IV PROCESSO ORÇAMENTAL. 4.1 Enquadramento Legal Orçamento do Estado

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1 IV PROCESSO ORÇAMENTAL 4.1 Enquadramento Legal Orçamento do Estado Ao abrigo do preconizado na alínea m) do n.º 2 do artigo 179 da Constituição da República, a Assembleia da República aprovou, através da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, o Orçamento do Estado para o ano de 2012, orientado para a racionalização da despesa pública e o contínuo alargamento da base tributária, indispensáveis para o alcance do equilíbrio sustentável. O Orçamento do Estado é o documento no qual estão previstas as receitas a arrecadar e fixadas as despesas a realizar num determinado exercício económico e tem por objecto a prossecução da política financeira do Estado, à luz do estabelecido no artigo 12 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado SISTAFE. A elaboração daquele documento teve em conta a priorização da afectação de recursos preconizados no Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) , bem como o estágio actual da conjuntura económica nacional e internacional. Os princípios orientadores da elaboração do Orçamento estão consagrados no artigo 13 da Lei n.º 9/2002, acima referida, e as alterações, reforços, redistribuições e transferências de verbas, dentro dos limites fixados pela Lei do Orçamento, estão previstas no artigo 34 da mesma lei. Os artigos 28 a 33 da Lei que cria o SISTAFE estabelecem as regras a serem observadas na cobrança de receitas e na realização de despesas públicas. Os procedimentos a ter em conta na execução do Orçamento do Estado de 2012 foram preconizados nas Circulares n.ºs 04/GAB-MF/2011, de 30 de Dezembro, e 02/GAB-MF/2012, de 18 de Outubro, ambas do Ministro das Finanças, referentes à Administração e Execução do Orçamento e do Encerramento do Exercício, respectivamente. Outros instrumentos normativos relevantes na elaboração e execução do Orçamento do Estado para 2012 são o Regulamento do Sistema de Administração Financeira do Estado, aprovado pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto, e o Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 169/2007, de 31 de Dezembro, do Ministério das Finanças Lei do Orçamento do Estado de 2012 A Assembleia da República, através da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, atrás referida, autoriza o Governo a arrecadar receitas e executar despesas segundo a previsão e os limites estabelecidos no Orçamento. No n.º 1 do artigo 2 daquele instrumento, foram definidos os montantes globais, dos quais ,95 mil Meticais correspondem à receita a arrecadar e ,46 mil Meticais, ao limite máximo de despesas a efectuar, resultando, daí, um défice orçamental previsto de ,51 mil Meticais. Nos termos do preconizado no n.º 2 do artigo 2 da mesma lei, o Governo tem a responsabilidade de mobilizar os recursos necessários para cobrir o défice e, por força do disposto no n.º 1 do artigo 6 da citada lei, foi o Executivo autorizado a usar os recursos extraordinários para a cobertura do défice, pagamento da dívida pública e financiamento de projectos de investimento. IV-1

2 Foi igualmente concedida autorização ao Governo para proceder a alterações das dotações orçamentais, pelo estabelecido no artigo 7 da lei supra mencionada. Aquele, por sua vez e nos termos do preconizado no Decreto n.º 1/2012, de 24 de Fevereiro, atribuiu aos órgãos e instituições do Estado competências para procederem a alterações de dotações orçamentais em cada nível, no uso das competências conferidas pelos artigos 6 e 7 da Lei Orçamental, bem como pelo artigo 28 e n.ºs 2 e 3 do artigo 34, ambos da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro. O artigo 8 da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, acima indicada, autoriza o Governo a contrair empréstimos internos e externos, bem como a concedê-los, por via de acordos de retrocessão, respeitando as condições nela definidas. Os artigos 11 e 12 fixam os montantes globais de ,51 mil Meticais e ,76 mil Meticais, do Fundo de Compensação Autárquico e do Fundo de Investimento de Iniciativa Autárquico, respectivamente. No Quadro n.º IV.1, que se segue, são apresentados os montantes globais do Orçamento do Estado, fixados no n.º 1 do artigo 2, da mesma lei, da receita a arrecadar e das despesas a realizar, no exercício de Quadro n.º IV. 1 Orçamento do Estado Classificação Económica (Em mil Meticais) TOTAL DE RECURSOS ,0 Receitas Internas ,5 Receitas do Estado ,6 Receitas Correntes ,0 Receitas Fiscais ,3 Receitas não Fiscais ,0 Receitas Consignadas ,7 Receitas de Capital ,6 Défice Orçamental ,4 Créditos Internos ,9 Recursos Externos ,5 Donativos ,3 Créditos ,2 TOTAL DE DESPESAS ,0 Despesas de Funcionamento ,8 Despesas Correntes ,6 Despesa com o Pessoal ,4 Bens e Serviços ,6 Encargos da Dívida ,8 Transferências Correntes ,4 Subsídios ,2 Outras Despesas Correntes ,2 Dotação Provisional ,3 Despesas de Capital ,2 Bens de Capital ,2 Operações Financeiras ,0 Despesas de Investimento ,2 Componente Interna ,9 Componente Externa ,3 Fonte: Mapa A da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro. Observa-se, no quadro, que as despesas inscritas no Orçamento do Estado, no montante global de mil Meticais, são financiadas em 58,6%, por Receitas do Estado, no valor de mil Meticais, sendo que o Défice Orçamental daí resultante, IV-2

