MEMORANDUM 2014 ELEIÇÕES EUROPEIAS
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- Ana Clara Camelo Borja
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1 MEMORANDUM 2014 ELEIÇÕES EUROPEIAS
2 A Importância da Economia Social Economia social é uma realidade muito importante na Europa, proporcionando emprego remunerado a mais de 14,5 milhões de europeus que representam cerca de 6,5% da população activa da UE-27. Em países como a Suécia, Bélgica, Itália, França e Holanda a economia social é responsável entre 9% e 11,5% da população activa. Particularmente no actual período de crise económica e social, a economia social é capaz de promover soluções inovadoras para a coesão e inclusão social, criação de emprego, crescimento e promoção de uma cidadania activa. Os agentes da economia social estão profundamente enraizados nas realidades locais, sendo capazes de interpretar as necessidades sociais emergentes e fornecer soluções adequadas. Historicamente têm contribuído para a criação de empregos e meios de trabalho para os grupos desfavorecidos, reinvestindo os seus excedentes na comunidade. É precisamente pelo seu impacto positivo sobre a sociedade, ambiente e comunidades que a economia social tem sido reconhecida pelas instituições da UE, como factor-chave na implementação da Estratégia Europa 2020 e do objectivo da Lei do Mercado Único para uma economia social de mercado altamente competitiva. 2
3 ECONOMIA SOCIAL EUROPA A Economia Social Europa (ESE) é uma rede de referência que representa a economia social, na União Europeia e pretende incentivar todos os partidos políticos a apoiar a criação de um ambiente propício para o seu desenvolvimento, em benefício de todos os cidadãos europeus. Sem que se estabeleça a igualdade de condições para as empresas sociais, com instrumentos jurídicos, administrativos e financeiros favoráveis ao desenvolvimento do sector, o potencial das empresas sociais não será desencadeado. Os actores da economia social são orientados por uma missão que oferece novas soluções e gera impacto positivo sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente. Há muito tempo que os agentes da economia social têm vindo a desenvolver e a gerir produtos e serviços que satisfaçam as necessidades e interesses específicos de uma comunidade. Os actores da economia social podem ser definidos com base em três indicadores: A primazia do indíviduo tendo como finalidade a comunidade A governação democrática e a inclusão A propriedade colectiva dos lucros e excedentes que são reinvestidos na comunidade As eleições europeias de 2014 são a oportunidade para pôr em prática acções de forma a explorar o potencial da economia social para enfrentar os desafios importantes da sociedade. Neste sentido, consideramos que o Parlamento Europeu e outras instituições Europeias têm um papel decisivo a desempenhar para garantir que essas exigências sejam totalmente ouvidas e reconhecidas por todas as instituições europeias, e estejam reflectidas nas políticas europeias que atendam às necessidades e preocupações de todos os cidadãos Europeus. 3
4 Economia Social um modelo de governação para a União Europeia A economia social representa 2 milhões de empresas (i.e. 10% do total de negócios em toda a Europa) e proporciona emprego remunerado a mais de 14 milhões de pessoas (o que equivale a cerca de 6,5% da população activa da EU). Dos quais 70% estão empregados em associações sem fins lucrativos, 26% em cooperativas e 3% em mutualidades. Estas empresas aparecem em todas as formas e dimensões, desde PME até companhias internacionais e são muito activas em todos os sectores económicos. As principais famílias de economia social (cooperativas, fundações, sociedades e associações mutualistas) são organizações criadas pelos cidadãos para servir o interesse geral da sua comunidade, com processos democráticos e participativos no que respeita à gestão e decisão. Existem na Europa, 123 milhões de membros em cooperativas que fornecem empregos a 5,4 milhões de cidadãos europeus. As cooperativas são activas em todas as áreas da actividade económica e são particularmente importantes na agricultura, intermediação financeira, retalho e imobiliário e como cooperativas de trabalhadores nos sectores industrial, de construção e serviços. As mutualidades de saúde e serviços sociais, prestam assistência e cobertura a mais de 120 milhões de pessoas. As Mútuas de seguros têm uma quota de mercado de 