OCÂNCER DE COLO UTERINO ÉOSEGUNDO TU-

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "OCÂNCER DE COLO UTERINO ÉOSEGUNDO TU-"

Transcrição

1 colo uterino Rastreamento do câncer de colo uterino: desafios e recomendações Arquivo pessoal Evandro Sobroza de Mello * Médico patologista, coordenador do Laboratório de Anatomia Patológica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) Contato: esobroza@gmail.com Fernando Nalesso Aguiar * Médico patologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) Contato: fnaguiar@yahoo.com.br OCÂNCER DE COLO UTERINO ÉOSEGUNDO TU- MOR MAIS FREQUENTE ENTRE AS MULHERES, SENDO A QUARTA CAUSA DE MORTE POR CÂNCER entre a população feminina no Brasil. Assim como em todos os carcinomas, a redução da mortalidade acontece quando há descoberta em estádios precoces e também quando há detecção de lesões préinvasoras. O colo uterino tem o melhor método custo/benefício de detecção precoce do câncer: o exame de Papanicolaou. Em 1928, George Papanicolaou identificou células malignas em esfregaços citológicos vaginais, mas apenas no final dos anos 1940 esse teste passou a ser aceito e teve a coleta aperfeiçoada. Sua utilização tornou-se mundial e, apesar de não avaliada em estudos prospectivos, a redução nas taxas de mortalidade chegava a 70%, sendo sempre proporcional à intensidade do rastreamento. O teste de Papanicolaou (citologia oncótica) é um exame citológico em que, após a coleta do material no colo uterino, é realizado o esfregaço das células em uma lâmina. Esta recebe então a coloração de Papanicolaou e é analisada em um microscópio óptico, atentando-se para alterações citológicas. Um aperfeiçoamento desse método que tem sido usado em muitos laboratórios é a citologia em base líquida, que difere do esfregaço clássico porque, após a coleta com uma escova, esta é transferida para um frasco contendo líquido fixador. A citologia em base líquida é processada em laboratório, resultando num preparado de células em camada única. A interpretação por esse método é mais rápida e resulta em menos exames insatisfatórios pelo melhor aproveitamento do material, além de permitir que o material remanescente no frasco possa ser usado para pesquisa e subtipagem de papilomavírus humano, sem necessidade de uma nova coleta. Vale lembrar que a citologia líquida, apesar de mais cara, apresenta a mesma sensibilidade e especificidade do esfregaço citológico convencional, quando este é bem executado. O papilomavírus humano (HPV) éovírus causador do câncer de colo uterino e é sexualmente transmitido. Sabe-se que existem inúmeros subtipos conhecidos desse vírus. Porém, também se sabe que 90% das infecções pelo HPV são transitórias, desaparecendo em dois anos. Os principais subtipos virais relacionados ao carcinoma de colo uterino são o HPV 16 e o HPV 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos. As mulheres que apresentam infecção persistente por HPV 16 têm risco de 5% em três anos de desenvolver neoplasia intraepitelial cervical 3 (NIC 3) ou alguma lesão mais grave. Em dez anos o risco passa para 20%. Já para os outros tipos de HPV, o risco é reduzido pela metade. A NIC 1 não é uma lesão considerada precursora, já que apresenta alta probabilidade de regressão. Essas evidências levaram ao desenvolvimento de técnicas de detecção de DNA-HPV que oferecem a possibilidade da genotipagem viral. São técnicas com maior sensibilidade quando comparadas ao exame citopatológico, mas mostram menor especificidade. Uma estratégia para diminuir a perda na especificidade seria a triagem citológica para aquelas pacientes com positividade para DNA-HPV oncogênico. Significa que as pacientes realizariam o teste e, se positivo, fariam a citologia oncótica. Outro potencial campo de utilização seria em pacientes resistentes à coleta realizada por um profissional da saúde ou naquelas com dificuldades geográficas para sua realização, já que as próprias pacientes poderiam coletar o material e enviá-lo para análise. Na rotina atual, para uma implementação com custo-efetividade favorável, o teste teria de ser aplicado com intervalo maior do que o estabelecido hoje para os exames de citologia oncótica e exigiria um excelente controle, tanto das pacientes selecionadas para os exames quanto dos resultados. Infelizmente, isso ainda não é possível em larga escala no Brasil. 30 novembro/dezembro 2012 Onco&

