Psicose e surto na adolescência: Por que os adolescentes surtam tanto?

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1 Psicose e surto na adolescência: Por que os adolescentes surtam tanto? Ana Lydia Santiago Palavras-chave: psicanálise, adolescência, clínica das psicoses, diagnóstico, desncadeamento, apresentação de pacientes.. A elaboração que se segue tem como base a atividade de Apresentação de Pacientes, que venho praticando com crianças, há oito anos, em alguns serviços de atenção à infância e à adolescência de Belo Horizonte. Trata-se de uma prática reintroduzida por Jacques Lacan no âmbito dos serviços de saúde mental, não apenas como um meio de ensino e transmissão, mas sobretudo como uma experiência que visa a obter efeitos clínicos sobre os pacientes entrevistados. Por meio da Apresentação de Pacientes, psiquiatras, psicanalistas, psicólogos e, mais recentemente, pedagogos encontram-se e buscam estabelecer a construção do caso clínico, de forma a fornecer uma orientação para o tratamento. Nessas discussões, não se pretende encontrar uma linguagem única em relação à prática do diagnóstico, ou, muito ao contrário, problematizar qualquer tendência homogeneizadora, que possa ser segregativa tendo-se em vista as manifestações da psicose no mundo contemporâneo. I. A psicose na infância não é diferente da psicose que se manifesta na vida adulta No período que compreende a época clássica do saber psiquiátrico, bem como durante as primeiras décadas do surgimento da psicanálise, recusava-se a idéia de que pudesse haver, na criança, psicoses verdadeiras. As dificuldades diagnósticas, que as próprias manifestações da psicose na infância introduzem, contribuíram, também, para que se vinculassem os fenômenos de linguagem, de pensamento, os psicomotores e, em especial, os cognitivos observados nas crianças, a certas condições orgânicas. No século XIX, o retardo mental era, basicamente, o único distúrbio na infância reconhecido como tal e, na primeira metade do século XX, considerava-se que a loucura do adulto se manifestava de forma incompleta na infância.

2 A hebefrenia, descrita pela primeira vez por E. Hecker, em 1871, como uma doença autônoma característica da adolescência, foi, em seguida, retomada por E. Kraepelin e incluída, no quadro da demência precoce, como a primeira forma clínica juvenil dessa afecção mental. Hoje, a hebefrenia continua a ser uma das grandes formas clínicas da esquizofrenia. O que a caracteriza é seu início na adolescência e seus aspectos deficitários no plano intelectual. Deve-se notar que um fator importante na identificação diagnóstica desse quadro não é apenas o aspecto semiológico como é o caso dos transtornos tímicos atípicos e dos acessos auto-agressivos e heteroagressivos impulsivos, mas também o evolutivo, ou seja, o fato de que o curso dessa patologia se manifesta na adolescência. Em 1954, Lacan assinala esse problema da apreensão dos distúrbios patológicos na infância e lança o desafio de tornar discutível qualquer diagnóstico de psicose na criança e no adolescente. No Seminário O eu na teoria de Freud, afirma que a psicose não é de maneira alguma estruturada da mesma maneira na criança e no adulto (LACAN, 1978: ). Essa afirmação, no momento em que é feita, visa a romper com a tendência da época em se valorizar o bom contato com o paciente, a relação interpessoal a partir da intuição, o que, segundo Lacan, é apenas a expressão da falta de rigor conceitual para o tratamento das psicoses uma atitude que deixa o clínico sem bússola, sem saber de onde partir e para onde está tentando ir. Pode-se considerar como um desdobramento dessa crítica à falta de rigor conceitual na abordagem da psicose na infância a formulação de Lacan da forclusão do significante no Nome-do-Pai, no ano seguinte, no curso do Seminário As psicoses. É importante assinalar que, tanto nessa contribuição como em todas as outras posteriores sobre a psicose, não se verá afirmada essa idéia inicial de uma estrutura diferente para a psicose na infância e na vida adulta. Ao contrário, a ênfase do tema estrutural entre o significante, o sujeito e o gozo não estabelece nenhuma diferença estrutural entre a criança e o adulto. Portanto a hipótese de uma estruturação diferente entre as manifestações observáveis, que daria uma entidade específica para a infância, cede definitivamente lugar à unidade da clínica. Aliás, todo o trabalho de investigação aprofundada da psicose na primeira infância, desenvolvida, a partir dos anos 60 o século XX, por Robert e Rosine Lefort, dois alunos de Lacan, preconiza uma clínica não-diferenciada, que se afirma sobre este enunciado: A criança é um analisante em plenos direitos. Robert e Rosine Lefort

