Avaliação dos Impactos da Eliminação Gradual dos Subsídios aos Preços dos Combustíveis e dos Serviços de Utilidade Pública

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1 THE WORLD BANK ANGOLA Avaliação dos Impactos da Eliminação Gradual dos Subsídios aos Preços dos Combustíveis e dos Serviços de Utilidade Pública Volume I: Sumário das Opções de Políticas Dezembro 2005

2 ESCRITÓRIO DO BANCO MUNDIAL EM ANGOLA REGIÃO DA ÁFRICA DEPARTAMENTO DE GESTÃO MACROECONÓMICA E REDUÇÃO DA POBREZA VICE-PRESIDENTE: DIRECTOR PARA O PAÍS: REPRESENTANTE RESIDENTE INTERINO: COORDENADOR DE PROJECTOS PARA O PAÍS: GESTOR SECTORIAL: LÍDER DA EQUIPA: GOBIND NANKANI MICHAEL BAXTER OLIVIER LAMBERT PETER NICHOLAS EMMANUEL AKPA FRANCISCO GALRÃO CARNEIRO BANCO MUNDIAL LARGO ALBANO MACHADO N CAIXA POSTAL 1331 LUANDA, REPUBLICA DE ANGOLA TEL: (244-2) /727

3 3 ÍNDICE Sumário Executivo... 4 I. INTRODUÇÃO... 1 II. SUBSÍDIOS AOS COMBUSTÍVEIS E SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA SUBSÍDIOS AOS COMBUSTÍVEIS: AS PROVAS INTERNACIONAIS SUBSÍDIOS AOS COMBUSTÍVEIS EM ANGOLA SUBSÍDIOS À ELECTRICIDADE EM LUANDA SUBSÍDIOS À ÁGUA, EM LUANDA III. INCIDÊNCIA DE SUBSÍDIOS E PERCEPÇÕES SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS IV. IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES DE PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS E DOS SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA IMPACTOS INFLACIONÁRIOS IMPACTOS MICROECONÓMICOS RECOLHA DE DADOS E CONJUNTO DE DADOS FUNÇÕES DA PROCURA DE COMBUSTÍVEIS E DE SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA DE LUANDA IMPACTOS NO BEM-ESTAR V. IMPLICAÇÕES DAS POLÍTICAS A. UMA ESTRATÉGIA EM DUAS FRENTES PARA ELIMINAR PROGRESSIVAMENTE OS SUBSÍDIOS B. AFECTAÇÃO DAS POUPANÇAS COM VISTA À REDUÇÃO DA POBREZA E AO DESENVOLVIMENTO... 42

4 - 1 - ACRÓNIMOS/ABREVIATURAS IPA BM BMPI BNA IPC UCAN EDEL ENE EPAL GoA FMI INE INEA GPL MBPI PNUD EUA WFPI OMS Índice de preços administrados Banco Mundial Índice de preço do cabaz básico Banco Nacional de Angola Índice de Preços ao Consumidor Universidade Católica de Angola Empresa de Distribuição de Electricidade de Luanda Empresa Nacional de Electricidade Empresa Pública de Águas de Luanda Governo de Angola Fundo Monetário Internacional Instituto Nacional de Estatísticas Instituto Nacional de Estradas de Angola Gás de Petróleo Liquefeito Índice de preço do cabaz médio Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Estados Unidos da América Índice do preço de combustível ponderado Organização Mundial de Saúde

5 - 2 - Agradecimentos Este é o primeiro volume de um relatório preparado por uma equipa liderada pelo Sr. Francisco Carneiro, Economista do Banco Mundial encarregado dos assuntos para Angola. O autor principal do relatório foi o Prof. Emilson Silva, Tulane University, que procedeu à análise principal sob a supervisão do chefe da equipa. Camilla Rossaak e Paulo Loureiro forneceram um valioso suporte técnico nos diversos estágios deste projecto. Grande parte da qualidade deste produto é resultado dos esforços destas pessoas. A equipa também deseja agradecer o apoio financeiro fornecido pela Embaixada Britânica em Luanda e pelos Embaixadores Britânicos, anterior e actual, Sr. John Thompson e Sr. Ralph Publicover, respectivamente, por gentilmente dispensarem atenção a esta importante questão. A equipa gentilmente agradece o apoio do Ministério das Finanças através do Vice-Ministro Sr. Eduardo Severim de Morais, Sr. Manuel Neto da Costa, Director de Estudos e Relações Internacionais, e Sra. Francisca Fortes, Directora de Preços e Concorrência. Os nossos agradecimentos também às autoridades governamentais que nos receberam nos seus escritórios e nos forneceram dados e outras informações valiosas nomeadamente: Sr. Pedro Luis Fonseca, Director do Gabinete de Estudos e Planeamento, Ministério de Planeamento, Sr. António da G. Lopes Teixeira, Director-Geral Associado, Instituto de Estradas de Angola (INEA), Sr. Rui Augusto Tito, Vice-Ministro, Ministério de Energia e Água. Sr. Paulo Matos, Director, Ministério de Energia e Água, Sr. Bonifácio Manuel, Director, Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Sra. Luzia B. da Costa, Chefe, Departamento de Planeamento e Estatística, Ministério de Petróleo, Sr. Mavinga B. David, Chefe dodepartamento de Investimentos e Projectos, Ministério de Petróleo, Sra. Efigénia da Purificação S. S. Martins, Chefe do Departamento de Empresas Públicas, Ministério das Finanças, Sra. Joana Cordeiro dos Santos, Directora Nacional de Contabilidade, Ministério das Finanças, Sr. Simão Neto, Director, Escritório de Informática, Ministério das Finanças, Sr. Joaquim Flávio de Sousa Couto, Director-Geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), Sr. Domingos Bernardo, Associado Técnico, Escritório do Presidente do Conselho de Administração, Empresa Pública de Águas (EPAL) e Sr. José Ambriz, Administrador, Escritório do Presidente do Conselho de Administração, Empresa Pública de Águas (EPAL). As organizações da sociedade civil, a comunidade doadora e os professores que se encontraram conosco durante as nossas consultas contribuíram para o nosso aprendizado sobre o tópico e forneceram algumas novas percepções. A equipa está de facto admirada com as doações de tempo e de conhecimento técnico em prol deste empreendimento. As ONGS e as organizações da sociedade civil consultadas incluíram FAS, FMEA, CARE Angola, YME, CEEA, DW, SAL, ADRA, COIEPA, FONGA, MEDAIR, AIA, Angola A comunidade doadora consultada incluiu a Embaixada Britânica, UNDP, a Embaixada Americana, a Embaixada da África do Sul, OMS, a Embaixada da Suécia, a Embaixada Alemã, a Embaixada da Noruega, a Embaixada Italiana, a Embaixada da Espanha, UNFPA, a Comissão Europeia, os Direitos Humanos das Nações Unidas. A

