SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(13); FACULDADE ICESP / ISSN:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(13); FACULDADE ICESP / ISSN:"

Transcrição

1 CURSO DE BIOMEDICINA UTILIZAÇÃO DOS ELEMENTOS ANORMAIS DE SEDIMENTOSCOPIA (EAS) NO ACOMPANHAMENTO E DIAGNÓSTICO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL. USE OF THE ABNORMAL SEDIMENT ELEMENTS (ASE) IN MONITORING AND DIAGNOSIS OF PATIENTS WITH RENAL FAILURE. Como citar esse artigo: Carneiro J, Ferras LP, Borges RC, utilização dos elementos Anormais de sedimentoscopia (EAS) No acompanhamento e diagnóstico de pacientes com insuficiência renal. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); Josiane Carneiro Luciene Pontes Ferraz Rodrigo Câmara Borges Resumo Introdução: O estudo desenvolvido mostra a relação entre o exame de urina e o diagnóstico clínico de pacientes com Insuficiência Renal. Uma vez que é um assunto de grande relevância clínica, deve ser tratado com uma maior atenção, tendo assim uma necessidade de estudos e pesquisas com destaque na temática abordada. Atualmente a doença renal é um grande problema de saúde pública, que acomete milhares de pessoas no Brasil e no mundo. O estudo da função e dos diversos processos patológicos renais tem despertado o interesse de muitos pesquisadores, principalmente no campo do desenvolvimento de testes que auxiliem os médicos a estabelecer um diagnóstico precoce, classificar a doença de base, obter prognóstico seguro e monitorar terapêutica medicamentosa.o exame de urina tem indicativo de importância clínica em diagnostico renal, portanto necessita de ênfase na análise de seus resultados, onde um erro laboratorial pode acarretar sérios danos ao paciente, que precisa de tratamento imediato, pois essa patologia possui evolução. Metodologia: Nesta pesquisa foram analisados dados de estudo descritivos com revisão bibliográfica, a partir de referências dos anos de 2001 a As pesquisas foram encontradas em bancos de dados Medline, PubMed e SciELO. Deles estão sendo selecionados artigos científicos, conforme o critério de inclusão referente às alterações nos exames de urina que estão relacionados a pacientes com insuficiência renal. Considerações Finais: A Insuficiência Renal deve ser considerada um assunto de extrema importância na saúde da população, devido sua prevalência e limitações causadas pela doença. O Exame de urina tem grande importância no auxilio do diagnóstico, sendo um exame de triagem de suma importância clínica. Todos esses aspectos discutidos a partir da revisão da literatura nos fazem perceber que o estudo sobre a Insuficiência Renal deve ser ainda mais aprofundado, a fim de obter alternativas que auxiliem no tratamento e diagnóstico da IRA e IRC, evitando possíveis complicações da doença. Palavras-Chave: Elementos Anormais de Sedimentoscopia; Insuficiência Renal Aguda; Insuficiência Renal Crônica. Abstract Introduction: The study developed shows the relationship between urinalysis and the clinical diagnosis of patients with Renal Insufficiency. Since it is a subject of great clinical relevance, it should be treated with greater attention, requiring studies and researches focusing on the theme addressed. Currently, the renal disease is an important public health problem which affects thousands of people in Brazil and in the world. The study of the function and the various renal pathological processes has aroused the interest of many researchers, especially in the field of development of tests. These tests help physicians to establish an early diagnosis, classify the disease, get a safe prognosis and monitor drug therapy. Urinalysis has an indicative of clinical importance in renal diagnosis, therefore it is very relevant the analysis of its results. A laboratory error can cause serious damages to the patient, who needs immediate treatment, since this pathology has evolution. Methodology: In this study we analyzed data from a descriptive study with a bibliographic review, based on references from the year 2002 to The researches were found in Medline, PubMed and SciELO databases. From these databases, scientific articles were selected according to the inclusion criterion concerning to changes in urine tests that are related to patients with renal insufficiency. Final Considerations: The Renal Insufficiency should be considered a matter of extreme importance in the health of the population, due to its prevalence and limitations caused by the disease. The Urinalysis has great importance in the diagnosis, being a screening test of great clinical importance. All these aspects discussed from the literature review make us realize that the study about Renal Insufficiency should be further deepened in order to obtain alternatives that help in the treatment and diagnosis of Acute Renal Failure and Chronic Renal Failure, avoiding possible complications of the disease. Keywords: Abnormal Elements of Sedimentation; Acute Renal Insufficiency; Chronic Renal Insufficiency. rodrigo.borges@icesp.edu.br Introdução O estudo desenvolvido mostra a relação entre o exame de urina e o diagnóstico clínico de pacientes com Insuficiência Renal. Uma vez que é um assunto de grande relevância clínica, deve ser tratado com uma maior atenção, tendo assim uma necessidade de estudos e pesquisas com destaque na temática abordada (SACHER, 2002). Atualmente a doença renal é um grande problema de saúde pública, que acomete milhares de pessoas no Brasil e no mundo. O estudo da função e dos diversos processos patológicos renais tem despertado o interesse de muitos pesquisadores, principalmente no campo do desenvolvimento de testes que auxiliem os médicos a estabelecer um diagnóstico precoce, classificar a doença de base, obter prognóstico seguro e monitorar terapêutica medicamentosa. (SODRÉ et al,2007) O exame de urina tem indicativo de importância clínica em diagnóstico renal, portanto necessita de ênfase na análise de seus resultados, onde um erro laboratorial pode acarretar sérios danos ao paciente, que precisa de tratamento 394