3 mil Meticais é financiado por Recursos Externos e Créditos Internos. Os Créditos Internos, com mil Meticais, contribuem com 1,9% do volume dos recursos. Contrariamente aos anos transactos, em 2012, não foi prevista a dotação de Exercícios Findos, para as despesas dos anos económicos anteriores. O Gráfico n.º IV.1, que se segue, espelha os valores de cada uma das fontes de financiamento previstas no Orçamento do Estado de Gráfico n.º IV.1 Fontes de Financiamento Previstas no OE 2012 Fonte: Mapa A da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro. Nota-se que as Receitas Fiscais, Donativos Externos e Créditos Externos têm a maior contribuição nas Receitas do Estado Previstas, relativamente às Receitas não Fiscais, Receitas Consignadas, Crédito Interno e Receitas de Capital. No que tange à previsão das despesas, o Orçamento de 2012 fixou, para o Funcionamento, mil Meticais e, para o Investimento, mil Meticais, conforme ilustra o Gráfico n.º IV.2, a seguir. IV-3

4 Gráfico nº IV.2 Despesas de Funcionamento e de Investimento Previstas no OE Despesas de Capital Mil Meticais Despesas Correntes Financiamento Interno Financiamento Externo 0 Despesas de Funcionamento Despesas de Investimento Fonte: Mapa A da Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro. As dotações das Despesas de Funcionamento, constituídas pelas Despesas Correntes, orçadas em mil Meticais, e as Despesas de Capital, com o valor de mil Meticais, superaram as de Investimento, das quais mil Meticais são de Financiamento externo e mil Meticais, do interno. Apresenta-se, a seguir, o quadro resumo dos saldos, elaborado com base nos valores globais constantes do Orçamento do Estado de Quadro n.º IV.2 Saldo Global do Orçamento do Estado (Em mil Meticais) Designação Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro 1- Receitas Correntes Despesas Correntes Saldo Corrente (1-2) Receitas de Capital Despesas de Bens de Capital Saldo do Orçamento Corrente (3+4-5) Despesas de Investimento Operações Financeiras Activas Operações Financeiras Passivas Saldo Global ( ) Fonte: Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro. No quadro precedente, verifica-se que foi previsto um Saldo Corrente positivo de mil Meticais, resultante da diferença entre as Receitas Correntes ( mil Meticais) e as Despesas Correntes ( mil Meticais). Aquele saldo corrente, quando adicionado às Receitas de Capital previstas, no montante de mil Meticais, e subtraído das dotações para Bens de Capital ( mil Meticais), conduz ao Saldo do Orçamento Corrente de mil Meticais. Considerando ainda a dotação para Despesas de Investimento ( mil Meticais), bem como para Operações Financeiras Activas ( mil Meticais) e Passivas IV-4

5 ( mil Meticais), apurou-se um Saldo Global negativo previsto de mil Meticais. 4.2 Alterações Orçamentais O regime jurídico das alterações orçamentais está previsto no artigo 34 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro. À luz do n.º 1 daquele artigo, as alterações dos limites fixados no Orçamento do Estado são efectuadas por lei, sob proposta do Governo, devidamente fundamentada. Dentro dos limites orçamentais fixados na lei que aprova o Orçamento, o Governo pode efectuar alterações às dotações dos órgãos ou instituições do Estado, nos termos do artigo 7 da mesma lei. O Governo, por sua vez, delegou no Ministro das Finanças, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 3 do Decreto n.º 1/2012, de 24 de Fevereiro, a competência de autorizar, por despacho, a transferência de dotações orçamentais quando se verifiquem as seguintes situações: a) Os órgãos ou instituições do Estado tenham sido extintos, integrados ou separados para outros ou novos que venham a exercer as mesmas funções; b) A não utilização, total ou parcial, por um órgão ou instituição do Estado, da dotação orçamental prevista, podendo a mesma dotação ser transferida para as instituições que dela careçam; c) Entre órgãos ou instituições de quaisquer níveis. De igual modo, é delegada no Ministro das Finanças, a competência para: a) Anular as dotações orçamentais de actividades e projectos inscritos no Orçamento do Estado, bem como a inscrição de novas actividades e projectos; b) Proceder à cobertura do défice, ao pagamento da dívida pública e ao financiamento dos projectos de investimentos prioritários, em caso de mobilização de recursos extraordinários; c) Autorizar redistribuições de dotações orçamentais entre actividades distintas nas Despesas de Funcionamento, bem como nas de Investimento, quando associadas a distintos Programas do Governo, dentro dos limites fixados pela AR; d) Proceder ao reforço da previsão da receita e da despesa dos órgãos e instituições do Estado que possuam receitas próprias e/ou consignadas, devidamente inscritas no Orçamento do Estado, em caso de ocorrência de excesso de arrecadação ou de transição de saldos de exercícios findos. No exercício desta competência, o Ministro das Finanças aprovou, por despachos de 30 de Março, 30 de Junho, 30 de Setembro e 28 de Dezembro, todos de 2012, referentes ao primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres, respectivamente, as transferências, redistribuições e reforços de dotações orçamentais dos órgãos e instituições do Estado, relativamente ao Orçamento do Estado aprovado pela Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro. No mesmo âmbito e de acordo com o estabelecido no artigo 4 do mesmo decreto, de 24 de Fevereiro, é delegada nos Ministros dos sectores, dirigentes dos órgãos ou instituições do Estado que não estejam sob tutela de qualquer Ministro, nos Governadores Provinciais e Administradores Distritais, a competência para a redistribuição de dotações orçamentais dos respectivos órgãos e instituições, dentro dos grupos agregados de despesa, ou entre actividades ou projectos inscritos no orçamento, quando associados a um Programa do Governo, ou, ainda, entre as rubricas do mesmo projecto. IV-5