6 - 3 - equipa também se reuniu com o Sr. Paulo Filipe e com os professores Laurinda Hoygaard, Universidade Agostinho Neto, e Justino Pinto de Andrade e Manuel Alves da Rocha, Universidade Católica de Angola. A equipa também agradece imensamente ao Sr. Alexandre Rands, Sr. Alfredo Soares, e respectivos co-trabalhadores da empresa Datametrica, que ajudaram a melhorar o questionário e subsequentemente a coordenar e implementar todas as actividades de compilação de dados em Luanda e a preparar o conjunto de dados para análise posterior. Os esforços da compilação de dados da Datametrica foram substancialmente expandidos pelos seus parceiros angolanos, Sr. Bernardo Vieira e pela sua equipa da Universidade Católica de Angola, bem como pelos inúmeros inquiridores angolanos dedicados que trabalharam diligentemente para fornecer informações oportunas e de alta qualidade sobre a investigação. Este trabalho não teria sido possível sem a cooperação e a ajuda de muitos especialistas e das suas equipas na sede do Banco Mundial em Washington e no escritório local em Luanda. Agradecimentos especiais são devidos a Louise Fox que foi bastante generosa no fornecimento de dados, conselhos e comentários para a equipa nos estágios iniciais desse estudo em Washington e Luanda. Muitas pessoas na sede ajudaram a equipa na conceitualização do estudo e na elaboração do questionário. Também proporcionaram um valioso feedback nas versões preliminares deste relatório. O grupo de pessoas dedicadas que nos ajudaram durante os inúmeros estágios deste trabalho inclui a Sra. Masami Kojima, o Sr. Stefano Paternostro e a Sra. Sarah Keener. A equipa gostaria de agradecer ao pessoal do Banco Mundial sediado em Luanda, em especial Laurence Clarke, Olivier Lambert, Ana Maria Carvalho, Margarida Baessa Mendes, Domingas Pegado, Carla Balça, Nelvina Lutucuta, e José Lima da Silva não só por nos ajudar da melhor forma possível, mas também por nos fazer sentir em casa em Luanda. A Sra. Ligia Iris-Castillo forneceu assistência editorial de grande qualidade.

7 - 4 - Sumário Executivo i. Em Angola, é possível eliminar progressivamente os subsídios, utilizando a poupança fiscal para compensar os pobres e melhorar a qualidade dos serviços públicos. No contexto de um programa de políticas destinada a eliminar gradualmente os subsídios aos preços do combustível, calculados em cerca de 4% a 5% do PIB, o governo pretende também eliminar progressivamente os subsídios aos preços dos serviços de utilidade pública (água e electricidade). Este relatório debruça-se sobre o impacto económico e no bem-estar do programa e apresenta recomendações quanto ao modo de conceber uma estratégia para eliminar os subsídios em Angola. A estratégia deverá fazer uma distinção clara entre a eliminação de subsídios aos preços de combustível e a eliminação de subsídios aos preços dos serviços de utilidade pública. Em ambos os casos, recomenda-se uma abordagem gradual. No caso da eliminação de subsídios ao preço do combustível, o actual mecanismo de fixação de preço da Sonangol deveria ser revisto, como parte da estratégia progressiva. Quanto aos subsídios ao preço dos serviços de utilidade pública, são necessárias melhorias consideráveis nas infra-estruturas e na eficiência administrativa das companhias de serviços de utilidade pública antes de se proceder à eliminação de subsídios. Para obter o apoio público a esta estratégia e evitar consequências macroeconómicas indesejáveis, a poupança fiscal conseguida com a eliminação dos subsídios deveria ser usada para compensar os pobres e melhorar a prestação dos serviços públicos. Em Angola, são Consideráveis os Subsídios aos Preços do Combustível e dos Serviços de Utilidade Pública ii. Os preços dos combustíveis, em Angola, são dos mais baixos nos países africanos e noutros países do mundo ricos em recursos petrolíferos. A prática de subsidiar os preços do combustível é corrente, não só em Angola mas em muitos outros países ricos em petróleo, tais como o Iraque, Irão, Arábia Saudita, Líbia, Egipto, Argélia, Indonésia, Malásia, Venezuela e Bolívia. Angola está em quarto lugar na lista dos países africanos com os preços mais baixos de gasolina e de diesel. Em 2004, por exemplo, os preços retalhistas nos EUA, por litro, da gasolina e do diesel, eram 54 e 57 cêntimos, respectivamente, enquanto em Angola os preços retalhistas, por litro, da gasolina e do diesel eram 39 e 29 cêntimos de USD. O volume dos subsídios em Angola ainda é mais elevado se considerarmos o mecanismo de fixação de preços utilizado pela Sonangol, que chega a ultrapassar, em 300% ou mais, os preços reais do gás, gasolina, diesel e querosene. iii. Também existem subsídios, igualmente importantes, ao abastecimento de água e energia através das companhias de utilidade pública. A explicação para a transferência governamental de subsídios a favor dos sectores da electricidade e da água prende-se com a incapacidade das empresas de utilidade pública realizarem receitas das

8 - 5 - vendas, suficientemente elevadas, para cobrirem os custos. Este fenómeno é, não só o produto da falta de eficiência das empresas de utilidade pública no que respeita à devida medição, facturação dos clientes pelos serviços prestados e impedimento de novos casos de ligações ilegais mas também o resultado de os preços da electricidade e da água terem sido fixados pelo Ministério das Finanças em níveis abaixo do custo marginal de longo prazo. No sector da electricidade, por exemplo, sabe-se que são USD 0,11 por kwh, mas os preços praticados pela companhia são presentemente próximos de USD 0,005 por kwh. No sector da água, para se cobrir o prejuízo financeiro de cerca de USD 6 milhões, a companhia recebeu montantes a título de subsídio aos preços e de funcionamento de cerca de USD 7,4 milhões e USD 0,9 milhões, respectivamente. iv. A grande maioria da população considera que todos os serviços públicos são importantes mas de fraca qualidade. Em grande parte devido à deterioração do capital físico e humano durante a longa guerra, o fornecimento do serviço público de água e energia não é constante e nem compreensivo e, consequentemente é de baixa qualidade. O fornecimento de outros serviços importantes pelo Estado (tais como educação, transportes, saneamento e saúde) também é considerado pela população de baixa qualidade mas simultaneamente da maior importância. As famílias pobres normalmente acham que é difícil ter acesso à prestação formal de serviços públicos e têm de recorrer a mercados secundários em alguns casos (tais como água e alguns tipos de combustível) onde pagam um preço mais alto. Estas famílias serão os beneficiários potenciais dos preços subsidiados do gás e do querosene mas nem todos têm meios financeiros para os comprar ou acesso fácil a estes combustíveis. De uma forma geral, concluiu-se que os preços subsidiados têm beneficiado sobretudo os ricos e não os pobres. v. Os grandes beneficiários dos preços subsidiados dos serviços de utilidade pública e dos combustíveis são as famílias mais ricas e não os mais pobres. O perfil das famílias que beneficiam dos subsídios aos serviços de utilidade pública e aos combustíveis revela que os grandes beneficiários são aqueles que residem em grandes casas ou apartamentos, têm geradores próprios, frigoríficos e computadores e que se situam entre o terceiro e o quinto quintil de rendimento. Mais concretamente, as despesas com a gasolina parecem ser relativamente mais importantes para as famílias no quinto quintil de rendimento do que para as famílias nos outros quatro quintis. Esta fonte de energia é grandemente utilizada pelas famílias ricas na geração de iluminação ou de combustível para os seus automóveis. Estas famílias ricas são directamente mais afectadas pela eliminação dos subsídios, ao passo que as famílias mais pobres podiam melhorar a sua situação se os montantes gastos com subsídios fossem aplicados mais directamente na melhoria do seu bem-estar. Uma Estratégia de Duas Etapas para Eliminar Progressivamente os Subsídios vi. O governo deveria adoptar uma abordagem progressiva para eliminar os subsídios aos preços. No primeiro estádio, as autoridades precisarão de anunciar um programa compreensivo para abandonarem os subsídios mediante uma estratégia faseada. Um pequeno aumento logo no início de 2006 acompanhado do anúncio da intenção de eliminar os subsídios seria uma boa maneira de começar o programa mas o anúncio do

