GRAFOS Aula 07 Algoritmos de Caminho Mínimo: Bellman-Ford / Floyd-Warshall Max Pereira
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1 Ciência da Computação GRAFOS Aula 07 Algoritmos de Caminho Mínimo: Bellman-Ford / Floyd-Warshall Max Pereira
2 Algoritmo de Bellman-Ford Arestas com valores negativos podem parecer inúteis, mas elas podem explicar uma série de fenômenos, como por exemplo, fluxo de caixa, calor liberado/absorvido em uma reação química, etc. Arestas com pesos negativos podem criar ciclos negativos, isto é, um ciclo que irá reduzir a distância total, retornando ao mesmo ponto. Algoritmos de caminho mínimo, como o Dijkstra, que não são capazes de detectar tais ciclos podem produzir resultados incorretos. Ótimo: S A E Dijkstra: S B E Ótimo: S A B Dijkstra: S B
3 Algoritmo de Bellman-Ford Ford, L. R., Network Flow Theory., Santa Monica, Calif.: RAND Corporation, P-923, As of September 13, 2017:
4 Algoritmo de Bellman-Ford Ao invés de fechar um vértice por iteração, como o algoritmo de Dijkstra, examina todos os vértices de um grafo orientado por iteração até que atualizações não sejam possíveis. Com esta estratégia é possível calcular caminhos mínimos em grafos com arestas com valores negativos. Assim como o algoritmo de Dijkstra, baseia-se no princípio de relaxação: uma aproximação da distância da origem até cada vértice é gradualmente atualizada por valores mais precisos até a que a solução ótima seja atingida.
5 Algoritmo de Bellman-Ford O que é um ciclo negativo? Um ciclo negativo significa que, se somarmos os pesos de todas as arestas no ciclo, a soma se tornará negativa. O grafo abaixo contém um ciclo negativo (C, H, G, C) com soma igual a -4.
6 Algoritmo de Bellman-Ford Então, como o algoritmo de Bellman-Ford resolve o problema dos ciclos negativos? Na verdade ele não resolve, o algoritmo não consegue responder com um caminho difinitivo. É teoricamente impossível encontrar o caminho mínimo se existir um ciclo negativo. Se tentarmos encontrar o caminho mínimo, retornamos ao ciclo mais de uma vez e o resultado é um caminho menor ainda. Na prática, esse algoritmo ou informará um caminho mínimo válido ou indicará a existência de um ciclo negativo.
7 Algoritmo de Bellman-Ford Estratégia: Considerando o vértice A como a origem, adicionamos todos os vertices (A, B, C, D, E, F, G, H) a uma lista. Para todos os vertices, exceto o vértice A, associamos um custo infinito.
8 Algoritmo de Bellman-Ford A partir da origem (A), avaliamos todas as arestas no grafo (1ª iteração). (A, E) : E = MIN(E[ ], A[0] + W {A,E} [6]). (E) = 6. (A, B) : B = MIN(B[ ], A[0] + W {A,B} [8]). (B) = 8. (B, C) : C = MIN(C[ ], B[8] + W {B,C} [6]). (C) = 14. (C, H) : H = MIN(H[ ], C[14] + W {C,H} [4]). (H) = 18. (H, G) : G = MIN(G[ ], H[18] + W {H,G} [-2]). (G)= 16. (G, C) : C = MIN(C[14], G[16] + W {G,C} [-1]). (C) = 14. (G, D) : D = MIN(D[ ], G[16] + W {G,D} [1]). (D) = 17. (D, B) : B = MIN(B[8], D[17] + W {D,B} [2]). (B) = 8. (E, F) : F = MIN(F[ ], E[6] + W {E,F} [3]). (F) = 9. (E, G) : G = MIN(G[16], E[6] + W {E,G} [2]). (G) = 8. (F, G) : G = MIN(G[8], [9] + W {F,G} [6]). (G) = 8. O custo para alcançar cada vértice pode ser atualizado K vezes (onde K é o número de arestas que chegam no vértice).
9 Algoritmo de Bellman-Ford Avaliamos, novamente, todas as arestas no grafo (2ª iteração). Note que apenas os vértices C, D e G foram atualizados. (A, E) : E = MIN(E[6], A[0] + W {A,E} [6]). (E)= 6. (A, B) : B = MIN(B[8], A[0] + W {A,B} [8]). (B) = 8. (B, C) : C = MIN(C[14], B[8] + W {B,C} [6]). (C)= 14. (C, H) : H = MIN(H[18], C[14] + W {C,H} [4]).(H)=18. (H, G) : G = MIN(G[8], H[18] + W {H,G} [-2]).(G) = 8. (G, C) : C = MIN(C[14], G[8] + W {G,C} [-1]). (C) = 7. (G, D) : D = MIN(D[17], G[8] + W {G,D} [1]). (D) = 9. (D, B) : B = MIN(B[8], D[9] + W {D,B} [2]).(B) = 8. (E, F) : F = MIN(F[9], E[6] + W {E,F} [3]). (F) = 9. (E, G) : G = MIN(G[8], E[6] + W {E,G} [2]).(G) = 8. (F, G) : G = MIN(G[8], F[9] + W {F,G} [6]).(G) = 8
10 Algoritmo de Bellman-Ford Avaliamos, novamente, todas as arestas no grafo (3ª iteração). Note que apenas o vértice H foi atualizado. (A, E) : E = MIN(E[6], A[0] + W {A,E} [6]). (E) = 6. (A, B) : B = MIN(B[8], A[0] + W {A,B} [8]). (B)= 8. (B, C) : C = MIN(C[7], B[8] + W {B,C} [6]). (C) = 7. (C, H) : H = MIN(H[18], C[7] + W {C,H} [4]). (H)= 11. (H, G) : G = MIN(G[8], H[11] + W {H,G} [-2]). (G)= 8. (G, C) : C = MIN(C[7], G[8] + W {G,C} [-1]).(C)= 7. (G, D) : D = MIN(D[9], G[8] + W {G,D} [1]). (D)= 9. (D, B) : B = MIN(B[8], D[9] + W {D,B} [2]). (B)= 8. (E, F) : F = MIN(F[9], cost E[6] + W {E,F} [3]). (F)=9. (E, G) : G = MIN(G[8], E[6] + W {E,G} [2]). (G)= 8. (F, G) : G = MIN(G[8], F[9] + W {F,G} [6]). (G)=8.