6 As alterações autorizadas por delegação de competências devem ser comunicadas ao Ministério das Finanças, no caso de órgãos ou instituições de nível central, e às Direcções Provinciais do Plano e Finanças, quando sejam de nível provincial ou distrital, logo após a sua aprovação, acompanhadas do respectivo despacho, segundo dispõe o artigo 7 do citado decreto. Os procedimentos a observar nas alterações orçamentais estão definidos no artigo 3 da Circular n.º 04/GAB-MF/2011, de 30 de Dezembro, do Ministro das Finanças. O Quadro n.º IV.3, que se segue, apresenta o conjunto das alterações orçamentais efectuadas em 2012, por delegação de competências, à luz do estabelecido pelos dispositivos acima referidos. Quadro n.º IV.3 - Alterações às Dotações Inscritas no Orçamento Designação Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro Alteração Orçamental CGE 2012 (Em mil Meticais) Dotação Final (CGE) TOTAL DE RECURSOS ,0 Receitas do Estado ,0 Receitas Correntes ,0 Receitas Fiscais ,0 Receitas não Fiscais ,0 Receitas Próprias Receitas Consignadas ,1 Receitas de Capital ,3 Défice Orçamental ,0 Crédito Interno ,0 Recursos Externos ,0 Donativos ,0 Créditos ,0 TOTAL DE DESPESAS ,5 Componente Funcionamento ,0 Despesas Correntes ,2 Despesas com o Pessoal ,0 Bens e Serviços ,2 Encargos da Dívida ,0 Transferências Correntes ,2 Subsídios ,0 Outras Despesas Correntes ,4 Dotação Provisional ,0 Despesas de Capital ,0 Bens de Capital ,0 Operações Financeiras ,0 Componente Investimento ,3 Financiamento Interno ,1 Financiamento Externo ,0 Fonte: Mapa A da Lei n.º 1/2013, de 13 de Janeiro, Mapas I-1, II, III e IV da CGE. O quadro acima foi elaborado com base na informação constante dos mapas I a IV da CGE de Como se verifica, o Orçamento Inicial encontra-se equilibrado, com um total de Recursos do Estado no montante de mil Meticais, para cobrir uma Despesa estimada no mesmo montante. Entretanto, no âmbito das alterações orçamentais, a dotação para a despesa, de ,400 mil Meticais, aprovada pela Lei n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, foi acrescida de mil Meticais, correspondentes a uma variação, para mais, de 1,5%, relativamente ao Orçamento Inicial. IV-6