9 - 6 - programa teria de afirmar claramente que o objectivo inicial é, por exemplo, alinhar os preços dos combustíveis com o preço implícito do petróleo do orçamento de 2006 (USD 45/barril). Poderia ser introduzido um aumento maior em meados de 2006 como parte de um programa que estipulasse que os fundos poupados seriam gastos num programa de compensação e na infra-estrutura necessária. Na segunda etapa, o actual mecanismo de fixação de preços da Sonangol deveria ser reavaliado e o nível ajustado dos subsídios gradualmente eliminado enquanto se continua a implementação do programa de compensação, concebido na primeira fase. No caso de se verificar o colapso dos preços internacionais do petróleo, o programa deveria ser ajustado pontualmente. vii. A eliminação dos subsídios aos preços dos serviços de utilidade pública é mais complexa e, em primeiro lugar, exige o investimento em infra-estruturas e na capacidade administrativa das empresas de serviços de utilidade pública. Existem desafios consideráveis com que as autoridades se deparam antes da eliminação completa dos subsídios à energia e água em Angola. Em primeiro lugar, o governo precisa de investir na rede pública de distribuição de água e electricidade. Em segundo lugar, a eficácia administrativa também terá que aumentar para que as empresas públicas possam funcionar segundo padrões internacionais e gerir adequadamente as suas práticas de facturação e cobrança e minimizar as fugas devido a ligações ilegais. Só depois de se terem tomado estas duas medidas é que se deverão eliminar os subsídios aos preços dos serviços de utilidade pública. viii. A estratégia para eliminar progressivamente os subsídios tem que assentar no pressuposto de que Angola pode utilizar os recursos actualmente afectados aos subsídios para fins mais produtivos. Perante isto, as principais questões de políticas resumem-se a como reduzir os subsídios e, simultaneamente, manter a estabilidade macroeconómica; melhor afectação dos gastos para fins de desenvolvimento e redução da pobreza; compensar os que perdem e aumentar a protecção social para os pobres; e vender um pacote coerente e abrangente ao público para moderar a resistência. ix. Ao contemplar a implementação de uma política gradual e periodicamente ajustar os preços dos combustíveis e dos serviços de utilidade pública, as autoridades angolanas não deveriam negligenciar os custos políticos desta medida. Isto é particularmente verdade neste momento de vésperas de eleições importantes. A evidência internacional demonstra que as subidas do preço dos combustíveis, não acompanhadas de um conjunto de medidas paliativas, conduzem normalmente a protestos públicos e podem despoletar violência e tumultos sociais, mesmo nos dias que se seguem às eleições. Os incentivos dos adversários políticos em gerar debate público e crítica em torno dos aumentos de preços dos combustíveis e dos serviços de utilidade pública aumentam durante o período eleitoral. Os candidatos a reeleição prevêem este comportamento e sabem que se apoiarem aumentos dos combustíveis podem acabar perdendo grandes números de eleitores para os seus adversários. A experiência noutros países demonstra que qualquer programa para reafectar as despesas públicas deveria prestar uma atenção especial aos seguintes princípios gerais: Atracção política: A compensação, através de programas de despesas politicamente atraentes, é fundamental para a sustentabilidade política e social da eliminação de

10 - 7 - subsídios. Uma enorme visibilidade e um anúncio credível de medidas de compensação são aspectos indispensáveis do programa. Em prol dos pobres e alvos eficazes: O ideal seria que as medidas maximizassem o impacto na redução da pobreza. Os programas de compensação deveriam ter por alvo beneficiar os pobres e, possivelmente, também todos os outros que perderam substancialmente com a redução dos subsídios. Também têm que ser percebidos como tal. Velocidade das despesas e impacto nas famílias: É importante por razões macroeconómicas prestar atenção aos programas concebidos e ao dinheiro gasto, pois a velocidade com que os programas são implementados causa impacto nas famílias pobres e é importante por razões de compensação e de economia política. Como Moderar a Resistência e Compensar o Público x. Uma das medidas paliativas que pode trazer grandes benefícios para os pobres é uma política de água e saneamento que vise melhorar a qualidade destes serviços. A análise de bem-estar deste relatório indica que alterações no preço da água acarretarão um impacto social marginal muito superior do que as alterações nos preços dos combustíveis. Dada a situação precária da infra-estrutura, gestão e prestação de serviços da água parece haver uma grande margem para os formuladores de políticas reformarem o sector público da água com o intuito de o tornarem mais eficiente, aumentarem o abastecimento de água à população e melhorarem a qualidade da água. Os fundos necessários para financiar um empreendimento desta dimensão poderiam provir dos fundos economizados com a eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis e da participação do sector privado. xi. Outras medidas paliativas que podem ser implementadas em Angola e que têm sido utilizadas noutros países que enfrentaram o problema de compensar os pobres face a programas para eliminação gradual de subsídios são as seguintes: 1. Política de Educação Pública: Promoção do sistema de vales, transferências condicionais de dinheiro e refeições escolares com vista a oferecer incentivos aos pais para mandarem os filhos para a escola e incentivos para as crianças continuarem na escola; 2. Política de Prestação de Cuidados de Saúde: Promover o investimento em infra-estruturas, oferecer cuidados preventivos e clínicas móveis para expandir o acesso aos cuidados de saúde; 3. Política de Transportes Públicos: Criação de um passe social que possa ser utilizado em autocarros e miniautocarros, custos subsidiados do serviço de miniautocarros com base nas taxas de utilização, implementação de passes patrocinados pelos empregadores.