2 imediato, pois essa patologia possui evolução. Pode-se observar nesse exame a possível existência de tubulopatia (é o termo que designa as doenças que afetam o túbulo renal). Juntamente com outros exames dará um direcionamento de possível distúrbio no sistema renal, infecções urinárias, cálculos e outros. Por isso a grande importância de análises laboratoriais para resultados com eficácia e qualidade. (STRASINGER, 2009). São vários os exames utilizados em diagnóstico clínico de pacientes renais, tais como uréia, creatinina, urina de 24 horas, dismorfismo eritrocitário, exame de imagem e outros, mas o EAS (Elementos Anormais de Sedimentoscopia) é o exame que direciona o médico, sendo solicitado com o intuito de esclarecer e informar possíveis alterações que influenciam na doença renal (SBPC/ML, 2017). Foram abordados parâmetros no exame de urina que podem indicar a fase (aguda ou crônica) em que se encontra o paciente, dependendo assim dos valores encontrados no exame físico, químico e na sedimentoscopia (SBPC/ML, 2017). Alguns estudos mostram a prevalência de doença renal em pacientes idosos, relacionando a patologia a alguns fatores determinantes, analisados no decorrer do projeto, mostrando a vulnerabilidade desses pacientes em relação à doença (KIRSZTAJN et al, 2011). Metodologia Nesta pesquisa foram analisados dados de estudo descritivo com revisão bibliográfica, a partir de referências dos anos de 2001 a As pesquisas foram encontradas em bancos de dados Medline, PubMed e SciELO. Deles estão sendo selecionados artigos científicos, conforme o critério de inclusão referente às alterações nos exames de urina que estão relacionados a pacientes com insuficiência renal. Referencial Teórico O EAS (Elementos Anormais de Sedimentoscopia) é definido como urina de rotina, sendo um dos procedimentos laboratoriais mais solicitados pelos médicos de quase todas as especialidades e tem bastante influência na investigação de patologias que envolvem o sistema renal. Dessa forma, auxilia em diagnóstico de tubulopatias, onde são analisados determinados parâmetros com alterações significativas. Algumas características do EAS (Figura 1) fazem com que seja um teste de triagem de ampla utilização e importância, podendo fornecer informações extremamente úteis que auxiliam no diagnóstico de eventuais doenças que afetam os rins e a via urinária (SBPC/ML, 2017). Figura 1. Amostra Biológica de Urina para análise química FONTE: Os resultados do exame de urina possibilitam ao médico identificar, investigar e compreender as variáveis características que o auxiliarão, inclusive, para a solicitação de outros exames complementares como: uréia, creatinina, urina de 24 horas, dismorfismo eritrocitário, etc., para um resultado preciso, conforme Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial: Realização de exames em urina, Para um melhor estudo sobre exames de urina é necessário entender um pouco sobre o sistema renal, que tem como principais órgãos os rins, sendo estes fundamentais para a manutenção da homeostase, onde em problemas renais observa-se a queda progressiva do ritmo de filtração glomerular (RFG) e consequente perda das funções regulatórias, excretórias e endócrinas, podendo ocasionar o comprometimento de outros órgãos (BASTOS et al, 2004). A perda progressiva da filtração glomerular está associada a um conjunto extenso das alterações fisiológicas que resultam em um grande número de complicações, as quais ocorrem muito mais precocemente na evolução da doença do que anteriormente pensado. Ao tratar dessas alterações podemos dividir a doença renal em duas fases: aguda e crônica, que serão estudadas de maneira específica para um melhor entendimento sobre o assunto (BASTOS et al, 2004). A Insuficiência Renal Aguda (IRA) pode ter como definição perda da função renal, de maneira súbita, provocando acúmulo de substâncias como a uréia e creatinina, podendo ou não estar acompanhada da diminuição da diurese (COSTA, NETO, NETO 2003). A IRA (Insuficiência Renal Aguda), geralmente é considerada uma doença que acomete pacientes hospitalizados. A incidência pode variar entre 2 a 5%. O quadro clínico desta patologia está relacionado, principalmente, à 395

3 doença de base do paciente e às alterações metabólicas decorrentes. Nesses quadros temos oligúria e anúria, ou seja, temos um comprometimento na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico e excreção dos produtos nitrogenadas (COSTA, NETO, NETO 2003). DRC (Doença Renal Crônica) é um problema clínico importante, que depende da qualidade do tratamento ofertado em seus estágios menos avançados. O diagnóstico precoce da doença, o encaminhamento imediato para acompanhamento nefrológico e a implementação das medidas que retardam a progressão da DRC, aliadas ao diagnóstico e tratamento das suas complicações e comorbidades são estratégias fundamentais no manuseio adequado da doença (BASTOS et al, 2004). De acordo com algumas informações obtidas junto à Sociedade Brasileira de Nefrologia e Ministério da Saúde, a prevalência de pacientes renais que necessitam de TRS (Terapia Renal Substitutiva) dobrou nos últimos 5 anos no Brasil. Isso demonstra o aumento no número de pacientes com doença renal. A magnitude do problema é tão grande que tem sido considerado por autoridades médicas como um problema de saúde pública (BASTOS et al, 2004). Com o envelhecimento da população, aumenta-se os estudos sobre os processos determinantes das doenças e incapacitações nos indivíduos idosos. Dessa maneira observou-se que a população de idosos é a que mais cresce em países desenvolvidos, e, no Brasil, não é diferente. Com isso analisou-se o aumento de doenças crônicas e incapacitações na população idosa estão associadas ao aumento do uso de medicações, hospitalizações e institucionalização, tendo como consequência a sobrecarga financeira ao sistema de saúde pública em todos os países (KIRSZTAJN, BASTOS, 2011). As doenças glomerulares agudas e crônicas são grandes causadoras de incapacitação e mortalidade na população idosa. Essas glomérulopatias se expressam no idoso como uma das seguintes síndromes clínicas: síndrome nefrítica aguda (SNA), síndrome nefrótica (SN), glomerulonefrite rapidamente progressiva, síndrome de anormalidades urinárias (hematúria e/ou proteinúria) e síndrome glomerular crônica (KIRSZTAJN, BASTOS,2011). As alterações morfofuncionais que ocorrem nos rins dos pacientes idosos são amplo e diferente daquele observado em pacientes jovens, e o estudo destas alterações de estrutura e função são muito importantes na avaliação e tratamento dos pacientes idosos com DRC (KIRSZTAJN, BASTOS, 2011). Em relação a solução para os problemas relativos à DRC, observa-se que é bastante complexa, envolvendo pelo menos, três ações principais: 1.O diagnóstico precoce da DRC; 2. O encaminhamento imediato com profissional especializado; e 3. A identificação e as principais complicações causadas pela DRC, bem como o preparo e procedimentos tanto do paciente quanto de seus familiares para a TRS (Terapia Renal Substitutiva). (BASTOS et al, 2004). Para auxiliar no diagnóstico clínico das doenças renais é realizado o exame de urina, que além de direcionar o médico em infecções urinárias, ele também auxilia em patologias relacionadas aos rins, por isso é comum na medicina a solicitação de análise sumária de urina, inclusive, repetidamente dadas as informações que tal procedimento oferece para rastrear alterações, incluindo o exame físico, químico e microscópico da urina (MOTTA, BEÇA, 2013). Neste mesmo estudo, a autora ainda acrescenta que são vários os parâmetros analisados, como a coloração, a densidade, o ph, a leucocitúria e glicosúria, presença de cilindros, células, microrganismos, entre outros. O exame de urina é dividido em três fases distintas: análises física, química e elementos figurados (sedimentoscopia). A análise física compreende a observação do aspecto, da cor, da densidade e, ocasionalmente do odor da urina. A análise química pode ser realizada através de tira reagente. A análise dos elementos figurados é feita por microscopia óptica ou metodologia automatizada (SBPC/ML, 2017). Segundo ALVES (2004), várias doenças renais, sintomáticas ou não, são expressadas em alterações de sedimento urinário, onde este permite a diferenciação diagnóstica de doenças renais. O exame microscópico do sedimento urinário é um método útil para analisar o aspecto morfológico das hemácias, leucócitos, cilindros e cristais presentes na urina. Na análise microscópica da urina, quando observa-se o aumento da quantidade de hemácias, define-se como hematúria, que, quando isoladas e assintomáticas merecem especial atenção, pela elevada frequência entre os diagnósticos clínicos (CARMO et al, 2007). Para que seja considerada hematúria glomerular são necessários a análise indicativa de três parâmetros: presença de proteinúria, cilindros hemáticos e hemácias dismórficas. Proteinúria maior do que 500mg / dl, sobretudo se associada à hipertensão ou a algum grau de perda da função renal, é indicativo de lesão glomerular. Em via de regra, nesse caso indica-se a biópsia renal, para um resultado mais preciso (ABREU,MOURA, SESSO, 2007). O achado de hemácias (Figura 2) na urina ocorre freqüentemente de maneira ocasional, principalmente quando se utiliza o exame físico- 396