7 A uma alteração orçamental das dotações da despesa deverá corresponder uma idêntica revisão das previsões da receita de modo a que, no Orçamento Actualizado, também se verifique o princípio orçamental do equilíbrio, definido na alínea g) do artigo 13 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, com fundamento no qual todas as despesas previstas no orçamento devem ser efectivamente cobertas por receitas nele inscritas. Tal não se verifica nos elementos constantes da CGE de 2012, pois para um valor acrescido nas dotações aprovadas pela Assembleia da República, no Orçamento Inicial da despesa de mil Meticais, como referido, apenas constam alterações das previsões das Receitas Consignadas para menos, no valor de mil Meticais, que foram compensadas por um aumento, de igual valor, nas Receitas de Capital, ficando a variação da receita global a zero. A ser assim, o Orçamento Actualizado teria previsto a realização de uma despesa de mil Meticais a ser coberta por uma receita estimada em mil Meticais, o que, além de contrariar a regra do equilíbrio orçamental, seria manifestamente impraticável. Observa-se, ainda, que no Orçamento Inicial não se individualiza a previsão das Receitas Próprias, estando as mesmas incluídas no total das Receitas Não Fiscais. Procedimento diferente foi adoptado no Orçamento Actualizado apresentado na CGE, em que as mesmas são detalhadas, constando o valor previsto de mil Meticais. O Governo, no exercício do direito do contraditório, afirmou que a informação desagregada sobre a matéria está disponível no Módulo de elaboração do Orçamento. Refira-se que, nos termos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 13 da Lei n.º 9/2002, que temos vindo a citar, cada receita e cada despesa deve ser suficientemente individualizada na preparação e na execução do Orçamento do Estado. 4.3 Evolução da Receita prevista no Quinquénio (2008 a 2012) O Quadro n.º IV.4, a seguir, ilustra, com maior detalhe, a comparação das receitas previstas nos orçamentos dos anos de 2008 a 2012, segundo a classificação económica. Como se pode verificar, as previsões da receita, no Orçamento do Estado, no quinquénio , registaram aumentos consideráveis, quer em termos nominais, quer relativamente ao seu peso face ao PIB, passando de milhões de Meticais, em 2008, para milhões de Meticais, em Quanto ao peso relativo no PIB, as receitas representavam 16,2%, em 2008, passando, a partir deste ano, a observar incrementos anuais sucessivos, ao assumir os valores de 17,2%, 18,4%, 21,7% e 23,3%, respectivamente, nos anos seguintes. Tais previsões assentaram, essencialmente, nas expectativas da boa arrecadação das Receitas Fiscais que apresentam um comportamento positivo ao longo do quinquénio. É de referir, a este propósito, que as mesmas têm um peso de 84,4% do total das receitas arrecadadas pelo Estado. No ano em apreço, as Receitas Fiscais, no Orçamento, significaram 84,4% das Receitas Totais previstas, que representam 19,6% do PIB. Dentro das Receitas Fiscais, são os Impostos Sobre Bens e Serviços que assumem o maior peso, com mais de metade do total das receitas estimadas no Orçamento (52,3%). IV-7

8 Quadro n.º IV.4 - Evolução da Receita Prevista por Classificação Económica (Em milhões de Meticais) Cód. Designacão Receitas Correntes , , , ,5 97,5 111 Receitas Fiscais , , , ,5 84, Impostos Sobre o Rendimento , , , ,8 28, Imp. s/rend. das Pessoas Colectivas , , , ,4 15, Imp. s/rend. das Pessoas Singulares , , , ,0 13, Imp. Especial sobre o Jogo , , , ,8 0, Impostos Sobre Bens e Serviços , , , ,1 52, Imp. sobre o Acrescentado , , , ,1 38, Imp. s /Consumos E.-P.Nacionais , , , ,9 3, Imp. s/consumos E.-P.Importados , , , ,0 1, Imp. sobre o Comércio Externo , , , ,3 8, Outros Impostos , , , ,1 3,4 112 Receitas não Fiscais , , , ,0 7,0 113 Receitas Consignadas , , , ,5 6,2 2 Receitas de Capital , , , ,9 2,5 Total das Receitas do Estado , , , ,7 100 PIB Receita Prevista/PIB 16,2 17,2 18,4 21,7 23,3 Fonte: OE ( ) e Mapa II da CGE O Gráfico IV.3, a seguir, realça o crescimento da receita prevista face ao PIB, no quinquénio em referência, tornando evidente o contributo das Receitas Fiscais, comparativamente às Receitas de Capital, Consignadas e Não Fiscais. Gráfico n.º IV.3 Evolução da Receita Prevista Face ao PIB no Quinquénio ( ) (Em Percentagem do PIB) 25, Receitas Fiscais Receitas não Fiscais ,0 Receitas Consignadas Receitas de Capital Total de Receitas / (em percentagem do PIB) ,0 PIB (Em milhoes de Meticais) Receitas de Capital 0,7 0,9 0,4 0,5 0,6 10,0 Receitas Consignadas 1,5 0,6 1,4 1,3 1,5 Receitas não Fiscais 1,1 1,0 1,5 1,5 1,6 Receitas Fiscais 12,8 14,7 15,1 18,3 19,6 5,0 Receitas de Capital Receitas Consignadas Receitas não Fiscais Receitas Fiscais 0, Anos Fonte: OE e Mapa II da CGE Apresenta-se, no Gráfico n.º IV.4, a seguir, a evolução da receita prevista no quinquénio. IV-8

