UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE A PSICOMOTRICIDADE E O AMBIENTE ESCOLAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL Por: Etiene dos Santos Souza Orientador(a): Prof. Maria Esther de Araújo Niterói

2 2 01/2006 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE A PSICOMOTRICIDADE E O AMBIENTE ESCOLAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicomotricidade. Por: Etiene dos Santos Souza

3 3 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível; aos meus familiares e amigos, que compreenderam e fortaleceram meus ideais e em especial a meus pais, a Rosimary Vignoli, minha coordenadora, e a Jane Pessanha, que impulsionaram o meu estudo.

4 4 DEDICATÓRIA Com todo meu carinho dedico este estudo aos profissionais de educação infantil que lutam por dias melhores.

5 5 RESUMO Muitas vezes as instituições de ensino, em sua maioria particular, têm em sua proposta pedagógica a psicomotricidade como técnica de ensino, mas não têm condições de aplicá-la e nem têm profissionais familiarizados com o assunto e acabam por abordar a psicomotricidade de maneira erronia. Não sendo a finalidade da educação psicomotora a aquisição de habilidades gestuais, pois o trabalho psicomotor é muito mais intenso e resulta numa melhor aptidão para a aprendizagem, dentro do respeito ao desenvolvimento da criança, essas instituições precisam repensar o que estão propondo, que tipo de indivíduo querem formar. Principalmente no âmbito da educação infantil, onde a personalidade do indivíduo é formada. E dentro deste contexto nota-se que o desenvolvimento nas áreas psicomotoras trabalhadas auxilia na vida escolar futura, que se concretiza a partir da fase de aquisição da leitura e da escrita, onde será refletido o que já fora trabalhado para o desenvolvimento psicomotor. Então, o que se procura constatar neste estudo são os estímulos favoráveis e necessários junto a psicomotricidade para o bom desenvolvimento e crescimento da criança. Os aspectos relevantes neste contexto são a alegria e a segurança em função da aprendizagem e que a educação infantil esteja voltada para a promoção da interação social, do desenvolvimento das habilidades físicas e intelectuais dos alunos, firmação do senso de responsabilidade, lenvando-os a organizar e preparar seu material, a trocar idéias, saber ouvir e debater, descobrir coisas novas, participar de jogos variados de forma ordenada, interiorizar regras de convívio em grupo. A criança tem que antes de tudo sentir prazer em freqüentar a escola.

6 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 7 CAPÍTULO I A Psicomotricidade... 9 CAPÍTULO II O Desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos...21 CAPÍTULO III A Psicomotricidade na Educação Infantil A Educação Infantil Os distúrbios de aprendizagem A Educação Inclusiva A ação preventiva da Psicomotricidade...41 CAPÍTULO IV O ambiente escolar da Educação Infantil O ambiente estimulador para o desenvolvimento da Educação Psicomotora Os profissionais para atendimento em creches e pré-escolas...48 CONCLUSÃO...51 ANEXOS...53 BIBLIOGRAFIA...58 ÍNDICE...60 FOLHA DE AVALIAÇÃO...61

7 7 INTRODUÇÃO O termo psicomotricidade ainda não é muito conhecido em nosso país, mas muito se tem desenvolvido para evidenciá-lo. Algumas instituições de ensino, baseadas nos estudos atuais, trazem como proposta pedagógica a psicomotricidade, tendo uma visão da relação corpo humano e seus movimentos. Põe-se em destaque a educação infantil, pois esta é a fase mais apropriada e mais sugerida para desenvolver a educação psicomotora. Já que é na primeira infância que a personalidade do indivíduo é formada. Um dos aspectos mais significativos na concepção de educação infantil é o reconhecimento da criança como sujeito desde o nascimento, ou mesmo, desde a gestação. Este ser está envolvido por várias emoções e vários estímulos, onde os processos de construção da identidade ocorrerão em um emaranhado de expectativas e desejos que corresponderão ao estilo familiar e/ou social. Os pais, como primeiros educadores, constituem a família e são os primeiros responsáveis pela criação de canais de comunicação e construção da identidade, logo depois vem a escola como meio social. Imersa neste processo de construção a criança chega a escola de educação infantil para deixar de ser um anexo desta família e passar a ser ela mesma. Vai vivenciar o desconhecido, mexer com os sentimentos e movimentar-se muito, o que irá auxiliar bastante em seu crescimento. A psicomotricidade cai como uma luva neste processo de desenvolvimento. A aprendizagem da criança está diretamente ligada ao seu desenvolvimento motor e este é um fator que torna a psicomotricidade um tema de extraordinária importância, pedagogicamente falando, principalmente na fase de 0 a 6 anos. A educação psicomotora que se propõe a trabalhar com esta

8 8 faixa etária deve atuar com estímulos básicos, considerando e ampliando os recursos da descoberta corporal da criança. Considera-se que toda a preparação para a escrita e a leitura, a implantação dos hábitos e atitudes, dentre outros aspectos não podem prescindir de uma coordenação motora bem trabalhada na educação infantil. Os elementos básicos da psicomotricidade são verdadeiros pré-requisitos, condições necessárias para uma boa aprendizagem. O primeiro passo para quem quer lançar esta proposta numa escola é criar um ambiente estimulador, com um clima de segurança e alegria, com profissionais especializados, que irão educar com atividades voltadas para a tomada de consciência da criança sobre seu corpo a partir das sensações, das percepções e experiências. Neste ambiente o adulto deve criar possibilidades e organizar as atividades para tal, a partir das produções da criança, dos seus interesses, de maneira a despertar curiosidade sem esquecer de respeitar a sua maturidade. Nota-se que em âmbito institucional de ensino muitos educadores se voltam para este princípio, mas se perdem na hora de aplicar as atividades e estruturar seu ambiente para atender esta(s) criança(s). Por isso, este estudo consiste na análise dos estímulos psicomotores, como espaço fisco, atividades e objetos que podem auxiliar no desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos de idade, enfocando a psicomotricidade em ambiente escolar, seja em aspecto do ambiente físico ou mesmo em recursos humanos. CAPÍTULO I