11 - 8 - xii. Um pacote com êxito para eliminar progressivamente os subsídios em Angola exigirá comprometimento político e uma boa estratégia de implementação e monitorização. Para uma implementação bem sucedida do pacote, o GoA precisará de formar equipas e atribuir responsabilidades. As equipas deveriam cobrir as áreas seguintes: (i) questões macroeconómicas e fiscais; (ii) programação de despesas (protecção social e despesas de compensação e outras despesas com o desenvolvimento e a redução da pobreza); e (iii) socialização da poupança. Teriam que funcionar em conjunto e consultarem-se mutuamente para desenvolverem propostas iniciais baseadas na sua experiência própria e nas conclusões deste relatório. O Banco Mundial está à disposição para assistir o Governo de Angola em todas estas áreas.

12 - 1 - I. INTRODUÇÃO 1. No contexto de um programa de políticas destinado a eliminar gradualmente os subsídios aos preços de combustíveis, o governo pretende fasear igualmente os subsídios aos serviços de utilidade pública (água e electricidade). Se o Governo de Angola conseguir eliminar com sucesso todos os subsídios, a sua situação fiscal irá necessariamente melhorar. De acordo com os números aqui revelados, em 2004 a responsabilidade do GoA com os subsídios ultrapassou USD milhões. Os resultados da nossa análise indicam que os custos sociais directos associados com a eliminação integral dos subsídios aos combustíveis serão provavelmente pequenos e afectam desproporcionadamente os pobres, apenas no que se refere ao consumo de GLP e de querosene. O efeito inflacionário previsto dos aumentos do preço do combustível não é suficientemente elevado para causar muita preocupação pode ser equilibrado no contexto actual de baixas taxas de inflação mensal desde que haja uma estratégia sólida de ajustamentos graduais nos preços dos combustíveis. 2. Ao abrigo do Memorando Económico do País do BM e das negociações do Programa Monitorizado pelo Pessoal entre o Governo e o FMI, com o apoio financeiro da Embaixada Britânica em Luanda, o Banco encomendou este estudo da política anunciada de eliminação progressiva dos subsídios aos preços dos combustíveis e dos serviços de utilidade pública. O principal objectivo deste relatório é avaliar os prováveis impactos macroeconómicos e no bem-estar promovidos por uma política de eliminação gradual dos subsídios aos preços dos combustíveis e serviços de utilidade pública em Angola. A política em questão irá inevitavelmente causar dois impactos macroeconómicos principais. A redução e eventualmente eliminação, se for completamente bem sucedida, as despesas públicas com os subsídios. Irá também gerar pressões inflacionárias. Quanto aos impactos no bem-estar, consideramos os potenciais efeitos negativos provocados pelos aumentos dos preços do combustível e dos serviços de utilidade pública no bemestar do residente médio de Luanda. 3. A metodologia de análise incluiu a realização de um levantamento rápido e específico de famílias em Luanda para compilar informações sobre a incidência dos subsídios aos preços de combustíveis e de serviços de utilidade pública e conhecer as percepções da população quanto à qualidade dos serviços prestados pelas companhias de serviços públicos. Com base nos dados do levantamento, foram calculadas funções da procura para uma amostragem de famílias da zona urbana e rural de Luanda. As estimativas permitiram-nos encontrar os impactos derivados no bem-estar e associados com as várias situações hipotéticas referentes às taxas com que são eliminados os subsídios. A recolha de dados para o levantamento de famílias foi administrada pela Datametrica, uma firma de consultoria sedeada no Brasil. A Datametrica contratou uma equipa de peritos da Universidade Católica de Angola (UCAN) para ajudar a resolver os problemas logísticos, recrutar e formar os inquiridores locais e preparar o conjunto de dados. A maior parte dos entrevistadores eram alunos da UCAN. As actividades tiveram

13 - 2 - início em 20 de Abril de 2005 e terminaram em 10 de Maio de Na totalidade, consultaram-se famílias. 4. Para além do esforço de recolha de dados, a análise qualitativa dos impactos no bem-estar da eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis e serviços de utilidade pública contou, nos diferentes estádios do trabalho, com várias consultas junto dos representantes chave de organizações da sociedade civil, comunidade dadora, área académica e sector privado em Luanda. A equipa avistou-se ainda, em diferentes ocasiões, com altos dirigentes das empresas de serviços de utilidade pública, Ministério das Finanças, Ministério do Plano, Ministério da Energia e Água, Ministério do Petróleo e com funcionários da Sonangol, a companhia nacional dos petróleos. Em anexo a este relatório inclui-se uma descrição resumida do resultado dessas consultas, na fase inicial deste trabalho. 5. Organizamos a sequência da apresentação dos tópicos para melhor poder responder às seguintes questões primordiais: (i) Qual a importância dos subsídios aos combustíveis e aos serviços de utilidade pública? (ii) Quem beneficia dos subsídios aos combustíveis e serviços de utilidade pública? (iii) Quais os impactos no bem-estar e macroeconómicos dos aumentos dos preços dos combustíveis e dos serviços de utilidade pública? (iv) Como deveria ser orquestrada a eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis? (v) Que medidas paliativas deveriam ser implementadas com vista a compensar aqueles que perdem com a medida? Na secção 2 examinamos as evidências internacionais relativas à subsidiação de combustíveis e discutimos a importância dos subsídios aos combustíveis e serviços de utilidade pública em Luanda e as ineficiências associadas com a distribuição de combustível e o abastecimento de água e electricidade. Na secção 3, estudamos as questões relacionadas com a incidência de subsídios aos combustíveis e serviços de utilidade pública e os alegados benefícios de consumo do serviço público obtidos pela população. Na secção 4, analisamos os efeitos macroeconómicos e no bem-estar dos aumentos dos preços dos combustíveis e serviços de utilidade pública. Na secção 5, discutimos de que modo gizar e implementar a eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis e propomos um conjunto de políticas paliativas, consistentes com as conclusões a que chegámos. II. SUBSÍDIOS AOS COMBUSTÍVEIS E SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA 6. Quais são os problemas associados com os subsídios? Este é o tema principal desta secção. Com o intuito de tratar esta questão de uma forma satisfatória, iremos estudar a experiência internacional relativa à atribuição de subsídios aos combustíveis e respectivos problemas e examinar as particularidades do subsídio aos combustíveis em Angola e do subsídio aos serviços de utilidade pública em Luanda.