2 Um rastreamento ótimo deve estar apto a identificar lesões precursoras para carcinoma invasivo, evitando a detecção e o tratamento desnecessário de alterações provocadas por infecções transitórias do HPV. Deve também ser realizado de maneira sistemática e universal. A abordagem sistemática é buscada com a criação de programas e diretrizes. Apesar do reconhecimento da necessidade de uma abordagem universal, o Brasil não dispõe ainda de um sistema de informação de base populacional, o que resulta na disparidade entre um contingente de mulheres super-rastreadas e outras em falta com os controles de rastreamento. O programa de controle do câncer de colo uterino no Brasil teve início oficialmente na década de 1970, apesar de já nos anos 40 alguns profissionais utilizarem os métodos citológicos e colposcópicos. O programa expandiu-se na década de 1990, sendo atualmente realizados cerca de 12 milhões de exames citopatológicos anuais no Sistema Único de Saúde (SUS). A última revisão foi realizada em 2011 e teve como princípios ser baseada em evidências, com objetivo de ser aceita, factível e utilizada pelos profissionais da saúde. Devemos ter em mente que a decisão de quando e como realizar o rastreamento leva em conta três importantes aspectos: as vantagens, as desvantagens e o custo. Vale sempre lembrar que o teste é realizado em pacientes assintomáticas e que um resultado positivo pode gerar grande ansiedade e levar a outros procedimentos. Em relação às diretrizes brasileiras para rastreamento de câncer de colo uterino, cabe considerar: A - Periodicidade Estudos mostram que a redução da incidência cumulativa de câncer em pacientes abaixo dos 25 anos submetidas ao rastreamento é de apenas 1%. Também há evidências de que o rastreamento é menos efetivo nessa idade, além de o tratamento de lesões precursoras do câncer de colo em adolescentes e mulheres jovens estar associado a aumento na morbidade obstétrica e neonatal. Para idades mais avançadas não há evidências objetivas. As recomendações para a realização do exame citopatológico são: Intervalo de três anos após dois exames negativos com intervalo anual. Início da coleta: mulheres com 25 anos e que já tiveram atividade sexual. Interromper após os 64 anos quando a mulher tiver dois exames negativos nos últimos cinco anos. Mulheres com mais de 64 anos que nunca realizaram o exame devem realizar dois exames com intervalo de três anos; casos negativos estão dispensados de exames adicionais, exceto em mulheres com história prévia de câncer de colo, lesões precursoras ou em outras situações especiais. Gestantes: seguir as recomendações de acordo com a faixa etária para as demais mulheres. Aproveitar a procura do serviço de saúde para o pré-natal para iniciar o rastreamento. Mulheres menopausadas: seguir as recomendações de acordo com a faixa etária para as demais pacientes. Atenção para a necessidade de estrogenização pela atrofia secundária ao hipoestrogenismo. Mulheres histerectomizadas: pacientes sem história prévia de lesão cervical de alto grau e submetidas à histerectomia por lesões benignas podem ser excluídas do rastreamento desde que apresentem exames anteriores normais. Mulheres sem história de atividade sexual: não há indicação de rastreamento nesse grupo. Mulheres imunossuprimidas: o rastreamento deve ser realizado após o início da atividade sexual, com intervalos semestrais no primeiro ano e seguimento anual, se normais, enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. B - Nomenclatura utilizada nos resultados de exames citopatológicos no Brasil Quadro 1. Diferentes sistemas de classificação cito-histológica usados ao longo da história do exame citopatológico do colo uterino - adaptado de Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero - Ministério da Saúde e INCA, 2011 Papanicolaou (1941) OMS (1952) Richart (1967) Classe I Bethesda (1988, revisada em 1991 e 2001) / Brasileira Classe II Alterações benignas Atipias de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas (ASC-US) OU não se pode afastar lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H) Displasia leve NIC 1 Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau Classe III Displasia moderada NIC 2 Lesão intraepitelial Displasia acentuada NIC 3 escamosa de alto grau Classe IV Carcinoma in situ NIC 3 Lesão intraepitelial escamosa de alto grau Classe V Carcinoma invasor Carcinoma invasor 1. Resultado normal Nos casos dentro dos limites da normalidade, seguir rotina de rastreamento, lembrando que o diagnóstico é relacionado à amostra submetida ao exame. Onco& novembro/dezembro