9 9 A PSICOMOTRICIDADE Psicomotricidade é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e socialização. É uma ciência da saúde e da educação que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar e agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas (Alves, 2003: 15). As considerações do estudo da psicomotricidade ficam em torno do conjunto de sensações do indivíduo, assim como das suas percepções, imagens, pensamentos e afeto; atingindo de maneira geral a motricidade, o cognitivo e a afetividade. Sendo assim, a função psicomotora está voltada para a educação de controle mental e da expressão motora e desta forma, não pode ser estudada em aspectos separados, pois há a necessidade de integração, isto é, visualização do indivíduo como um todo. Uma unidade em que tudo se integra, a incitação, a preparação, a organização temporal, a memória, a motivação, a atenção, partindo do princípio ser humano em movimento constante no mundo. Fonseca 1 faz uma referência de evolução da espécie humana para justificar o desenvolver, isto é, a importância da psicomotricidade. O homem não se contenta em adaptar-se ao meio, transforma-o e transforma-se. (Fonseca, 1998: 95) O homem se comunica através da linguagem verbal, de gestos, movimentos, olhares, forma de caminhar (sua linguagem corporal). Quando o bebê chora, ou não, logo ao nascer, o essencial não é o seu choro, mas a 1 Vitor da Fonseca é de origem portuguesa e grande estudioso da psicomotricidade, tem uma abordagem filosófica da psicomotricidade, colocando-a como o cume da união corpo, cérebro e movimento.

10 10 comunicação, já precocemente estabelecida. Ao chorar, contorcer-se e fazer caretas o bebê mostra-se ao mundo, bem antes de a conquista da palavra dar lugar à priorização da comunicação pela fala. A esta comunicação, a este estar no mundo intenso dentro do limite da corporeidade, pode-se nomear psicomotricidade. A psicomotricidade do indivíduo desenvolve-se com sua maturação biológica, seguindo esquemas já conhecidos e definidos por médicos, biólogos e fisioterapeutas. Ela visa privilegiar a qualidade de vida do indivíduo em uma relação sócio-afetiva. Nela o corpo e a motricidade (os movimentos) são abordados como unidade e totalidade do ser. Movimentos estes que podem ser voluntários ou involuntários, podendo-se dizer que é uma educação da integridade do ser, através de seu próprio corpo. Dos movimentos involuntários têm-se os automatismos elementares inatos e os adquiridos. Os inatos são aqueles que nascem conosco e são representados pelos reflexos, que são respostas caracterizadas pela invariabilidade qualitativa de sua produção e execução. Estes reflexos podem ser agonistas, antagonistas ou deflexos (alternantes) que são mais hierarquizados que os reflexos puros, permitindo certo grau de variabilidade, conforme a adaptabilidade individual. Refere-se as necessidades orgânicas. Influindo nestas respostas tem-se o instinto, responsável pela auto-conservação individual. No homem ele é misturado com o afeto produzindo tendências ou inclinações. Os automatismos adquiridos são os reflexos condicionados, que ocorrem devido à aprendizagem e nos formam hábitos, que, quando bons, nos poupam tempo e esforço. Porém, se exagerados, eliminam a criatividade. Os hábitos podem ser passivos (adaptação biológica ao seu ecossistema) ou ativos (comer, andar, tocar instrumentos, etc...). Os reflexos condicionados são produzidos desde as primeiras semanas de vida. Esses reflexos condicionados

11 11 geralmente começam como atividade voluntária e depois, por já estarem aprendidos, são mecanizados. Então, tudo isto reflete a motricidade. O corpo reflete o orgânico, o emocional, o neurológico, pois sem esta totalidade ele não existe. Procure observar o corpo humano como ser de características próprias e únicas, individuais, organizadas ou em organização, prontas as novas adaptações, disponível a aprendizagem. Os potenciais humanos são apoiados nas áreas da psicomotricidade, pois seu estudo e pesquisa constante do esquema e da imagem corporal, da lateralização, da tonicidade, da equilibração e coordenação são enriquecidos instrumentalmente, estimulando no indivíduo o sentimento de auto-estima, de competência, fazendo-o concluir que é amado e aceito, tornando-o crítico e transformador, como produtor social. A Psicomotricidade subtende uma concepção holística de aprendizagem e de adaptação do ser humano, que tem por finalidade, associar dinamicamente o ato ao pensamento, o gesto à palavra, o símbolo ao conceito. No Brasil ela teve influência européia, seguindo os passos da escola francesa, onde o objetivo era a superação das dificuldades de aprendizagem, em âmbito escolar propriamente dito. Hoje, nossas escolas buscam os Psicomotricistas como recurso de tecnologia para a educação; temos faculdades públicas e particulares oferecendo cursos de psicomotricidade com formação de graduação e pósgraduação em âmbito clínico (terapêutico) e educacional, formando mestres nesta área. Alguns estudiosos se destacam no assunto, como o Dr. Vitor da Fonseca (que tem muito a contribuir neste estudo), Dra. Costallat, Dr. Jean Le Boulch 2, Dr. Ajuriaguerra, entre outros que têm suas obras sempre esgotadas nas prateleiras das grandes livrarias do país. 2 Jean Le Boulche é francês e seus estudos caminham da psicocinética à psicomotricidade funcional.

12 12 O termo psicomotricidade evidencia a relação existente entre os processos cerebrais e afetivo-emocionais com o ato motor. Significa a interrelação desses processos que são externados, representados, decifrados e que se manifestam através dos atos motores. É uma ciência que tem como objetivo o estudo dos motivos (motivo-ação) que permeiam as ações e reações dos indivíduos com seu mundo interno e externo. Procura entender a motivação dos movimentos ao mesmo tempo em que trata as questões de ordem cognitiva, contemplando as várias partes do corpo em sua totalidade e levando o psicomotricista a fazer observações dentro de cada área trabalhada, ou melhor, desenvolvida sob fatores psicomotores. Os fatores psicomotores compreendem os elementos básicos do estudo da psicomotricidade, que vão atingir as áreas psicomotoras. Áreas estas que são: a comunicação e a expressão, a percepção, a coordenação, a orientação e estruturação espaço-temporal, as habilidades conceituais, o conhecimento corporal e a lateralidade. A comunicação e expressão permitem ao indivíduo trocar experiências e atuar, verbal ou gestualmente no mundo. Necessita-se da linguagem para a comunicação. Daí, quando surge o pensamento, que é a forma superior de atividade reflexa do cérebro. O indivíduo se expressa por meio de conceitos, os quais formam-se a partir das representações formuladas socialmente, que por sua vez são marcas de percepções anteriores. A fala, a audição, a leitura e a escrita pertencem a este sistema de representações, que é o sistema funcional da linguagem.

