TESTES DE HIPÓTESES E INTERVALOS DE CONFIANÇA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TESTES DE HIPÓTESES E INTERVALOS DE CONFIANÇA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS"

Transcrição

1 TESTES DE HIPÓTESES E INTERVALOS DE CONFIANÇA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS

2 Antes de apresentar alguns dos testes de hipóteses e intervalos de confiança mais usuais em MLG, segue a definição de modelos encaiados. Dizemos que dois modelos são encaiados se um modelo é obtido a partir do outro impondo alguma restrição aos (usualmente igualando a zero alguns dos) parâmetros. Na sequência são apresentados os preditores lineares de diferentes modelos lineares generalizados para avaliarmos se configuram modelos encaiados.

3 o Caso : 4 4 Modelo Modelo µ µ = = - Modelos encaiados! A comparação dois modelos apresentados no par poderia fundamentar o teste da hipótese: : 4 = = H, contra a alternativa que os parâmetros sob teste não são conjuntamente nulos.

4 4 o Caso : Modelo Modelo µ µ = = - Modelos encaiados! A comparação dois modelos apresentados no par poderia fundamentar o teste da seguinte hipótese: ; ; : = = = H.

5 o Caso : Modelo Modelo µ = µ = - Modelos encaiados! A comparação dois modelos apresentados no par poderia fundamentar o teste da seguinte hipótese: H. : = Repare que, mediante este par de hipóteses, estaríamos testando a eistência de interação entre e. 5

6 o Caso 4: Modelo Modelo µ = µ = - Modelos encaiados! A comparação dois modelos apresentados no par 4 poderia fundamentar o teste da seguinte hipótese: H =,. : = Repare que, mediante este par de hipóteses, estaríamos testando a eistência de efeito cúbico ou quadrático de em y. 6

7 7 Nota Note que em qualquer um dos quatro eemplos apresentados, a hipótese nula representa o modelo restrito e a hipótese alternativa o modelo não restrito. Nos testes que vamos realizar, a rejeição de H corresponde à diferença dos dois modelos, sendo que se deve optar, nesses casos, pelo modelo não restrito (com mais parâmetros). o Caso 5: 4 4 Modelo Modelo µ µ = = - Modelos não encaiados! o Caso 6: ( ) ln Modelo Modelo µ µ = = - Modelos não encaiados!

8 Teste da razão de verossimilhanças (TRV) em MLG O teste da razão de verossimilhanças é amplamente utilizado em MLG para testar a nulidade conjunta de q p parâmetros a partir de modelos encaiados. Seja M p um MLG com p parâmetros e M q um modelo encaiado a M p, a partir de uma restrição a p q parâmetros, restando q < p parâmetros não fiados (irrestritos). Considere D p e D q, respectivamente, os desvios de M p e M q. A estatística D D, com p q p q graus de liberdade, é uma medida de variação dos dados eplicada pelos termos que estão em M p mas não em M q. 8

9 A estatística do teste da razão de verossimilhanças para comparação dos dois modelos fica dada por: ( µ ˆ ) p; y ( ) µ ˆ ; y D q Dp L ξ RV = = φ { l( µ ˆ p; y) l( µ ˆ q; y) } = φ ln, φ L q que, sob a hipótese nula de que as restrições são válidas, tem assintoticamente distribuição χ p q. Caso a hipótese nula seja de nulidade de p q parâmetros e o resultado do teste indique a não rejeição de H, isso pode justificar a eliminação do modelo dos termos (variáveis, fatores...) associados aos p q parâmetros nulos. 9

10 Nota O teste da razão de verossimilhanças pode ser aplicado ao teste de um único parâmetro (Eemplo: H : k = vs H : k ), sendo que neste caso, sob H ξ RV tem, assintoticamente, distribuição χ. No R: ajuste=glm(...)### Modelo maior ajuste=glm(...)### Modelo menor anoca(ajuste,ajuste,test= Chisq )

11 Procedimento geral para o teste da razão de verossimilhanças em Modelos Lineares Generalizados. Formular as hipóteses de interesse e estabelecer adequadamente os modelos restrito ( M q) e não restrito ( M p) correspondentes;. Ajustar os dois modelos aos dados e etrair os correspondentes desvios ( D q e D p);. Calcular a estatística do teste da razão de verossimilhanças ( ξ RV ); 4. Com base no valor de ξ RV, testar a hipótese nula de que a restrição imposta é válida. Por eemplo, para um nível de significância α, rejeitamos H se RV pertinente χ p q. ξ eceder o quantil ( α ) da distribuição

12 Teste F para o caso em que φ é desconhecido Para as distribuições em que o parâmetro de dispersão é desconhecido (Normal, Gama e Normal Inversa, por eemplo), pode-se considerar como alternativa o uso do teste F, que independe do parâmetro de dispersão. A estatística do teste F é definida por: ( D D ) ( p q) q ξ RV =, D p p ( n p) que, sob a hipótese nula de que as restrições impostas em H são válidas, tem assintoticamente distribuição Fp q, n p.