3 Mulheres que apresentam infecção persistente por HPV 16 têm risco de 5% em três anos de desenvolver neoplasia intraepitelial cervical 3 (NIC 3) ou alguma lesão mais grave. Em dez anos o risco passa para 20% Alterações celulares benignas devem seguir a rotina de rastreamento citológico. Englobam inflamação sem identificação do agente, metaplasia escamosa imatura, reparação, atrofia com reparação, radiação. Em pacientes dentro de situações especiais, a conduta deve ser a mesma. 2. Atipias de significado indeterminado em celúlas escamosas Categoria dividida em células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas (ASC-US), e células escamosas atípicas não podendo se excluir lesão de alto grau (ASC-H). Células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas (ASC-US) Prevalência de 1,2% no Brasil no ano de 2009, correspondendo a 46% dos exames alterados. Estudos mostram prevalência de cerca de 10% de lesão intraepitelial escamosa de alto grau e de câncer de colo em pacientes com diagnóstico de ASC-US. A reprodutibilidade do diagnóstico não é adequada, sendo de 35% a 45% segundo a Sociedade Americana de Citopatologia (American Society of Cytopathology). Recomenda-se conduta conservadora nesses casos, pesando fatores como idade e diagnósticos citológicos prévios nessa decisão. A maioria das diretrizes por todo o mundo recomenda repetição da citologia entre 6 e 12 meses, com encaminhamento para a colposcopia em caso de resultado mantido. A justificativa se baseia no fato de o clareamento da infecção pelo HPV ocorrer entre 6 e 18 meses. Alguns países recomendam a utilização do teste de identificação do HPV oncogênico e, em caso positivo, encaminhamento para a colposcopia. Já comentamos as dificuldades de implementação dessa conduta no Brasil. Por isso, a recomendação é de repetição citológica em 6 meses nas pacientes com 30 anos ou mais e em 12 meses nas pacientes com menos de 30 anos. Se dois resultados negativos subsequentes ocorrerem, a paciente volta para o rastreamento trienal (Fluxograma 1). Nas situações especiais, apenas as mulheres imunossuprimidas devem ser encaminhadas para a colposcopia já no primeiro diagnóstico. As demais seguem as recomendações citadas. Células escamosas atípicas não podendo se excluir lesão de alto grau (ASC-H) Prevalência de 0,2% entre todos os exames e de 7% entre os alterados no Brasil em Estudos mostram prevalência entre 12,2% e 68% de lesão de alto grau e de 3% de câncer de colo nessas pacientes. Na maioria dos países esse resultado leva à recomendação de colposcopia e há sugestão de que o teste de HPV oncogênico pode ajudar nos casos de colposcopia insatisfatória, sem alterações ou com achados menores. No Brasil também é recomendada a colposcopia e, se essa for normal, deve-se realizar nova citologia em 6 meses, retornando ao rastreamento normal em caso de duas negativas consecutivas. Nas gestantes e imunossuprimidas as recomendações são semelhantes. 3. Atipias de significado indeterminado em células glandulares Esta categoria correspondeu a 0,13% entre todos os diagnósticos em 2009 e a 4,6% dos exames alterados. É dividida em possivelmente não neoplásicas e não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau. Essas duas subcategorias são análogas às células glandulares atípicas sem outras especificações e favorecendo neoplasia, respectivamente, segundo nomenclatura da classificação de Bethesda. Há maior associação de atipias em células glandulares com NIC até os 40 anos e com neoplasias invasoras após os 40 anos. Outra possível associação é com patologias endometriais, mesmo benignas. Por enquanto, não há evidências para condutas diferentes em relação à idade, status de HPV (teste oncogênico) ou mesmo entre as duas subcategorias diagnósticas. As recomendações são encaminhamento para a colposcopia com coleta de material para citologia do canal endocervical ou com biópsia, se houver alguma alteração na colposcopia. Também é recomendada avaliação endometrial 32 novembro/dezembro 2012 Onco&

4 Fluxograma 1. Abordagem de pacientes com diagnóstico de células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas (ASCUS-US) Células escamosas atípicas de significado indeterminado. Possivelmente não neoplásicas (ASCUS-US) Mais de 30 anos de idade Repetir citologia em 6 meses Menos de 30 anos de idade Repetir citologia em 12 meses Novo resultado normal? COLPOSCOPIA Repetir exame em 6/12 meses de acordo com a idade Segunda citologia ASCUS-US? Dois exames consecutivos normais? Conduta diante do novo resultado Alteração colposcópica presente? Rastreio trienal BIÓPSIA Lesão Intraepitelial ou câncer? Conduta específica diante do resultado (ultrassom ou exame anatomopatológico) em pacientes com mais de 35 anos. As recomendações são as mesmas para pacientes até 20 anos e para imunossuprimidas, sendo excluída a indicação de avaliação endometrial. Há indicação de biópsia na colposcopia apenas na suspeita de invasão em pacientes gestantes. 4. Atipias de origem indefinida Categoria subdividida em possivelmente não neoplásica e não se pode excluir lesão de alto grau. Deve ser utilizada apenas quando não há uma definição clara da origem das células atípicas. Corresponderam a 0,015% do total de exames em 2009 ea0,5% dos exames alterados. Há poucos trabalhos lidando especificamente com esta categoria. Mostram que uma cuidadosa revisão pode definir melhor a origem celular em muitos casos. Por isso, há uma sugestão para questionamento da persistência desse termo nas futuras revisões de nomenclatura. As pacientes devem ser encaminhadas para a colposcopia com citologia se exame normal e biópsia se alterado, associada a exame de imagem de endométrio e anexos em pacientes com mais de 35 anos. Se a citologia tiver o mesmo diagnóstico prévio, repetir em três meses. Se a biópsia vier normal ou com NIC 1, deve-se realizar nova citologia em três meses e, após duas negativas, retorno ao rastreamento. Pacientes com até 20 anos e pacientes imunossuprimidas seguem as mesmas recomendações, enquanto gestantes não devem investigar endométrio e região anexial, além de apenas realizar biópsia quando a colposcopia for sugestiva de lesão invasiva. 5. Lesão Intraepitelial de baixo grau Prevalência de 0,8% em todos os exames e de 31% entre os exames citológicos alterados em 2009, sendo o segundo diagnóstico mais frequente entre os alterados. A reprodutibilidade desse diagnóstico é moderada, estimando-se que haja subestimação de NIC 2 ou 3 em 11,8% a 23,3% dos casos. Por todo o mundo, a conduta varia entre encaminhamento imediato para a colposcopia e repetição da citologia, pesando na decisão o risco de subestimação diante da chance de regressão. Estudos mostraram 47,4% de chance de regressão após 24 meses e 0,2% de progressão para carcinoma invasivo. Esse panorama, associado aos riscos psicológicos e colaterais dos tratamentos, tem favorecido condutas mais conservadoras. 34 novembro/dezembro 2012 Onco&