13 13 Os elementos psicomotores denominam-se como esquema corporal (dividindo-se em etapas de desenvolvimento o corpo vivido, o conhecimento do corpo, orientação e organização espaço-temporal), coordenação motora global, fina e óculo-manual, lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal, préescrita(grafismo). a) O Esquema Corporal A personalidade da criança se desenvolverá graças a uma progressiva observação de seu corpo, para criar diante dele possibilidades de interagir com o mundo que a cerca. É a representação global, científica e diferenciada que a criança tem de si mesma. Pois, aprendendo a usar seu corpo ela não somente vai usá-lo para se movimentar, como principalmente para agir. Para o desenvolvimento do esquema corporal é necessário identificar, reconhecer, localizar e conhecer as funções de todas as partes do corpo. (Mieiro, in Alves, 2004:82) A criança adquire conhecimento de seu corpo através das vivências deste no espaço, no tempo, através dos movimentos. Digamos que a isso se dá o nome de tomada de consciência do corpo, a fim de resgatar o que ela percebeu, ou seja, a imagem que a criança formou de seu corpo. A essa etapa de vivências dá-se o nome de corpo vivido, até 3 anos de idade, é estabelecido pelas sensações e percepções, bem como os sentidos (tato, olfato, paladar, audição e visão) e dá-se o interesse por atividades exploratórias, onde fará a criança experimentar, muito antes de tratar do esquema corporal, propriamente dito. Isto quer dizer que se deve trabalhar a imagem corporal antes de trabalhar com o esquema corporal, ou seja, o conhecimento do corpo, seja ele percebido ou representado. Nesta etapa os exercícios motores devem ser com movimentos globais e precisos, objetivando não só o conhecer das partes do corpo como também o seu movimentar livremente.

14 14 Outra etapa do desenvolvimento do esquema corporal é a relação entre o corpo, espaço e tempo em orientação e organização que vem situar este corpo no espaço e no tempo. É uma etapa que vem depois da localização e da nomenclatura das partes do corpo e vai ajudar a criança a apurar os sentidos, perceber as possibilidades de posições e formas diferentes. Pode-se dizer também que é uma etapa que vem dar uma direção ao corpo, organizando as noções de quantidade, formas, posições, ordem e sucessão, ritmo, intervalos, dia e noite, entre outros. b) A Motricidade Global (ou ampla), Fina e Óculo Manual Para o indivíduo manipular objetos, ele precisa de certas habilidades, como segurar corretamente uma caneta, por exemplo. Precisa saber se movimentar no espaço com desenvoltura e equilíbrio, ter o domínio do gesto e do instrumento (motricidade fina). Tais movimentos dependem das contrações musculares e da maturação do sistema nervoso. A praxia (coordenação motora) global tem como função principal a organização da atividade consciente e a sua regulação, programação e verificação. Compreende tarefas motoras seguidas e simultâneas que se desenrolam num determinado período de tempo e que exigem a atividade conjunta de vários grupos musculares. Depende da capacidade de equilíbrio postural do indivíduo. Ela está ligada ao desenvolvimento físico em união harmoniosa dos movimentos amplos e supõe integridade e maturação do sistema nervoso. Na verdade, quando a criança corre, pula, anda, nada, entre outras ações, ela está desenvolvendo sua motricidade ampla ou global. A coordenação motora fina diz respeito à habilidade e destreza manual e deve ser trabalhada após a coordenação motora global. O ato de preensão (uma coordenação elaborada dos dedos ato essencial para a escrita) é fundamental para a aquisição de novos conhecimentos, através do tato, do manuseio de objetos.

15 15 Mas só possuir a coordenação motora fina não basta; é necessário que também haja um controle ocular, ou seja, da visão. A coordenação óculomanual se efetua com precisão sobre a base de um domínio visual previamente estabelecido ligado aos gestos, facilitando uma harmonia do movimento (Oliveira, 1997: 43). Compreende a capacidade de coordenar movimentos com os membros superiores de acordo com as referências perceptivo-visuais presentes no espaço. Envolve a percepção de distâncias, alturas e características dos alvos ou objetos tais como forma, altura, comprimento, largura e textura; e a consciência cinestésica do segmento corporal que irá executar o movimento. Explicando melhor: sujere-se o movimento de lançar uma bola a criança pega a bola, sente-a ao tocá-la, visualiza o alvo e lança-a. Isto significa que a coordenação motora fina (que está voltada para os movimentos precisos e minuciosos, principalmente de preensão dos dedos das mãos) precisa do referencial da visão. Há também a coordenação óculo-pedal que compreende a capacidade de coordenar movimentos com os membros inferiores de acordo com as referências perceptivo-visuais presentes no espaço e acompanha o mesmo raciocínio da coordenação óculo-manual, porém voltada para as pernas e os pés. c) A Organização Espaço-Temporal Compreende a habilidade em calcular as distâncias e promover os ajustes necessários dos planos motores para percorrer um determinado espaço, baseando-se nas capacidades de análise espacial, processamento e julgamento das distâncias e das direções, planificação motora e verbalização simbólica da experiência. A tarefa requer a fusão de dados direcionais e espaciais.

