SÍNTESE DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO de Janeiro de 2000

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1 SÍNTESE DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO de Janeiro de Análise Global De acordo com o estabelecido na lei de enquadramento do Orçamento do Estado, encontrase em vigor, enquanto não for aprovado o Orçamento do Estado para 2000, o regime transitório para cobrança de receitas e autorização de despesas que, relativamente àquelas contempla a prorrogação da autorização referente aos regimes das receitas em vigor em 1999 e, no que respeita às despesas, prevê a observância do princípio da utilização por duodécimos das verbas fixadas nos mapas anexos à lei do Orçamento do Estado para A evolução da conta do subsector encontrase, assim, influenciada pela aplicação do regime transitório, o que se manifesta principalmente no facto de a grande maioria dos principais agregados de despesa cuja dotação orçamental não registou alterações no decurso do ano de 1999 não observar variação homóloga significativa ao nível dos respectivos valores de execução. Para além disso, a conta do subsector Estado encontrase, no caso específico do mês de Janeiro, influenciada pelo padrão de execução das transferências para a União Europeia e dos encargos correntes da dívida. Este facto traduzse numa diminuição dos respectivos valores de despesa autorizada que mais do que anula aumentos verificados em outras componentes da despesa, de tal forma que a despesa total sem operações financeiras regista uma variação negativa de 49,0 milhões de contos. Tendo em conta que a receita sem activos observa um acréscimo de 8,5 milhões de contos, da conjugação destas tendências resulta uma melhoria do saldo global de 57,5 milhões de contos. O saldo primário regista uma melhoria significativamente inferior (34,1 milhões de contos), reflectindo a diferença no padrão de execução dos encargos correntes da dívida a que se fez referência. Por sua vez, o saldo incluindo activos financeiros ascende a 48,3 milhões de contos, valor ligeiramente inferior ao do saldo excluindo activos, atendendo ao aumento, em termos homólogos, dos reembolsos de aplicações que se verificou no período em análise. O gráfico seguinte permite analisar a evolução do saldo global nas suas componentes corrente e de capital:

2 2. Análise da Receita A receita total excluindo activos financeiros totaliza, no período em análise, 416,8 milhões de contos, valor que reflecte uma variação positiva de 8,5 milhões de contos, quando por comparação com o valor homólogo do ano anterior. Este crescimento da receita assenta essencialmente no comportamento dos impostos indirectos, com destaque para o Imposto sobre o Valor Acrescentado (+30,5 milhões de contos) e Imposto sobre o Tabaco (+7,7 milhões de contos). O gráfico seguinte mostra a estrutura da receita efectiva no período em análise:

3 3. Análise da Despesa A despesa total, excluindo activos e passivos financeiros, ascendeu, no período em análise, a 371,7 milhões de contos, o que corresponde a uma diminuição de 49,0 milhões de contos em relação ao ano precedente. Está em causa, essencialmente, um diferente padrão de execução das transferências para a União Europeia e dos encargos correntes da dívida, o que se traduz numa diminuição dos respectivos valores de despesa executada em 50,2 e 23,3 milhões de contos. O gráfico a seguir compara a execução da despesa efectiva (excluindo operações financeiras) face aos valores apurados em igual período do ano anterior: A diminuição homóloga da despesa corrente coincide com a do total da despesa, atendendo a que a despesa de capital não registou qualquer variação, quando expressa em milhões de contos. De referir que, expurgando o efeito decorrente da execução dos encargos correntes da dívida e da contribuição de Portugal para o orçamento da União Europeia, existem algumas componentes da despesa que registam variações positivas de assinalar. Assim, ao nível das despesas com o pessoal cabe registar um aumento de 15,6 milhões de contos, dos quais 8,0 milhões de contos se relacionam com o pagamento das remunerações certas e permanentes, principalmente ao pessoal afecto às escolas de ensino básico e secundário (+5,9 milhões de contos), e 7,2 milhões de contos se reportam aos encargos relacionados com a segurança social da Função Pública (essencialmente relacionado com o aumento da contribuição financeira do Estado para a Caixa Geral de Aposentações, para efeitos de pagamento de pensões e reformas). Relativamente às transferências do Orçamento do Estado para outros subsectores do Sector Público Administrativo (+8,9 milhões de contos), destacamse as que beneficiaram o Serviço Nacional de Saúde (+6,9 milhões de contos, influenciado pelo facto de a dotação de 1999, à qual se aplica transitoriamente o regime duodecimal, como anteriormente referido, ter sido objecto de um reforço por via do orçamento suplementar)

4 e a Assembleia da República (+1,1 milhões de contos, em resultado de, em igual período do ano anterior, este serviço dotado de autonomia e financeira, não ter procedido a qualquer requisição de fundos do Orçamento do Estado). As outras despesas correntes (+1,4 milhões de contos) reflectem o aumento das despesas de funcionamento dos estabelecimentos de ensino não superior. Em termos de classificação funcional, observase um ganho de importância significativo das despesas classificadas sob as funções sociais fundamentalmente em detrimento das outras funções. De referir que se incluem nestas últimas os encargos correntes da dívida e as transferências para a União Europeia enquanto que a transferência para o Serviço Nacional de Saúde e a comparticipação do Estado no pagamento das pensões e reformas, e dos encargos, quer de pessoal, quer de funcionamento, com as escolas de ensino básico e secundário são despesas classificadas nas funções sociais. * * * *

5 II DETALHE DAS RECEITAS E DESPESAS DE JANEIRO DE 2000

6 QUADRO 1 ESTIMATIVA DE EXECUÇÃO DA RECEITA DO ESTADO

7 QUADRO 2 ESTIMATIVA DE EXECUÇÃO DA DESPESA AUTORIZADA POR AGRUPAMENTOS ECONÓMICOS

8 QUADRO 3 ESTIMATIVA DE EXECUÇÃO DA DESPESA AUTORIZADA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

9 QUADRO 4 AUTORIZAÇÕES DE DESPESA POR MINISTÉRIOS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO ECONÓMICA

10 QUADRO 5 VARIAÇÃO DAS AUTORIZAÇÕES DE DESPESA POR MINISTÉRIOS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO ECONÓMICA

11 QUADRO 6 ESTIMATIVA DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO

12 QUADRO 7 ESTIMATIVA DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO (EM EUROS)

13 Em anexo, apresentase a execução mensal da Administração Central, apurada, no âmbito do SDDS Special Data Dissemination Standard, para o mês anterior. A execução mensal da Administração Central é divulgada em primeira mão no site da DirecçãoGeral do Orçamento ( ANEXO I ESTIMATIVA DA CONTA DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL de Janeiro a Dezembro de 1999