9 Gráfico n.º IV.4 Evolução da Receita Prevista no Quinquénio ( ) Milhões de Meticais Central Provincial Anos Fonte: OE de 2012 e Mapa II da CGE A nível central, é notável o crescimento na previsão da receita, partindo de milhões de Meticais, em 2008, e passando para milhões de Meticais, em 2011, e milhões de Meticais em No âmbito Provincial, a receita prevista tem-se mantido a um nível relativamente constante nos primeiros 3 anos, tendo-se registado um incremento considerável, no seu valor, em 2011 (1.509 milhões de Meticais) e 2012 (1.691 milhões de Meticais). 4.4 Evolução das Dotações Finais da Despesa A evolução das dotações finais da Despesa, no quinquénio , é ilustrada no Quadro n.º IV.5 e no Gráfico n.º IV.5, seguintes. Quadro n.º IV.5 - Evolução das Dotações Finais da Despesa no Quinquénio (Em milhões de Meticais) Componente 09/08 10/09 11/10 12/11 12/08 Funcionamento , ,1 15, ,2 51, ,1 22, ,5 20,6 158,7 Investimento , ,9 8, ,8 18, ,9 18, ,5 0,9 52,6 Total , ,0 11, ,0 34, ,0 20, ,0 11,8 101,9 Taxa Média de Inflação Fonte: CGE ( ). 3,25% 12,70% 10,35% 2,09% IV-9

10 Gráfico n.º IV.5 - Evolução das Dotações Finais da Despesa ( ) Milhões de Meticais Funcionamento Investimento Total Funcionamento Investimento Total Anos Fonte: CGE( ). À semelhança da receita prevista no quinquénio, a despesa registou, em igual período, um incremento acentuado, partindo de milhões de Meticais, em 2008, para milhões de Meticais, em 2009, milhões de Meticais, em 2010, milhões de Meticais, em 2011, e milhões de Meticais, em Em 2012, as dotações das Despesas de Funcionamento tiveram um peso de 59,5% do Orçamento total previsto e as de Investimento fixaram-se em 40,5%. Esta proporção tem vindo a acentuar-se em favor dos recursos previstos para o Funcionamento e em detrimento das Despesas de Investimento, com excepção dos dois primeiros anos do quinquénio. Assim, os recursos alocados às Despesas de Investimento, em 2008 e 2009 representaram 53,6% e 51,9%, respectivamente, em contraste com o peso que as mesmas assumiram no ano em análise (40,5%). Tendo em conta o efeito da inflação acumulada no período (31,1% 1 ), regista-se um crescimento real de 97,0% 2, das Despesas de Funcionamento, enquanto o crescimento das Despesas de Investimento foi de 16,0% Componente Funcionamento A evolução das dotações finais da Componente Funcionamento do Orçamento, discriminadas em Correntes e de Capital, em cada um dos anos do quinquénio , é apresentada no Quadro n.º IV.6. 1 Taxa média de inflação acumulada entre 2008 a 2012: [( 1,0325 * 1,127 * 1,1035 * 1,0209) - 1] * 100 = 31,1% 2 Taxa de crescimento real das Despesas de Funcionamento no quinquénio: (2,587/ 1,311) - 1= 0,97 * 100 = 97,0% 3 Taxa de crescimento real das Despesas de Investimento no quinquénio: (1,526 / 1,311) - 1= 0,16 * 100 = 16,0% IV-10

11 Quadro n.º IV.6 Evolução das Dotações Finais das Despesas Correntes e de Capital Designação (Em mil Meticais) 12/ Despesas Correntes , , , ,5 125,8 11- Despesas com o Pessoal , , , ,8 118, Bens e Serviços , , , ,9 83, Encargos da Dívida , , , ,1 180, Transferências Correntes , , , ,0 95, Subsídios , , , , , Outras Despesas Correntes , , , ,8 254, Exercícios Findos , , , ,0-100,0 2 - Despesas de Capital , , , ,0 80, Bens de Capital , , , ,9-14, Operações Financeiras , , , ,0 86,0 Activas , , , ,8 98,6 Passivas , , , ,8 51,1 Total do Funcionamento , , , ,6 118,4 Fonte: Mapa III da CGE ( ). As dotações finais previstas para as Despesas de Funcionamento, no período de , tiveram um crescimento de 118,4%, resultante do aumento de 125,8%, nas Despesas Correntes, e de 80,7%, nas de Capital, passando de mil Meticais, em 2008, para mil Meticais, em Dentro das Despesas Correntes, os Subsídios, as Outras Despesas Correntes e os Encargos da Dívida, são as que se destacam pelos elevados níveis de crescimento alcançados no quinquénio. No ano de 2012, enquanto as dotações afectas às Despesas Correntes mantiveram idêntico crescimento, em relação ao ano transacto, as Despesas de Capital registaram um incremento de 89,0%, graças ao aumento verificado nas Operações Financeiras Activas Componente Investimento A evolução das dotações finais da Componente Investimento do Orçamento, no quinquénio , é apresentada no quadro que se segue. Quadro n.º IV.7 Evolução das Dotações Finais da Despesa de Investimento Natureza da Fonte (Em mil Meticais) Interna , ,9 28, ,8 37, ,9 33, ,7 38,4 121,9 Externa , ,3 71, ,0 62, ,1 66, ,6 61,6 27,7 Total , ,1 100, ,5 100, ,1 100, ,9 100,0 52,6 Fonte: Mapa IV da CGE ( ). À semelhança do cenário verificado na Componente Funcionamento, as dotações finais das Despesas de Investimento apresentaram, também, um crescimento assinalável, com registo de 52,6%, no quinquénio IV-11

