimento que a rural. 63 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

64 Percentagem Gráfico 4.11 Pessoas anos com conhecimento abrangente sobre HIV, Moçambique, Mulher Homem Total Urbana Rural Fonte: INSIDA 2009 Ainda de acordo com os resultados do INSIDA, em 2009, a taxa de prevalência do HIV era de 11.5 %, sendo mais elevadas nas mulheres, tantos nas áreas urbanas como nas rurais (gráfico 4.12). Gráfico 4.12 Prevalência de HIV entre pessoas de anos, Moçambique, 2009 Fonte: INSIDA Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

65 Segundo o mapa 4.1, as Províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Tete apresentam taxas de prevalência mais baixas do País, enquanto Gaza, Maputo e Cidade de Maputo têm as mais elevadas. De um modo geral em todas as províncias as mulheres têm taxas mais elevadas que os homens, com a excepção de Cabo Delgado. Mapa 4.1 Prevlência de HIV entre pessoas de anos, Prevalência Sexo Baixa Média Alta Feminino anos Masculino anos Fonte: INE, ESDEM com base nos dados INSIDA Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

66 O nível de escolaridade deveria influenciar positivamente, no que diz respeito ao conhecimento, atitudes em relação a pandemia do HIV/SIDA, mas os resultados do INSIDA revelam uma situação contrária. Registaram-se menores taxa de prevalência entre as pessoas sem escolaridade, aumentado à medida que o nível de escolaridade também aumenta (gráfico 4.13). Gráfico 4.13 Prevalência de HIV entre pessoas anos, por nível de escolaridade, Moçambique, 2009 Fonte: INSIDA 2009 Os dados do INSIDA permitem avaliar a prevalência do HIV entre jovens de anos de idade. Assim, a prevalência foi de 7.9% entre os jovens desta idade, sendo maior entre as mulheres, 11.1% e 3.7% entre os homens. A prevalência tende a ser maior entre os jovens da área urbana que os da rural. Em todas as Províncias a prevalência é mais elevada entre as mulheres, exceptuando a de Niassa, onde a prevalência é mais elevada entre os homens. As províncias de Sofala e Gaza são as que apresentam as taxas de prevalência das mulheres mais elevadas do País (vide o gráfico 4.14). 66 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

67 Gráfico 4.14 Prevalência de HIV entre jovens de anos, Moçambique, 2009 Fonte: INSIDA 2009 Causas de Mortalidade Em 2008, o INE realizou um inquérito sobre as Causas de Mortalidade (INCAM), onde se apurou que a malária era um dos principais motivadores de óbitos no País. Segundo o gráfico 4.15, a malária é a doença que faz mais óbito seguida de HIV. Os óbitos por malária ou por HIV são mais elevados entre os homens do que nas mulheres, emboras as diferenças nas percentagens sejam pequenas. 67 Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

68 Gráfico 4.15 Percentagem de óbitos por HIV e Malária, Moçambique, 2007 Fonte: INE, INCAM 2008 O gráfico 4.16 mostra que a turberculose, também é uma das principais doenças causadoras da morte, sobretudo pela sua carcterística oportunista associada ao HIV. Em 2009, a percentagem de pessoas que morreram devido à tuberculose associada a HIV é quase três vezes superior relactivamente, as não associadas, sendo 76% contra 26%, respectivamente. Por sexo os dados do gráfico mostram que as mulheres tendem a morrer mais de tuberculose associada ao HIV do que os homens, pois as percentagens são, 77% e 72%, respectivamente. Gráfico 4.16 Percentagem de Óbitos por Tuberculose, Moçambique, 2008 Fonte: INE, INCAM Instituto Nacional de Estatística Mulheres e Homens em Moçambique, 2011

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