4 químico por fitas reagentes para detecção de hemácias (hemoglobina) em exames de rotina. No entanto, isso não traduz necessariamente um estado de doença. Portanto, essas alterações devem ser analisadas por profissionais como nefrologistas ou urologistas e, nesses casos, serão investigados para a adequada localização desses sangramentos (VASCONCELLOS et al, 2005). Figura 3. Dismorfismo Eritrocitário FONTE: Figura 2. Hemácias em microscopia óptica FONTE: ises-clinicas-saiba-mais-sobre.html Em casos de sangramentos o médico geralmente solicita um exame em urina chamado de dismorfismo eritrocitário, que é a análise da morfologia dos eritrócitos por microscopia de contraste de fase e vem sendo usada para determinar o local da lesão tecidual causadora do sangramento urinário. Nesse exame são analisadas hemácias dismórficas como acantócitos e codócitos (SODRÉ, COSTA, LIMA, 2007). O dismorfismo eritrocitário é definido por Birch e Fairley (1979) de acordo com um limite específico para caracterização de hemorragia glomerular a presença de quatro ou mais de hemácias de populações diferentes. Mesmo não tendo definido um valor percentual de dismorfismo limítrofe de normalidade, observa-se que quanto maior for esse percentual, maior seria a probabilidade de lesão glomerular (VASCONCELLOS, PENIDO, VIDIGAL, 2005). O estudo do dismorfismo eritrocitário (Figura 3) pela análise do sedimento urinário para avaliação do foco de sangramento urinário, se glomerular ou não, embora apresente alguns resultados conflitantes na literatura, é bem recomendado pela maioria dos autores. Apesar de ainda não existir um consenso na literatura sobre qual porcentagem de dismorfismo eritrocitário deve ser adotada para definir hematúria glomerular, alguns estudos consideram a presença de pelo menos 20% de hemácias dismórficas, e outros aconselham a adoção do percentual > 80% de dismorfismo para um diagnóstico preciso de lesão glomerular (VASCONCELLOS, PENIDO, VIDIGAL, 2005). Outro marcador de doença renal é a proteinúria que constitui um fator de risco independente para a sua progressão. Aumentos ou decréscimos no valor de proteína na urina é um importante marcador do prognóstico renal do paciente, onde a pesquisa de proteinúria constitui um elemento importante no diagnóstico e no acompanhamento. (ALVES, 2004). Na análise de urina que envolvem os problemas renais, são observados também a presença de cilindros, juntamente com a proteína (SBPC/ML, 2017). Os cilindros são os únicos elementos renais encontrados exclusivamente em sedimentos urinários (EAS), sendo formados nos túbulos renais, onde todas as partículas que estiverem contidas em seu interior são provenientes dos rins (STRASINGER, LORENZO, 2009). Normalmente, a classificação dos cilindros é baseada na morfologia e quanto ao tipo de partículas que eles contêm. Assim podem ser classificados como hialinos, leucocitários, hemáticos, epiteliais, granulosos, gordurosos, bacterianos e céreos (SACHER, MCPHERSON, 2002). Clinicamente, os cilindros hialinos aparecem na maioria dos casos juntamente com a proteinúria e são observados em praticamente todas as situações em que ocorre certas patologias renais. Mas quando há o aparecimento de grandes quantidades desses cilindros( Figura 4), pode estar relacionada a pielonefrite aguda, doença renal crônica e nefropatia diabética (SBPC, 2017). 397

5 Figura 4. Cilindro Hialino FONTE: html A presença de cilindros eritrocitários(figura 5) no sedimento urinário é sempre significativa de doença glomerular, podendo esta associada especialmente a hemorragia dentro do néfron e sendo associados a proteinúria e eritrócitos dismórficos. Esses cilindros são encontrados principalmente nas glomerulonefrites. (STRASINGER, LORENZO, 2009). células tubulares renais e cilindros são essencialmente diagnósticos tanto de necrose tubular aguda como nefrotóxica, mas ocasionalmente, encontrados também em doenças glomerulares (STRASINGER, 2001). Figura 7. Células tubulares Renais FONTE: uroanalise.html Figura 5. Cilindro Eritrocitário FONTE: De forma geral, os cilindros céreos (Figura 6) estão associados a doença renal crônica e a amiloidose renal, sendo apenas raramente descritos na doença renal aguda. No entanto, em um estudo recente, foram observados em 44,5% dos pacientes com glomérulonefrite pós-infecciosa, uma doença inflamatória aguda (SBPC/ML, 2017). Figura 6. Cilindro Céreo FONTE: html No exame de urina também pode ser detectado alterações nas células que envolvem o sistema renal, sendo essas chamadas células epiteliais tubulares renais (Figura 7), sendo as únicas células que têm significado clínico. Essas Considerações Finais: De acordo com a literatura consultada durante o processo de pesquisa entende-se que o tema abordado é muito importante no diagnóstico clínico de pacientes com problemas renais, portanto necessita de um destaque em meio a sociedade, pois observa--se cada vez mais a prevalência da doença renal em meio à população. A doença renal e as complicações ocasionadas pelo tratamento afetam as atividades diárias dos pacientes, pois afetam as habilidades emocionais e funcionais do mesmo, causando a estes diversas limitações e uma dependência. Atualmente a doença renal é considerada um grande problema de saúde pública, acometendo milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Isso faz com que desperte o interesse de muitos pesquisadores, principalmente no campo do desenvolvimento de testes que auxiliem os médicos a estabelecer um diagnóstico precoce, podendo dessa maneira classificar a doença de base, o que possibilita obter o prognóstico seguro e monitorar a parte terapêutica medicamentosa. O exame de urina, juntamente com alterações em alguns parâmetros específicos têm grande influência em resultados diagnósticos de pacientes com doença renal. Isso aumenta a necessidade de pedidos médicos com solicitação de EAS. Sendo este considerado um exame de extrema importância, pois direciona o médico, mostrando os problemas envolvidos na patologia. Referências: ABREU,P. F. ;MOURA, L. R. R.; SESSO,R.. Avaliação Diagnóstica de Hematúria.Disciplina de Nefrologiada Escola Paulista de Medicina Unifesp. J Bras Nefrol, volume 29, nº 3, Setembro de