16 16 d) Estruturação Espaço-Temporal Resulta da integração de uma estrutura temporal e de outra espacial e que estão relacionadas às percepções auditivas, visuais e proprioceptivas. Ela surge durante os movimentos e da relação com os objetos e pessoas distribuídos(as) pelo espaço, onde ocorrem as experiências com a lateralidade (que se verá mais a frente), com a equilibração e com a percepção que o indivíduo tem de seu corpo. O corpo é provido de um sofisticado sistema neurofisiológico que permite interpretar as informações do espaço em que está mergulhado o indivíduo. Este localiza-se primeiro em si próprio para depois se localizar no espaço e localizar os objetos e pessoas. É dada a capacidade do indivíduo se situar em função da sucessão dos acontecimentos (antes, durante, após),da posição dos objetos e de seu corpo (em cima ou embaixo de uma cadeira, por exemplo; dentro ou fora de algum lugar), das noções de ritmo (aceleração e freada) e duração de intervalos, da renovação cíclica de certos períodos, do caráter irreversível do tempo (o ontem passou, não volta mais). e) Lateralidade É outra etapa que se define na criança por volta dos 4 anos de idade, mas a dominância lateral se define naturalmente durante o crescimento, que consiste no lado mais forte, mais ágil, podendo ser o lado esquerdo ou o lado direito. Porém, só se deve falar em esquerda e direita mais tarde. A lateralidade corresponde aos dados neurológicos, mas também é influenciada por certos hábitos sociais, dando ênfase aos membros (superiores e inferiores) e aos olhos. Imagine o corpo humano, nele encontra-se um eixo, que é o centro (o meio) e seus lados correspondem ao esquerdo e ao direito dependendo de sua posição em relação a si mesmo ou a algum objeto. Ao desenvolver o trabalho da lateralidade com exercícios psicomotores indicados para tanto, esses estarão

17 17 auxiliando na definição do lado dominante neste corpo, que pode ser tanto o direito quanto o esquerdo. Há diferença entre a lateralidade e o conhecimento "esquerda-direita". Não devemos confundir lateralidade (dominância de um lado em relação ao outro, em nível de força e da precisão) e conhecimento "esquerda-direita" (domínio dos termos: esquerda e direita). Este conhecimento de "esquerdadireita" decorre da noção de dominância lateral. É a generalização, da percepção do eixo corporal, a tudo que cerca a criança; esse conhecimento será mais facilmente apreendido quanto mais acentuada e homogênea for à lateralidade da criança. Com efeito, se a criança percebe que trabalha naturalmente "com aquela mão", guardará sem dificuldade que "aquela mão" é a esquerda ou a direita. f) Pré-escrita Sendo esta a última a etapa a ser trabalhada como uma preparação para a escrita, vai auxiliar no seu desenvolvimento, logicamente o resultado do conjunto anteriormente trabalhado. O domínio do gesto, a estruturação espacial e a orientação temporal são os três fundamentos da escrita. Com efeito, a escrita supõe: Uma direção gráfica, pois escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita; As noções de em cima e embaixo (na escrita do n e do u), de esquerda e direita, de oblíquas e curvas (g); A noção de antes e depois, sem o que a criança não inicia seu gesto no lugar correto;

18 18 Portanto, os exercícios de pré-escrita e de grafismo são necessários para a aprendizagem das letras e dos números. Sua finalidade é fazer com que acriança atinja o domínio do gesto e do instrumento, a percepção e a compreensão da imagem a reproduzir. Esses exercícios dividem-se em: exercícios puramente motores e exercícios de grafismo, que são exercícios preparatórios para a escrita na lousa e no papel. Por meio de diferentes gestos em um plano vertical ou inclinado, a criança aprende a segurar corretamente o giz ou o lápis. À aquela criança que não domina bem o gesto, será solicitado trabalhar com o ombro e o cotovelo, fazendo desenhos grandes. Somente depois destes movimentos trabalhar-se-á os mais específicos de punho e dedos. Não se pode deixar de citar dentro das características do esquema corporal o tônus, a postura e o equilíbrio, que também são fatores essenciais nesta estrutura. Constituem a capacidade do indivíduo (aqui em especial a criança) de conquistar atitudes habituais cômodas e suscetíveis de serem mantidas, sem desequilíbrios, vícios de postura e com um mínimo de fadiga. Tônus significa a tensão dos músculos através dos nervos, pela qual as posições das diversas partes do corpo são mantidas, como uma representação da vida no corpo. Os músculos têm a função de manter a postura do corpo e de sustentar o esforço muscular (função tônica) mediante o tônus muscular. Assim, embora o corpo esteja em repouso, as células nervosas estão em atividade para manter a postura, conter as cargas emocionais ou realizar qualquer tipo de gesto. Portanto, através do tônus se expressam muitos aspectos afetivos, viscerais, nervosos e intelectuais. Existem dois tipos de condição tônica do corpo, que pode ser hipotônica tônus corporal baixo onde as crianças normalmente são tranqüilas e afáveis e costumam na primeira infância dar os primeiros passos tardiamente, preferem atividades relacionadas com a manipulação de objetos e com a preensão. As hipertônicas, ao contrário, têm tendência a dar os primeiros

19 19 passos precocemente, a lançar-se na conquista do espaço e costumam ser mais difíceis na relação com o outro. Obviamente, este tônus pode se modificar com a maturação e o desenvolvimento da criança. No aspecto motor, o tônus assegura o equilíbrio do corpo, é o ponto de apoio de cada movimento e, além disso, sustenta a progressão de cada fase deste, adotando uma atitude apropriada. Enquanto na sensibilidade e nas emoções ele é a base; constitui algo como um pano de fundo do sistema sensorial e as funções neurológicas do corpo humano. No plano relacional, nem precisa dizer que é fundamental, pois a criança sente o seu corpo verdadeiramente em contato com si própria e com a relação com o outro, como um diálogo tônico. A exemplo disto tem-se a relação entre o bebê e a figura maternal, estabelecida a partir do contato corporal. A postura e o equilíbrio estão de mãos dadas no trabalho psicomotor. Constituem a capacidade que o indivíduo possui em manter atitudes cômodas e fixas. Diz respeito às posições do corpo, como a posição ereta, o relaxar com a regulação do tônus muscular, pois este depende muito de estimulação. Os exercícios psicomotores se voltam para o fortalecimento da tonicidade dos músculos posturais, equilíbrio estático, flexibilização da coluna vertebral, equilíbrio dinâmico e força muscular. A postura e o equilíbrio são indispensáveis para que possa acontecer a coordenação entre os movimentos e, principalmente,...o equilíbrio é a base primordial de toda coordenação geral... (Alves, 2003: 60) É importante citar as características do equilíbrio. Em seu sentido amplo a palavra significa estado de um corpo em posição estável, tem como sustentação o tônus e objetiva os movimentos corporais adequados com a postura correta. Quanto a sua classificação ele pode ser estático não locomotor (exemplo: ficar em pé parado) e dinâmico locomotor, com movimentos (exemplo: andar normalmente).

