Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo

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1 27 de abril de 2017 Estatísticas Vitais 2016 Nasceram mais crianças mas saldo natural manteve-se negativo Em 2016, nasceram com vida (nados-vivos) crianças, de mães residentes em Portugal. Este valor traduz um aumento de 1,9% (1 626 crianças) relativamente ao ano anterior. Do total de nados-vivos, 52,8% nasceram fora do casamento. O total de óbitos de pessoas residentes em território nacional foi de , representando um aumento de 1,8% (1 996 óbitos) face a Do total de óbitos, foram de homens e de mulheres; 85,0% dos óbitos respeitam a pessoas com 65 e mais anos de idade. Registaram-se ainda 278 óbitos de crianças com menos de 1 ano (+28 do que os registados em 2015). Em 2016, Portugal manteve um saldo natural negativo situado em ( , em 2015). Celebraram-se casamentos, valor muito próximo do registado no ano anterior. 64,2% dos casamentos celebraram-se apenas civilmente e 35,3% pela forma católica. Em mais de metade dos casamentos (56,1%) os nubentes possuíam residência anterior comum. O INE divulga indicadores relativos a nados-vivos, óbitos e casamentos com informação referente a 2016, desagregada territorialmente para os níveis NUTS I, II e III e Município. Número de nados-vivos acima de 87 mil Em 2016, nasceram nados-vivos de mães residentes em Portugal. Registou-se assim um aumento de 1,9% no número de nados-vivos face a 2015 (85 500), ainda que mais atenuado do que o observado no ano anterior (3,8%). Estatísticas Vitais /10

2 Nados-vivos, por sexo (Nº), Portugal, Homens Mulheres A relação de masculinidade à nascença foi de 106, a que corresponde crianças do sexo masculino e do sexo feminino. Para o abrandamento do ritmo de crescimento do número de nados-vivos verificado em 2016, face a 2015, contribuiu a variação negativa nos meses de setembro (-0,7%), novembro (-0,9%) e dezembro (-4,4%), face aos mesmos meses de Nos restantes meses a variação foi positiva. Assim, no primeiro semestre verificou-se uma variação positiva de 4,4% (mais nados-vivos) e no segundo semestre uma variação negativa de 0,3% (menos 138 nados-vivos), face aos semestres homólogos de De 2010 a 2016, o mês de setembro foi aquele em que se observou maior número de nascimentos de crianças com vida (exceção em 2011 em que o mês com maior número de nascimentos foi julho). Por outro lado, o mês com menor número de nascimentos tem sido o mês de fevereiro (exceção também em 2011 em que o mês com menor número de nascimentos foi abril). Estatísticas Vitais /10

3 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out Nados-vivos, por meses de nascimento (Nº), Portugal, Em 2016, a proporção de nados-vivos nascidos fora do casamento aumentou para 52,8% (50,7% em 2015 e 41,3% em 2010), representando, pelo segundo ano, mais de metade do total de nascimentos, principalmente influenciado pelo aumento da proporção de nascimentos fora do casamento sem coabitação dos pais, que quase duplicou, passando de 9,2% em 2010 para 17,1% em ,0 50,0 40,0 30,0 Nados-vivos, segundo a filiação (%), Portugal, ,3 50,7 45,6 47,6 41,3 42,8 9,2 10,9 12,8 14,7 15,8 16,3 52,8 17,1 20,0 32,0 31,9 32,8 33,0 33,6 34,4 35,7 10,0 0,0 Com coabitação dos pais Sem coabitação dos pais Dentro do casamento Fora do casamento Estatísticas Vitais /10