6 ALVES, M. A. R. Diagnóstico de Doença Renal Crônica: Avaliação de Proteinúria e Sedimento Urinario.Bras Nefrol, volume XXVI, nº3,supl. 1, Agosto de BASTOS, M. G.;CARMO,W. B.; ABRITA, R. R.; ALMEIDA, E. C.; MAFRA, D. D.; COSTA M. N.; GONÇALVES, J. de A.; OLIVEIRA, L. A.;SANTOS, F. R.; PAULA,R. B. Doença Renal Crônica: Problemas e Soluções. J Bras Nefrol, volume XXVI, nº 4 - Dezembro de CARMO, P. A. V. ; MAGALHÃES, S. S.; CARMO,W. B., FERNANDES N. da S., BASTOS,R.; ANDRADE,L. C. F.; BASTOS,M. G. Avaliação Comparativa da Sedimentoscopia Urinária Realizada pelo Nefrologista e pelo Profissional de Análises Clínicas em Pacientes com Glomerulopatias. J Bras Nefrol Volume 29, nº 2, Junho de COSTA,J. A. C. ; NETO,O. M. V.; NETO,M. M.. Insuficiência Renal Aguda. Medicina, Ribeirão Preto, 36: , abr./dez HIGA,K. ; KOST,M. T.; SOARES,D. M.; MORAIS,M. C.; POLINS,B. R. G..Qualidade de vida de pacientes portadores de insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiàlise. Acta Paul Enferm 2008;21(Número Especial): KIRSZTAJN,G. M. ;BASTOS, M. G.;OLIVEIRA, D. C. Q.;.Doença Renal Crônica no paciente idoso. Rev HCPA 2011;31(1): MOTA,C. L.; BEÇA,H. P.. Análise sumária de urina de rotina:porquê e para quê? Rev Port Med Geral Fam Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): Realização de exames em urina- Barueri, SP: Manole, Acessado em 15 abr Acessado em 15 abr SACHER, R. A.; MCPHERSON,R. A.W. : Interpretação Clínica dos Exames Laboratoriais-Barueri, SP: Manole, SODRÉ, L.; COSTA,J. C. B.; LIMA,J. C. C.Avaliação da função e da lesão renal: um desafio laboratorial. J Bras Patol Med Lab, v. 43, n. 5, p , outubro STRASINGER, S. K.. Uroanálise e Fluidos Biológicos- São Paulo, SP: Editorial Premier, 3ª Edição, em 18 abr STRASINGER, S. K.; DI LORENZO, M. S.. Urinálise e Fluidos Corporais-São Paulo, SP: Livraria Médica Paulista, 5ª Edição, Acessado em 15 abr Acessado em 15 abr VASCONCELLOS,L. de S.; PENIDO, M. G. M. G.; VIDIGAL,P. G.. Importância do dismorfismo eritrocitário na investigação da origem da hematúria. J Bras Patol Med Lab, v. 41,n. 2, p , abril Acessado em 21 jul Acessado em15 abr

Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Síndromes Nefrológicas. Síndrome infecciosa: Infecciosa

Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Síndromes Nefrológicas. Síndrome infecciosa: Infecciosa Continuuns The types and risks of kidney disease change across the life cycle. Julie R. Ingelfinger et al. Nephrol. Dial. Transplant. 2016;31:327-331 The Author 2016. Published by Oxford University Press

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS. Doenças Renais Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS. Doenças Renais Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS Doenças Renais Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos O rim tem múltiplas funções, como a excreção de produtos finais de diversos metabolismos, produção de

Leia mais

ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS. Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS. Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS Aula 4 Profª. Tatiane da Silva Campos As principais causas de erro e de resultados falsos do exame de urina estão relacionadas à preparo do paciente, coleta, transporte

Leia mais

Prof. Ms. Elton Pallone de Oliveira. Exames laboratoriais: definição, tipos, indicação, cuidados pré e pós exame. Urinálise

Prof. Ms. Elton Pallone de Oliveira. Exames laboratoriais: definição, tipos, indicação, cuidados pré e pós exame. Urinálise Exames laboratoriais: definição, tipos, indicação, cuidados pré e pós exame. Urinálise Objetivos Saber a definição, tipos, indicações e principais cuidados pré e pós exame de urinálise e parasitológico.

Leia mais

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL 1. EXAME DE URINA Cor Aspecto Densidade urinária ph Glicosúria Proteinúria Pigmentos e Sais biliares Hemoglobinúria e Mioglobinúria

Leia mais

UrináliseSedimentoscopia

UrináliseSedimentoscopia UrináliseSedimentoscopia FTC- Curso de Enfermagem Profa. Astria Ferrão 2018 3. Exame microscópico (sedimentoscopia) Células epiteliais Hemácias Leucócitos Cilindros Cristais Microrganismos Outros elementos.

Leia mais

Questionário - Proficiência Clínica

Questionário - Proficiência Clínica Questionário - Proficiência Clínica DISMORFISMO ERITROCITÁRIO Elaborador José Antonio Tesser Poloni. Mestre em Ciências da Saúde (UFCSPA), Farmacêutico-Bioquímico (PUCRS), Bioquímico responsável pelo setor

Leia mais

TALITA GANDOLFI PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES IDOSOS DIABÉTICOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE PORTO ALEGRE-RS

TALITA GANDOLFI PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES IDOSOS DIABÉTICOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE PORTO ALEGRE-RS TALITA GANDOLFI PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES IDOSOS DIABÉTICOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE PORTO ALEGRE-RS Dissertação apresentada no Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica,

Leia mais

PLANO DE APRENDIZAGEM

PLANO DE APRENDIZAGEM PLANO DE APRENDIZAGEM 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Biomedicina Disciplina: Uroanálise Código: Professor: Marconi Rego Barros Junior E-mail: marconi.junior@fasete.edu.br CH Teórica:

Leia mais

Perfil Epidemiológico de Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica Terminal em Programa de Hemodiálise em Clínica de Santa Cruz do Sul - RS

Perfil Epidemiológico de Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica Terminal em Programa de Hemodiálise em Clínica de Santa Cruz do Sul - RS Perfil Epidemiológico de Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica Terminal em Programa de Hemodiálise em Clínica de Santa Cruz do Sul - RS Aglaupe Ferreira Bonfim Pereira 1, Cássia Pinheiro Kapper

Leia mais

A CORRELAÇÃO DAS UROCULTURAS E EAS DE URINA PARA O DIGNÓSTICO DE INFECÇÃO URINÁRIA

A CORRELAÇÃO DAS UROCULTURAS E EAS DE URINA PARA O DIGNÓSTICO DE INFECÇÃO URINÁRIA A CORRELAÇÃO DAS UROCULTURAS E EAS DE URINA PARA O DIGNÓSTICO DE INFECÇÃO URINÁRIA Matheus Henrique Bragança Duarte Acadêmico do 6º período do curso de graduação em Biomedicina das Faculdades Integradas

Leia mais

Sistema Urinário. Patrícia Dupim

Sistema Urinário. Patrícia Dupim Sistema Urinário Patrícia Dupim Insuficiência Renal Ocorre quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo. As substância normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos

Leia mais

GLOMERULOPATIAS. 5º ano médico. André Balbi

GLOMERULOPATIAS. 5º ano médico. André Balbi GLOMERULOPATIAS 5º ano médico André Balbi Definição e apresentação clínica Glomerulopatias: alterações das propriedades dos glomérulos Apresentação clínica: SÍNDROME NEFRÍTICA SÍNDROME NEFRÓTICA OBS :

Leia mais

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL NEFROTOXICOLOGIA Introdução Introdução *Susceptibilidade * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL Epidemiologia * Exposição ocupacional

Leia mais

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL NEFROTOXICOLOGIA Introdução Introdução *Susceptibilidade * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL Epidemiologia * Exposição ocupacional

Leia mais

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO NEFROLOGIA PEDIÁTRICA

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO NEFROLOGIA PEDIÁTRICA PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO NEFROLOGIA PEDIÁTRICA JUSTIFICATIVA PARA SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO NEFROLOGIA PEDIÁTRICA A solicitação do