3 fazem uma aproximação entre o Presidente Schreber, de cinqüenta anos, e o Menino do Lobo, de quatro anos, como se a psicose não tivesse idade (LEFORT, 1985: 17-28). Para eles, foi surpreendente constatar que, apesar das enormes diferenças na idade e na cultura, aquilo que o Menino do Lobo introduz em suas sessões ia ao encontro de que Schreber descreve de seu estado, a saber, seu corpo na linguagem. Para Schreber, seu corpo encontrava-se exposto aos significantes materializados pelos raios de Deus, o que fazia dele um fantoche, cujo corpo se encontra vazio; o Menino do Lobo, igualmente, tornara-se um fantoche dos mandamentos de Madame, que representava todos os adultos à sua volta. Ele tinha verdadeiras crises de angústia na hora de lhe trocarem as roupas: temia desaparecer, caso lhe retirassem as vestimentas, que davam contorno ao vazio de seu corpo. II. Não existe psicose infantil Um outro aspecto clínico amplamente discutido por Lacan no Seminário As psicoses, concerne à temporalidade do curso das psicoses e, mais precisamente, à definição das condições em que acontece o desencadeamento. Perguntando-se sobre o que constituiria o início de uma psicose, ele introduz a questão de se saber se a psicose teria uma pré-história como a neurose, para chegar a uma outra questão: Haverá, ou não, uma psicose infantil? Não há dúvida de que a psicose se manifesta durante a infância. Porém ela não tem, como a neurose, uma pré-história na neurose infantil. No ponto em que, para o neurótico, se inscreve o trauma, para o psicótico, nada se inscreve, tudo permanece em branco. Em algum momento, algo emerge no real, permanecendo excluído do compromisso simbolizante da neurose. Sabe-se que, em função dessa exclusão, o sujeito não pode reestabelecer, de maneira alguma, seu pacto com o Outro simbólico. É exatamente na ausência desse elemento pré-histórico do recalque originário nas psicoses que a clínica psicanalítica tem como horizonte, para o tratamento desse casos, a produção de uma sintoma. III. O diagnóstico e o desencadeamento: a perspectiva estrutural Segundo a orientação lacaniana, não se devem tomar os atrasos no desenvolvimento como déficts, ou seja, como o que se apresenta aquém dos parâmetros da normalidade. É isso que contribui para se identificar o paciente a um portador de