23,7%. As Associações foram responsáveis por mais de 4% do PIB e uma adesão de 50% dos cidadãos da União Europeia. A economia social é uma escola de pensamento que integra os constrangimentos da economia, mercado interno e considerações sociais. Particularmente no actual período de crise económica e social é capaz de trazer soluções inovadoras para a coesão e inclusão social, criação de emprego, crescimento e promoção de uma cidadania activa. Como se afirma na Lei do Mercado Único a economia social e as empresas são agentes fundamentais na realização da inovação social, inclusão e confiança. Para potenciar confiança no mercado interno e fortalecer a economia social de mercado exige-se que as empresas sejam altamente responsáveis e inovadoras para que possam ter um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. É precisamente pelo seu impacto positivo na sociedade, no meio ambiente e nas comunidades que a economia social tem sido reconhecida pelas instituições da UE como factor-chave na implementação da Estratégia Europa 2020 e no objectivo da Lei do Mercado Único para uma economia social de mercado altamente competitiva. Estas condições a promoção da cidadania activa, inclusão e confiança são essenciais para desenvolver o capital humano na nossa sociedade. A Economia Social Europa acredita que as raízes da recente crise também derivam de um problema de governação e da primazia dos interesses estritamente económicos sobre os objectivos humanos, sociais e ambientais. Embora a dimensão social seja um dos principais pilares da UE, esta enfrenta desafios devido à crise e política de austeridade que não incentiva suficientemente o investimento, conduzindo à perda de mais empregos. A Economia social pode desempenhar um papel importante na definição das políticas da EU, ao corrigir estes desequilíbrios, pois é organizada em torno de um 4
5 modelo de gestão baseado na democracia, na distribuição equitativa dos lucros e no reinvestimento no interesse da comunidade. Além disso, pode fornecer soluções em matéria económica e social, atendendo às necessidades e expectativas de um grande número de pessoas. É esta abordagem centrada no ser humano, colocando as pessoas e o meio ambiente acima dos lucros, que deve ser levada para o centro da governação da EU. As eleições europeias de maio 2014 são a oportunidade para pôr em prática acções que explorem o potencial da economia social para enfrentar os desafios importantes da sociedade. Neste sentido, consideramos que o Parlamento Europeu tem um papel decisivo a desempenhar para garantir que essas exigências sejam totalmente ouvidas e reconhecidas por todas as instituições europeias, e estejam reflectidas nas políticas europeias que atendam às necessidades e preocupações de todos os cidadãos europeus. ia ECONOMIA SOCIAL EUROPA apela às instituições europeias para: 1. Criar um novo intergrupo de economia social do Parlamento Europeu O intergrupo do Parlamento Europeu constitui um importante fórum para o diálogo tendo como objectivo promover o intercâmbio entre os deputados, intervenientes na economia social, funcionários da Comissão Europeia, representantes da sociedade civil e outras partes interessadas nas políticas e legislação relacionadas com a economia social da UE. Desde 1990, o intergrupo da economia social tem fornecido informações actualizadas em políticas e legislação ligadas à economia social da UE e desempenhou um papel significativo no processo democrático da UE. Na última legislatura, as audiências regulares do Intergrupo contribuíram para relatórios importantes do Parlamento Europeu, incluindo o relatório do DE Heinz K. Becker sobre iniciativa de negócios sociais e do relatório do DE Sven Giegold em 2012 sobre fortalecimento das cooperativas e da e economia social e solidária em geral. Além disso, o intergrupo reforçou a cooperação interinstitucional, como por exemplo, no trabalho sobre pareceres do CESE, como o empreendedorismo social e empresas sociais da relatora Ariane Rodert. 2. Manter e fomentar dentro da Comissão Europeia uma unidade dedicada ou um departamento transversal responsável pelas questões da economia social Economia social é tratada como uma questão transversal pela Comissão, nas suas várias Direcções Gerais. Dentro da DG Empresas e Indústria, a D / 1 a unidade do Empreendedorismo e Economia Social apenas cobre parcialmente as questões da economia social. A DG Mercado Interno e Serviços integra a economia social, no contexto do seu trabalho em ambiente de negócios - mais especificamente sobre a Iniciativa de Empreendedorismo Social - e em fundos de investimento - especialmente em Fundos de Investimento Social. A DG Emprego, Assuntos Sociais no âmbito das iniciativas Europa 2020 e na criação da plataforma europeia contra a pobreza. A ESE acredita que a multiplicidade de conceitos e diferentes estruturas sobrepostas usados por várias direcçõesgerais para a promoção da economia social é uma fonte de confusão. 5