13 Nota Pode-se substituir ( n p) φ. D p no denominador da estatística F por alguma estimativa consistente de Assim, no passo 4 do procedimento geral do TRV, adotaríamos distribuição de referência para testar a restrição aos parâmetros. Fp q, n p, e não χ p q como No R: ajuste=glm(...)### Modelo maior ajuste=glm(...)### Modelo menor anoca(ajuste,ajuste,test= F )

14 Análise do desvio (Tabela ANODEV) A análise do desvio configura uma etensão da análise de variância para os modelos lineares generalizados. A análise do desvio baseia-se na comparação dos desvios avaliados para modelos encaiados, permitindo testar o efeito da inclusão (eclusão) de variáveis, fatores e interações a um modelo corrente. A Tabela Anodev é a representação de uma sequência de testes de razão de verossimilhanças para um modelo linear generalizado, em que os termos do preditor linear são acrescentados sucessivamente ao modelo (começando pelo modelo nulo), e a significância de suas inclusões avaliadas via TRV. 4

15 A título de ilustração, considere um MLG qualquer, com quatro variáveis no preditor linear ( X, X, X, X 4 ). Então, na tabela Anodev serão apresentados os desvios, as diferenças de desvios, os correspondentes graus de liberdade e os testes de razão de verossimilhança para: o Inclusão de X ao modelo que contém apenas um termo constante; o Inclusão de X ao modelo que contém X ; o Inclusão de X ao modelo que contém X e X ; o Inclusão de X 4 ao modelo que contém X, X e X. 5

16 Notas-. A ordem de inclusão das variáveis é determinada pelo usuário e, eceto em casos bem específicos, vai alterar a significância das variáveis;. A ordem de inclusão de termos ao modelo, quando na ocorrência de interações, deve obedecer ao principio hierárquico. Ou seja, se temos no modelo X, X e X X, primeiramente inserimos ao modelo X e X (na ordem que bem se entender) para depois inserir o termo correspondente à interação. O mesmo vale para modelos polinomiais, em que os termos de menor ordem são os primeiros a serem inseridos. No R: Comando anova. 6

17 Uma forma alternativa de se fazer a análise do desvio é avaliando a significância de uma variável quando inserida ao modelo que contém todas as demais variáveis, eceto a variável em questão. A título de ilustração, considere um MLG qualquer, com quatro variáveis no preditor linear ( X, X, X, X 4 ). Então, na tabela Anodev serão apresentados os desvios, as diferenças de desvios, os correspondentes graus de liberdade e os testes de razão de verossimilhança para: o Inclusão de X ao modelo que contém X, X e X 4; o Inclusão de X ao modelo que contém X, X e X 4; o Inclusão de X ao modelo que contém X, X e X 4; o Inclusão de X 4 ao modelo que contém X, X e X. No R: Comando Anova, pacote car. 7

18 Teste de Wald O teste de Wald baseia-se na distribuição assintótica normal dos estimadores de máima verossimilhança dos parâmetros do modelo. Seja ˆ j o estimador de máima verossimilhança de j, um particular parâmetro de um MLG. Conforme discutido anteriormente, para n, j (, Var ( ˆ ) ˆ ~ Normal, onde Var ( ˆ j ) é estimada através do correspondente termo da diagonal da matriz de covariâncias ^ Var ( ˆ ) = ( X Wˆ X) φˆ. Vamos denotar por ep( ) Var ( ˆ ) j j ˆ j = j o erro padrão de j ˆ. 8

19 Embora possam ser aplicados ao teste de hipóteses contemplando dois ou mais parâmetros, o uso mais frequente do teste de Wald contempla apenas um parâmetro por vez. Em situações envolvendo mais parâmetros, é mais usual aplicar o teste da razão de verossimilhanças. Considere então o seguinte par de hipóteses: H H : = j : j ( ) j ( ) j, em que ( ) é algum valor postulado para j (é comum tomarmos j ( ) j =, a fim de testarmos a nulidade de j). Então, o teste de Wald baseia-se na seguinte estatística-teste: Z t ˆ ( ) j j =, ep ( ˆ ) j que, sob a hipótese nula, tem assintoticamente distribuição Normal padrão. 9

20 Para um nível de significância α, rejeitaremos H caso Z t > z α /, onde z α / representa o quantil α / da distribuição Normal padrão. Nos casos em que φ é desconhecido, pode-se usar a distribuição t Student com n p graus de liberdade, rejeitando H se Z t > t n p; α /. No R: A estatística e o teste de Wald são apresentados no próprio summary de um MLG. Nota A função waldtest, do pacote lmtest permite aplicar o teste de Wald para hipóteses envolvendo p parâmetros, baseado numa distribuição assintótica χ n p.

21 Intervalos de confiança Dentre os métodos disponíveis para obtenção de intervalos de confiança em Modelos Lineares Generalizados, serão destacados os intervalos baseados na razão de verossimilhanças e na estatística de Wald. Intervalos de confiança baseados na razão de verossimilhanças Um intervalo de confiança (assintótico) α para algum parâmetro j do modelo, baseado na razão de verossimilhanças, contém todos os valores H ( ) = não seria rejeitada pelo TRV, ao nível de significância α. : j j ( ) para os quais a hipótese nula j

22 Para fins de ilustração, considerando um nível de confiança (assintótico) de 95%, o intervalo de ( ) confiança para j conteria todo para o qual a hipótese j H ( ) = produzisse: : j j ξ ( µ ˆ ; y) ( µ ˆ ; y) D D L = = φ ln χ,95; =,84 φ L RV, ( ) sendo D o desvio avaliado considerando = e D o desvio avaliado no modelo sem restrição para j j j. No R: Função confint.

23 Intervalos de confiança baseados na estatística de Wald Uma vez que, assintoticamente: ˆ j j ep ( ˆ ) j ~ Normal (, ), pode-se determinar quantis z α / e z α / tais que: P z ˆ j j < < α = α ˆ /, < α <. ep ( ) j α / z Isolando j no centro da desigualdade, temos: ( ˆ z ep ( ˆ ) < < ˆ z ep ( ˆ )) = α P j α / j j j α / j.

