TEMA: BENEFICIÁRIOS DO RGPS, QUALIDADE DE SEGURADO E CARÊNCIA
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- Elisa Sintra
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1 RESUMO DA AULA - PÓS PREVIDENCIÁRIO 47 DIA 10 DE SETEMBRO DE 2018 PROF. RODRIGO SODERO TEMA: BENEFICIÁRIOS DO RGPS, QUALIDADE DE SEGURADO E CARÊNCIA (esclarecendo que, os apontamentos entre parênteses, refere-se a assuntos paralelos ao tema, a partir de questionamentos dos alunos em sala presencial) Indicação de livros sobre matéria previdenciária: Livros pontuais da Editora Juruá; Livros da Editora Alteridade, do Juiz Federal José Antonio Savaris, Mandado de Segurança na Área Previdenciária, do Juiz Federal Renato Barth Cálculo de Benefícios Previdenciários na Prática, Editora LTR, Sergio Geromes Prática Processual Previdenciária, livro escrito por 4 autores, Lazzari, Kravchinchyn. Kravchinchyn e Castro Aposentadoria da Pessoa com Deficiência, Editora Juruá, João Marcelino BENEFICIÁRIOS DO RGPS Quem são os vinculados ao RGPS: Trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos sem regime próprio de previdência. A vinculação é compulsória, a filiação da pessoa ao regime é compulsória, sem escolha. Contribuinte individual também não tem opção: executam atividade por conta própria e recebem pelo que fazem A contribuição é obrigatória. Fundamento para o RGPS: artigo 201 da CF. Leitura obrigatória: Lei de Doutrina é bom, mas a lei seca é fundamental; essa é a lei de benefícios Lei de 1991, trata do Custeio Decreto 3048 de 1999;
2 Instrução Normativa do INSS, 77 de 2015 (cartilha do servidor público no âmbito da autarquia) Observar sempre a hierarquia das normas Os beneficiários se dividem em SEGURADOS e DEPENDENTES Segurados, relação direta com a autarquia previdenciária Os dependentes se relacionam com o INSS através de seus instituidores, ou seja, a relação é de forma indireta Autarquia Previdenciária tem personalidade jurídica própria, por isso responde às ações judiciais Fundamentação legal para o segurado: art.11 da LB, art. 12 da LC e 9º do Decreto e art. 2º e seguintes da IN Fundamentação legal para o dependente: art. 16 da LB, arts. 16 e 17 da LC; Benefícios oferecidos pelo RGPS 4 aposentadorias 3 auxílios 2 salários 1 pensão Benefícios aos dependentes: pensão por morte e auxílio reclusão A aposentadoria da pessoa com deficiência: alguns entendem que seria subespécie de aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição; há outros que entendem que se trata de subespécie de aposentadoria especial Valor do benefício: no RGPS é que nenhum benefício que (seja substitutivo da remuneração ou do salário de contribuição do segurado), será inferior ao valor do salário mínimo; artigo 201, par. 2º da CF Exceções à essa definição: Auxílio acidente: existe uma redução da capacidade do segurado trabalhar, levando em conta da atividade habitualmente exercida pelo segurado; o trabalho deixa de ser exercido com a mesma técnica e habilidade, com mais dificuldade; esse auxilio não é substitutivo de salário ou
3 remuneração; a doutrina denomina o auxílio acidente como caráter indenitário; tanto que pode trabalhar e perceber esse auxílio; por isso este pode ter valor inferior a um salário mínimo; seu cálculo leva em consideração uma alíquota de 50% do salário de benefício (este é apurado hoje na média aritmética simples dos oitenta por cento maiores salários de contribuição do segurado, de todo o período contributivo, ou, se inscrito antes de 29 de novembro de 1999, edição da Lei 9876 de 1999, os salários de contribuição existente, de julho de 1994 em diante) (Um parêntese na aula o salário de contribuição tem valor mínimo de 954,00 e nem superior ao teto da previdência social, 5.645,80; atentar sempre para o aumento dos valores, que atualmente é anual, no mês de janeiro. Se numa atividade remunerada o segurado contribui pelo teto, não há necessidade de contribuir nas demais atividades. Neste caso, faz-se uma carta-teto, informando os demais empregadores que já contribuiu sobre o teto na atividade de maior ganho. Se pagou a mais, pede-se a restituição na Receita Federal, que é o gestor das contribuições previdenciárias.) Para o cálculo do auxílio acidente: pegar os salários de contribuição mês a mês, atualizo pelo INPC, tem-se os salários