Leia mais

Artigo ÍNDICE DE PROTEINÚRIA EM IDOSOS COM DOENÇAS RENAIS CRÔNICAS INDEX OF PROTEINURIA IN ELDERLY PEOPLE WITH CHRONIC KIDNEY DISEASE

Artigo ÍNDICE DE PROTEINÚRIA EM IDOSOS COM DOENÇAS RENAIS CRÔNICAS INDEX OF PROTEINURIA IN ELDERLY PEOPLE WITH CHRONIC KIDNEY DISEASE ÍNDICE DE PROTEINÚRIA EM IDOSOS COM DOENÇAS RENAIS CRÔNICAS INDEX OF PROTEINURIA IN ELDERLY PEOPLE WITH CHRONIC KIDNEY DISEASE Robson de Sousa Neri 1 Lucas Borges Pinheiro 2 RESUMO - Com o aumento da expectativa

Leia mais

Encaminhamento do paciente com Doença Renal Crônica ao nefrologista

Encaminhamento do paciente com Doença Renal Crônica ao nefrologista Encaminhamento do paciente com Doença Renal Crônica ao nefrologista Dr. Enrique Dorado Instituto de Pesquisas Médicas A. Lanari Argentina Introdução A Doença Renal Crônica (DRC) se transformou em um problema

Leia mais

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares Dra. Roberta M. Lima Sobral Principais Síndromes em Nefrologia Síndromes glomerulares : Síndrome Nefrítica Síndrome Nefrótica Síndromes tubulares Hipertensão

Leia mais

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza Nefropatia Diabética Caso clínico com estudo dirigido Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza Neste texto está descrita a apresentação clínica e a evolução ao longo de 3 décadas de caso clínico de

Leia mais

Urinálise Sedimentoscopia Identificação

Urinálise Sedimentoscopia Identificação Caso Clínico Item EAS04 Paciente masculino, 58 anos, procurou o serviço de emergência do hospital com queixa de dor na altura dos rins. Foram solicitados exames de rotina para avaliação do quadro do paciente,

Leia mais

NORMAS COMPLEMENTARES AO EDITAL SEI Nº 103/2018

NORMAS COMPLEMENTARES AO EDITAL SEI Nº 103/2018 NORMAS COMPLEMENTARES AO EDITAL SEI Nº 103/2018 PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO DE PROFESSOR SUBSTITUTO DA UFU/ ÁREA: ANÁLISES CLÍNICAS A presente norma complementar deve estar de acordo

Leia mais

Urinálise Sedimentoscopia Identificação

Urinálise Sedimentoscopia Identificação Caso Clínico Item EAS04 Paciente internado na UTI do hospital, masculino, 58 anos diabético. Exames para avaliação do estado geral do paciente sendo realizados, entre estes o exame comum de urina e análise

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS PLANO DE ENSINO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS PLANO DE ENSINO PLANO DE ENSINO FAR07015 CITOLOGIA CLÍNICA Departamento: Ciências Farmacêuticas Professor: Renata Dalmaschio Daltoé Carga Horária: 60 h Teórico: 30 h Exercício: 0 h Laboratório: 30 h Curso: 29 - Farmácia

Leia mais

INDICADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL EM IDOSOS

INDICADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL EM IDOSOS 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO INDICADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL EM

Leia mais

Urinálise Sedimentoscopia Identificação

Urinálise Sedimentoscopia Identificação Caso Clínico Item EAS04 Paciente masculino, 60 anos, transplantado renal em acompanhamento no ambulatório de pacientes transplantados. Foram solicitados o Exame físico-químico da urina e análise do sedimento

Leia mais

Glomerulonefrite pós infecciosa

Glomerulonefrite pós infecciosa Glomerulonefrite pós infecciosa Residentes: Liliany Pinhel Repizo Roberto Sávio Silva Santos Nefrologia HCFMUSP Epidemiologia Cerca de 470.000 casos por ano no mundo, 97% em países em desenvolvimento.

Leia mais

Urinálise Sedimentoscopia Identificação

Urinálise Sedimentoscopia Identificação Caso Clínico Item EAS04 Paciente feminino, 8 anos foi levada pela mãe ao hospital com evidente edema nas pernas. Foram solicitados exames de rotina para avaliação do quadro da paciente entre estes o Exame

Leia mais

ESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS

ESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ALUNA: Roberta Gomes Batista ORIENTADOR: Profa. Dra. Flávia de Sousa Gehrke UNIVERSIDADE PAULISTA

Leia mais

Insuficiência Renal Aguda no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Edna Solange Assis João Paulo Coelho Simone Chinwa Lo

Insuficiência Renal Aguda no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Edna Solange Assis João Paulo Coelho Simone Chinwa Lo Insuficiência Renal Aguda no Lúpus Eritematoso Sistêmico Edna Solange Assis João Paulo Coelho Simone Chinwa Lo Lúpus Eritematoso Sistêmico Doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida

Leia mais

INTRODUÇÃO À BASES DIAGNÓSTICAS. Profa Sandra Zeitoun Aula 1

INTRODUÇÃO À BASES DIAGNÓSTICAS. Profa Sandra Zeitoun Aula 1 INTRODUÇÃO À BASES DIAGNÓSTICAS Profa Sandra Zeitoun Aula 1 Importância dos dados laboratoriais e de imagem Principais objetivos da medicina laboratorial: Confirmar ou complementar o diagnóstico clínico;

Leia mais

PREVALÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES DIABETICOS EM UM LABORATORIO CLÍNICO EM CAMPINA GRANDE

PREVALÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES DIABETICOS EM UM LABORATORIO CLÍNICO EM CAMPINA GRANDE PREVALÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES DIABETICOS EM UM LABORATORIO CLÍNICO EM CAMPINA GRANDE Lucas Linhares de Lócio (Universidade Estadual da Paraíba lucas_linhares10@hotmail.com) Raiff

Leia mais

Avaliação e Distúrbios Renais e Urinários

Avaliação e Distúrbios Renais e Urinários Avaliação e Distúrbios Renais e Urinários Funções do Rim Manutenção do equilíbrio hidro-eletrolítico Manutenção do Equilíbrio Ácido- Básico Produção de Hormônios Funções do Rim Fisiologia da Formação

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS

A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS A ética retratada através da metodologia do psicocine 37 A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM DIABÉTICOS ADULTOS*

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM DIABÉTICOS ADULTOS* AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM DIABÉTICOS ADULTOS* BRAGA, Ana Karolina Paiva 1 ; PEREIRA, Edna Regina Silva 2, NAGHETTINI, Alessandra Vitorino 3, BATISTA, Sandro Rogério Rodrigues 4 Palavras-chave: doença

Leia mais

RESUMOS APROVADOS. Os trabalhos serão expostos no dia 23/11/2011, no período das 17h às 19h;

RESUMOS APROVADOS. Os trabalhos serão expostos no dia 23/11/2011, no período das 17h às 19h; RESUMOS APROVADOS Segue a lista de resumos aprovados para apresentação de pôsteres na 9 TH CONFERENCE ON KIDNEY DISEASE PREVENTION IN DISADVANTAGED POPULATION IN SOUTH AMERICA AND THE CARIBBEAN AND THE