14 Subsídios aos Combustíveis: As Provas Internacionais 7. Quanto é que os angolanos pagam pelos combustíveis em comparação com outros países de África e outras partes do mundo? Os dois gráficos seguintes fazem uma comparação entre Angola e um grupo seleccionado de países africanos, em termos de preços retalhistas de gasolina e diesel em Novembro de Enquanto a Líbia tinha os preços retalhistas mais baixos de gasolina e diesel em África, Angola estava em quarto lugar da lista dos países africanos, a contar do mais baixo. 8. Uma medida amplamente utilizada para determinar o nível de subsidiação dos combustíveis existente num certo país provem de uma comparação directa entre o preço retalhista de combustível de um país e o preço retalhista do combustível nos EUA. Se o preço retalhista dos combustíveis do país for inferior ao dos EUA, a diferença entre os dois preços representa o subsídio ao preço. Por exemplo, em Novembro de 2004, os preços retalhistas da gasolina e do diesel nos EUA era 54 cêntimos e 57 cêntimos, respectivamente. Em Angola, os preços retalhistas da gasolina e do diesel, por litro, em cêntimos de dólares, eram 39 e 29, respectivamente. Assim, os subsídios à gasolina e ao diesel, por litro, em cêntimos de dólar, em Angola, eram de 15 e 28 cêntimos, respectivamente. Preços Retalhistas da Gasolina em Novembro de CêntimosUSD Líbia Egipto Argélia Angola Rep.Dem. Congo Botswana Namíbia África Sul Congo Cabo Verde Nigéria Zâmbia Países Africanos Seleccionados Figura1

15 - 4 - Preços Retalhistas do Diesel - Novembro US$ Cents Líbia Egipto Argélia Angola Botswana Namíbia África Sul Rep. Dem. Congo Países Africanos Seleccionados Figura 2 Nigéria Zâmia Congo Cabo Verde 9. Subsidiar os combustíveis é uma prática corrente, não apenas em Angola mas em muitos outros países ricos em petróleo, tais como o Iraque, Irão, Arábia Saudita, Líbia, Egipto, Argélia, Indonésia, Malásia, Venezuela e Bolívia. Em Novembro de 2004, os preços retalhistas da gasolina (subsídio à gasolina) e do diesel (subsídio ao diesel) em cêntimos de USD, por litro, nestes países eram respectivamente: (i) 3 (51) e 1 (56) no Iraque; (ii) 9 (45) e 2 (55) no Irão; (iii) 24 (30) e 10 (47) na Arábia Saudita; (iv) 9 (45) e 8 (49) na Líbia; (v) 28 (26) e 10 (47) no Egipto (vi) 32 (22) e 15 (42) na Argélia; (vii) 27 (27) e 18 (39) na Indonésia; (viii) 37 (17) e 22 (35) na Malásia; (ix) 4 (50) e 2 (55) na Venezuela; e (x) 54 (0) e 27 (30) na Bolívia. Conforme se exemplifica aqui, os países têm tendência a subsidiar mais fortemente o diesel do que a gasolina. 10. Entre outros, os advogados da concessão de subsídios aos combustíveis argumentam que eles promovem transferências desejáveis e tão necessárias para as famílias pobres e que mantêm baixos os custos dos transportes. Ambos os efeitos ajudam as famílias pobres a comportarem o consumo de alguns bens e serviços essenciais. Os combustíveis baratos podem permitir que as famílias pobres cozinhem, tenham iluminação em casa e utilizem os transportes públicos. Durante as nossas entrevistas em Luanda, algumas autoridades públicas angolanas argumentaram que os subsídios aos combustíveis compensam os baixos salários da população, a falta de acesso aos serviços públicos assim como a fraca qualidade dos serviços públicos prestados. 11. Reconhecendo embora o mérito destes argumentos, com base nas evidências internacionais de que em muitos países as famílias pobres urbanos gastam uma parte relativamente mais alta dos seus orçamentos no consumo de querosene do que as famílias urbanos que não são pobres e que o diesel é o principal tipo de combustível utilizado

16 - 5 - pelos operadores de transportes públicos, 1 a experiência internacional também nos diz que os subsídios de larga escala aos combustíveis podem causar uma série de problemas macroeconómicos, tais como crises do défice das finanças públicas, 2 perdas nas receitas de exportação bem como um rápido esgotamento das reservas petrolíferas causadas pelo crescimento excessivo do consumo interno de combustível 3 e crises na taxa de câmbio provocadas pelos níveis elevados de fuga de capital estrangeiro associada com as expectativas pessimistas dos investidores estrangeiros acerca da capacidade de um determinado país controlar as suas finanças públicas. 4 Adicionalmente, há ainda provas que, nalguns países, os subsídios aos combustíveis produzem benefícios globais mais vantajosos para os que não são pobres, em relação à população pobre Não é, portanto, de surpreender que muitos países tentem por termo às políticas de subsidiação dos combustíveis. 6 São dignas de registo especial as experiências da Indonésia e da Malásia com subidas dos preços da energia na década de 80. (ver Hope and Singh (1995)). Os dois países tiveram um crescimento económico rápido nos anos 70 e princípio da década de 80, em grande parte fruto dos preços do petróleo em ascensão. Nestes dois países, durante estes anos, quase todas as necessidades de energia comercial foram satisfeitas por produtos petrolíferos. Os preços dos combustíveis eram altamente subsidiados. O querosene era utilizado frequentemente pelas famílias como uma fonte de iluminação, sendo que as famílias urbanas pobres gastavam uma parte relativamente maior dos seus orçamentos com o consumo de querosene, do que as famílias rurais pobres, tendo em conta que estes últimos tinham à sua disposição outras opções de fontes 1 Hope and Singh (1995) demonstram que as quotas do orçamento do querosene para as populações urbanas pobres na Indonésia e na Malásia nos anos 80 eram mais elevadas do que a dos seus homólogos não pobres. Também indicam que no Gana, durante a década de 80, as quotas médias do orçamento de querosene baixaram em todos os quintis consecutivos, desde o segundo até ao quinto quintil, o que indica que os pobres gastam uma parte relativamente mais alta do seu orçamento no consumo de querosene. 2 Hope and Singh (1995) apontam que as crises do défice fiscal na sequência dos choques externos (reduções nos preços do crude e matérias-primas) levaram a subidas dos preços da energia na Indonésia e Malásia nos anos No Egipto, as reservas petrolíferas estão a baixar e as novas jazidas de petróleo, recém-descobertas, não têm a mesma abundância das jazidas antigas. Além do mais, a política de subsídios aos combustíveis, praticada há longa data, estimulou um crescimento intenso do consumo de combustíveis, a ponto de o país poder tornar-se, em breve, um importador líquido de combustíveis (Câmara de Comércio Americana no Egipto, 2003). A Malásia também corre o risco de esgotar as suas reservas de petróleo dentro de 19 anos (Metschies (2005)). 4 A 1 de Outubro de 2005, a Indonésia quase triplicou o preço do querosene e mais que duplicou os preços do diesel com vista a indicar aos investidores estrangeiros o seu comprometimento com a redução das despesas com subsídios e manter as suas finanças públicas sob controlo. A grande fuga de capital estrangeiro, em Setembro de 2005, provocou a queda da moeda (ver Indonesia Triples Kerosene Prices to Cap Subsidies, Investments Magazine, October 1, 2005). 5 Atente-se no Irão, por exemplo. Citamos a frase seguinte do Memorando Económico do País, do Banco Mundial, de 30 de Abril de 2003, página iii, com o título Iran Medium Term Framework for Transition: Converting Oil Wealth to Development : o sistema de subsídios indirectos do Irão, em particular, os subsídios aos combustíveis, beneficiaram muito mais os ricos do que os pobres, chegando mesmo a atingir um rácio de 12 para 1. 6 Em 31 de Julho de 2005, a Malásia decidiu aumentar os preços unitários da gasolina, diesel e GLP de 2,6, 5,3 e 1,3 cêntimos de USD, respectivamente (Metschies (2005)). A poupança pública esperada varia entre USD 1,7 e 2,0 mil milhões, para 2005 apenas. As autoridades governamentais pretendem utilizar a poupança na construção de mais escolas, hospitais e instalações públicas.