12 Todavia, o incremento do Orçamento do Investimento, em 2012, foi de apenas 0,9% relativamente ao ano transacto (18,1%), ao passar de mil Meticais, em 2011, para mil Meticais, em Por outro lado, os recursos previstos para o financiamento do investimento são maioritariamente de origem externa, os quais cresceram a um ritmo considerável, nos primeiros três anos do quinquénio, tendo reduzido nos últimos dois, com uma variação negativa de 6,6%, em No exercício em apreço, o financiamento externo ( mil Meticais) representou 61,6% da previsão total das Despesas de Investimento, contra 38,4% do financiamento interno ( mil Meticais). 4.5 Análise Sectorial da Dotação da Despesa O Plano de Acção para Redução da Pobreza (PARP) é a estratégia de médio prazo, do Governo de Moçambique, que operacionaliza o Programa Quinquenal do Governo ( ), focado no objectivo de combate à pobreza e promoção da cultura de trabalho, com vista ao alcance do crescimento económico inclusivo e redução da pobreza e vulnerabilidade no País. Para alcançar o objectivo do crescimento económico inclusivo para a redução da pobreza, o Governo definiu os objectivos gerais, sobre os quais serão direcionados os esforços da sua acção, designadamente: (i) Aumento na Produção e Produtividade Agrária e Pesqueira, (ii) Promoção de Emprego e (iii) Desenvolvimento Humano e Social, mantendo em comum os pilares sobre (iv) Governação e (v) Macroeconomia e Gestão de Finanças Públicas. Os assuntos de natureza transversal são devidamente considerados em cada um dos domínios retro mencionados. No Orçamento do Estado para 2012, a dotação total das despesas dos sectores que integram o PARP foi de milhões de Meticais, o que corresponde a 61,9% da dotação total das despesas ( milhões de Meticais), excluindo os Encargos da Dívida e Operações Financeiras, como se detalha no Quadro n.º 8 e Gráfico n.º IV.6, que se seguem. Quadro n.º IV.8 Dotação da Despesa dos Sectores Prioritários do PARP Sectores / Instituições Prioritárias Integrantes do PARP Educação , ,3 6,1 Saúde , ,4 54,5 HIV/SIDA 210 0, ,1-47,6 Infra-estruturas , ,9 20,9 Agricultura e Desenvolvimento Rural , ,0-0,8 Governação, Segurança e Sistema Judicial , ,6 14,7 Outros Sectores Prioritários , ,7 140,6 Acção Social , ,4 159,5 Trabalho e Emprego 332 0, ,3 55,1 Total Sectores Prioritários , ,9 19,0 Restantes Sectores (não Prioritários) , ,4-33,4 Despesa Total (sem Encargos e Operações Financeiras) , ,3 7,2 Encargos da Dívida , ,8 32,1 Operações Financeiras , ,9 95,0 Total da Despesa , ,0 11,8 Fonte: Quadro 18 da CGE Orçamento do Estado de 2011 (Em milhões de Meticais) Orçamento do Estado de /11 IV-12

