Intervenção de Sua Excelência Aiuba Cuereneia Ministro da Planificação e Desenvolvimento

Transcrição

1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE REUNIÃO FINAL DO PROCESSO DA REVISÃO ANUAL 2014 Intervenção de Sua Excelência Aiuba Cuereneia Ministro da Planificação e Desenvolvimento Maputo, 16 de Maio de 2014

2 SENHORES MEMBROS DO GOVERNO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, EXCELÊNCIAS, SENHORES VICES-MINISTROS, EXCELÊNCIAS, SENHORES EMBAIXADORES, EXCELÊNCIAS, SENHORES REPRESENTANTES DOS PARCEIROS DE COOPERAÇÃO E DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS, EXCELÊNCIAS, SENHORES REPRESENTANTES DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL, DISTINTOS CONVIDADOS, MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES, 1. Permitam-me que, em nome do Governo e em meu nome pessoal, comece por saudar a todos os participantes a esta Reunião Final do processo da Revisão Anual, edição 2014, relativo a avaliação do desempenho do Governo e dos Parceiros do Apoio Programático referente ao ano Na verdade, o encontro de hoje marca o término do processo da Revisão Anual, um marco importante do ciclo da nossa parceria que, permite o intercâmbio e oportunidade para avaliar o desempenho de 1

3 ambas as partes com o objectivo de sairmos com um entendimento comum dos avanços registados e desafios. 3. Em 2014, a parceria que nos une em torno do Apoio Geral ao Orçamento foi agraciada pela realização de um importante evento internacional e por processos, a nível nacional, que pela sua relevância permitam-me que partilhe, alguns destes, com Vossas Excelências: Primeiro: a realização da Primeira Reunião de Alto Nível da Parceria Global de Cooperação para o Desenvolvimento Efectivo, que entre outros pontos, examinou (i) os Progressos sobre a Implementação dos Compromissos de Busan sobre os quais Moçambique teve a honra de participar no processo de monitoria a nível global; (ii) a transparência e prestação de contas entre Parceiros; (iii) a necessidade incrementar a mobilização dos recursos domésticos; (iv) o papel e a partilha de conhecimento sobre a cooperação Sul-Sul e Triangular; e, (v) o papel do Sector Privado para o desenvolvimento, tendo acordado acções com vista a acelerar os resultados nas áreas que mencionei em direcção a uma nova era de cooperação eficaz para o alcance do desenvolvimento sustentável e inclusivo no prisma da nova arquitectura da ajuda internacional necessária para realizar a agenda de desenvolvimento pós Neste evento Moçambique teve a oportunidade de partilhar a sua experiência sobre a eficácia para desenvolvimento, em particular do processo inclusivo, que envolveu o Sector Privado, os 2

4 Parlamentares, a Sociedade Civil e os Parceiros de Desenvolvimento na elaboração do Plano de Acção Nacional pós Busan para o horizonte temporal A par das Nações Unidas e da Organização para Cooperação para o Desenvolvimento Económico, o Governo agradece, em particular, a Irlanda, a Finlândia e a Suíça pela oportunidade criada para a realização da sessão paralela dedicada exclusivamente a Moçambique. Segundo: a Conclusão do Estudo Independente do Apoio Directo ao Orçamento em Moçambique abarcando o período de 2005 a 2012, instrumento que permite aferir em que medida o Apoio programático contribuiu para implementação da estratégia de combate a pobreza no nosso País. As recomendações deste estudo serão objecto de apresentação no seminário previsto para o dia 22 de Maio corrente, para o qual tenho a honra de convidar a todos presentes a tomarem parte neste evento. Terceiro: a adopção do Plano de Acção da Transparência Fiscal, instrumento que mostra o cometimento do Governo, a curto e médio prazo, para o aprimoramento contínuo na área de Gestão de Finanças Públicas. Quarto: a extensão do Plano de Acção para Redução da Pobreza Estratégia, PARP ( ), em particular, da sua matriz estratégica por mais um ano, com vista a assegurar uma transição das políticas em curso, enquanto se espera pela aprovação dos instrumentos de Gestão Económica e Social de Médio prazo para 3