Leia mais

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA COMO POTENCIAL CAUSADORA DE GLOMERULONEFROPATIA EM CÃO RELATO DE CASO

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA COMO POTENCIAL CAUSADORA DE GLOMERULONEFROPATIA EM CÃO RELATO DE CASO HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA COMO POTENCIAL CAUSADORA DE GLOMERULONEFROPATIA EM CÃO RELATO DE CASO Acacia Rebello COUTINHO 1, Daniela Bastos de Souza Karam ROSA 2, Júlio Cesar Cambraia VEADO 3, Marthin

Leia mais

EXAME DE URINA TIPO I: FREQÜÊNCIA PERCENTUAL DE AMOSTRAS QUE SUGEREM INFECÇÃO URINÁRIA

EXAME DE URINA TIPO I: FREQÜÊNCIA PERCENTUAL DE AMOSTRAS QUE SUGEREM INFECÇÃO URINÁRIA EXAME DE URINA TIPO I: FREQÜÊNCIA PERCENTUAL DE AMOSTRAS QUE SUGEREM INFECÇÃO URINÁRIA Anne Elisa Amorim 1 ; Jaqueline Bento P. Pacheco 2 ; Thaís Teixeira Fernandes 3 1 Bolsista PIC/FLA, graduanda do Curso

Leia mais

ATLAS DO DISMORFISMO ERITROCITÁRIO

ATLAS DO DISMORFISMO ERITROCITÁRIO .. DR. JOSÉ ANTONIO TESSER POLONI ATLAS DO DISMORFISMO ERITROCITÁRIO RIO DE JANEIRO BRASIL Fevereiro/2015 INTRODUÇÃO A ControlLab está propondo de maneira inédita no Brasil, um ensaio de proficiência para

Leia mais

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PÓS-MENOPAUSA ALTERA PARÂMETROS BIOQUÍMICOS RENAIS EM MULHERES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 1 POST-MENOPAUSE ALTERS RENAL BIOCHEMICAL PARAMETERS IN WOMEN WITH DIABETES MELLITUS TYPE 2 Fernanda Knopp Dos

Leia mais

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal Compartilhe conhecimento: Devemos ou não continuar prescrevendo antibiótico profilático após diagnóstico da primeira infecção urinária? Analisamos recente revisão sistemática e trazemos a resposta. Em

Leia mais

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ENTRE HOMENS E MULHERES NO MUNICÍPIO DE AGUAÍ EM PACIENTES QUE UTILIZAM O SUS

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ENTRE HOMENS E MULHERES NO MUNICÍPIO DE AGUAÍ EM PACIENTES QUE UTILIZAM O SUS TÍTULO: INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ENTRE HOMENS E MULHERES NO MUNICÍPIO DE AGUAÍ EM PACIENTES QUE UTILIZAM O SUS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO:

Leia mais

Lesão Renal Aguda. Revista Qualidade HC. Autores e Afiliação: Área: Objetivos: Definição / Quadro Clínico:

Lesão Renal Aguda. Revista Qualidade HC. Autores e Afiliação: Área: Objetivos: Definição / Quadro Clínico: Lesão Renal Aguda Autores e Afiliação: Caio Pereira Miarelli. Ex-Médico Residente Cínica Médica do HCFMRP USP; Dr. Gustavo Frezza. Médico Assistente da Divisão de Nefrologia; Dra. Valéria Takeuchi Okino.

Leia mais

Abordagem do Paciente Renal F J Werneck

Abordagem do Paciente Renal F J Werneck Síndromes Nefrológicas Síndrome infecciosa: Infecciosa Nefrítica Nefrótica Urêmica Hipertensiva Calculosa - infecção do trato urinário alta: pielonefrite - Infecção do trato urinário baixa: cistite, uretrite

Leia mais

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM GATOS

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM GATOS INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa Maria Definição da síndrome Insuficiência renal Insuficiência

Leia mais

Critérios para Definir a Doença Renal Crônica

Critérios para Definir a Doença Renal Crônica Critérios para Definir a Doença Renal Crônica Dra. Laura Cortés Sanabria Médica Internista, Pesquisadora Clínica Unidade de Pesquisa Médica em Doenças Renais IMSS, Guadalajara. México Objetivo Compreender

Leia mais

COMPLICAÇÕES RENAIS NO TRANSPLANTE HEPÁTICO

COMPLICAÇÕES RENAIS NO TRANSPLANTE HEPÁTICO COMPLICAÇÕES RENAIS NO TRANSPLANTE HEPÁTICO Serviço de Nefrologia HUCFF - UFRJ Rodrigo Alves Sarlo Alvaro Luis Steiner Fernandes de Souza TRANSPLANTE HEPÁTICO Primeiro transplante no início dos anos 60

Leia mais

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE GLICOSE EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS E CREATININA E UREIA EM INDIVÍDUOS NEFROPATAS.

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE GLICOSE EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS E CREATININA E UREIA EM INDIVÍDUOS NEFROPATAS. TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE GLICOSE EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS E CREATININA E UREIA EM INDIVÍDUOS NEFROPATAS. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FARMÁCIA

Leia mais

HIV E DOENÇA RENAL I CONGRESSO PARANAENSE DE INFECTOLOGIA. 31 março e 01 abril de 2017 Londrina - PR

HIV E DOENÇA RENAL I CONGRESSO PARANAENSE DE INFECTOLOGIA. 31 março e 01 abril de 2017 Londrina - PR HIV E DOENÇA RENAL I CONGRESSO PARANAENSE DE INFECTOLOGIA 31 março e 01 abril de 2017 Londrina - PR Cesar Helbel Serviço de Atendimento Especializado IST / HIV/Aids Maringá-PR IMPORTÂNCIA Era pós antiretrovirais

Leia mais

Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal

Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal Prof. Marina Prigol Investigação da função renal Funções do rim: Regulação do

Leia mais

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias 11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias Enunciado Paciente do sexo feminino, 8 anos, há 2 dias com hematúria macroscópica e dor abdominal difusa leve à esclarecer. Pressão arterial

Leia mais

Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta

Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta Mariana Affonso Vasconcelos - Nefrologista pediátrica do HC/UFMG - Pediatra UTIP Materdei - Pediatra Maternidade Odete Valadares

Leia mais

1º Curso de Nefropatologia e Osteodistrofia Renal

1º Curso de Nefropatologia e Osteodistrofia Renal CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA CENTRAL, EPE Serviço de Nefrologia Hospital Curry Cabral 1º Curso de Nefropatologia e Osteodistrofia Renal Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central Laboratório

Leia mais

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS Lidia Maria Melo (¹); Drª. Angela Akamatsu(²) ¹ Monitora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Itajubá- FEPI, na área de Diagnóstico

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª Página: 1 de 8 1. Introdução: A causa mais frequente da cólica nefrética é a passagem do cálculo pelo trato urinário, sendo a incidência anual de 16 casos para cada 1000 pessoas. O reconhecimento rápido

Leia mais

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO FRENTE À TEMÁTICA: DOENÇA RENAL CRÔNICA