13 Gráfico n.º IV.6 Repartição Percentual da Dotação da Despesa por Sectores Educação 26432,0 16,2 Saúde 11205,0 6,9 HIV-Sida Operações Financeiras 152,0 0,1 Educação (17,3%) Infraestruturas (7,9%) 27411,0 16,8 Agricultura Encargos e Desenvolvimento da Dívida 2,8% Rural 10125,0 6,2 Governação, Segurança e Sistema Judicial 11514,0 7,1 Acção Social 5972,0 3,7 Trabalho e Emprego 573,0 0,4 Restantes Sectores (27,4%) Restantes Sectores 51969,8 31,9 Encargos da Dívida 4625,8 2,8 Operações Financeiras 13055,7 8, ,3 100,0 Trabalho e Emprego (0,3%) Educação Governação, 16,2 Segurança e Acção Social (2,4%) Sistema Judicial (6,6%) Saúde 6,9 HIV-Sida 0,1 Infraestruturas 16,8 Agricultura e Desenvolvimento Rural 6,2 Governação, Segurança e Sistema Judicial 7,1 Saúde (10,4%) HIV-SIDA (0,1%) Infra-estruturas (16,9%) Agricultura e Desenvolvimento Rural (8,0%) Fonte: Quadro 18 da CGE Verifica-se, no quadro e gráfico supra, que as maiores dotações da despesa dos Sectores Prioritários inscritas no Orçamento couberam à Educação ( milhões de Meticais), Infra-estruturas ( milhões de Meticais) e Saúde ( milhões de Meticais) que, no conjunto, representam 44,6% das dotações previstas. Para os sectores da Agricultura e Desenvolvimento Rural e Governação, Segurança e Sistema Judicial, foram estimados, respectivamente, milhões de Meticais e milhões de Meticais, correspondendo, na mesma ordem, a 8,0% e 6,6% do Orçamento do Estado. Aos Outros Sectores Prioritários de que fazem parte a Acção Social e Trabalho e Emprego, foram destinados milhões de Meticais (2,7%). O sector da Saúde, que ao longo dos anos vinha conhecendo um declínio acentuado nas suas dotações, apresentou, em 2012, uma evolução na ordem de 54,5%, relativamente a A dotação para o subsistema HIV/SIDA registou uma queda, ao passar de 210 milhões de Meticais, em 2011, para 110 milhões de Meticais, em 2012, representando uma redução de 47,6%. De acordo com o Governo, no seu pronunciamento em relação ao presente relatório, esta situação ficou a dever-se à queda do financiamento externo que, em 2011, foi de mil Meticais e, em 2012, de mil Meticais. Pela componente interna, o Governo alocou o montante de mil Meticais, em 2011, e mil Meticais, em Por sua vez, a dotação da Agricultura e Desenvolvimento Rural, da qual depende o aumento da produção e produtividade agrária e pesqueira, teve uma variação negativa de 0,8%, comparativamente ao ano anterior. As dotações dos Sectores Prioritários, no exercício em apreço, registaram um crescimento de 19,0%, em relação ao ano transacto, destacando-se as dotações dos Outros Sectores Prioritários, que cresceram 140,5%, seguindo-se a Saúde, com 54,5% e Infra-estruturas, com 20,9%. IV-13

14 4.6 Análise das Dotações por Âmbito No tocante à distribuição das dotações por âmbito, há a referir que aos órgãos e instituições de Âmbito Central foram destinados milhões de Meticais, o equivalente a 68,6% do valor total orçamentado ( milhões de Meticais). Deste montante, coube ao Âmbito Provincial o valor de milhões de Meticais (18,2%), ao Distrital, milhões de Meticais (12,0%) e ao Autárquico, milhões de Meticais (1,2%). Gráfico n.º IV.7 - Distribuição das Dotações por Âmbito Territorial Milhões de Meticais Central Provincial Distrital Autárquico Fonte: Quadros 12, 15 e 16 da CGE No Quadro n.º IV.9, a seguir, é apresentada a distribuição territorial das dotações orçamentais do Funcionamento, Investimento e Operações Financeiras. IV-14

15 Quadro n.º IV.9 Distribuição das Dotações por Âmbito Territorial Classificação Territorial Funcionamento Interno Dotações Orçamentais Investimento Externo Operações Financeiras Âmbito Central ,6 Âmbito Provincial ,2 Niassa ,2 Cabo Delgado ,4 Nampula ,6 Zambézia ,6 Tete ,4 Manica ,4 Sofala ,2 Inhambane ,1 Gaza ,2 Maputo ,5 Cidade de Maputo ,7 Âmbito Distrital ,0 Distritos da Província de Niassa ,8 Distritos da Província de Cabo Delgado ,1 Distritos da Província de Nampula ,0 Distritos da Província da Zambézia ,1 Distritos da Província de Tete ,1 Distritos da Província de Manica ,9 Distritos da Província de Sofala ,0 Distritos da Província de Inhambane ,2 Distritos da Província de Gaza ,0 Distritos da Província de Maputo ,8 Âmbito Autárquico ,2 Total da Despesa ,0 Fonte: Quadros 12, 15 e 16 da CGE Total No âmbito Provincial, as dotações de Nampula, Cabo Delgado e Sofala, destacam-se das demais, cabendo-lhes, no presente exercício, milhões de Meticais (2,6%), milhões de Meticais (2,4%) e milhões de Meticais (2,2%), respectivamente. A nível Distrital, é de referir a representatividade das dotações dos Distritos da Província de Zambézia, 2,1%, Nampula, 2,0% e Inhambane 1,2%. 4.7 Análise da Evolução do Défice Previsto no Orçamento O défice orçamental previsto e a sua evolução, no quinquénio , são mostrados no quadro e gráfico que se seguem. Quadro n.º IV. 10 Evolução do Défice Previsto no Orçamento (Em milhões de Meticais) Componente / / / /11 12/08 Receitas do Estado , , , ,7 146,1 Despesas do Estado , , , ,8 86,0 Défice Orçamental , , , ,8 39,4 Taxa Média de Inflação 10,25 3,25 12,7 10,35 2,09 PIB Défice Orçamental (Em percentagem do PIB) Fonte: CGE( ). 20,9 19,3 19,4 17,1 17,1 IV-15