atualizados, toma-se os oitenta por cento maiores; sobre o produto da média aritmética simples, aplico o percentual de 50% RMI = SB x ALÍQUOTA Muito embora o auxílio acidente não seja substitutivo do salário de contribuição, eventualmente, ele poderá ser sim considerado como tal, dependendo se o segurado está sem renda fruto de seu trabalho; então pode-se entender que deve ser aplicado o artigo 201, par. 2º da CF. Temos um precedente isolado do STF (RE, ), sem aprofundamento da matéria, se eu tenho apenas esse valor de auxílio acidente, como base de cálculo no PBC (período básico de cálculo). Dessa decisão gerou várias ações judiciais pra que se reconhecesse a revisão do valor do auxílio acidente para majorar para um salário mínimo. O STF entendeu que a matéria é infraconstitucional. A abordagem deve ser porque, se o segurado só recebe o auxílio acidente, deverá ser a aplicado o artigo constitucional. Não há tempo para se pedir o benefício de auxílio acidente. O fundo de direito não prescreve, então pode ser requerido em qualquer tempo, SÚMULA 85 do STJ, o pagamento porém é limitado ao requerimento. (prazo para revisão do ato de concessão: dez anos, artigo 103 da Lei de Benefícios, Lei de 1991) Salário família: Pago por cota; valor baixo, no máximo de R$ 33,00 para cada filho; deve ser trabalhador de baixo renda, para filhos menores de 14 anos ou inválido. Pode ser inferior ao salário mínimo.
4 (o professor não concorda com o seguinte posicionamento: auxilio doença pode ser pago, em atividades concomitantes (trabalhador que exerce mais de uma profissão), pode ser pago para apenas uma atividades incapacitante; advogado e professor, contribui nas duas atividades; se perder a voz por mais 15 dias posso me afastar como professor e não necessariamente da atividade da advocacia. No cálculo desse auxílio, chegue-se a um valor inferior a um SM, há quem defende que, se tenho duas atividades, poderia receber um valor inferior ao mínimo, porque uma atividade ainda prevalece. Ao professor, o auxílio doença, ainda que só para uma atividade) BENEFICIÁRIOS DO RGPS Artigo 11 da Lei de Benefícios, art. 12 da Lei de Custeio, art. 9º do Decreto 3048 tratam das espécies de segurados obrigatórios: Empregados, Domésticos (lei complementar 150 de 2015), Individual, Avulso, Segurado especial, O responsável tributário pelos recolhimentos das contribuições previdenciárias de empregado, doméstico e avulso, é sempre do empregador: responsável tributário Nas situações acima, o segurado não pode ser prejudicado. Quando há responsável tributário, pelo pagamento da contribuição previdenciária, o segurado nunca pode ser apenado pela falta deste recolhimento. Fundamentos legais: artigo 30 combinado com artigo 33 da Lei de Custeio, de 1991 e artigo 34 da Lei de Benefícios, de 1991 e Enunciado nº 18 do CRPS (atual CRSS) (início de prova material: um documento contemporâneo à época da prestação de serviços; essa prova poderá ser corroborado por prova testemunhal, salvo em caso fortuito ou força maior; para comprovar vínculo precisa-se um documento contemporâneo). (JA justificação administrativa = oitiva de testemunhas na agência da previdência social APS, em número de até três testemunhas; preciso de pelo menos um início de prova material) (pesquisa externa = o servidor do INSS colherá informações de pessoas próximas à situação que se pretende comprovar; também carece de início de prova material) (Súmula 31 da TNU que a sentença trabalhista, mesmo homologatória, serve como início de prova material)
5 (O STJ, nos últimos julgados entende que a sentença só pode ser início de prova material, se nos autos trabalhista há início de prova material; nossa saída, como advogado: se não tenho início de prova material, entro com ação trabalhista, que muitas vezes gera o dever de pagar, lembrando que confissão não é início de prova material) (agora, há afetação de recurso, PUIL 293 DO STJ, onde este analisará se a sentença trabalhista é início de prova material ou não) Há ainda os segurados facultativos sem remuneração Para se empregado: idade mínima de 14 anos no caso de aprendiz Como facultativo, idade mínima a partir de 16 anos Quem não está trabalhando, não é segurada obrigatória; se quer contribuir, será facultativa
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