URBAN II Em apoio do comércio e do turismo
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- Juan Mangueira Santana
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1 [Página 1 capa] Utilizar da melhor forma os fundos estruturais URBAN II Em apoio do comércio e do turismo O que é e sugestões para candidaturas a projectos bem sucedidas Com esta publicação, a DG Empresa da Comissão Europeia procura informar as empresas da área do comércio e do turismo, as respectivas organizações intermediárias e os responsáveis políticos a nível nacional, regional e local acerca das possibilidades que a Iniciativa Comunitária Urban II oferece para um maior desenvolvimento do sector do comércio e do turismo. O que é a URBAN II? A Iniciativa URBAN II apoia a recuperação de zonas urbanas da União Europeia em dificuldade ou em declínio. O fundo presta apoio a bairros de 70 cidades de toda a Europa. Os programas principais dos Objectivos nº 1 e nº 2 incluem igualmente medidas de desenvolvimento urbano. A URBAN II contém dois elementos que lhe conferem valor acrescentado: apoia abordagens inovadoras e promove o intercâmbio de experiências entre Estados-Membros da UE. A URBAN II confere às instâncias políticas, aos empresários locais e aos cidadãos a possibilidade de ensaiarem, no terreno, novas abordagens. A URBAN II apoia estratégias de desenvolvimento urbano integrado o desenvolvimento simultâneo da economia local, da comunidade social e das áreas construídas, procurando formas inovadoras de interacção positiva entre estes três elementos. A URBAN II apoia projectos nos seguintes domínios: Revitalização, preservação e renovação de edifícios existentes, do património cultural e de espaços públicos em zonas degradadas. Ao revitalizar infra-estruturas existentes, promove a utilização eficaz do espaço urbano, do que resulta um desenvolvimento urbano mais compatível com o ambiente. Integração das comunidades locais e das minorias étnicas, integração das pessoas socialmente excluídas e reforço da segurança e da prevenção da delinquência em zonas urbanas. Incentivo à iniciativa empresarial e à criação de postos de trabalho, orientado principalmente para as mulheres, os imigrantes e os refugiados. Melhoria da acessibilidade das zonas urbanas, mediante a promoção de transportes públicos eficientes e a criação de espaços apropriados para velocípedes e peões, bem como de sistemas de comunicação inteligentes, tendo em vista reduzir o tráfego de veículos motorizados privados. Redução e tratamento dos resíduos, gestão eficiente dos recursos hídricos, redução do ruído e redução do consumo de hidrocarbonetos. Melhoria da utilização, pelas pequenas empresas e os cidadãos, das possibilidades oferecidas pelas tecnologias da informação e pelas comunicações electrónicas. 1
2 A URBAN II não se limita a apoiar projectos inovadores: também o seu modo de funcionamento é inovador, privilegiando as parcerias e as iniciativas ascendentes como forma de promover a cooperação. Esta abordagem incentiva as administrações públicas, a comunidade empresarial, os grupos de interesse locais e os cidadãos a unir esforços e a cooperar para encontrarem e porem em prática as soluções adequadas aos problemas das zonas urbanas da Europa. 2
3 Comércio Por que motivo promove a URBAN II o desenvolvimento do sector do comércio? Os programas URBAN II reconhecem os desafios com que o comércio, as PME e as autoridades locais das zonas urbanas em dificuldade ou em declínio se deparam. Zonas degradadas e pouco desenvolvidas e bairros residenciais degradados não constituem um quadro atractivo para a criação de empresas. A presença de toxicodependentes, delinquentes e outros grupos sociais problemáticos significa assaltos a estabelecimentos, quebra de vendas e até mesmo assaltos à mão armada, pelo que as empresas se transferem para outras zonas. Deste modo se cria um círculo vicioso. A URBAN II pretende pôr termo a esta situação e ajudar as zonas ameaçadas a encarar um futuro mais próspero. O desenvolvimento do comércio pode ainda oferecer oportunidades à população local, por exemplo, na área da iniciativa empresarial étnica. De que forma apoia a Iniciativa URBAN II o desenvolvimento do comércio? A URBAN II apoia directamente a iniciativa empresarial e a criação de postos de trabalho. As medidas tomadas nestes domínios não visam, necessariamente, apenas o sector retalhista, mas podem ser interessantes para empresas comerciais. Essas medidas incluem: - a criação de centros empresariais, onde as PME e os novos empresários dispõem de espaços transitórios facilmente acessíveis e podem utilizar recursos informáticos, administrativos e de secretariado comuns; - a criação de centros de peritos em gestão e marketing que aconselhem as PME; - a prestação de formação e de outro tipo de apoio às PME, nas áreas das novas tecnologias e do reforço da eficácia do comércio retalhista. O aumento da segurança de zonas urbanas constitui tema de muitos programas URBAN II. Neste contexto, a URBAN II apoia projectos que têm em vista melhorar a iluminação dos espaços públicos, criar circuitos fechados de vigilância por vídeo e mobilizar os residentes para a vigilância dos respectivos bairros. Muitos projectos dos programas URBAN II apoiam a revitalização das áreas construídas. Alguns programas operacionais da UE vão directamente ao encontro das necessidades do comércio retalhista, prevendo financiamento para a remodelação e a renovação de lojas e outros investimentos. Noutros programas, os investimentos não são tão directos, embora possam ser também importantes para o desenvolvimento do comércio retalhista. Entre estes investimentos, podem referir-se: - a recuperação de zonas abandonadas e de terrenos contaminados; - a reabilitação de espaços públicos, incluindo zonas verdes; - a renovação de edifícios para alojar actividades económicas e sociais, de forma sustentável e compatível com o ambiente; - o melhoramento dos transportes públicos. 3