24 Assim, um intervalo de confiança α para j fica dado por: IC ( α ) = ( ˆ ± z ep( ˆ ) j ; j α /. j No R: confint.default(ajuste). 4

25 Intervalo de confiança para a resposta média em = A estimativa pontual da resposta média para um vetor de covariáveis = = (,, ) [ ] µ = E y, baseada no ajuste de um modelo linear generalizado, é dada por:,..., p, ( ˆ ) = ˆ µ g, onde g é a função de ligação do modelo e ˆ a estimativa de máima verossimilhança de. Seja ˆ η = ˆ a estimativa do preditor linear calculada em. A variância assintótica de ˆ η fica dada por: ( ) ( ˆ ) ( ˆ ˆ = Var = Var ) Var η. 5

26 Como, ˆ ˆ η = é uma combinação linear dos ˆ s, temos que, assintoticamente: (, Var( ˆ ) ) η ~ Normal. ˆ Assim, um intervalo de confiança α assintótico para η = fica dado por: ( Vaˆ r( ˆ ) ) IC η ˆ, (, α) = ± zα / sendo z α / o quantil α / da distribuição Normal padrão. Apenas para efeito de notação, vamos representar o intervalo de confiança para η por ( ) η L ;ηu. 6

27 Assim, um intervalo de confiança assintótico αpara µ fica dado por: ( ) ( µ, α ) = g ( η ) g ( η ) IC L ; U, se g for estritamente crescente e ( ) ( µ, α ) = g ( η ) g ( η ) IC U ; L se g for estritamente decrescente. No R: p=predict(ajuste,type= link,newdata=,se.fit=t) ### é um dataframe com os dados para os quais se quer estimar a resposta. ### O argumento se.fit=t é para retornar os erros padrões das estimativas. estimat=p$fit errpad=p$se.fit ic=ep(estimatc(-.96,.96)*errpad) ### Vale se a ligação for logarítmica. Se for outra, basta trocar ep() pela inversa da ligação usada. 7

INFERÊNCIA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS ANÁLISE DE DEVIANCE

INFERÊNCIA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS ANÁLISE DE DEVIANCE INFERÊNCIA EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS ANÁLISE DE DEVIANCE A análise de deviance é uma generalização, para modelos lineares generalizados, da análise de variância. No caso de modelos lineares, utiliza-se

Leia mais

MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS

MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS 1 Diversas distribuições podem ser consideradas para a modelagem de dados positivos com distribuição contínua e assimétrica, como, por exemplo, as

Leia mais

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares Aula Uma breve revisão sobre modelos lineares Processo de ajuste de um modelo de regressão O ajuste de modelos de regressão tem como principais objetivos descrever relações entre variáveis, estimar e testar

Leia mais

Disciplina de Modelos Lineares Professora Ariane Ferreira

Disciplina de Modelos Lineares Professora Ariane Ferreira Disciplina de Modelos Lineares 2012-2 Regressão Logística Professora Ariane Ferreira O modelo de regressão logístico é semelhante ao modelo de regressão linear. No entanto, no modelo logístico a variável

Leia mais

Análise da Regressão múltipla: Inferência. Aula 4 6 de maio de 2013

Análise da Regressão múltipla: Inferência. Aula 4 6 de maio de 2013 Análise da Regressão múltipla: Inferência Revisão da graduação Aula 4 6 de maio de 2013 Hipóteses do modelo linear clássico (MLC) Sabemos que, dadas as hipóteses de Gauss- Markov, MQO é BLUE. Para realizarmos

Leia mais

Capítulo 4 Inferência Estatística

Capítulo 4 Inferência Estatística Capítulo 4 Inferência Estatística Slide 1 Resenha Intervalo de Confiança para uma proporção Intervalo de Confiança para o valor médio de uma variável aleatória Intervalo de Confiança para a diferença de

Leia mais

Modelos Lineares Generalizados - Verificação do Ajuste do Modelo

Modelos Lineares Generalizados - Verificação do Ajuste do Modelo 1 Modelos Lineares Generalizados - Verificação do Ajuste do Modelo Erica Castilho Rodrigues 9 de Abril de 2015 2 3 Função Deviance Podemos ver o ajuste de um modelo a um conjunto de dados como: uma forma

Leia mais

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 5

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 5 MAE 229 - Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 5 Professor: Pedro Morettin e Profa. Chang Chian Exercício 1 (a) De uma forma geral, o desvio padrão é usado para medir a dispersão

Leia mais

BIOESTATÍSTICA. Parte 5 Testes de Hipóteses

BIOESTATÍSTICA. Parte 5 Testes de Hipóteses BIOESTATÍSTICA Parte 5 Testes de Hipóteses Aulas Teóricas de 05/05/2011 a 19/05/2011 5.1. Conceito de erro, estatística de teste, região de rejeição, nível de significância, valor de prova, potência do

Leia mais

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Projetos de Experimento e Confiabilidade de Sistemas da Produção Prof. Claudio Luis C. Frankenberg 3ª parte Conforme foi apresentado

Leia mais

FAMÍLIA EXPONENCIAL DE DISTRIBUIÇÕES

FAMÍLIA EXPONENCIAL DE DISTRIBUIÇÕES FAMÍLIA EXPONENCIAL DE DISTRIBUIÇÕES 1 Os modelos lineares generalizados, propostos originalmente em Nelder e Wedderburn (1972), configuram etensões dos modelos lineares clássicos e permitem analisar a

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - parte III

Modelos de Regressão Linear Simples - parte III 1 Modelos de Regressão Linear Simples - parte III Erica Castilho Rodrigues 20 de Setembro de 2016 2 3 4 A variável X é um bom preditor da resposta Y? Quanto da variação da variável resposta é explicada

Leia mais

AULA 05 Teste de Hipótese

AULA 05 Teste de Hipótese 1 AULA 05 Teste de Hipótese Ernesto F. L. Amaral 03 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução

Leia mais

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br TESTES PARA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS O teste F permite tirar conclusões muito gerais relacionadas com os