6 3. Apresentar e avançar para a criação de um estatuto europeu para as fundações, mutualidades e associações com base num plano claro A Economia social permite principalmente combinar eficiência económica e benefícios sociais directos para os indivíduos e comunidade. Ao contrário das outras empresas, as empresas sociais colocam as pessoas acima do lucro e permitem apenas a distribuição de lucro limitado, enquanto promovem a governação democrática. As empresas de economia social devem ser autorizados a operar no mercado interno em pé de igualdade com as outras formas de empresa. A Economia social só pode prosperar e desenvolver todo o seu potencial se um enquadramento legal, com condições políticas, legislativas e operacionais adequadas, for introduzido a nível da EU para todas as famílias da economia social, i.e. cooperativas, mutualidades e fundações. 4. Definir um Plano de Acção Europeu para o desenvolvimento das empresas de economia social A Economia Social Europa propõe-se trabalhar em conjunto com as instituições da UE na definição de um plano de acção europeu para o desenvolvimento do sector da economia social, de modo a promover a economia social e as empresas de economia social e simplificar as políticas da UE para clarificar o sector da economia social. Esse Plano de Acção permite aos atores da economia social, participar activamente na definição das políticas da UE com impacto na criação de emprego, no empreendedorismo, na coesão social, no desenvolvimento territorial, na inclusão social e no desenvolvimento de negócios. 6
7 Promover o empreendedorismo social como parte integrante da economia social A ECONOMIA SOCIAL EUROPA considera que a economia social e os actores da economia merecem uma política global e coerente a nível europeu em conformidade com a sua forte presença na sociedade e o reconhecimento institucional das instituições europeias. Mais de 200 documentos do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e do Comité Económico e Social Europeu reconheceram a contribuição para o projecto europeu e a necessidade de ter em consideração a economia social em todas as políticas sociais e económicas. A ECONOMIA SOCIAL EUROPA também acredita que a maioria dos instrumentos propostos ao nível da UE para fortalecer o empreendedorismo social, tais como a inovação social, fundos de investimento social, responsabilidade social corporativa e medição do impacto social constituem novas nomenclaturas para algo que já existe e que até tem longa tradição na economia social. A economia social está hoje numa encruzilhada. O empreendedorismo social, como parte integrante da economia social, tem sido um grande problema entre as iniciativas lançadas pela DG Mercado Interno e Empresa para promover uma economia social de mercado altamente competitiva. A Comissão optou por colocar a economia social e a inovação social no centro das suas preocupações, tanto em termos de pesquisa de soluções inovadoras para a coesão territorial, como para os problemas sociais, particularmente na luta contra a pobreza e exclusão social. Além disso, há agora uma atenção especial para medir o impacto da empresa social e demonstrar o seu valor para a recuperação económica e reestruturação social. Embora estas iniciativas marquem passos importantes em termos de reconhecimento do papel da economia social, existem diversos riscos ocultos: O risco de banalizar a empresa social. A ideia de que qualquer empresa pode afirmar que é uma empresa social, pode causar uma corrida para o abismo; O perigo de medir a eficácia e eficiência das empresas sociais visando resultados imediatos e quantitativos em vez do impacto sobre a população e sobre o meio ambiente; A tendência para a privatização dos serviços públicos e a perspectiva de que o mercado e a iniciativa privada podem resolver todos os problemas sociais. 7