4 Entre 2010 e 2016, registou-se um decréscimo de 1,5 pontos percentuais (p.p.) na proporção de nascimentos cujas mães tinham idades inferiores a 20 anos e um decréscimo de 8,2 p.p. na proporção relativa a mães com idades entre os 20 e os 34 anos de idade; em contrapartida, verificou-se um aumento de 9,6 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com 35 e mais anos de idade. 80,0 70,0 Nados-vivos, por grupos etários das mães (%), Portugal, ,2 72,4 71,5 70,2 68,5 67,8 66,0 60,0 50,0 40,0 30,0 21,8 23,9 24,8 26,3 28,4 29,6 31,5 20,0 10,0 0,0 4,0 3,8 3,7 3,5 3,0 2,7 2,5 menos de 20 anos 20 a 34 anos 35 e mais anos Número de óbitos aumentou 1,8% Em 2016, registaram-se óbitos de residentes em território nacional, representando um aumento de 1,8% da mortalidade por referência a 2015 ( ). Da totalidade de óbitos registados em 2016, eram do sexo masculino e do sexo feminino Óbitos (Nº), Portugal, Homens Mulheres Estatísticas Vitais /10

5 A maioria dos óbitos ocorreu em idades avançadas: do total de óbitos de residentes em Portugal registados em 2016, 85,0% respeitam a pessoas com 65 anos e mais anos; ainda, relativamente ao total, mais de metade (57,9%) dos mesmos corresponderam a óbitos de pessoas com 80 e mais anos. Em 2016 registaram-se 278 óbitos de menos de 1 ano, resultando em uma taxa de mortalidade infantil de 3,2 óbitos por mil nados vivos (2,9 em 2015). 70,0 Óbitos, segundo a idade (%), Portugal, ,0 52,3 52,3 54,8 55,3 56,2 57,7 57,9 50,0 40,0 30,0 30,4 30,1 28,9 28,4 27,9 27,2 27,1 20,0 10,0 0,0 14,6 15,0 14,1 14,3 14,0 13,4 13,4 2,7 2,5 2,2 2,0 1,9 1,7 1, A mortalidade apresenta um padrão geral sazonal, com valores mais elevados nos meses de inverno e mais baixos na primavera e verão. Em 2016, o mês de dezembro foi aquele em que se observou o maior número de óbitos, contrariamente ao ano anterior em que o maior número de óbitos se registou no mês de janeiro. De salientar também o aumento da mortalidade nos meses de Julho e Agosto em 2016 comparativamente com os meses homólogos de Estatísticas Vitais /10

6 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out Óbitos, por meses do óbito (Nº), Portugal, Saldo natural manteve-se negativo Da conjugação dos valores registados de nados-vivos e óbitos em 2016 resulta, pelo oitavo ano consecutivo, um saldo natural negativo de , acentuando-se ligeiramente face ao verificado em 2015 ( ). Saldo natural 1 (Nº), Portugal, Número de casamentos de 2016 muito próximo do valor de 2015 Em 2016 realizaram-se em Portugal casamentos 2, valor idêntico ao de 2015 (32 393), ano em se interrompeu o decréscimo do número de casamentos verificado em anos anteriores. No período de 2010 a 2014, a quebra mais significativa verificou-se em 2011, com uma diminuição de 9,9% face a Os valores de saldo natural referentes a 2012, 2013 e 2014 reportam-se aos adotados nas estimativas anuais de população residente. Estatísticas Vitais /10