Leia mais

5 Avaliação dos estimadores propostos

5 Avaliação dos estimadores propostos 5 valiação dos estimadores propostos Este capítulo apresenta as medidas estatísticas usuais para avaliar a qualidade de estimadores e as expressões utilizadas para a estimação destas medidas, a partir

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 9 Data Mining Equação básica: Amostras finitas + muitos modelos = modelo equivocado. Lovell (1983, Review

Leia mais

Modelos Lineares Generalizados

Modelos Lineares Generalizados Modelos Lineares Generalizados Emilly Malveira de Lima Análise de Dados Categóricos Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG 10 de Maio de 2018 Emilly Malveira (PGEST-UFMG) 10 de Maio de 2018 1 / 20

Leia mais

Testes de Hipóteses. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Testes de Hipóteses. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Testes de Hipóteses Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Introdução e notação Em geral, intervalos de confiança são a forma mais

Leia mais

Hipóteses do modelo linear clássico (CLM) Análise da Regressão múltipla: Inferência. Hipóteses do CLM (cont.) O teste t. Distribuição normal amostral

Hipóteses do modelo linear clássico (CLM) Análise da Regressão múltipla: Inferência. Hipóteses do CLM (cont.) O teste t. Distribuição normal amostral 9/03/0 Hipótes do modelo linear clássico (CLM) Análi da Regressão múltipla: Inferência Sabemos que, dadas as hipótes de Gauss- Markov, MQO é BLUE Para realizarmos os testes de hipótes clássicos, precisamos

Leia mais

AULA 12 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 2

AULA 12 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 2 AULA 12 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 2 Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Testes de hipóteses sobre combinação linear dos parâmetros Na aula passada testamos hipóteses sobre

Leia mais

1 z 1 1 z 2. Z =. 1 z n

1 z 1 1 z 2. Z =. 1 z n Gabarito Lista 3. Tópicos de Regressão. 2016-2. 1. Temos que y i ind N (µ, φi ), com log φ i = α + γz i, para i = 1,..., n, portanto (i) para o γ = (α, γ) a matriz modelo ca Z = 1 z 1 1 z 2.. 1 z n (ii)

Leia mais

Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico y = β 0 + β 1 x 1 + β x +... β k x k + u 3. Propriedades assintóticas Antes, propriedades sobre amostra

Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico y = β 0 + β 1 x 1 + β x +... β k x k + u 3. Propriedades assintóticas Antes, propriedades sobre amostra Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico Capítulo 5 do Wooldridge Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico y = β 0 + β 1 x 1 + β x +... β k x k + u 3. Propriedades assintóticas Antes, propriedades

Leia mais

AULA 12 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 2

AULA 12 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 2 AULA 12 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 2 Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Testes de hipóteses sobre combinação linear dos parâmetros Na aula passada testamos hipóteses sobre

Leia mais

A Metodologia de Box & Jenkins

A Metodologia de Box & Jenkins A Metodologia de Box & Jenins Aula 03 Bueno, 0, Capítulo 3 Enders, 009, Capítulo Morettin e Toloi, 006, Capítulos 6 a 8 A Metodologia Box & Jenins Uma abordagem bastante utilizada para a construção de

Leia mais

AULA 04 Teste de hipótese

AULA 04 Teste de hipótese 1 AULA 04 Teste de hipótese Ernesto F. L. Amaral 03 de outubro de 2013 Centro de Pesquisas Quantitativas em Ciências Sociais (CPEQS) Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal

Leia mais

Modelos Lineares Generalizados - Estimação em Modelos Lineares Generalizados

Modelos Lineares Generalizados - Estimação em Modelos Lineares Generalizados Modelos Lineares Generalizados - Estimação em Modelos Lineares Generalizados Erica Castilho Rodrigues 23 de Maio de 207 Introdução 2 3 Vimos como encontrar o EMV usando algoritmos numéricos. Duas possibilidades:

Leia mais

Medidas de Dispersão ou variabilidade

Medidas de Dispersão ou variabilidade Medidas de Dispersão ou variabilidade A média - ainda que considerada como um número que tem a faculdade de representar uma série de valores - não pode, por si mesma, destacar o grau de homogeneidade ou

Leia mais

AULA 7 - Inferência em MQO: ICs e Testes de

AULA 7 - Inferência em MQO: ICs e Testes de AULA 7 - Inferência em MQO: ICs e Testes de Hipóteses Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Nosso primeiro objetivo aqui é relembrar a diferença entre estimação de ponto vs estimação de intervalo. Vamos

Leia mais

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Departamento de Matemática Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Exame a Época / o Teste (Grupos III e IV) o semestre 009/00 Duração: 80 / 90 minutos /06/00 9:00 horas Grupo I Exercício 5 valores

Leia mais

AULA 11 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 1

AULA 11 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 1 AULA 11 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 1 Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Distribuições amostrais dos estimadores MQO Nas aulas passadas derivamos o valor esperado e variância

Leia mais

Modelo de Regressão Múltipla

Modelo de Regressão Múltipla Modelo de Regressão Múltipla Modelo de Regressão Linear Simples Última aula: Y = α + βx + i i ε i Y é a variável resposta; X é a variável independente; ε representa o erro. 2 Modelo Clássico de Regressão

Leia mais

Ralph S. Silva

Ralph S. Silva ANÁLISE ESTATÍSTICA MULTIVARIADA Ralph S Silva http://wwwimufrjbr/ralph/multivariadahtml Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Revisão:

Leia mais

AULA 07 Inferência a Partir de Duas Amostras

AULA 07 Inferência a Partir de Duas Amostras 1 AULA 07 Inferência a Partir de Duas Amostras Ernesto F. L. Amaral 10 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola,

Leia mais

Testes de Hipóteses. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Testes de Hipóteses. Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Testes de Hipóteses Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Introdução e notação Em geral, intervalos de confiança são a forma mais

Leia mais

3 Modelo Matemático Definições Iniciais. Denote-se, em geral, o desvio-padrão do processo por σ = γσ 0, sendo σ 0 o

3 Modelo Matemático Definições Iniciais. Denote-se, em geral, o desvio-padrão do processo por σ = γσ 0, sendo σ 0 o Modelo Matemático 57 3 Modelo Matemático Este trabalho analisa o efeito da imprecisão na estimativa do desvio-padrão do processo sobre o desempenho do gráfico de S e sobre os índices de capacidade do processo.