8 A ECONOMIA SOCIAL EUROPA insta as instituições europeias a: 5. Garantir, no decurso de uma cooperação entre os atores sociais da economia, poder público, utilizadores e agentes financeiros tradicionais, a utilização de uma metodologia adequada e significativa para a medição do impacto social. A avaliação e medição do impacto social deve servir para justificar sobretudo a relevância da acção das empresas sociais quer no contexto interno, quer externo, para com as diversas partes interessadas (utilizador, poder público, empregados, financiadores, etc.). Em segundo lugar, medir o impacto social significa mitigar o risco de benchmarking, ao prestar atenção ao desempenho extra financeiro, ou seja, às análises qualitativas e sociais, como sejam a utilidade social, o retorno social do investimento e as externalidades positivas e governação democrática. Em terceiro lugar, ao medir e avaliar o impacto social, este deve ser feito não só a nível micro, mas também a nível macro. 6. Garantir que a inovação social é promovida de forma a melhorar constantemente os serviços e a fornecer soluções adaptadas às necessidades da sociedade Uma maior atenção deve ser dada a esta questão, de modo a que a sua finalidade seja amplamente social beneficiando a sociedade em geral, promovendo sobretudo a inclusão social. Além disso, a inovação social deve ser caracterizada, não apenas pelos problemas que pretende resolver e os resultados alcançados, mas também pelo seu processo. Por isso, é importante assegurar que as soluções inovadoras resultam de processos participativos e democráticos. A Economia social tem uma riqueza de experiências para oferecer na apresentação de soluções inovadoras e sustentáveis para a sociedade. 7. Explorar e potenciar os bons exemplos e práticas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) da economia social, sabendo que os empreendedores da economia social são responsáveis em todos os aspectos pela sua actividade empresarial. As Empresas da economia social integram os constrangimentos económicos e sociais, juntamente com o respeito pelo meio ambiente e pelos princípios da boa governação e inclusão. As empresas de economia social devem ser uma fonte das melhores práticas do RSC e uma referência na implementação de políticas relacionadas, a nível europeu. 8. Aumentar o envolvimento dos actores da economia social na programação e execução dos Fundos Estruturais Devido à sua própria natureza, as organizações da economia social estão enraizadas nas comunidades locais e são capazes de compreender as necessidades de desenvolvimento local e, portanto, contribuir para estratégias de desenvolvimento real, que por sua vez, contribuem para a inclusão e coesão social. As instituições europeias têm incluído no novo programa de financiamento estrutural, uma prioridade específica para apoiar o empreendedorismo social a partir de 2014, mas compete aos Estados-Membros decidir como implementá-lo. Garantir uma abordagem bottom-up envolvendo os principais intervenientes e actores da economia, especialmente sociais, é fundamental para viver acima das expectativas de um crescimento inclusivo, sustentável e inteligente da estratégia Europa
9 A ECONOMIA SOCIAL para um acesso universal e serviços sociais de alta qualidade de Interesse Geral Os agentes da economia social prestam serviços essenciais às comunidades locais, incluindo os serviços sociais de interesse geral. A Economia Social é activa em domínios como a segurança social, serviços sociais e de saúde, acesso e reintegração no mercado de trabalho, cuidados e inclusão social de grupos vulneráveis, serviços de seguros, serviços locais (postos de trabalho de manutenção, limpeza, reparação e renovação de habitação e espaços verdes, transportes social), actividades de educação, formação e investigação, cultura, desporto e lazer, turismo social, energia, consumidores, ambiente residencial e habitação cooperativa. Os Serviços Sociais de Interesse Geral (SSIG) são uma das principais características do modelo social europeu e um elemento indispensável para atingir os objectivos de crescimento no contexto da Estratégia Europa Tal como o Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse num discurso da União em 2012: São precisamente os países europeus com os sistemas mais eficazes de protecção social e com as parcerias sociais mais desenvolvidos, que estão entre as economias mais bem-sucedidas e competitivas do mundo. ECONOMIA SOCIAL EUROPA acolhe favoravelmente muitas das medidas tomadas pela Comissão Europeia