5 o próximo Quinquénio, abrindo-se, deste modo, a possibilidade de proceder a reformulação dos indicadores do Quadro de Avaliação do Desempenho (QAD) para Quinto: a extensão do Memorando de Entendimento sobre a Concessão do Apoio Geral ao Orçamento ( ), garantindo a cobertura legal da parceria em torno desta modalidade. MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES, 4. A Revisão Anual 2014, a par da experiência dos anos anteriores, forneceu uma plataforma para discussões sobre os progressos e as medidas de acções de políticas a serem prosseguidas, a vários níveis, tendo os trabalhos decorrido num ambiente construtivo e aberto. 5. Adicionalmente, em 2014, consolidamos o objectivo da realização de duas sessões de Observatório de Desenvolvimento, uma, dedicada ao processo de Planificação e, outra, direccionada à Monitoria dos nossos Planos. Sobre estas sessões, reiteramos o nosso apelo no sentido de que todos os intervenientes usem este espaço previlegiado para partilha de informação, cujos documentos deverão ser antecipadamente distribuidos de modo a permitir discussões frutíferas sobre os assuntos que são objecto de apresentação. 6. Igualmente, usamos esta oportunidade no quadro da melhoria contínua do Diálogo a nível do Observatório para lançar a reflexão em torno da necessidade de estudarmos a possibilidade de realização de Observatórios Temáticos dedicados a áreas previamente identificadas. 4

6 Julgo que a Sociedade Civil já deu um passo nesta direcção. Neste sentido, seria de propôr que para cada sessão fosse abordado um tema específico. 7. A Revisão Anual constatou que, não obstante o impacto da crise financeira a nível global, o País continuou a merecer a confiança dos nossos Parceiros, tendo o volume agregado da Ajuda Pública ao Desenvolvimento desembolsada ao País, ascendido em 10.1%, passando de, 1.7 mil milhões de dólares americanos, em 2012, para 1.9 mil milhões de dólares americanos, em Todavia, a avaliação do desempenho dos Parceiros do Apoio Programático em 2013, notou uma redução do Apoio Programático (Apoio Geral ao Orçamento e Apoio ao Orçamento Sectorial Fundos Comuns), de 53 pontos percentuais, em 2012, para 36 pontos percentuais em 2013, situação que não se mostra alinhada com a modalidade preferencial plasmada na Política de Cooperação Internacional de Moçambique. 9. Face a este cenário, e não obstante o debate actual na arena internacional sobre a efectividade do Apoio Orçamental e a par do da mobilização de recursos internos que Moçambique gradualmente tem registado, permitam-me, mais uma vez, reiterar o nosso apelo no sentido dos Parceiros continuarem a privilegiar o incremento do seu apoio nas modalidades programáticas, no quadro dos esforços para combate a pobreza e alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. 5

7 10. À luz dos Assuntos de Atenção Especial identificados na Revisão Anual, o Governo reitera o seu cometimento em redobrar esforços para a sua prossecução, um vez que, os mesmos fazem parte da agenda do Governo e sublinha a necessidade de primarmos por uma contínua confiaça mútua e saudável entre as partes e acima de tudo uma vontade colectiva de ver acelerado o combate a pobreza no nosso País. 11. Outrossim, no quadro da implementação das suas Politicas, o Governo continua firme e empenhado no combate a pobreza promovendo o crescimento económico inclusivo, o emprego, a melhoria contínua do ambiente de negócios, empoderamento das Pequenas e Média Empresas, a melhoria da Gestão de Finanças Públicas e combate à corrupção visando o bem-estar da população. MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES, 12. Não poderia terminar a minha intervenção, sem endereçar uma saudação especial à Sua Excelência Roberto Vellano, Embaixador da Itália, ao Senhor Dário Milano, Chefe de Cooperação da Itália e a sua equipa, pelo contributo valioso ao longo do Período que está na liderança da Troika do G As felicitações são extensivas as equipas técnicas de ambas partes pelo trabalho intenso realizado na condução deste processo e sobretudo na elaboração dos Relatórios das avaliações do desempenho do Governo e dos Parceiros, bem como pelo cumprimento integral do calendário estabelecido para esta Revisão Anual, o que demonstra o 6

8 cometimento das partes para o seguimento do plasmado no Memorando de Entendimento. 14. À Dinamarca que deixará a Troika e à Itália que deixará a Presidência para a Suécia após a Cerimónia dos Compromissos, endereçamos votos do nosso maior apreço. Em particular a Suécia, que assumirá a Presidência e a Portugal, novo Membro da Troika desejamos saudações de boas vindas e reafirmamos o nosso cometimento na busca incansável de soluções conjuntas enquadradas na nossa parceria através do diálogo franco, aberto a todos os níveis. 15. Como poderão ter constatado na agenda desta reunião, teremos a oportunidade de apresentar os resultados da Revisão Anual de 2014, que mostram o desempenho de 2013 e os desafios de ambas as partes. 16. Por último, permitam-me, reafirmar o cometimento do Governo em continuar a pautar pela determinação e persistência na procura conjunta de soluções dos problemas e desafios identificados através de um diálogo aberto, franco e participativo. 17. Com estas palavras, minhas senhoras e meus senhores, declaro solenemente encerrado o processo da Revisão Anual de MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA 7