Leia mais

Parte 8 Testes de hipóteses Comparação de dois grupos

Parte 8 Testes de hipóteses Comparação de dois grupos Parte 8 Testes de hipóteses Comparação de dois grupos Um objetivo frequente em estudos de diferentes áreas é a comparação de dois ou mais grupos (ou populações). Alguns exemplos: o Comparação dos salários

Leia mais

Gráficos de Controle para Variáveis

Gráficos de Controle para Variáveis Gráficos de Controle para Variáveis CE219 - Controle Estatístico de Qualidade Prof. Cesar Taconeli taconeli@ufpr.br Prof. Walmes Zeviani walmes@ufpr.br Laboratório de Estatística e Geoinformação Departamento

Leia mais

Inferência Estatística

Inferência Estatística Inferência Estatística Estimação Intervalar Média e Proporção Estimação Pontual x Estimação Intervalar Exemplo Inicial: Um estudo pretende estimar o valor de µ, a renda média familiar dos alunos da UFMG.

Leia mais

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II 01 de Julho de 2014 Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Testar hipóteses para média de uma população. Serão usadas as distribuições

Leia mais

Análise de Dados Longitudinais Aula

Análise de Dados Longitudinais Aula 1/35 Análise de Dados Longitudinais Aula 08.08.2018 José Luiz Padilha da Silva - UFPR www.docs.ufpr.br/ jlpadilha 2/35 Sumário 1 Revisão para dados transversais 2 Como analisar dados longitudinais 3 Perspectiva

Leia mais

Análise de Dados Categóricos

Análise de Dados Categóricos 1/43 Análise de Dados Categóricos Modelo de Regressão de Poisson Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Departamento de Estatística Universidade Federal de Minas Gerais 2/43 Revisão:

Leia mais

Cap. 8 - Intervalos Estatísticos para uma Única Amostra

Cap. 8 - Intervalos Estatísticos para uma Única Amostra Intervalos Estatísticos para ESQUEMA DO CAPÍTULO 8.1 INTRODUÇÃO 8.2 INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MÉDIA DE UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL, VARIÂNCIA CONHECIDA 8.3 INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MÉDIA DE UMA DISTRIBUIÇÃO

Leia mais

Introdução à probabilidade e estatística II

Introdução à probabilidade e estatística II Introdução à probabilidade e estatística II Testes de hipóteses para duas médias populacionais Prof. Alexandre G Patriota Sala: 98A Email: patriota@ime.usp.br Site: www.ime.usp.br/ patriota Testes de hipóteses

Leia mais

Aula 3 - Revisão de Probabilidade e Estatística: Esclarecimento de Dúvidas

Aula 3 - Revisão de Probabilidade e Estatística: Esclarecimento de Dúvidas Aula 3 - Revisão de Probabilidade e Estatística: Esclarecimento de Dúvidas Matheus Rosso e Camila Steffens 19 de Março de 2018 Independência de variáveis aleatórias Duas V.A. são independentes se, e somente

Leia mais

Esse material foi extraído de Barbetta (2007 cap 13)

Esse material foi extraído de Barbetta (2007 cap 13) Esse material foi extraído de Barbetta (2007 cap 13) - Predizer valores de uma variável dependente (Y) em função de uma variável independente (X). - Conhecer o quanto variações de X podem afetar Y. Exemplos

Leia mais

A Importância da Estatística na Pesquisa Científica e na Tomada de Decisão

A Importância da Estatística na Pesquisa Científica e na Tomada de Decisão A Importância da Estatística na Pesquisa Científica e na Tomada de Decisão Ricardo Alves de Olinda Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Centro de Ciências e Tecnologia - CCT Departamento de Estatística

Leia mais

Inferência para duas populações

Inferência para duas populações Inferência para duas populações Capítulo 13, Estatística Básica (Bussab&Morettin, 8a Edição) 7a AULA 27/04/2015 MAE229 - Ano letivo 2015 Lígia Henriques-Rodrigues 7a aula (27/04/2015) MAE229 1 / 27 1.

Leia mais

Testes de Hipóteses II

Testes de Hipóteses II Testes de Hipóteses II Capítulo 12, Estatística Básica (Bussab&Morettin, 8a Edição) 6a AULA 06/04/2015 MAE229 - Ano letivo 2015 Lígia Henriques-Rodrigues 5a aula (06/04/2015) MAE229 1 / 23 1. Teste para

Leia mais

9DOXHDW5LVNHUHWRUQRGHXPLQYHVWLPHQWR

9DOXHDW5LVNHUHWRUQRGHXPLQYHVWLPHQWR 9DOXHDWLVNHUHWRUQRGHXPLQYHVWLPHQWR O Value at Risk (VaR) é um método de mensuração de risco de mercado que utiliza técnicas estatísticas amplamente difundidas. De outra forma o VaR mede a pior perda esperada

Leia mais

1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos

1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos 1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos Modelos probabilísticos devem, de alguma forma, 1. identificar o conjunto de resultados possíveis do fenômeno aleatório, que costumamos chamar de espaço amostral,

Leia mais

Introdução à Bioestatística Turma Nutrição

Introdução à Bioestatística Turma Nutrição Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Introdução à Bioestatística Turma Nutrição Aula 8: Intervalos de Confiança para Média e Proporção Distribuição

Leia mais

Econometria II. Notas de bolso! Propriedades da E(.), Var(.) e Cov(.) Temos que (a,b) são constantes e (X,Y) são variáveis aleatórias.