4 deficiência. Tratando-se de neurose ou de psicose, os distúrbios no desenvolvimento da criança ou de adolescente são, antes de tudo, produções. Por produções entende-se, precisamente, um dado positivo seja uma formação do inconsciente, seja uma criação, a invenção de um fenômeno como produto ou a fabricação de uma suplência. Nessa perspectiva, tanto o sintoma como o delírio são produções. Assim, uma anorexia, uma fobia, ou, mesmo, um distúrbio de comportamento devem ser tomados como produções iniciais de um sujeito. O diagnóstico diferencial e intra-estrutural poderá, então, precisar-se a partir da investigação das relações desse sujeito com suas próprias produções. IV. O caso Ana 1 Ana foi consultar-se pela primeira vez, com oito anos de idade, porque estava tendo medo de perder-se na escola ou de ser esquecida lá, sem que ninguém o percebesse. Veja-se que, no simples enunciado do motivo da consulta, já se apresenta uma questão diagnóstica importante: a menina está sentindo medo de perder-se na escola. Portanto, se a investigação desse medo evidenciar a estrutura de uma fobia, é o caso de se supor a neurose; por outro lado, caso a angústia que a menina experimenta se refira, prioritariamente, à idéia de que seu corpo esteja passando desbercebido aos olhos dos outros, deve-se estar atento à psicose e investigar se já não se trataria, então, de um fenômeno de automatismo corporal. A estratégia encontrada por Ana para apaziguar seu medo é a de colar-se a uma colega. Ela também demonstrava medo de insetos e animais, em geral, e agorafobia, além de outras dificuldades: ataques inesperados de angústia, insônia, temor aos professores e a alguns colegas. Tudo isso contribuía para torná-la conhecida como a estranha da escola. Delineiam-se, então, algumas idéias paranóides difusas, que não se sistematizam como fenômeno elementar. Comprova-se, igualmente, toda uma ideação referente à comida e à perda dos excrementos Ana acha que pode ficar debilitada se evacuar com freqüência ou se não comer muito. Conseqüentemente, come em demasia e vomita. Às vezes, vomita nada. O tratamento analítico, iniciado 1 Caso apresentado por Agueda Hernández em um curso realizado em Buenos Aires, em 1993, com o título Relato de uma neuros infantil? (inédito). Citado por TENDLARZ, Silvia. De que sofrem as crianças. Rio de Janeiro: Sette Letras, p

5 aos oito anos, finaliza-se com a construção de uma caixinha, em que Ana diz poder alojar seu nada e os medos. Essa construção faz ceder os sintomas. Vale notar que quem acompanhou esse caso presumia, para Ana, o diagnóstico de neurose. Entretanto, quando Ana completa 17 anos, um encontro sexual provoca uma vacilação imaginária, que precipita o desencadeamento da psicose. Durante o retorno de uma viagem que fizera com os colegas viagem dos formandos, sofre a eclosão de um estado maníaco, que necessitou de internação. Nessa viagem, ela conhecera Jaime e tivera um caso com ele. A partir daí, passara a vê-lo por toda parte, em cada homem que passava, convicta de que ele lhe enviava mensagens pelo rádio e pela televisão. Ouvia vozes que diziam palavras relativas a sexo e essas palavras, ela as incluía imediatamente na sua organização delirante. Tinha a convicção de que Jaime viria buscá-la, para se casarem. Eram os cartazes que via no trajeto da viagem, que lhe indicavam isso. Em suma, cada elemento era interpretado no sentido de sua convicção erotomaníaca. Ana chegou a procurar Jaime, que recusou a recebê-la, mas isso não a impedia de ter certeza do amor dele. Ao sair da internação, retoma o tratamento. Pouco depois, relata um sonho e um conto. No sonho, aparece uma mulher que, diante do pedido de um homem, levanta o vestido e, ao fazê-lo, vê seu corpo desintegrado, como um puro nada. Frente ao vazio, materializa-se o arrebatamento é por esse termo que ela designa seu delírio passional e tem início, também, as mensagens alucinatórias. O conto retoma suas preocupações da infância e, em especial, um sonho que ela tivera e relatara durante a primeira análise. Nesse sonho, Ana está em uma prancha de surfe, junto com Ulisses, porém atrás dele e apoiando-se nele, ambos com a mesma postura corporal. Assim, percorrem os mares, lutando juntos: Ulisses enfrenta os homens e ela, as mulheres. No conto, dois alunos sendo um deles Ulisses, entram às escondidas na escola, durante a noite. Por meio de mensagens cifradas e sinais misteriosos, eles descobrem a presença de habitantes noturnos, que surgem quando impera o silêncio. Um deles desaparece; o outro Ulisses enfrenta o inefável. Em função do que sucedeu, é difícil pensar que o sintoma fóbico de Ana, aos oito anos de idade, tivesse o mesmo estatuto que a fobia do pequeno Hans, eleito por Freud como o paradigma do sintoma na infância. Como Lacan chama a atenção, a referência conceitual é o que serve, fundamentalmente, de norte ao analista. A