11 Algoritmo de Bellman-Ford Estratégia: Se continuarmos repetindo o processo (novas iterações) poderemos encontrar uma das seguintes situações: 1. Não será efetuada mais nenhuma atualização nas próximas iterações. Nesse caso, encerramos o processo para melhorar a eficiência do algoritmo. 2. As atualizações continuarão sendo efetuadas e repetiremos o processo até V -1. Uma vez encerrada as iterações, precisaremos refazer o processo mais uma vez, para verificar se os custos continuam reduzindo. Se houver ainda redução nos custos, podemos afirmar que existe um ciclo negativo e um caminho mínimo não existe.
12 Algoritmo de Bellman-Ford Estratégia: O algoritmo trabalha superestimando o comprimento do caminho entre o vértice inicial e todos os outros vértices. Depois, de forma iterativa, reavalia essas estimativas encontrando novos caminhos que são menores do que os anteriores. Fazendo isso, de forma repetitiva, para todos os vértices, garantimos que o resultado final seja ótimo. Apesar de ser mais lento que o algoritmo de Dijkstra, ele é capaz de ser executado em grafos que contenham arestas com valores negativos. É importante notar que se existir um ciclo negativo no grafo, não haverá caminho mínimo. Avaliar o ciclo negativo infinitamente continuará a reduzirr o custo do caminho.
13 Algoritmo de Bellman-Ford Executar o algoritmo com a seguinte lista de arestas:
14 Algoritmo de Bellman-Ford
15 Algoritmo de Bellman-Ford Bellman Ford vs Dijkstra As estruturas dos algoritmos de Bellman-Ford e de Dijkstra são muito similares. Enquanto Dijkstra verifica somente os adjacentes imediatos de um vértice, Bellman-Ford passa por cada uma das arestas em todas as iterações.
16 Os algoritmos de Bellman-Ford e Dijkstra encontram o caminho mínimo a partir de uma determinada origem. Porém, podemos querer encontrar os caminhos mínimos entre todos os pares de vértices. Podemos executar os algoritmos para cada vértice no grafo ou utiliza o algoritmo de Floyd-Warshall, que retorna os caminhos mínimos entre todos os pares de vertices.
17 Definição: Os vértices v 2, v 3,, v l-1 são chamados de vértices intermediários do caminho p = {v 1, v 2,,v l }. (k) Seja d ij o comprimento do caminho mínimo de i a j tal que todos os vértices intermediários no caminho (se houver) estão no conjunto {1, 2,, k} (0) d ij representa a ausência de vértices intermediários e D k representa a matriz n n [d ij (k) ]. (n) Sabendo que d ij é a distância entre i e j, então nosso objetivo é calcular D (n).
18 Observação: Para o caminho mínimo entre i e j, para qualquer vértice intermediário, no caminho, escolhido no conjunto {1, 2,, k}, há duas possibilidades: (k 1) 1. K não é um vértice do caminho: esse caminho tem comprimento d ij (k 1) (k 1) 2. K é um vértice do caminho: esse caminho tem comprimento d ik + dkj Vamos considerar um caminho mínimo de i a j que contenha o vértice k, ou seja, um subcaminho de i a k e um subcaminho de k a j. Cada subcaminho pode conter apenas vértices intermediários {1,..., k-1} e deve ser o menor possível, ou seja, eles têm comprimentos d ik (k 1) Assim, o caminho tem comprimento d ik + dkj (k 1). (k 1) (k 1) e dkj.
19 Observação: (k 1) 1. K não é um vértice do caminho: esse caminho tem comprimento d ij (k 1) (k 1) 2. K é um vértice do caminho: esse caminho tem comprimento d ik + dkj Combinando os dois casos temos: (k) (k 1) (k 1) (k 1) d ij = min{ dij, dik + dkj }.
20 Procedimento: D (0) = [w ij ], a matriz de pesos (valores). Calcule D (k) a partir de D (k 1) usando (k) (k 1) (k 1) (k 1) d ij = min( dij, dik + dkj ) Para k = 1,..., n.
21
22 Exemplo:
23 Exemplo: Inicialização: (k = 0)
24 Exemplo: Iteração 1: (k = 1) As distâncias entre 2 3 e 2 4 são encontradas através do vértice 1.
25 Exemplo: Iteração 2: (k = 2) As distâncias entre 4 1, 5 1 e 5 3 são encontradas através do vértice 2.
26 Exemplo: Iteração 3: (k = 3) Nenhuma distância é encontrada passando pelo vértice 3.
27 Exemplo: Iteração 4: (k = 4) As distâncias entre 1 2, 1 3, 2 3, 3 1, 3 2, 5 1, 5 2, 5 3 e 5 4 são encontradas através do vértice 4.
28 Exemplo: Iteração 5: (k = 5) Nenhuma distância é encontrada passando pelo vértice 5.
29 Exemplo: As distâncias finais para todos os pares de vértices são apresentadas na matriz D.
30 O algoritmo de Floyd-Warshall encontra o caminho mínimo em um grafo valorado com arestas positivas ou negativas (sem ciclos negativos).
31 Executar o algoritmo:
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