Econometria II. Notas de bolso! Propriedades da E(.), Var(.) e Cov(.) Temos que (a,b) são constantes e (X,Y) são variáveis aleatórias. Eco 2 monitoria Leandro Anazawa Econometria II Notas de bolso! Propriedades da E(.), Var(.) e Cov(.) Temos que (a,b) são constantes e (X,Y) são variáveis aleatórias. E(a) = a E(aX) = ae(x) E(a + bx) =

Leia mais

Capítulo 9 - Regressão Linear Simples (RLS): Notas breves

Capítulo 9 - Regressão Linear Simples (RLS): Notas breves Capítulo 9 - Regressão Linear Simples RLS: Notas breves Regressão Linear Simples Estrutura formal do modelo de Regressão Linear Simples RLS: Y i = β 0 + β 1 x i + ε i, 1 onde Y i : variável resposta ou

Leia mais

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte II 2012/02 1 Teste para média com variância conhecida 2 3 Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Testar hipóteses para média de uma

Leia mais

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA)

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA) 1. Sabe-se que o nível de significância é a probabilidade de cometermos um determinado tipo de erro quando da realização de um teste de hipóteses. Então: a) A escolha ideal seria um nível de significância

Leia mais

PHD 5742 Estatística Aplicada ao Gerenciamento dos Recursos Hídricos

PHD 5742 Estatística Aplicada ao Gerenciamento dos Recursos Hídricos PHD 574 Estatística Aplicada ao Gerenciamento dos Recursos Hídricos 8 a aula Testes Não-Paramétricos de Hipóteses Mario Thadeu Leme de Barros Luís Antonio Villaça de Garcia Abril / 005 Estatística Aplicada

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Variância amostral Método de Replicações Independentes Aula de hoje Para que serve a inferência estatística? Método dos Momentos Maximum Likehood

Leia mais

Análise de Regressão EST036

Análise de Regressão EST036 Análise de Regressão EST036 Michel Helcias Montoril Instituto de Ciências Exatas Universidade Federal de Juiz de Fora Regressão sem intercepto; Formas alternativas do modelo de regressão Regressão sem

Leia mais

Testes de Hipóteses. Curso de Introdução à Econometria usando o R. Vítor Wilher. 1 de Dezembro de analisemacro.com.br

Testes de Hipóteses. Curso de Introdução à Econometria usando o R. Vítor Wilher. 1 de Dezembro de analisemacro.com.br Testes de Hipóteses Curso de Introdução à Econometria usando o R Vítor Wilher analisemacro.com.br 1 de Dezembro de 2016 Vítor Wilher (analisemacro.com.br) Testes de Hipóteses 1 de Dezembro de 2016 1 /

Leia mais

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Mestrado e Doutorado em Controladoria e Contabilidade Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Prof. Dr. Marcelo Botelho da Costa Moraes www.marcelobotelho.com mbotelho@usp.br Turma: 2º / 2016 1 Agenda

Leia mais

Delineamento e Análise Experimental Aula 4

Delineamento e Análise Experimental Aula 4 Aula 4 Castro Soares de Oliveira ANOVA Significativa Quando a aplicação da análise de variância conduz à rejeição da hipótese nula, temos evidência de que existem diferenças entre as médias populacionais.

Leia mais

Universidade Federal de Lavras

Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Lavras Departamento de Estatística Prof. Daniel Furtado Ferreira 6 a Lista de Exercícios Teoria da Estimação pontual e intervalar 1) Marcar como verdadeira ou falsa as seguintes

Leia mais

Introdução em Probabilidade e Estatística II

Introdução em Probabilidade e Estatística II Introdução em Probabilidade e Estatística II Lista 7 Exercicio Em estudo genético um gene A foi destacado para detectar uma doença. Se dita que em pessoas doentes (pacientes) este gene mostra atividade

Leia mais

TESTE DE COMPARAÇÃO MÚLTIPLA

TESTE DE COMPARAÇÃO MÚLTIPLA SUMÁRIO 1 TESTE DE COMPARAÇÃO MÚLTIPLA Quando a aplicação da análise de variância conduz à rejeição da hipótese nula, temos evidência de que existem diferenças entre as médias populacionais. Mas, entre

Leia mais

Inferência a partir de duas amostras

Inferência a partir de duas amostras Inferência a partir de duas amostras Inferência a partir de duas amostras. Inferência sobre duas médias: amostras dependentes. Inferência sobre duas médias: amostras grandes e independêntes 3. Comparação

Leia mais

Definição. Os valores assumidos pelos estimadores denomina-se estimativas pontuais ou simplesmente estimativas.

Definição. Os valores assumidos pelos estimadores denomina-se estimativas pontuais ou simplesmente estimativas. 1. Inferência Estatística Inferência Estatística é o uso da informção (ou experiência ou história) para a redução da incerteza sobre o objeto em estudo. A informação pode ou não ser proveniente de um experimento

Leia mais

Intervalos Estatísticos para uma única Amostra - parte I

Intervalos Estatísticos para uma única Amostra - parte I Intervalos Estatísticos para uma única Amostra - parte I Intervalo de confiança para média 14 de Janeiro Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Construir intervalos de confiança para

Leia mais

Ralph S. Silva

Ralph S. Silva ANÁLISE ESTATÍSTICA MULTIVARIADA Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/multivariada.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ Em muitas situações duas ou mais variáveis estão relacionadas e surge então a necessidade de determinar a natureza deste relacionamento.