6 inquietude que invadia essa menina ao ir para o colégio tal como o conto explica era da ordem de uma desestruturação corporal. A construção do delírio erotômano vai permitir a ela tratar, de forma criativa, esses fenômenos e transformá-los em uma produção artística 2. V. Mudança de objeto: fator complicador da adolescência, na neurose e na psicose O caso de Ana é um exemplo do que se verifica, com freqüência, na clínica, a saber, o desencadeamento da psicose, no período da adolescência, a partir de um encontro com o outro sexo. Por que os adolescentes surtam tanto? Essa pergunta traduz uma inquietude comum aos analistas, em função dos pacientes que chegam ao Centro. A resposta que ocorre de imediato para essa questão é a de que eles surtam porque entraram na puberdade, momento do despertar da sexualidade, do encontro com o sexual. A tese mais popular do freudismo a respeito da sexualidade é a de que esta não começa na puberdade. Na adolescência ocorre uma repetição da primeira onda das pulsões sexuais devido à emergência da genitalidade. Assim, a adolescência, como esclarece Ernest Jones, recapitula e prolonga o desenvolvimento que o indivíduo cumpriu durante os cinco primeiros anos de vida. Essa tese, que faz prevalecer uma continuidade do infantil na adolescência, choca-se com as manifestações que se podem observar nesta segunda época, das quais duas são as mais importantes: a escolha de objeto amoroso e o surgimento de uma perversão. Entretanto nem uma nem outra são a simples réplica das pulsões da infância. Na primeira infância, o objeto parental é o objeto sexual nessa época, todas as pulsões podem se satisfazer com o mesmo objeto: a mãe, um irmão, um parente. Na adolescência, por sua vez, o objeto parental torna-se definitivamente condenado como objeto sexual. O que diferencia as duas épocas, portanto, são os objetos sexuais e os pais. Pensava-se que a puberdade apresentava um excesso de gozo em relação à infância, na época e que se desconhecia a sexualidade infantil. Depois dessa descobreta freudiana possou-se a apresentar as relações da sexualidade infantil com a puberdade como se a primazia da genitalidade ganhasse para a parcial e permitisse a síntese dela. 2 Comentário conclusivo de Tendlarz sobre esse caso. (Op. cit. p. 108).

7 Freud pensa, entretanto, que, na passagem da infância para a adolescência, algo se mantém intransponível trata-se da perversão polimorfa. A perversão polimorfa, principalmente em se tratando do rapaz, é relançada no momento em que o sujeito deve identificar-se com o ideal do seu sexo. Essa perspectiva faz da fantasia não apenas um recurso que o neurótico construiu e deve ajustar quando é chegado o momento do encontro sexual, mas também um exílio para afastar-se da sexualidade, que, mais do que fazer sentido, faz buraco no real. Sem dúvida, o mal-entendido está marcado entre os dois sexos, que não fazem amor na mesma proporção como destaca Wedekind, comentando Freud, em 1907, o embaraço do rapaz só se equipara a fantasia da moça de ser espancada por seu pai. Em função da impossibilidade de transpor a perversão polimorfa, Freud limita a um só traço a crise da adolescência no rapaz, por exemplo, a arrogância, o sadismo, a agressividade e outros traços próprios à difícil identificação viril são apenas conseqüência da mudança do objeto de amor. O ajustamento do desejo genital ao objeto de amor é o que faz questão. Existe um modelo da relação ao objeto de amor a ternura pré-genital, mas este torna-se, na adolescência, definitivamente barrado pelo recalque. A condenação do objeto terno ocorre, de fato, muito antes, ainda na infância, e é o que dá início ao período de latência. O impulso pubertário faz reviver essa interdição, que se traduz em gozar sexualmente do objeto de amor. No entanto esse gozo já aconteceu, exceto na vertente do mais-de-gozar genital, que, agora, é exigido. Enquanto a puberdade masculina se decifra, segundo Freud, como um sintoma obsessivo, a puberdade na moça responde ao modelo histérico, cujo efeito principal, uma vez passado o estupor e a angústia, é nada mais nada menos que o desgosto da sexualidade desgosto sem caráter neurótico, reconhece ele, que sanciona a difícil assunção da feminilidade a essa fase de reativação do penisneid. E em relação à psicose? Parece-me que essa leitura freudiana da puberdade, que enfatiza a problemática perturbadora da mudança de objeto, lança uma luz tanto sobre o problema do surto da psicose na adolescência, quanto sobre os fenômenos surgidos por volta dos oito anos de idade, a exemplo do caso Ana. No campo da psicose, o sujeito mantém com o outro uma relação de dependência especular, sem possibilidade de operar uma mudança de objeto. A criança, no relacionamento dual com a mãe, satura um modo de falta, condensa um modo de gozo no outro materno. Não é por acaso que se verifica o surgimento de uma série de