17 - 6 - de energia. Os choques externos negativos que estas economias enfrentaram durante meados da década de 80 levou-os a aumentar os preços da energia para colmatar as crises do défice público. As reformas neste sentido tiveram um grande êxito. Os impactos negativos dos aumentos de preço dos combustíveis na produção global e na inflação foram reduzidos. A produção de alimentos, por exemplo, não foi praticamente afectada porque não era uma actividade com uso intensivo de energia. 13. As tentativas de eliminação dos subsídios aos combustíveis podem, porém, ser muito pouco apreciadas. Na Indonésia, por exemplo, os protestos motivados por uma tentativa de aumento dos preços dos combustíveis, em 1998, levaram a uma série de acontecimentos que culminaram com a queda do regime presidido por Suharto. Recentemente, violentos protestos públicos contra o aumento dos preços dos combustíveis, deixaram pelo menos 12 pessoas mortas no Iémen, quando a polícia trocou disparos com homens armados na capital e províncias (Metschies (2005)). A 19 de Julho de 2005, os preços do diesel, gasolina, querosene e GLP tiveram um aumento de 166,67%, 78,95%, 200% e 96,26%, respectivamente. A 26 de Julho de 2005, o Governo do Iémen recuou e baixou os preços do diesel, gasolina e querosene em 25%, 8,82% e 25%, respectivamente. Na Nigéria, o Nigerian Labour Congress (NLC) convocou uma greve geral de 4 dias, iniciada em 11 de Outubro de 2004, a título de protesto contra o aumento de 25% dos preços dos combustíveis. Os bancos, escritórios governamentais, escolas, hospitais, fábricas nacionais, lojas e estações de abastecimento em todo o país apoiaram a greve (World Socialist Web Site, 22 de Outubro de 2004). 14. Prevendo a oposição do público aos aumentos dos preços da energia, hoje em dia as autoridades tentam, normalmente, baixar a incidência de protestos públicos e distúrbios sociais com o anúncio de várias medidas paliativas, implementação de um programa de alterações graduais dos preços ou até adiando os aumentos de preços. No Gana, por exemplo, em vez de subidas de 50% nos preços dos combustíveis em Março de 2005, as autoridades governamentais prometeram subir o salário mínimo em 20%, reduzir os impostos sobre rendimentos, abolir propinas nas escolas públicas e construir mais habitações de baixo custo. 7 Na Indonésia, em Novembro de 2005, o governo prometeu reduzir a tarifa sobre importação de açúcar em 52%. 8 Na Malásia, as economias resultantes de menores subsídios aos combustíveis estão a ser empregues na construção de escolas, hospitais e instalações públicas (Metschies (2005)). Os ajustamentos de preços recentes tendem a ser graduais e não bruscos, porque as alterações abruptas do passado deram azo a instabilidade política, revoltas e, no caso da Indonésia, à queda do Governo. A população parece preferir uma mudança relativa dos preços do que uma alteração absoluta, com uma maior probabilidade de se verificarem tumultos sempre que as alterações de preços ultrapassem 30% Metschies (2005)). 9 Em vésperas de eleições, a escolha é atrasar a decisão. Os aumentos de preços, por exemplo, que se registaram no Gana este ano, eram já absolutamente necessários no ano anterior, 7 Ver Ghana: Muted Protests to Government Hike in Oil Prices, IRINnews.org, 4 Março de Ver Indonesia Triples Kerosene Prices to Cap Subsidies, Investments Magazine, 1 Outubro de Segundo Metchies (2005), p.82, (isto aplica-se sobretudo à Nigéria onde os aumentos dos preços dos combustíveis repetidamente conduziram a motins, muito embora, com toda a objectividade, os combustíveis já fossem mais baratos do que água de beber.