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO FRENTE À TEMÁTICA: DOENÇA RENAL CRÔNICA 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃ ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO (

Leia mais

Hematúria 1. DEFINIÇÕES 2. ETIOLOGIA. Revisão. Aprovação. Elaboração Joana Campos Dina Cirino Clara Gomes A Jorge Correia Data: Maio 2007

Hematúria 1. DEFINIÇÕES 2. ETIOLOGIA. Revisão. Aprovação. Elaboração Joana Campos Dina Cirino Clara Gomes A Jorge Correia Data: Maio 2007 1. DEFINIÇÕES Hematúria presença de glóbulos vermelhos (GV) na urina em quantidade superior ao normal. Hematúria Macroscópica urina de cor vermelha/ acastanhada - > 5 000 GV/mm3 ou > 5 000 GV/min o -Inicial

Leia mais

Métodos de avaliação da função renal

Métodos de avaliação da função renal Métodos de avaliação da função renal Fernando Domingos Instituto de Fisiologia Faculdade de Medicina de Lisboa 2014 1 Avaliação clínica Medição da pressão arterial (pode estar elevada na doença renal)

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 1 Questão 1 Paciente de 23 anos, do sexo masculino, é trazido ao hospital em anasarca. Sua história clínica teve início quatro semanas antes, quando notou urina com espuma e edema

Leia mais

Doença com grande impacto no sistema de saúde

Doença com grande impacto no sistema de saúde Por quê abordar a Doença Renal Crônica Cô? PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA Doença com grande impacto no sistema de saúde Acomete muitas pessoas Vem aumentando nos últimos anos Provavelmente continuará a aumentar

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS. Doenças Renais Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS. Doenças Renais Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS Doenças Renais Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Medidas para controle da evolução da DRC * Estágio 1 TFG 90mL/min/1,73m2 na presença de proteinúria

Leia mais

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza RESPOSTAS DAS QUESTÕES:

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza RESPOSTAS DAS QUESTÕES: Nefropatia Diabética Caso clínico com estudo dirigido Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza RESPOSTAS DAS QUESTÕES: QUESTÃO 1 Qual é o motivo da glicosúria positiva? a) Resultado falso-positivo

Leia mais

NEFROPATIA DIABÉTICA. Vinicius D. A. Delfino. Prof. Titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Brasil

NEFROPATIA DIABÉTICA. Vinicius D. A. Delfino. Prof. Titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Brasil NEFROPATIA DIABÉTICA Vinicius D. A. Delfino Prof. Titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Brasil Prof. Adjunto de Nefrologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Londrina,

Leia mais

GESF no Transplante. Introdução

GESF no Transplante. Introdução GESF no Transplante Introdução A glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) é um padrão histológico de lesão renal que pode apresentar diferentes etiologias, incluindo doenças imunológicas, genéticas,

Leia mais

Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação.

Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação. Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação. Camila Eleuterio Rodrigues Médica assistente do grupo de Injúria Renal Aguda do HCFMUSP Doutora em nefrologia pela

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS Profª. Tatiane da Silva Campos - Consideradas por muitos profissionais da área da saúde como pouco expressivas. - Porém, são altamente prevalentes na população e algumas como

Leia mais

Avaliação Urinálise Sedimento

Avaliação Urinálise Sedimento Avaliação Urinálise Sedimento Rodada Agosto/2015 DR. JOSÉ ANTONIO TESSER POLONI Na rodada de Agosto/2015 tivemos baixo consenso ou questionamentos por parte dos participantes relativos aos seguintes itens:

Leia mais

Diagnóstico e estagiamento da DRC em cães e gatos

Diagnóstico e estagiamento da DRC em cães e gatos Cursos de Especialização Nefrologia e Urologia 5ª Turma Patologia clínica e citopatologia- 3ª Turma Geriatria 1ª Turma Diagnóstico e estagiamento da DRC em cães e gatos M.V. MSc. Dr. LUCIANO HENRIQUE GIOVANINNI

Leia mais

EFEITOS DA TOXINA DA CARAMBOLA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA RENAL E EM TRATAMENTO DIALITICO

EFEITOS DA TOXINA DA CARAMBOLA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA RENAL E EM TRATAMENTO DIALITICO EFEITOS DA TOXINA DA CARAMBOLA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA RENAL E EM TRATAMENTO DIALITICO CAETANO, C.R.; LOURIVAL, N. B. dos S. Resumo: O presente trabalho, descreve o mecanismo da toxidade da carambola

Leia mais

IMPORTÂNCIA DOS MARCADORES SÉRICOS NO ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA

IMPORTÂNCIA DOS MARCADORES SÉRICOS NO ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA IMPORTÂNCIA DOS MARCADORES SÉRICOS NO ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA Clarice Silva Sales(1); Mariana Balbino Da Silva(2); Hirisleide Bezerra Alves(3); José Henrique Dos Santos (4); Stéphanny Sallomé

Leia mais

30 horas-aula de prática em Urinálise, Urocultura e Antibiograma.* (de 1 a 30 de setembro de 2009)

30 horas-aula de prática em Urinálise, Urocultura e Antibiograma.* (de 1 a 30 de setembro de 2009) 1. CARGA HORÁRIA 30 horas-aula teóricas: sábados (Dias 15/08, 22/08, 29/08 e 05/09/09) Horário: 8h30 às 12h00 Aula 12h às 14h _ Intervalo 14h às 17h30 _ Aula 30 horas-aula de prática em Urinálise, Urocultura

Leia mais

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição O diabetes surge de um distúrbio na produção ou na utilização da insulina por isso é considerado um distúrbio endócrino provocado pela falta de produção ou de ação

Leia mais

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA NO IDOSO

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA NO IDOSO C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O C AT Ó L I C O S A L E S I A N O A U X I L I U M C U R S O D E N U T R I Ç Ã O - T U R M A 6 º T E R M O D I S C I P L I N A : N U T R I Ç Ã O E M G E R I AT R I A

Leia mais

NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA

NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA Profa Dra Rachel Bregman HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO NEFROLOGIA Doença Renal Crônica (DRC) Am J Kidney Dis. 2002;39:S17 K-DOQI. 2002

Leia mais

Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulonefrites Bacterianas

Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulonefrites Bacterianas Glomerulonefrites Infecto-parasitárias Doenças sistêmicas Infecto-parasitárias Nefropatia da gravidez Medicamentosa Bacterianas GNDA Endocardite Lues M leprae Parasitoses Plasmodium Leptospira Vírus HVA

Leia mais

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico.