8 sintomas justamente no início da latência ou seja, no tempo do recalque que condenaria o objeto parental como objeto sexual. É bastante natural que as pulsões, sem mudar de objeto, mudem, em compensação, de alvo, se transformem, se sublimem. O que se constata, contudo, na psicose é, também, a limitação dessa via sublimatória, patente nos impasses para a alfabetização ou nas dificuldades de aprendizagem em geral. Por outro lado, sabe-se que o real do sexo não é inteiramente apto à sublimação. Enquanto, na neurose, o sexual não-susceptível de uma negociação, cuja chave seria a demanda do Outro, faz retornar a perversão polimorfa, na psicose, o que retorna é o gozo, que não inclui o Outro na organização pulsional. Essa noção de retorno do gozo é utilizada classicamente em se tratando das psicoses retorno do gozo no Outro, para a paranóia, e retorno do gozo no corpo, para a esquizofrenia. Falar de retorno supõe um ponto de partida prévio. É justamente a partir da psicose que Lacan, no artigo De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose, publicado nos Escritos, propõe a escritura da metáfora paterna. Característica da neurose, a metáfora paterna tem uma função de simbolização e, também, de nadificação do gozo. Por meio dessa metáfora, o sujeito, corpo biológico fragmentado a serviço da mãe, é representado no Outro, lugar do significante, e, assim, adquire sua identidade. O simbólico toma corpo desde então, corpo significante, silencioso. O gozo residual, por sua vez, adquire a significação fálica, isto é, vale como sexual no intercâmbio com o outro. O símbolo fálico não é o que regula o gozo do sujeito. Nas psicoses de adultos, o ponto de partida também é o gozo; se não, não seria possível interrogar-se, por um lado, sobre as circunstâncias de seu retorno ou seja, sobre o desencadeamento e, por outro, sobre as modalidades desse ponto de partida, apesar da ausência da metáfora paterna. VI. O sintoma como suplência e o desencadeamento da psicose na infância A maneira mais fecunda de investigação da relação com o gozo é a que se faz por meio do sintoma, visto que este possui a função de articulação necessária à estrutura, permitindo a regulação do gozo na relação do sujeito com o Outro. É importante investigar, na infância, se um determinado sintoma, ou um comportamento típico, já não seria da ordem do que Freud chamou de tentativa de cura. No tempo de