18 - 7 - embora tivessem sido adiados por causa das eleições de Dezembro de O Presidente Joun Kufuor do Gana foi reeleito para um segundo mandato de quatro anos Subsídios aos Combustíveis em Angola 15. Para que uma estratégia destinada à eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis funcione em Angola, há que prestar uma atenção especial aos pormenores das tentativas feitas por outros países nesse sentido. No entanto, há também que entender muito bem as particularidades da estrutura de fixação de preços de Angola, as implicações da estrutura de fixação de preços para a formação de despesas com subsídios e as relações entre o preço mundial do crude e as despesas e receitas públicas de cada país. Nesta subsecção, tratamos de todas estas questões e, ao fazê-lo, apresentaremos respostas às seguintes questões fundamentais: Como é que a Sonangol funciona como um distribuidor? Quais são os custos de funcionamento da Sonangol? Quanto é que o Governo de Angola vai poupar com a eliminação dos subsídios? A poupança obtida é suficientemente volumosa para compensar as famílias pobres e melhorar a protecção social? 16. Uma alternativa à regra descrita na secção anterior para determinar o nível de subsidiação aos combustíveis em Angola é adoptar a metodologia oficial da Sonangol. Quando se usa esta fórmula, percebe-se, contudo, que os subsídios aos combustíveis eram enormes, ultrapassando frequentemente os preços reais em mais de 300% para o gás, gasolina, diesel e querosene. Quadro 1: Preços Administrados dos Combustíveis ( ) Jan 2000 Fev 2000 Abr 2001 Ago 2001 Jan 2002 Mai 2004 Nov 2004 Produto Kz USD Kz USD Kz USD Kz USD Kz USD Kz USD Kz USD GLP (kg.) 0,37 0,07 4,00 0,68 5,00 0,26 7,00 0,32 10,20 0,31 17,50 0,21 31,50 0,36 Gasolina (lt.) 0,26 0,05 4,00 0,68 5,40 0,28 8,20 0,38 12,00 0,37 20,00 0,24 34,00 0,39 Querosene(lt.) 0,13 0,02 2,00 0,34 3,00 0,15 5,00 0,23 7,80 0,24 13,00 0,16 22,00 0,25 Diesel (lt.) 0,13 0,02 2,00 0,34 3,00 0,15 5,60 0,26 8,00 0,24 14,00 0,17 25,00 0,29 Comb. L. (kg.) 0,97 0,17 1,61 0,27 2,93 0,15 4,05 0,19 6,40 0,20 10,63 0,13 21,00 0,24 Comb. Pes. (kg.) 0,66 0,11 1,08 0,18 2,11 0,11 2,98 0,14 6,60 0,20 7,64 0,09 14,50 0,17 Asfalto (kg.) 0,61 0,11 1,01 0,17 2,00 0,10 2,83 0,13 4,50 0,14 7,50 0,09 13,50 0,16 Fonte: Autoridades Angolanas e Funcionários do FMI. 17. Os preços dos combustíveis foram controlados durante todo o período do estudo. De Janeiro de 2000 a Dezembro de 2004, fizeram-se seis ajustamentos de preços Fevereiro 2000, Abril 2001, Agosto 2001, Janeiro 2002, Maio 2004 e Novembro O Quadro 1 mostra-nos os preços ajustados em termos de Kwanzas e USD, enquanto o Quadro 2 apresenta o aumento percentual dos preços dos combustíveis. O preço do gás aumentou 981,08% e os preços da gasolina, querosene e diesel subiram 1438,46% em Fevereiro de As alterações percentuais dos preços registadas para estes produtos em Abril de 2001 e Agosto 2001 eram bastante inferiores. Os preços da gasolina, por exemplo, aumentaram 35% e 51,85% durante estes meses. As subidas, em termos percentuais, dos preços do gás, gasolina, querosene e diesel, em Maio 2004 e Novembro 2004, também foram muito mais modestas do que as ocorridas em Fevereiro Ver Ghana: Muted Protests to Government Hike in Oil Prices, IRINnews.org, 4 Março 2005.

19 - 8 - Quadro 2: Alterações dos Preços dos Combustíveis Relativamente ao Mês Anterior (%) Produto Fev 00 Abr 01 Ago 01 Jan 02 Mai 04 Nov 04 GLP (kg.) 981,08 25,00 40,00 45,71 71,57 70,00 Gasolina (lt.) 1438,46 35,00 51,85 46,34 66,67 80,00 Querosene (lt.) 1438,46 50,00 66,67 56,00 66,67 69,23 Diesel (lt.) 1438,46 50,00 86,67 42,86 75,00 78,57 Comb. L (kg.) 65,98 81,99 38,23 58,02 66,09 97,55 Comb. P. (kg.) 63,63 95,37 41,23 21,48 15,76 89,79 Asfalto (kg.) 65,57 98,02 41,50 59,01 66,67 80, Os Quadros 3 5 ilustram o modo como se determinam os subsídios aos combustíveis. Em primeiro lugar, considera-se a estrutura de fixação de preços adoptada pela Sonangol para calcular os preços dos combustíveis propostos. Os preços totais do gás, gasolina, querosene e diesel são calculados a partir dos preços da refinaria adicionados das taxas relativas aos impostos, custos de funcionamento, custos de comercialização e de margens de revenda. Conforme se exemplifica no Quadro 3, o preço do gás na refinaria era 6,15 kwanzas por quilo em Setembro de O preço total da Sonangol, por quilo, do gás era 10,21 kwanzas, valor obtido a partir da multiplicação do preço do gás na refinaria por 1,66. O suplemento, 66%, pode ser decomposto em taxa de imposto de 1%; taxa do custo de funcionamento de 30%; taxa do custo de comercialização de 10%; e taxa de margem de revenda de 25%. Os preços totais da Sonangol para o litro de gasolina, querosene e diesel foram calculados através da multiplicação dos preços na refinaria da gasolina, querosene e diesel por 2,525; 1,56 e 2,05, respectivamente. Para os outros três artigos de combustíveis, o combustível leve, combustível pesado e asfalto, os preços totais da Sonangol resultaram dos preços na refinaria destes produtos multiplicados por 1,5. Os preços totais destes produtos não incluem margens de revenda. Os subsídios obtêm-se subtraindo aos preços propostos pela Sonangol os preços reais. Quadro 3: Estrutura de Custos e Margens Junho 2003 Produto Preço na Refinaria Taxas dos Impostos Taxas Custos Funcionamento Taxas Custo Comercialização Margem Revenda Total Preço Proposto Preço Real Subsídio GPL(kg.) 31,33 1,00 30,00 10,00 25,00 52,01 52,00 10,20 41,80 Gasolina (lt.) 20,52 100,00 30,00 10,00 12,50 51,81 52,00 12,00 40,00 Querosene (lt.) 20,32 1,00 30,00 10,00 15,00 31,70 32,00 7,80 24,20 Diesel (lt.) 14,00 50,00 30,00 10,00 15,00 28,70 29,00 8,00 21,00 Comb. L (kg.) 15,60 10,00 30,00 10,00 23,40 23,40 6,40 17,00 Comb. P (kg.) 10,56 10,00 30,00 10,00 15,84 16,00 6,60 9,20 Asfalto (kg.) 9,76 10,00 30,00 10,00 14,64 15,00 4,50 10,50 Fonte: Sonangol. 19. A estrutura peculiar de fixação de preços da Sonangol merece alguns comentários. Primeiro, os subsídios unitários incluem impostos unitários pagos ao governo. Se tivermos de excluir dos cálculos as taxas de impostos, os preços totais, em Setembro, teriam sido: (i) 10,15 kwanzas per quilo de gás; (ii) 6,15 kwanzas por litro de gasolina; (iii) 5,82 kwanzas por litro de querosene; (iv) 4,27 kwanzas por litro de diesel; (v) 4,28