16 Ao longo do quinquénio, verificou-se, em termos nominais, um aumento constante, tanto das receitas e despesas orçamentadas, como da previsão do défice orçamental. O défice orçamental registou, em termos nominais, a variação mais elevada, em 2010, de 16,6%, e os níveis mais baixos, em 2009 e 2011, de 3,5% e 3,4%, respectivamente. No exercício de 2012, a variação do défice previsto no orçamento foi de 11,8%, reflectindo taxas de crescimento das receitas e despesas de 20,7% e 16,8%, respectivamente. Considerando a inflação acumulada no período, de 31,1% 4, resulta uma taxa de crescimento real para o défice previsto de 6,3% 5. Em relação ao PIB, o défice orçamental representou 20,9%, em 2008, tendo decrescido para 17,1%, nos dois últimos anos. Gráfico n.º IV.8 Evolução do Défice Orçamental (em Percentagem do PIB) 25, , , ,0 10 5,0 5 0,0 0 20,9 20, ,3 19,4 19, , Défice O rçamental (Em percentagem do PIB) 20,9 19,3 19,4 17,1 17,1 Fonte: Conta Geral do Estado ( ) Défice Défice Orçamental Orçamental (Em (Em percentagem percentagem do do PIB) PIB) 17,1 17,1 17, , Défice em percentagem do PIB Défice Orçamental (Em percentagem do PIB) Défice Orçamental (Em percentagem do PIB) Fonte: CGE ( ). 4.8 Resultados das Auditorias Resumem-se, de seguida, os resultados da análise das Dotações Orçamentais das diversas instituições dos âmbitos Central, Provincial, Distrital e Autárquico, em sede de auditorias relativas à CGE de 2012: a) Foi autorizado pelo Governador da Província de Cabo Delgado, em despacho recaído na Informação/Proposta n.º 73/DPO-RO/DPPF/2012, de 31 de Outubro, o reforço orçamental ao programa CAB01-00-CAB Aquisição de Meios de Transportes para as Instituições do Estado, com saldos das verbas de Investimento Interno dos outros sectores, na Direcção Provincial do Plano e Finanças de Cabo Delgado, no valor de ,30 Meticais. Nos termos do preconizado na alínea c) do n.º 2 do artigo 3 do Decreto n.º 1/2012, de 24 de Fevereiro, é exclusivamente delegada no Ministro das Finanças, nos casos devidamente fundamentados, e a qualquer âmbito (central, provincial e distrital), a 4 Taxa média de inflação acumulada entre 2008 a 2012: [( 1,0325 * 1,127 * 1,1035 * 1,0209) - 1] * 100 = 31,1% 5 Taxa de crescimento real do Défice Orçamental no quinquénio: (1,394/ 1,311) - 1= 0,0633 * 100 = 6,3% IV-16

17 competência para autorizar redistribuições de dotações orçamentais entre projectos distintos nas Despesas de Investimento, quando associados a distintos programas do Governo, dentro dos limites estabelecidos pela Assembleia da República, nos termos previstos no n.º 3 no artigo 34 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, o que não foi observado pelos gestores, no caso supra. No exercício do direito do contraditório, a entidade afirmou que procedeu daquele modo pelo facto de ter-se apurado um saldo, o qual foi usado para reforçar a rubrica de aquisição de meios de transportes, tendo em conta as necessidades do Governo da Província. O pronunciamento da entidade em nada altera a conclusão formulada pelo Tribunal, quanto à violação da norma acima referida; b) As dotações orçamentais do financiamento externo do investimento das Direcções Provinciais da Saúde de Cabo Delgado e das Obras Públicas e Habitação de Inhambane foram acrescidas em 223,1% e 3.661,3%, respectivamente, sem que se apresentasse qualquer fundamento para tal procedimento. É de referir que as alterações orçamentais dos órgãos e instituições do Estado, em cada nível, devem ser devidamente fundamentadas, em conformidade com as disposições previstas no Decreto n.º 1/2012, de 13 de Janeiro, que atribuem aos órgãos e instituições do Estado competências para procederem a alterações de dotações orçamentais. Em relação a esta questão, o Governo, em sede do contraditório, afirmou que O acréscimo das dotações orçamentais do investimento das Direcções Provinciais de Saúde de Cabo Delgado e Obras Públicas de Inhambane deveu-se à descentralização, reinscrição de saldos de 2011 e inscrição de financiamento externo, provenientes, dentre outros, do Fundo Comum do Prosaúde, Banco Mundial, DANIDA e Canadá, nos montantes globais de ,06 mil Meticais e ,82 mil Meticais, respectivamente. Quando ocorrem tais alterações, dever-se-á comunicar as instituições visadas, ao abrigo do disposto no artigo 14 do Título III do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos. IV-17

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