20 20 Então, após tudo isto que se citou na primeira parte deste estudo, tomase ciência da psicomotricidade como um assunto amplo e muito prazeroso de se expor, porém seria maçante continuá-lo aqui. Com o intuito de não estender mais, aqui cessa a teoria da psicomotricidade. Seja ela funcional ou relacional, é extremamente importante seu trabalho em parceria com o processo educativo, favorecendo a aprendizagem, o que se verá mais adiante.

21 21 CAPÍTULO II O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 0 A 6 ANOS DE IDADE A criança é um ser extraordinário em desenvolvimento, é cativante e atraente observá-la. Para que se entenda um pouco mais sobre ela, aqui se procurará mostrar esse desenvolver através de teorias, com alguns referenciais em idade, mas não são regras determinantes de faixas etárias, apenas uma aproximação ou estimativa. Como já se constatou no primeiro capítulo deste estudo, o recém-nascido tem seus movimentos direcionados por reflexos que o levará a outras aprendizagens. Pois cada movimento novo adquirido é resultado de aprendizagem e é essa aprendizagem que vai lhe fazendo crescer, regulando a postura, movimentando mãos, braços e muito mais, numa relação de cognição, afetividade e motricidade, sem esquecer dos aspectos sociais. Leme sugere que os significados culturais são negociados na interação e essenciais para o entendimento do funcionamento psicológico (Leme, in: Arantes, 2003: 89), considerando a subjetividade do indivíduo, isto é, considerando que cada indivíduo é um ser único de potencialidades. Os aspectos cognitivos e afetivos vivem inter-relacionados contagiando-se e mediando-se, como a reflexão e a sensibilidade num contexto, é claro, de relações sociais. E isto é condição necessária para a gestão dos conflitos e conseqüentemente para a construção de um bom clima de sociabilidade dos indivíduos, num processo de interação dentro das perspectivas da psicologia cultural.

22 22 Wallon 3 trabalha com o papel da afetividade no desenvolvimento humano e Leme destaca que as pesquisas dele mostram:...como a dimensão expressiva do ato motor tem papel importante em outros campos, como no movimento propriamente dito, para dar equilíbrio e estabilidade ao corpo e aos gestos, e na cognição, ao servir de apoio à percepção e à reflexão mental. (Leme, in: Arantes, 2003: 74). Para Wallon a gênese da inteligência é genética e organicamente social, ou seja, "o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar" (Dantas, 1992 in: Nesse sentido, sua teoria do desenvolvimento cognitivo é centrada na psicogênese da pessoa completa. O desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado da maturação e das condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral. Wallon se atem a um estudo centrado na criança contextualizada, onde o ritmo no qual se sucedem às etapas do desenvolvimento é descontínuo e marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas, provocando em cada etapa profundas mudanças. Nesse sentido, trata-se a passagem dos estágios de desenvolvimento que não se dá linearmente por ampliação, mas por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra. Neste contexto trabalharam-se os estágios de desenvolvimento na teoria piagetiana. Com bases na teoria de Piaget 4, concebe-se que a criança possui uma lógica de funcionamento mental diferente do adulto. Veja em primeira instância a noção de equilíbrio, considerada o alicerce da teoria piagetiana. Segundo Piaget, todo organismo vivo procura manter um estado de equilíbrio (ou adaptação) com o meio, agindo de forma a superar as perturbações que causam 3 Henri Wallon nasceu na França em 1879, formou-se em Medicina, Filosofia e Psicologia e ao longo de sua carreira aproximou-se da educação. Faleceu em 1962, mas antes reconstruiu o seu modelo de análise do desenvolvimento humano, estudando-o a partir do desenvolvimento psíquico da criança, centrando-se na afetividade desta. 4 Jean Jack Piaget - mais conhecido teórico da psicologia infantil interacionista do desenvolvimento.

23 23 o desequilíbrio. Para ele o desenvolvimento cognitivo da criança se dá através de constantes desequilíbrios e equilibrações, acionando mecanismos de defesa. O primeiro mecanismo de defesa recebe o nome de assimilação. Através dele o organismo - sem alterar suas estruturas desenvolve ações destinadas a atribuir significações, a partir da sua experiência anterior, aos elementos do ambiente com os quais interage. O outro mecanismo, através do qual o organismo tenta restabelecer um equilíbrio superior com o meio ambiente, é chamado de acomodação. (Davis e Oliveira, 1994: 38 grifo da autora) Mas este processo de desenvolvimento, apesar de passar por equilibrações sucessivas, é um processo contínuo e caracterizado por estágios ou etapas. Cada etapa define um momento de desenvolvimento da criança. Observam-se aspectos pedagógicos dentro destes estágios ou etapas de desenvolvimento; que são os seguintes: A teoria dos estágios do desenvolvimento do pensamento da criança Período Faixas Etárias Aproximadamente Sensório-motor Þ Nascimento até 2 anos. Pré-operatório Þ 2 a 6-7 anos. Operatório Concreto Þ 7 a anos. Operatório Formal Þ 12 anos até a fase adulta. Fonte: Aqui deter-se-á apenas as etapas sensório-motora e a pré-operatória. Na primeira, a criança se baseia exclusivamente em percepções sensoriais e em esquemas motores para resolver seus problemas, que são essencialmente práticos (como bater numa caixa, pegar um objeto, jogar bola), de uma forma pré-lógica, formando conceitos meramente sensório-motores. Estes conceitos são construídos a partir de esquemas sensório-motores, a partir de reflexos inatos, do tipo o de sucção, por exemplo, usado pelo bebê. Nesta fase, os reflexos do bebê são gradualmente modificados pela experiência e combinados em padrões cada vez mais complexos de comportamento. Isto significa que, de movimentos puramente reflexos, o bebê passa a apresentar movimentos mais