20 - 9 - kwanzas por quilo de combustível leve; (vi) 2,90 kwanzas por quilo de combustível pesado; e (vii) 2,69 kwanzas por quilo de asfalto. Face aos preços reais pagos pelos consumidores, os subsídios unitários teriam sido: (i) 6,15 kwanzas por quilo de gás; (ii) 2,15 kwanzas por litro de gasolina; (iii) 3,82 kwanzas por litro de querosene; (iv) 2,27 kwanzas por litro de diesel; (v) 2,67 kwanzas por quilo de combustível leve; (vi) 1,82 kwanzas por quilo de combustível pesado; e (vii) 1,68 kwanzas por quilo de asfalto. Logo, os subsídios unitários, livres de impostos, teriam sido mais baixos em 1% para o gás; 65,21% para a gasolina; 9,48% para o querosene e 37,64% para o diesel. Como o diesel, gasolina e querosene foram, por esta ordem, os combustíveis mais importantes em termos de magnitude de consumo em Angola, durante , estas conclusões sugerem que os valores das despesas públicas, tais como despesas com subsídios e pagamentos de transferências, incluindo impostos, exageradamente altos. Quadro 4: Estrutura de Custos e Margens - Janeiro 2004 Produto Preço na Refinaria Taxas dos Impostos Taxas Custos Funcionamento Taxas Custo Comercialização Margem Revenda Total Preço Proposto Preço Real Subsídio GPL (kg.) 38,94 1,00 30,00 10,00 25,00 64,64 64,60 10,20 54,40 Gasolina (lt.) 25,51 100,00 30,00 10,00 12,50 64,41 64,40 12,00 52,40 Querosene (lt.) 25,25 1,00 30,00 10,00 15,00 39,39 39,40 7,80 31,60 Diesel (lt.) 17,40 50,00 30,00 10,00 15,00 35,67 35,70 8,00 27,70 Comb. L. (kg.) 19,38 10,00 30,00 10,00 29,07 29,10 6,40 22,70 Comb. P. (kg.) 13,12 10,00 30,00 10,00 19,68 19,70 4,60 15,10 Asfalto (kg.) 12,13 10,00 30,00 10,00 18,20 18,20 4,50 13,70 Fonte: Sonangol. 20. Em segundo lugar, os subsídios unitários sobem sempre que os preços na refinaria aumentam mais rapidamente do que os preços reais. Os Quadros 3 e 4 ilustram esta faceta. Entre Junho 2003 e Janeiro 2004, os preços na refinaria para todos os produtos combustíveis subiram, mas os preços reais dos combustíveis não foram alterados. Os preços na refinaria aumentaram: (i) 24,29% para o gás; (ii) 24,32% para a gasolina; (iii) 24,26% para o querosene; (iv) 24,29% para o diesel; (v) 24,23% para o combustível leve; (vi) 24,24% para o combustível pesado; e (vii) 24,28% para o asfalto. Em seguida, os preços propostos pela Sonangol previam um aumento praticamente equivalente a estas subidas. Como os preços reais não foram alterados, as taxas dos subsídios unitários aumentaram na mesma proporção que os preços propostos. Quadro 5: Estrutura de Custos e Margens - Outubro 2004 Preço na Refinaria Taxas dos Impostos Taxas Custos Funcionamento Taxas Custo Comercialização Margem Revenda Total Preço Proposto Preço Real Subsídio GLP (kg.) 59,07 1,00 30,00 10,00 25,00 98,06 98,10 17,50 80,60 Gasolina (lt.) 38,69 100,00 30,00 10,00 12,50 97,69 97,70 20,00 77,70 Querosene (lt.) 38,31 1,00 30,00 10,00 15,00 59,76 59,80 13,00 46,80 Diesel (lt.) 26,39 50,00 30,00 10,00 15,00 54,10 54,10 14,00 40,10 Comb. L. (kg.) 29,40 10,00 30,00 10,00 44,10 44,10 10,63 33,47 Comb. P. (kg.) 19,90 10,00 30,00 10,00 28,90 28,90 7,64 21,26 Asfalto (kg.) 18,41 10,00 30,00 10,00 27,60 27,60 7,50 20,10 Fonte: Sonangol.

21 Em terceiro lugar, a estrutura de fixação de preços da Sonangol é apoiada por Decreto do Governo número 23/90 de 28 de Setembro de 1990, assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Entre outras, o Decreto estabelece as regras que regem os preços na refinaria, incidência de impostos (50% a serem pagos pela refinaria e 50% a serem pagos pela Sonangol) e concede à Sonangol uma margem de 50% sobre os preços na refinaria (mais impostos) com vista a cobrir os custos de funcionamento da Sonangol e garantir tanto os lucros da empresa como a normalização dos preços dos combustíveis em todo o país. 22. Em quarto lugar, as taxas dos custos de funcionamento e de comercialização utilizadas na fórmula da Sonangol podem resultar tanto de subsídios recíprocos interregionais como intra-regionais. Principalmente por causa das precárias condições das estradas, os custos de funcionamento da Sonangol variam enormemente entre as regiões. Segundo informação por nós obtida durante as entrevistas na Sonangol, os custos marginais de funcionamento da empresa com a distribuição de combustíveis em Moxico e Lobito, por exemplo, situam-se na ordem de 69% e 79%, respectivamente. Já os custos marginais da Sonangol com a distribuição de combustíveis em Bié cifram-se em apenas 5,6%. No entanto, também verificámos que as taxas dos custos de comercialização para Lobito, Moxico e Bié são 3,2%, 1,8% e 0,9%, respectivamente, o que representa taxas muito inferiores à de 10% que a Sonangol utiliza na estrutura de fixação de preços. Os custos inferiores aos oficiais para a comercialização podem, então, compensar parcialmente a Sonangol por incorrer em custos de funcionamento superiores aos oficiais no Moxico e Lobito (subsídios recíprocos entre as empresas) e os custos de funcionamento e de comercialização inferiores aos oficiais no Bié podem estar a financiar custos de funcionamento e de comercialização superiores aos oficiais noutros locais de Angola (subsídios recíprocos inter-regionais), tais como Moxico e Lobito. 23. Em quinto lugar, as margens generosas concedidas à Sonangol para estabelecer os seus preços de combustíveis propostos podem estar a compensar a firma pelas despesas incorridas em áreas diferentes da distribuição de combustível pela empresa ou pelas suas várias subsidiárias. 11 Esta diversidade de actividades pode provocar ineficiências operacionais que, por seu turno, podem reduzir o incentivo e a aptidão da empresa para investir na rede de distribuição de combustíveis Os números mais importantes para fim da nossa análise foram agregados em montantes anuais e compilados no Quadro 6 abaixo. As receitas com os impostos sobre o petróleo eram a principal fonte de receitas tributárias e, portanto, das receitas públicas durante , pois as receitas não tributárias têm pouca importância, facto que está bem visível na Figura 3. Das receitas totais, a receitas com os impostos sobre o petróleo representaram 80,63% em 2001, 76,92% em 2002, 75,22% em 2003 e 77,83% em As receitas provenientes dos impostos sobre o petróleo aumentaram 75,26% entre 2001 e Durante este mesmo período, a receita total subiu 81,57%. 11 Ver Pastor et al. (2003) para uma descrição das várias actividades empreendidas pela Sonangol. 12 No Apêndice IIA, fazemos a demonstração de que os preços na refinaria para a gasolina, querosene e diesel estavam estreitamente associados com os preços mundiais destes combustíveis, uma vez que os preços dos produtos petrolíferos refinados, em Angola e no resto do mundo, estavam profunda e positivamente relacionados com o preço mundial do crude.

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