de dimensão social, tais como a introdução de um pacote de Investimento Social, a fim de formular orientações aos Estados- Membros para investir em políticas sociais, serviços e prestações pecuniárias que activem e capacitem os cidadãos. Também os relatórios da OCDE e do FMI indicam que as principais prioridades para o crescimento são as despesas sociais e de educação, que tanto contribuem para manter uma população activa saudável e qualificada. Por outro lado, deve-se alertar para: A tendência de considerar as despesas sociais como um investimento, em que o retorno é mais importante do que os ganhos sociais A tendência para promover uma visão a curto prazo das políticas sociais, onde a selectividade é mais importante do que a universalidade na prestação de serviços sociais. ECONOMIA SOCIAL EUROPA refere a Carta dos Direitos Fundamentais (em particular artigo 34.º segurança e assistência social) e artigo 9.º do TFUE do Tratado de Lisboa, que afirma que: Na definição e execução das suas políticas e acções, a União tem em conta as exigências relacionadas com a promoção de um nível elevado de emprego, a garantia de uma protecção social adequada, a luta contra a exclusão social e um nível elevado de educação, formação e protecção da saúde humana. O interesse dos cidadãos europeus é defender as políticas sociais, onde o interesse público prevalece 9
10 sobre a lógica da mera rentabilidade e serviços sociais de qualidade de interesse geral para todos. Assim, a ECONOMIA SOCIAL EUROPA apela às instituições Europeias para: 9. Garantir que na implementação do Pacote de Investimento Social, os benefícios sociais e o interesse público tenham prioridade sobre a lógica da rentabilidade e da selectividade, na prestação de serviços sociais Para que o investimento social seja um motor de crescimento económico, de inclusão e redução das desigualdades, deve abordar todos os cidadãos e não apenas os grupos vulneráveis. Só o investimento social a longo prazo e de alta qualidade para todos pode fazer a diferença para alcançar as metas para o progresso social. 10. Garantir um enquadramento jurídico e político apropriado, incluindo o financiamento adequado para os serviços sociais de interesse geral, especialmente em tempos de crise A Comissão Europeia apresentou um Guia de 2013, abrangendo os três principais conjuntos de regras da UE aplicáveis aos SSIG (auxílios estatais, contractos públicos e regras do mercado interno) para ajudar as autoridades públicas a entender e aplicar melhor as regras da UE. É composto por perguntas com respostas concretas, inspiradas pelas perguntas que os funcionários da Comissão recebem, através do serviço de informação interactivo e dos seus contactos regulares com as autoridades públicas, utilizadores e prestadores de serviços e outros representantes da sociedade civil e partes interessadas. A Economia Social Europa acredita que apenas um quadro legislativo adequado sobre os SSIG poderia eliminar as incertezas e garantir, através de casos jurídicos do Tribunal de Justiça Europeu, o investimento certo em serviços sociais. 11. Ter em consideração as características específicas dos actores da economia social na prestação de serviços sociais de interesse geral, especialmente no que diz respeito a concursos públicos e as regras de auxílios estatais. A ECONOMIA SOCIAL EUROPA sugere uma maximização dos benefícios sociais, tanto nos concursos públicos, como nas regras de apoios estatais, escolhendo sempre o fornecedor que melhor puder cumprir uma missão de interesse geral. 10
11 Economia Social na União Europeia: financeiramente sustentável ao servir as necessidades sociais Nas últimas décadas, para além da sua importância quantitativa, a economia social não só tem afirmado a sua capacidade de contribuir de forma eficaz na resolução de novos problemas sociais, como também reforçou a sua posição como instituição necessária ao crescimento económico estável e sustentável, relacionando serviços com as necessidades, aumentando o valor das actividades económicas que servem as necessidades sociais: rendimentos mais justos e distribuição de riqueza, corrigindo os desequilíbrios do mercado de trabalho e, em suma, aprofunda e reforça a democracia económica na União Europeia. 11
12 Social Economy Europe, 2013 Editor responsável: Alain Coheur Gestão de coordenação e produção editorial: Marcel Smeets contact@socialeconomy.eu.org
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