24 24 eficientes e voluntários como, por exemplo, quando busca um determinado objeto, intencionalmente. Considera-se que nesta fase sensório-motora, apesar da criança ter uma conduta de inteligência, ela não possui o pensamento, pois ainda não consegue fazer representações de eventos ou definir passado, presente e futuro, por exemplo. Outra característica desta fase é a construção da noção do eu, através da qual a criança diferencia o mundo externo de seu próprio corpo, daí nasce a imagem corporal. A etapa pré-operatória é marcada principalmente pelo aparecimento da linguagem oral, pois, por volta dos dois anos ela permitirá a criança dispor de esquemas representativos ou simbólicos. Esta é a principal diferença entre o pensamento da criança do período sensório-motor e o pensamento da criança pré-operatória, o aparecimento da função simbólica. Função simbólica é a que permite a criança ter uma representação mental dos objetos e das coisas do ambiente. A criança, nesta fase, é capaz de pensar sobre acontecimentos passados e futuros e sobre coisas que escapam aos limites do seu campo visual. O pensamento pré-operatório, portanto, indica inteligência capaz de ações interiorizadas, ações mentais. Mas difere do pensamento adulto, pois depende e refere-se as experiências infantis, sendo um pensamento que a criança centraliza em si mesma. Em resumo destes dois períodos do desenvolvimento do pensamento da criança, podem-se ressaltar as seguintes características de cada período: Período sensório-motor: Þ Os reflexos do bebê são gradualmente modificados pela experiência; Þ Pela manipulação, o bebê descobre a relação entre o meio e fim; Þ A atividade da criança encontra-se menos centrada no corpo e mais centrada nos objetos; Período pré-operatório:

25 25 Þ A criança começa a planejar uma ação antes de executá-la. Þ Início da representação simbólica; Þ Funcionamento simbólico (representação mental, limitação, jogo de fazde-conta, linguagem, desenho). Þ Início da classificação simples. Em relação à construção do eu, não se pode deixar de ressaltar o ponto de partida da psicologia da aprendizagem com a psicanálise, em Freud 5, tratando do Id, Ego e Superego, que são as estruturas da personalidade. Primeiramente fala-se nas estruturas mentais: o consciente que é uma pequena parte da mente que trata do real, inclui tudo em que se está ciente num dado momento; o pré-consciente é a memória, uma vasta área da mente de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções. É a parte inconsciente da mente que pode facilmente tornar-se consciente; e o inconsciente este contém os desejos, medos, intenção durante o sono, podendo até dizer que é a memória de difícil acesso. É também onde está todo o material excluído da consciência e também o material reprimido ou censurado. A construção do eu na criança se dá a partir das aquisições de conhecimentos do seu próprio corpo, quando ela explora e percebe as suas partes e experimenta emoções e sensações diferentes, elabora assim seus autoconceitos. Ela dá início a sua organização psicológica básica, nos aspectos motor, perceptivo, afetivo, no social e no intelectual. Que na verdade é o reconhecimento, a consciência da sua personalidade. O Id é um componente inconsciente do sistema de energias mentais. É a parte mais profunda da psique, onde estão centrados os desejos, os impulsos, a 5 Sigmund Freud, Psicanalista, trabalhou como cirurgião, clínico geral e médico interno no principal hospital de Viena. Deu início aos estudos da hipnose. Em 1900 Freud escreveu seu primeiro livro A interpretação de Sonhos.

26 26 energia vital, tendo uma relação dominada pelo principio do prazer. É a estrutura da personalidade original, o reservatório de energia de toda a personalidade. Seus conteúdos são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornam conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. É como se a mente do indivíduo dissesse sim a tudo. O Ego está em contato com a realidade externa, desenvolve-se a partir do id. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. Freud descreve várias funções das relações com o mundo externo e com o mundo interno, cujas necessidades procura satisfazer. Em alemão Ego quer dizer eu e representa o pólo defensivo da personalidade. Podendo dizer que é o não aos impulsos e aos desejos, quando estes supostamente são censurados. Está entre o inconsciente (Id) e o consciente (Superego). O Superego é a mais recente formação ou componente do sistema de energias mentais, é também representante de uma natureza superior no eu, atuando no sentido de evitar punições por transgressões morais ou de fomentar a realização de idéias moralmente aceitas. É o regulador na medida em que altera o principio do prazer para ir buscar a satisfação, considerando as condições objetais da realidade. É a razão, o limite, as normas, as leis, tudo que diz respeito a moral, ele é quem faz a mediação entre o sim e o não, entre os impulsos e a sua negação, num papel semelhante ao de um juiz. Tudo isso está relacionado à mente do ser humano e como não poderia deixar de ressaltar, o sistema nervoso é quem coordena e controla todas as atividades do organismo humano, desde as contrações musculares até o funcionamento das glândulas. Opera os fenômenos de consciência, interpreta estímulos e dá respostas adequadas a cada um deles. Pois, ao ser formado o corpo humano apresenta algumas estruturas já definidas, como por exemplo, a cor dos olhos ou o sexo, mas outras ainda estão em desenvolvimento e neste