7 Dos casamentos celebrados em 2016 em Portugal, realizaram-se entre pessoas de sexo oposto e 422 entre pessoas do mesmo sexo (350 em 2015) 249 casamentos entre homens e 173 casamentos entre mulheres (223 e 127, respetivamente, em 2015). Do total de casamentos entre pessoas de sexo oposto, (35,3%) foram celebrados pelo rito católico, (64,2%) realizados só na forma civil (casamentos civis) e 160 (0,5%) segundo outras formas religiosas 3. A proporção de casamentos apenas civis (64,2%) aumentou 0,7 p.p. relativamente ao ano anterior e 6,4 p.p. face a 2010; a proporção de casamentos católicos (35,3%) reduziu-se em 0,7 p.p. em relação ao ano anterior e 6,8 p.p. face a Casamentos entre pessoas de sexo oposto, por forma de celebração (Nº), Portugal, Católica Civil Outra Em 2016, 55,4% dos casamentos realizaram-se nos meses de verão (entre junho e setembro), sendo agosto o mês com maior frequência (5 245), seguido de setembro (4 659) e de julho (4 628). Entre 2010 e 2016, o mês de agosto foi sempre aquele em que se realizaram mais casamentos; por outro lado, o mês com menor número de casamentos celebrados tem sido o de fevereiro. 2 Com a Lei nº 9/2010 de 31 de maio, passou a ser permitido o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A partir de 2010 os valores incluem casamentos celebrados entre pessoas do mesmo sexo. 3 Decreto-Lei n.º 324/2007 O casamento celebrado sob forma religiosa perante um ministro de culto de uma igreja ou comunidade religiosa radicada em Portugal passou, a partir de 2007, a produzir efeitos civis, à semelhança do casamento católico. Estatísticas Vitais /10

8 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out Casamentos, por meses (Nº), Portugal, Em mais de metade dos casamentos realizados em 2016 os nubentes possuíam residência anterior comum. Sublinha-se que esta situação tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos, passando de 44,2% em 2010 para 56,1% em Casamentos, segundo a residência anterior comum e não comum (%), Portugal, ,0 58,0 56,0 55,8 54,5 56,1 54,0 52,0 50,0 48,0 46,0 52,6 47,4 50,4 49,6 50,1 49,9 51,7 48,3 44,0 42,0 44,2 45,5 43,9 40,0 Com residência anterior comum Com residência anterior não comum Estatísticas Vitais /10

9 Mais viúvas do que viúvos devido à sobremortalidade masculina Em Portugal, em 2016, ocorreram dissoluções de casamento por morte do cônjuge, de que resultaram viúvos e viúvas. A dissolução do casamento por morte do cônjuge afeta sobretudo as mulheres devido à sobremortalidade masculina. No período de 2010 a 2016, o ano de 2010 foi o que registou o maior número de casamentos dissolvidos por morte (46 988) e o de 2014 o menor (44 336). Com a Lei nº 9/2010 de 31 de maio, passou a ser permitido em Portugal o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Em 2016, sexto ano de ocorrências, verificaram-se em Portugal 6 casamentos dissolvidos por morte entre pessoas do mesmo sexo (2 em 2011). Estatísticas Vitais /10

10 Nota técnica Os dados relativos a nados-vivos, óbitos e casamentos são obtidos através de operações estatísticas que visam a recolha direta e exaustiva de informação relativa a nados-vivos, óbitos e casamentos, ocorridos em território nacional, desenvolvidas através do aproveitamento de factos obrigatoriamente sujeitos a registo civil (assentos de nascimento, de óbito e de casamento) no Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil (SIRIC). Para além da informação de caráter administrativo constante nos assentos, o INE recolhe também um conjunto adicional de variáveis identificadas como estatisticamente pertinentes e constantes dos respetivos instrumentos de notação. O registo e o envio dos dados são efetuados eletronicamente, com observância dos requisitos definidos pelo Instituto Nacional de Estatística, IP (INE), e estabelecidos em articulação com o Instituto dos Registos e de Notariado, IP (IRN) e o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, IP (IGFEJ). A informação de base de nados-vivos, óbitos e casamentos celebrados, referente aos factos de 2016 tem origem na informação registada nas Conservatórias do Registo Civil até março de Informação metodológica detalhada disponível em: Sistema de Metainformação> Documentação Metodológica. Informação estatística detalhada disponível em: Dados Estatísticos> População> Natalidade e fecundidade. Dados Estatísticos> População> Mortalidade e esperança de vida. Dados Estatísticos> População> Nupcialidade e divorcialidade. Estatísticas Vitais /10