Leia mais

Exemplo 7.0 Numa linha de produção, os pesos de pacotes de pó de café embalados por uma máquina têm distribuição Normal, com média

Exemplo 7.0 Numa linha de produção, os pesos de pacotes de pó de café embalados por uma máquina têm distribuição Normal, com média Exemplo 7.0 Numa linha de produção, os pesos de pacotes de pó de café embalados por uma máquina têm distribuição Normal, com média µ = 505g e desvio padrão σ = 9g. a) Selecionado ao acaso um pacote embalado

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL INTRODUÇÃO ROTEIRO POPULAÇÃO E AMOSTRA. Estatística Aplicada à Engenharia

DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL INTRODUÇÃO ROTEIRO POPULAÇÃO E AMOSTRA. Estatística Aplicada à Engenharia ROTEIRO 1. Introdução; DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL E ESTIMAÇÃO PONTUAL. Teorema Central do Limite; 3. Conceitos de estimação pontual; 4. Métodos de estimação pontual; 5. Referências. 1 POPULAÇÃO E AMOSTRA População:

Leia mais

Lista de Exercícios #8 Assunto: Teste de Hipóteses

Lista de Exercícios #8 Assunto: Teste de Hipóteses . ANPEC 8 - Questão 5 Indique se as seguintes considerações sobre a teoria dos testes de hipótese são verdadeiras (V) ou falsas (F): () No teste de hipótese para proporções, se a variância da proporção

Leia mais

4 Metodologia. Wt = W 0 exp{(l/k)(1-e-kt)} (8)

4 Metodologia. Wt = W 0 exp{(l/k)(1-e-kt)} (8) 4 Metodologia Serão apresentadas duas formas de se estimar a persistência. A primeira é de forma mais agregada e se utiliza de dados em forma de triângulos de run-off e é conhecida como Chain Ladder, uma

Leia mais

Inferência Estatística:

Inferência Estatística: Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Inferência Estatística: Princípios de Bioestatística decidindo na presença de incerteza Aula 8: Intervalos

Leia mais

Introdução à probabilidade e estatística II

Introdução à probabilidade e estatística II Introdução à probabilidade e estatística II Testes de hipóteses para duas médias populacionais Prof. Alexandre G Patriota Sala: 98A Email: patriota@ime.usp.br Site: www.ime.usp.br/ patriota Testes de hipóteses

Leia mais

Inferência. 1 Estimativa pontual de uma média 2 Estimativa intervalar de uma média. Renata Souza

Inferência. 1 Estimativa pontual de uma média 2 Estimativa intervalar de uma média. Renata Souza Inferência 1 Estimativa pontual de uma média 2 Estimativa intervalar de uma média Renata Souza Aspectos Gerais A estatística descritiva tem por objetivo resumir ou descrever características importantes

Leia mais

Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas

Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas Teste de Hipóteses para uma Média Jorge M. V. Capela, Marisa V. Capela, Instituto de Química - UNESP Araraquara, SP capela@iq.unesp.br Araraquara, SP - 2016

Leia mais

_ Desviopadrão

_ Desviopadrão 53 5. Resultados Os resultados serão apresentados separadamente para cada um dos quatro casos em estudo, correspondentes à combinação entre dois tipos de cobertura e dois sexos. 5.1. Cobertura por Morte

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS As variáveis aleatórias X e Y seguem uma distribuição de Bernoulli com probabilidade de sucesso igual a 0,4. Considerando S = X + Y e que os eventos aleatórios A = [X = 1] e B

Leia mais

Estatística - Análise de Regressão Linear Simples. Professor José Alberto - (11) sosestatistica.com.br

Estatística - Análise de Regressão Linear Simples. Professor José Alberto - (11) sosestatistica.com.br Estatística - Análise de Regressão Linear Simples Professor José Alberto - (11 9.7525-3343 sosestatistica.com.br 1 Estatística - Análise de Regressão Linear Simples 1 MODELO DE REGRESSÃO LINEAR SIMPLES

Leia mais

EXPLORANDO OS MODELOS LINEARES GENERALIZADOS APLICAÇÃO A DADOS DE UM PEQUENO SUPERMERCADO

EXPLORANDO OS MODELOS LINEARES GENERALIZADOS APLICAÇÃO A DADOS DE UM PEQUENO SUPERMERCADO Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Estatística EXPLORANDO OS MODELOS LINEARES GENERALIZADOS APLICAÇÃO A DADOS DE UM PEQUENO SUPERMERCADO CE225 - Modelos Lineares Generalizados

Leia mais

Nessa situação, a média dessa distribuição Normal (X ) é igual à média populacional, ou seja:

Nessa situação, a média dessa distribuição Normal (X ) é igual à média populacional, ou seja: Pessoal, trago a vocês a resolução da prova de Estatística do concurso para Auditor Fiscal aplicada pela FCC. Foram 10 questões de estatística! Não identifiquei possibilidade para recursos. Considero a

Leia mais

Econometria em Finanças e Atuária

Econometria em Finanças e Atuária Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/especializacao.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Maio-Junho/2013 Modelos condicionalmente

Leia mais

3 Metodologia. resenha de VAN DIJK et al. (2002). 12 Para uma exposição extensiva do uso do modelo STR aplicado a séries macroeconômicas, ver a

3 Metodologia. resenha de VAN DIJK et al. (2002). 12 Para uma exposição extensiva do uso do modelo STR aplicado a séries macroeconômicas, ver a 3 Metodologia Como explicado acima, o modelo novo-keynesiano não fornece bases teóricas que motivem a existência de não-linearidades na CPNKH. Por isso, optamos por utilizar uma estratégia empírica flexível