27 27 caso encontra-se o sistema nervoso, que precisa de condições favoráveis para o seu pleno funcionamento e desenvolvimento. Nele, destaca-se o córtex cerebral, substância cinzenta que reveste o cérebro, onde estão localizadas as funções superiores. Suas células são chamadas de neurônios, que têm a função de receber e conduzir os estímulos, através da sinapse conexão entre um neurônio e outro, liberando uma substância chamada neurotransmissor, propagando os impulsos nervosos e transmitindo as informações, que podem ser do tipo lembranças, conhecimentos, valores, dor, temperatura, entre outras. Daí a importância da maturidade para o desenvolvimento da aprendizagem, como Piaget aponta. Aprender, neurologicamente falando, significa usar sinapses normalmente ainda não usadas. (Oliveira, 1997: 20). Pois as sinapses são numerosas e nem todas são usadas. Algumas podem não ser usadas dependendo do aprendizado, pois estas guardam um potencial funcional. Ainda falando em desenvolvimento da criança, atendo-se especificamente na idade de 0 a 3 anos, Le Boulche (1982) salienta que a criança desde o nascimento apresenta potencialidades para se desenvolver, porém, essas potencialidades não dependem só da maturação, como também do contato e da interação com o outro para que a personalidade deste ser vá se construindo pouco a pouco. Mesmo na etapa da vida intra-uterina; quando ainda é embrião este ser já reage aos estímulos externos, ao toque da mãe na barriga, aos sons e isto se traduz na função muscular, que é o seu primeiro modo de expressão. Do nascimento até os dois meses o que domina é o processo de maturação, em suas experiências psico-afetivas, as experiências sensoriais, os reflexos (aspecto motor). A partir daí o contato com o outro tem papel importante no desenvolvimento. Isso inclui principalmente o contato corporal estabelecido com a mãe desde o início de sua vida. Nesta etapa até os 3 anos de idade ressalta-se as vivências deste corpo (corpo vivido). A necessidade de se alimentar, os estímulos sensoriais, as percepções, em especial o toque, principalmente quando se trata de objeto e pessoas, tudo irá ajudar na

28 28 construção e organização do eu. Após esta etapa, então pode-se tratar do esquema corporal, que também é um elemento indispensável para a formação da personalidade. A partir dos 4 anos de idade a criança terá o que já vivenciou e fará a representação deste corpo, ou seja, dará a noção que tem sobre ele. A criança se sentirá bem na medida que seu corpo lhe obedecer, em que o conhecer bem, em que puder utilizá-lo não somente para movimentar-se, mas também para agir. (Meur e Staes, 1989: 9) Lembrando que a idade aqui citada é um referencial e não um determinante. As primeiras experiências começam desde o nascimento com a psicoafetividade, na descoberta do outrem, através da relação mãe-bebê e perpassam pela descoberta do mundo através da relação objetal, na função de ajustamento, que permite ao indivíduo inventar soluções motoras para os problemas propostos; estruturando a evolução do tônus muscular, na organização do sistema telo-cinético sistema de regulação tônica na orientação da cabeça e do corpo, necessário à direcionalidade (Le Boulch, 1982: 56); perpassando também a exploração do ambiente, através da função simbólica e da descoberta do próprio eu, que se dá até a fase dos 3 anos de idade. No desenvolvimento motor da criança de 3 a 6 anos, Le Boulch destaca a espontaneidade e movimento, que irá refletir na expressividade, na construção da imagem do corpo (que se iniciou na fase anterior), na evolução da motricidade. Perpassando por isso estão os aspectos de construção de noções: noções de tempo, espaço e corpo (percebido ou representado); noções de forma, posições, terminando na representação mental, através da linguagem escrita. Partindo das relações topológicas elementares que recaem sobre o objeto e sobre os elementos do ambiente que são contíguos, por exemplo o plano que suporta o objeto, as paredes do quarto, portanto relações espaciais empíricas, as noções de verticalidade e de horizontalidade, vão progressivamente se desenvolver (Le Boulch, 1982: 122)

29 29 A vasta disposição de objetos no ambiente em que a criança se encontra lhe fará lançar dados de percepção e conseqüentemente ela irá construir as noções. Para finalizar este capítulo, conduzi-se a relação sujeito e movimento, observando-se os parâmetros psicomotores, de maneira que o observador (psicomotrista) se atenha a uma série de competências, condições, estratégias e ferramentas para sua prática, tornando-a assim efetiva e operativa. Salienta-se que o que está sendo tratado e a formação do indivíduo e deve-se levar em conta todos os aspectos de sue desenvolvimento, pelo caminho maturativo. Não é adestramento; tratam-se de sujeitos em movimento, possíveis de adaptações, interações e aprendizagens, na relação entre o cognitivo, o afetivo e o social. A relação da criança com o movimento é muito ampla, mas aqui se apresentam alguns movimentos que ela realiza sem mistérios ou complexidade, que são os balanceios (movimentos de ir e vir no espaço), os giros, as quedas, volteios, caminhadas, corridas, rolagens, rastejos, engatinhamentos e subidas. A qualidade destes movimentos varia de acordo com a idade da criança e pode ser classificada por diferentes características: movimentos coordenados que implicam na realização do movimento em diferentes segmentos, sem interrupções; harmônicos que implicam na combinação dos movimentos coordenados de modo agradável, mantendo um controle sobre o corpo; abertos são soltos e amplos; circulares são estruturais, que se repetem dentro de ações; e rápidos movimentos velozes e impetuosos. Neste contexto destacase a postura e o tônus muscular, que são essenciais para o bom encaminhamento das atividades psicomotoras. Com base em Sanches, Martinez e Peñalver (2003), no anexo 1 apresentam-se alguns aspectos de desenvolvimento da criança, tendo acrescentado a autora itens que não poderiam deixar de ser mencionados.