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico. Hidroclorotiazida Diurético - tiazídico Índice 1. Definição 2. Indicação 3. Posologia 4. Contraindicação 5. Interação medicamentosa 1. Definição A Hidroclorotiazida age diretamente sobre os rins atuando

Leia mais

SÉRIE-UN Solução modular de automatização da urinálise

SÉRIE-UN Solução modular de automatização da urinálise Solução modular de automatização da urinálise Sistema inteligente de automatização em urinálise TM Analisador completamente automatizado de partículas de urina TM Dispositivo de imagem digital das partículas

Leia mais

Doença Renal Crônica no Brasil. Epidemia Silenciosa

Doença Renal Crônica no Brasil. Epidemia Silenciosa Doença Renal Crônica no Brasil Epidemia Silenciosa DANIEL RINALDI DOS SANTOS PROF. ADJUNTO DE NEFROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA ABC PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA Doença Renal Crônica:

Leia mais

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor pelo autor

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor pelo autor Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor. É-lhe fornecida pela Sociedade Portuguesa de Nefrologia Pediátrica no contexto do Curso de Nefrologia

Leia mais

BEATRIZ TINOCO FRANCESCHI NÁDIA FONSECA GASPAROTTO

BEATRIZ TINOCO FRANCESCHI NÁDIA FONSECA GASPAROTTO PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO FUNDAP BEATRIZ TINOCO FRANCESCHI NÁDIA FONSECA GASPAROTTO

Leia mais

Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária. (Nefropatia por IgA [Doença de Berger])

Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária. (Nefropatia por IgA [Doença de Berger]) Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária (Nefropatia por IgA [Doença de Berger])

Leia mais

Profa Dra Rachel Breg

Profa Dra Rachel Breg Profa Dra Rachel Breg DOENÇA RENAL CRÔNICA HIPERTENSÃO ARTERIAL 35% DIABETES MELLITUS 32% Prevenção Primária Programa de atividades direcionadas à melhorar o bem- estar geral da população, evitando o surgimento

Leia mais

O PAPEL DO MFC NA PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA

O PAPEL DO MFC NA PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA O PAPEL DO MFC NA PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA Doença Renal Crônica DCNT consequente a lesão renal e perda progressiva e irreversível da função renal (filtração, reabsorção, homeostase, funções endocrinológica

Leia mais

Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome

Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome Grupo Indiano de Nefrologia Pediátrica, Academia Indiana de Pediatria o Indian Pediatrics 2001; 38: 975-986 986 http://www.indianpediatrics.net/sept2001/sept-975

Leia mais

Estado nutricional, função renal,...

Estado nutricional, função renal,... 391 ESTADO NUTRICIONAL, FUNÇÃO RENAL, PERFIL INFLAMATÓRIO E OCORRÊNCIA DE ANEMIA EM PACIENTES COM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL1 NUTRITIONAL STATUS, RENAL FUNCTION, INFLAMMATORY STATUS AND OCCURRENCE OF

Leia mais

Anemia da Doença Renal Crônica

Anemia da Doença Renal Crônica Anemia da Doença Renal Crônica Dirceu Reis da Silva Médico nefrologista, MD Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Rio Grande do Sul Brasil Comum Ocorre desde o estágio 3 da doença renal crônica Sua

Leia mais

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO RESUMO SEPSE PARA SOCESP 2014 1.INTRODUÇÃO Caracterizada pela presença de infecção associada a manifestações sistêmicas, a sepse é uma resposta inflamatória sistêmica à infecção, sendo causa freqüente

Leia mais

Discentes do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Internacional da Paraíba. 5

Discentes do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Internacional da Paraíba. 5 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E CRÔNICA: revisão integrativa Jaine Roberta de Souza 1; Ianca Venancio Barbosa da Silva 2 ; Lucas Henrique Fernandes

Leia mais

Transtornos de importância clínica no sistema urinário dos ruminantes

Transtornos de importância clínica no sistema urinário dos ruminantes Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Clínica Médica de Grandes Animais I Transtornos de importância clínica no sistema urinário dos ruminantes Marcelo Moreira Antunes e Marcio Nunes

Leia mais

DIA MUNDIAL DO RIM 13 DE MARÇO DE 2014-FORTALEZA, CE 1 EM 10. O RIM ENVELHECE, ASSIM COMO NÓS

DIA MUNDIAL DO RIM 13 DE MARÇO DE 2014-FORTALEZA, CE 1 EM 10. O RIM ENVELHECE, ASSIM COMO NÓS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO DE MEDICINA LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA LIGA DE CLÍNICA MÉDICA LIGA DE CARDIOLOGIA DIA MUNDIAL DO RIM 13 DE MARÇO DE 2014-FORTALEZA, CE 1 EM 10. O RIM ENVELHECE, ASSIM

Leia mais

Informações básicas sobre SDMA

Informações básicas sobre SDMA DIMETILARGININA SIMÉTRICA - SDMA Informações básicas sobre SDMA O que é SDMA? A dimetilarginina simétrica (SDMA) é uma pequena molécula libertada na corrente sanguínea durante a degradação de proteínas,

Leia mais

Material para Colheita

Material para Colheita URINÁLISE Material para Colheita Métodos de Colheita Micção Natural, cateterismo, compressão vesical, cistocentese Bovinos, equinos,, caninos, felinos 1 Bovinos - Métodos de Colheita - Micção Natural Cateterismo

Leia mais

QUESTÕES COMENTADAS INTRODUÇÃO À NEFROLOGIA

QUESTÕES COMENTADAS INTRODUÇÃO À NEFROLOGIA QUESTÕES COMENTADAS DE INTRODUÇÃO À NEFROLOGIA Hospital das Clínicas do Paraná 2013 1 Na figura, a flecha está apontada para qual estrutura anatômica? a) Processo podocitário b) Endotélio c) Mesângio d)

Leia mais

Fragilidade. Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007

Fragilidade. Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007 Fragilidade Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007 Introdução Idoso Frágil: aquele que sofreu declínio funcional em conseqüência da combinação de efeitos de doença e idade O idoso frágil é extremamente

Leia mais

Etiologia: Etiologia:

Etiologia: Etiologia: Glomerulopatias Primárias rias (OMS) lesão mínimam esclerose focal e segmentar glomerulonefrites difusas membranosa mesangial endocapilar membranoproliferativa doença a do depósito denso crescêntica Lesões

Leia mais

PRÉ-REQUISITO R3 TRANSPLANTE RENAL / NEFRO (309)

PRÉ-REQUISITO R3 TRANSPLANTE RENAL / NEFRO (309) PRÉ-REQUISITO R TRANSPLANTE RENAL / NEFRO (09) RESIDÊNCIA MÉDICA (UERJ-FCM) 06 PRÉ-REQUISITO (R) / 09 PROVA ESCRITA NEFROLOGIA ) Uma senhora de 80 anos chega ao serviço de pronto-atendimento com queixa

Leia mais

Clique para editar o título mestre

Clique para editar o título mestre Clique para editar o título mestre As criaturas abaixo foram tema de filmes dirigidos por Steven Spielberg, exceto: 1 2 v 3 4 Questão 1 Qual processo patológico acomete este enxerto renal? 1) Rejeição

Leia mais

CURSO DE FARMÁCIA Autorizado pela Portaria nº 991 de 01/12/08 DOU Nº 235 de 03/12/08 Seção 1. Pág. 35 PLANO DE CURSO

CURSO DE FARMÁCIA Autorizado pela Portaria nº 991 de 01/12/08 DOU Nº 235 de 03/12/08 Seção 1. Pág. 35 PLANO DE CURSO CURSO DE FARMÁCIA Autorizado pela Portaria nº 991 de 01/12/08 DOU Nº 235 de 03/12/08 Seção 1. Pág. 35 Componente Curricular: Hematologia Clínica Código: FAR - 121 Pré-requisito: Sem pré-requisitos Período

Leia mais