Leia mais

Mais Informações sobre Itens do Relatório

Mais Informações sobre Itens do Relatório Mais Informações sobre Itens do Relatório Amostra Tabela contendo os valores amostrados a serem utilizados pelo método comparativo (estatística descritiva ou inferencial) Modelos Pesquisados Tabela contendo

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA. Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM

ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA. Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM ANÁLISE DE VARIÂNCIA - ANOVA Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística - PPGEMQ / PPGEP - UFSM UM EXEMPLO DE APLICAÇÃO Digamos que temos 6 métodos de ensino aplicados a 30 crianças

Leia mais

Correlação e Regressão

Correlação e Regressão Correlação e Regressão Vamos começar com um exemplo: Temos abaixo uma amostra do tempo de serviço de 10 funcionários de uma companhia de seguros e o número de clientes que cada um possui. Será que existe

Leia mais

Probabilidade e Estatística. Estimação de Parâmetros Intervalo de Confiança

Probabilidade e Estatística. Estimação de Parâmetros Intervalo de Confiança Probabilidade e Estatística Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva http://páginapessoal.utfpr.edu.br/ngsilva Estimação de Parâmetros Intervalo de Confiança Introdução A inferência estatística é o processo

Leia mais

aula ANÁLISE DO DESEMPENHO DO MODELO EM REGRESSÕES

aula ANÁLISE DO DESEMPENHO DO MODELO EM REGRESSÕES ANÁLISE DO DESEMPENHO DO MODELO EM REGRESSÕES 18 aula META Fazer com que o aluno seja capaz de realizar os procedimentos existentes para a avaliação da qualidade dos ajustes aos modelos. OBJETIVOS Ao final

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Intervalo de confiança Método de Replicações Independentes Aula de hoje Para que serve a inferência estatística? Método dos Momentos Maximum

Leia mais

Teoria da Estimação. Fabricio Goecking Avelar. junho Universidade Federal de Alfenas - Instituto de Ciências Exatas

Teoria da Estimação. Fabricio Goecking Avelar. junho Universidade Federal de Alfenas - Instituto de Ciências Exatas Teoria da Estimação Fabricio Goecking Avelar Universidade Federal de Alfenas - Instituto de Ciências Exatas junho - 2018 Algumas distribuições importantes Sumário 1 Algumas distribuições importantes 2

Leia mais

Aula 9 Intervalo de confiança para a média da N(μ; σ 2 ), σ 2 desconhecida

Aula 9 Intervalo de confiança para a média da N(μ; σ 2 ), σ 2 desconhecida Aula 9 Intervalo de confiança para a média da N(μ; σ 2 ), σ 2 desconhecida Nesta aula você completará seu estudo básico sobre intervalos de confiança, analisando o problema de estimação da média de uma

Leia mais

Capítulo 9 - Regressão Linear Simples (RLS): Notas breves

Capítulo 9 - Regressão Linear Simples (RLS): Notas breves Capítulo 9 - Regressão Linear Simples RLS: Notas breves Regressão Linear Simples Estrutura formal do modelo de Regressão Linear Simples RLS: Y i = β 0 + β 1 x i + ε i, 1 onde Y i : variável resposta ou

Leia mais

7 Teste de Hipóteses

7 Teste de Hipóteses 7 Teste de Hipóteses 7-1 Aspectos Gerais 7-2 Fundamentos do Teste de Hipóteses 7-3 Teste de uma Afirmação sobre a Média: Grandes Amostras 7-4 Teste de uma Afirmação sobre a Média : Pequenas Amostras 7-5

Leia mais

PHD 5742 Estatística Aplicada ao Gerenciamento dos Recursos Hídricos. 6 a aula Testes de Hipóteses

PHD 5742 Estatística Aplicada ao Gerenciamento dos Recursos Hídricos. 6 a aula Testes de Hipóteses PHD 5742 Estatística Aplicada ao Gerenciamento dos Recursos Hídricos 6 a aula Testes de Hipóteses Mario Thadeu Leme de Barros Luís Antonio Villaça de Garcia Abril / 2007 Estatística Aplicada ao Gerenciamento

Leia mais

Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística PPGEMQ / PPGEP - UFSM

Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística PPGEMQ / PPGEP - UFSM Prof. Adriano Mendonça Souza, Dr. Departamento de Estatística PPGEMQ / PPGEP - UFSM Estimação de Parâmetros O objetivo da Estatística Indutiva é tirar conclusões probabilísticas sobre aspectos da população,

Leia mais

TESTES DE HIPÓTESES Notas de aula. Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara

TESTES DE HIPÓTESES Notas de aula. Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara 1 TESTES DE HIPÓTESES Notas de aula Prof.: Idemauro Antonio Rodrigues de Lara 2 Conteúdo 1. Fundamentos e conceitos básicos; 2. Função poder; 3. Testes mais poderosos e Lema de Neyman-Pearson; 4. Teste

Leia mais

1 O Teste de Neyman-Pearson depende do valor da alternativa

1 O Teste de Neyman-Pearson depende do valor da alternativa EM TODAS AS FIGURAS ABAIXO A DENSIDADE SOB A HIPÓTESE NULA ESTÁ EM NEGRO E AS RAZÕES DE VEROSSIM- ILHANÇA EM COLORIDO O Teste de Neyman-Pearson depende do valor da alternativa Suponha que: ( if x< ( x+θ)

Leia mais

AULA 11 Heteroscedasticidade

AULA 11 Heteroscedasticidade 1 AULA 11 Heteroscedasticidade Ernesto F. L. Amaral 30 de julho de 2012 Análise de Regressão Linear (MQ 2012) www.ernestoamaral.com/mq12reg.html Fonte: Wooldridge, Jeffrey M. Introdução à econometria:

Leia mais