30 30 Aspectos do desenvolvimento motor, da criança em relação ao tempo, aos objetos, aos outros. CAPÍTULO III

31 31 A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL O amor verdadeiro é sempre educativo e a educação verdadeira é sempre um ato de amor. Dora Incontri As diversas teorias sobre Educação, especificamente os de Jean Piaget, são unânimes em considerar que os primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes para seu desenvolvimento físico, emocional, social e mental. Nesse sentido, as instituições de Educação Infantil têm papel fundamental devendo favorecer um ambiente físico e social, onde as crianças se sintam protegidas, acolhidas e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios. Um dos aspectos mais significativos da educação infantil é reconhecer a criança como sujeito desde o momento de seu nascimento; como ser único, com identidade própria, necessitando receber uma atenção adequada as suas necessidades básicas para seu desenvolvimento. Tais necessidades podem ser de origem biológica, cognitiva, emocional e social (alimentação, vestimentas, carinho, respeito, entre outros.). Outros fatores decorrem dos princípios da educação infantil, como o reconhecimento do espaço, a familiarização com a imagem do próprio corpo, as experiências nos gestos corporais - expressividade, bem como a exploração dos movimentos. E isto tudo tem a ver com a psicomotricidade. Mais do que nunca se deve pensar de que maneira isto se dará e de que maneira a criança poderá estar alcançando também sua autonomia confiante em si mesma.

32 32 A primeira iniciativa é criação de um ambiente educativo que lhe permita tomar consciência de que existe a partir de suas próprias sensações, percepções e experiências. Um ambiente saudável e seguro, que reflita alegria e diversão, pois toda criança quer diversão. Neste ambiente, o adulto é o mediador ou acompanhante deste processo de aprendizagem e deve levar em consideração que atenderá indivíduos em desenvolvimento e que esta idade é a base para a formação da personalidade deste ser, sem esquecer da individualidade. Se o adulto se encontrar em sintonia com o desejo e com as necessidades da criança, será estabelecida uma relação privilegiada, de companheirismo, segurança e afeto. A criança o terá como alguém que está ali para ajuda-la, para lhe dar atenção. Nesse meio educativo, a criança tomará consciência de que existe e de que essa existência é prazerosa porque alguém está ali para reconhece-la, para dar significado à sua ação e oferecer-lhe uma ressonância ajustada a suas emoções.(sánchez, Martinez e Peñalver, 2003:12) A psicomotricidade hoje, como ciência da educação, visa a representação e a expressão motora, através dos aspectos cognitivo-afetivomotor na otimização corporal. Isto significa que ela não pode ser usada isoladamente e deve ser enriquecida com outras áreas, de maneira interdisciplinar. É na fase da educação infantil que o corpo requer mais movimentos e muitas dificuldades de aprendizagem podem ser superadas com o desenvolvimento das técnicas psicomotoras. Os três primeiros anos de idade, então, são consideráveis às aquisições da criança; ela possui todas as coordenações neuromotoras essenciais: andar, correr, pular, falar, jogar. Estas aquisições são sem dúvida, o resultado de uma maturação orgânica progressiva, sobretudo o fruto da experiência pessoal (Alves, 2003: 130). Podese dizer, então, que isto é aprendizagem.

33 33 Na educação infantil a prioridade da psicomotricidade é ajudar a criança a ter uma percepção adequada de si mesma, reconhecendo seu corpo, suas possibilidades e limitações, para então se sentir segura e poder se arriscar na conquista do seu espaço, facilitando assim sua comunicação e a expressão de suas idéias. Acredita-se que a psicomotricidade auxilia e capacita melhor o aluno a superar as dificuldades de aprendizagem. 3.1 A Educação Infantil A Educação Infantil está voltada para a formação da criança de 0 a 6 anos de idade, sendo a primeira etapa da Educação Básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral do aluno nos aspectos afetivo, cognitivo, psicomotor e sócio-cultural, através do lúdico e do concreto, respeitando sua individualidade. Isto está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Lei 9.394/96. A educação infantil será oferecida em: - creches, ou entidade equivalentes, para crianças até 3 anos de idade; - pré-escolas, para crianças de 4 a 6 anos de idade (LDB, Art. 30, I e II da Educação Infantil). Abordam-se, então, diferentes níveis de atendimento na educação infantil e na pré-escola. Alguns estabelecimentos adotam outras nomenclaturas, podendo ser jardim, período ou pré-escolar, entre outras. Abaixo relacionados: Creche I - 3 meses a 1 ano. Creche II - 1 ano a 1 ano e 6 meses Creche III - 2 anos. Creche IV - 3 anos. Pré-escolar I - 4 anos Pré-escolar II - 5 anos. Classe de Alfabetização - 6 anos

34 34 Segurança, carinho, atenção e muita alegria são aspectos essenciais na formação da criança, principalmente nesta fase. Até a alguns anos atrás, esta não era regra, pois a palavra creche ainda sugeria um local onde apenas deixavam-se crianças sob responsabilidade de babás para passar o tempo, como um lugar de depósito mesmo. Porém, muito se evoluiu tanto no sentido de creche, como no de pré-escola. Atualmente se consideram os seis primeiros anos de vida os mais importantes na formação da criança e um dos ganhos deste espaço é a evidência da lei que passou a considerar a educação infantil com princípio da educação básica. Com este passo e com o esforço de vários educadores da área muito se passou a reconhecer sobre educação infantil. É vivenciando as ações que a criança elabora em suas atividades diárias um conjunto de noções que ela vai incorporando ao seu saber e que serão determinantes para o resto de suas vidas. (Ceccon, 2000:7). Poucas pessoas se dão conta da complexidade que existe no atendimento de creche por trás das aparentes simples e rotineiras tarefas diárias. Além de ser necessário observar, para o bom crescimento da criança, os aspectos de segurança, alimentação e higiene, observam-se os aspectos de desenvolvimento físico, cognitivo e sócio-afetivo; dentro de uma proposta pedagógica. A creche e a pré-escola são um lugar de encontros e de diálogos entre sujeitos envolvidos com o meio, num processo de construção, de interrelações cada vez mais harmônicas e isso lhes garante o equilíbrio e a saúde do corpo, da mente e da alma. É verdadeiramente importante repensar sobre o papel educativo das creches e pré-escolas, principalmente das creches, e sua importância em relação ao futuro de muitas crianças. Esse repensar deve se dar em duas dimensões: do institucional ao pedagógico, de maneira a comprovar a importância da efetiva ação educativa para crianças de zero a 6 anos e evidentemente, o seu papel social, ressaltando o respeito pelas crianças e suas individualidades.

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