9 Freud, o termo suplência não era de uso corrente, mas ele já indicava a necessidade de se questionar, na clínica da psicose, o que é e o que não é suplência. Em outros termos, deve-se estar atento, na investigação de qualquer sintoma na infância, ao que vem em socorro do sujeito para reverter o processo de decomposição do narcisismo da pessoa, até o ponto limite da melancolia, em que se pode temer a passagem ao ato suicida. O interesse dessa investigação é, sobretudo, prático: estar-se bem informado sobre a problemática da descontinuidade, da ruptura ou do desencadeamento é um meio para se tentar evitar, para o psicótico, o pior. VII. Caso Neném 3 A sintomatologia que justifica o encaminhamento de uma outra paciente para tratamento psiquiátrico está associada à sua tranformação corporal. L.N.P. torna-se violenta cada vez que alguém se dirige a ela por seu nome próprio. Ela transforma-se em Neném, um homem de verdade. Não quer mais usar calcinhas nem roupas de mulher. Sua mãe costura-lhe umas cuecas para remediar o problema, mas este manifesta-se também na escola, com os colegas, com os familiares e com a vizinhança. Essa atitude agressiva emerge apenas quando a paciente está com 12 anos. O desencadeamento de seu quadro psicótico, no entanto, pode ser localizado quatro anos antes, no momento preciso do nascimento de um primo. Durante os oito primeiros anos de vida, L.N.P., que é filha caçula, permanecera como a mais jovem da família. O fato, totalmente contingente, do nascimento de um bebê na família rompe o eixo imaginário a a, que sustentava a relação dessa criança com o Outro materno. É possível supor que o interesse da mãe por esse bebê recém-chegado e o desvio de seu olhar sobre esse outro objeto é radical para o sujeito, no sentido de fazer com que ele deixe de existir. Desalojada, então, do lugar de objeto do Outro materno, L.N.P. reage com o mutismo pára de falar e, tal como um neném, passa a emitir apenas grunidos, bem como passa a se comportar como um bebê. À medida que não há um significante fálico para responder a esse acontecimento de castração, à medida que a metáfora paterna fracassa, assiste-se a uma disjunção do simbólico e do imaginário. O gozo, supostamente localizado, temperado pela 3 Caso entrevistado por Ana Lydia Santiago em uma Sessão de Apresentação de Pacientes realizada na Residência de Psiquiatria da Infância e Adolescência Centro Psicopedagógico/FHEMIG, no âmbito de uma das atividade do Núcleo de Pesquisa em Psicanálise com crianças do Instituto depsicanálise e Saúde Mantal de Minas Gerais.

10 significação fálica, encontrar-se-á, então, disperso em diferentes localizações voluntariamente dolorosas do corpo. Os sujeitos psicóticos dão testemunho dessas experiências dolorosas no corpo. Segundo Jacques-Alain Miller, esse ponto é permite a Lacan postular que o defeito da metáfora paterna se traduz por um buraco no campo do imaginário. Os acontecimentos de corpo isolados, afetando o corpo, são todos reportados ao que Lacan chama de regressão tópica ao estágio do espelho. Trata-se de uma regressão local, isto é, uma regressão no espaço e não, no tempo. O sujeito não se comporta como um neném porque regrediu ao tempo em que era neném; seu corpo é que se transforma na imagem global de um neném homem. Em Uma questão preliminar encontra-se essa referência de Lacan à regressão talvez a única vez em que ele faz uso desse conceito para mostrar que, quando o nó metafórico falha, o imaginário retorna à sua lógica interna, lógica que lhe é própria. Assim, de acordo com o que Lacan propõe no seu estágio do espelho, a imagem corporal a que o sujeito se identifica tem valor de vida. A imagem do neném homem que ela encarna é, para L.N.P., a potência vital do que será no futuro, quando se tornará presente a imagem do sujeito. VIII. O desencadeamento O desencadeamento é o encontro com o real, encontro com um acontecimento não-simbolizável, que não tem um correspondente simbólico, sobretudo o falo como operador da castração simbólica. O desencadeamento é o paradigma da descontinuidade na psicose. Pode ser o desabamento de uma identificação, o desencadeamento do delírio ou de diferentes crises de passagem ao ato. É importante lembrar que a análise freudiana da psicose situa o delírio como segundo na temporalidade do processo em curso. Dando prosseguimento a Freud, Lacan formaliza a lógica do processo psicótico, considerando que o primeiro tempo é o do fenômeno elementar; o segundo, o do desabamento imaginário; e, por último, o terceiro tempo, o do delírio como tentativa de reconstrução de um corpo. A presença do delírio ou o desencadeamento da psicose testemunham a forclusão do significante do Nome-do-pai. Por outro lado, com base no ponto de vista estrutural, Lacan propõe, para o estabelecimento do diagnóstico das psicoses, a utilização da referência dos fenômenos elementares, articulados ao que a psiquiatria