4 Turismo Por que motivo promove a URBAN II o desenvolvimento do sector do turismo? Frequentemente, os bairros problemáticos de cidades atractivas para o turismo não beneficiam do fluxo de visitantes das restantes zonas e podem mesmo prejudicar o turismo nestas últimas. Contudo, não raramente estas zonas problemáticas têm potencialidades turísticas que, se exploradas, podem oferecer boas oportunidades de emprego à população local, nomeadamente devido ao facto de o sector do turismo proporcionar emprego a pessoas com dificuldades no mercado de trabalho. De que forma apoia a Iniciativa URBAN II o desenvolvimento do turismo? A URBAN II pode apoiar o turismo de diversas formas: A URBAN II apoia directamente a iniciativa empresarial e a criação de postos de trabalho. A maior parte das medidas tomadas nestes domínios não visa, necessariamente, apenas o sector do turismo, mas pode ser interessante para as empresas do sector. As actividades são idênticas às descritas para o sector do comércio (ver a secção consagrada ao comércio da presente brochura). A URBAN II procura igualmente tornar as zonas urbanas mais atractivas para o desenvolvimento de actividades turísticas, mediante: - investimentos no património histórico e cultural: a renovação de edifícios históricos reforça o atractivo turístico destas zonas. Por seu turno, o aumento do número de visitantes gera maiores receitas e oportunidades de emprego para a população rural; - a preservação e a divulgação da cultura: frequentemente, as zonas urbanas têm muito a oferecer numa perspectiva cultural, não só em termos de cultura histórica, mas também de cultura urbana contemporânea, por exemplo, no domínio das artes étnicas, dos festivais multiculturais, etc. Naturalmente, o turismo pode também beneficiar indirectamente de medidas no âmbito da Iniciativa URBAN. Por exemplo, os projectos tendentes a reforçar a segurança pública, a melhorar a oferta de transportes públicos ou a revitalizar o comércio numa dada zona podem contribuir para o desenvolvimento do turismo. 4
5 Orientação para os beneficiários potenciais As estratégias e os programas URBAN II são definidos a nível local. Por conseguinte, a possibilidade de obter financiamento para um determinado projecto depende da estratégia do programa. Os projectos candidatos a financiamento são apreciados a nível local, no intuito de avaliar a sua compatibilidade com a estratégia e o programa. Os gestores dos programas podem fornecer mais informações acerca das prioridades de cada região. Ao redigirem pedidos no âmbito da Iniciativa URBAN II, os requerentes não devem perder de vista os principais objectivos do financiamento. No caso da URBAN II, um destes objectivos é a revitalização económica e social sustentável. A abordagem integrada constitui outro elemento fundamental da Iniciativa URBAN II. Por conseguinte, os projectos que, simultaneamente, apoiem o desenvolvimento das áreas construídas, do tecido social e da economia local são os que têm mais possibilidades de obter apoio. Pistas para as PME Abordagem ascendente e parceria constituem conceitos-chave da abordagem URBAN II. Neste contexto, as PME e as novas empresas têm mais possibilidades de obter apoio se estiverem firmemente implantadas na zona urbana, por exemplo, porque o empresário é residente da zona ou porque a empresa proporciona emprego à população local. Criar coesão e unir forças com outras PME ou organizações intermédias. Uma maior cooperação resultará num aumento da eficácia, vital para a obtenção de um produto de qualidade. Pistas para as administrações públicas A URBAN II proporciona boas oportunidades para o desenvolvimento do turismo através de projectos culturais. Estes projectos devem reflectir a abordagem URBAN II, o que significa que devem criar postos de trabalho sustentáveis ou contribuir de forma inequívoca para a coesão social, por exemplo, prevendo a participação activa da população da zona. A Iniciativa URBAN II apoia frequentemente projectos nos domínios da promoção e da cooperação que incentivem a organização da cooperação entre organizações. As orientações relativas à Iniciativa URBAN II podem fornecer mais informações acerca da forma como a Iniciativa pode apoiar o desenvolvimento económico, social e material das zonas urbanas. Essas orientações podem ser consultadas no sítio Web Inforegio, da Direcção-Geral da Política Regional da Comissão Europeia, no seguinte endereço: A Iniciativa URBAN II é co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. 5
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