11 francesa cunhou como automatismo mental 4. Os fenômenos elementares são aqueles que podem anteceder o aparecimento do delírio ou o desencadeamento da doença e que podem não existir na atualidade da vida do paciente, mesmo que já tendo surgido no passado ou aparecido, apenas uma vez, na infância ou na adolescência. Na perspectiva do ensino de Lacan, esses fenômenos elementares organizam-se segundo três ordens distintas (MILLER, 1977: ): 1. Fenômenos de automatismo mental: irrupções de vozes e de discursos alheios na mais íntima esfera psíquica. 2. Fenômenos de automatismo corporal: vivências de decomposição do próprio corpo, estranheza, desmembramento, distorção temporal no perceber o tempo ou no deslocamento espacial. 3. Fenômenos concernentes ao sentido e à verdade: vivências inefáveis, inexprimíveis ou de certeza absoluta, mesmo a respeito da identidade ou da hostilidade de um estranho. O que parece evidente, contudo, e a clínica das psicoses nos adultos demonstrao, é a dificuldade de se diagnosticar precocemente uma psicose. Essa dificuldade devese ao fato de esses fenômenos, na maior parte da vezes, serem tomados com alguma bizarrice própria à infância, que o tempo ou uma educação mais rígida poderiam corrigir. A família tende a poupar a criança desse encontro com o real, numa atitude protetora, por meio de diversas manobras e estratégias de intervenção, que visam a explicar o fenômeno bizarro pela via da religião, da arte, do pensamento mágico infantil ou da falta de limite. A idéia de pureza e inocência da infância também contribui para ser desconsiderada, na criança, a evidência de comportamentos absolutamente discordantes. É necessário, portanto, que o analista considere a psicose como um dado inicial. IX. Dois perigos para o diagnóstico Em 1954, Lacan adverte seu grupo analítico de dois perigos que interferem na avaliação diagnóstica da criança, que, considero, devem ser lembrados a todo instante por aqueles que se ocupam desse tipo de paciente. O primeiro é o de não ser 4 Segundo Clérambault, os fenômenos elementares assumem o caráter de manifestações anidéicas, que coincidem com o período de incubação de uma psicose, período que precede a emergência da superestrutura do delírio. Para Lacan, o delírio é ele próprio um fenômeno elementar, tendo-se em vista que já carrega aquilo que é nuclear e estrutural nas psicoses, que é o retorno no real do que não foi simbolizado no devido prazo.

12 suficientemente curioso; o segundo é o de compreender demais. A meu ver, a falta de curiosidade e a tendência para compreender são dois vícios dos adultos, de maneira geral, diante das crianças. Não se indaga muito a criança, quando se supõe que ela não sabe muito bem o que diz; compreende-se antecipadamente o que parece sem sentido em sua fala, quando se supõe que lhe falta entendimento, pelo simples fato de ela ainda ser criança. A concepção desta como um ser em desenvolvimento é que reforça a assimilação da infância a um estado deficitário em relação ao parâmetro da vida adulta. Referências bibliográficas COTTET, Serge. Puberdade catastrófe. Transcrição 4: estudos clínicos de Serge Cottet. Bahia: Fator, LACAN, Jacques. O Seminário, livro 3, O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, LACAN, Jacques. Uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose. Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, LEFORT, Rosine e Robert. Psicose no adulto e na criança: uma só estrutura. Conferência proferida na EBP-Seção Bahia e publicada em apostila de circulação interna, em p MILLER, Jacques-Alain. Discurso do método psicanalítico. Lacan Elucidado. Rio de Janeiro: Zahar, SANTIAGO, Ana Lydia. A inibição intelectual na psicanálise. Tese de Doutorado. USP, São Paulo, (Inédita). TENDLARZ, Silvia. De que sofrem as crianças. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1997.

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