5 A recomendação é repetir a citologia em seis meses, sendo que dois resultados negativos consecutivos retornam a paciente ao rastreamento, enquanto um novo resultado positivo indica a paciente para a colposcopia. Nesta, deve ser realizada biópsia (se alterada) ou citologia semestral (se normal), novamente com duas citologias negativas retornando a paciente para o rastreamento. Se em algum momento houver diagnóstico mais grave, a conduta deve seguir o fluxo e o tratamento adequados. As pacientes gestantes seguem as mesmas recomendações. Nas mulheres com até 20 anos, deve-se repetir o exame a cada 12 meses e realizar colposcopia apenas se houver persistência por 24 meses. As pacientes imunossuprimidas devem ser encaminhadas para a colposcopia já no primeiro diagnóstico. Em pacientes pós-menopausa, devese ter atenção à atrofia, pois ela prejudica a qualidade do exame e, se necessário, deve ser tratada antes de uma segunda coleta. Recomendações da Sociedade Americana de Câncer (American Cancer Society ACS) Nos Estados Unidos, a recomendação de início do rastreamento é aos 21 anos, independentemente da atividade sexual ou de outros fatores de risco. Há reconhecimento de que o câncer de colo nessa faixa etária é raro e pode não ser prevenido pelo rastreamento, já que não diminuiu nas últimas quatro décadas. A Sociedade Americana também reconhece o risco de tratamentos desnecessários e reforça o foco na prevenção em adolescentes, através da vacinação. Entre 21 e 29 anos, os Estados Unidos recomendam exame citológico a cada três anos, mesmo com dois resultados negativos consecutivos. recomendam o teste para HPV oncogênico, nem isoladamente nem em conjunto com a citologia, principalmente devido à alta prevalência do HPV nessa faixa etária, sendo a maioria infecção transitória, a fim de evitar danos desnecessários com o tratamento. Dos 30 aos 65 anos, há recomendação de teste citológico trienal ou citologia com teste de HPV oncogênico concomitante a cada cinco anos. Neste último caso, abrem-se duas possibilidades se algum dos testes estiver alterado: teste oncogênico positivo e citologia negativa: deve-se repetir o coteste ou realizar a pesquisa imediata de HPV 16 e HPV 18. Se positivo na repetição ou pesquisa, encaminhar para a colposcopia ou retornar ao rastreamento habitual se negativo. teste oncogênico negativo e ASC-US na citologia: seguir a rotina do rastreamento. Pela Sociedade Americana, pacientes acima dos 65 anos não devem realizar mais o rastreamento se tiverem três citologias ou dois testes oncogênicos negativos nos últimos dez anos, desde que não tenham história de lesão intraepitelial de alto grau nos últimos 20 anos. Nas pacientes com história de lesão intraepitelial de alto grau ou adenocarcinoma in situ, o rastreamento deve ser mantido até 20 anos depois do diagnóstico. Pacientes histerectomizadas sem história de lesão intraepitelial escamosa de alto grau não devem ser mantidas no rastreamento, devido à raridade do carcinoma vaginal. Os americanos não recomendam qualquer alteração na rotina de rastreamento em caso de vacinação prévia, já que 30% dos carcinomas cervicais não são causados pelos HPV 16 ou 18, que são os subtipos cobertos pela vacinação. No tópico recomendações futuras são abordadas algumas questões importantes. A Sociedade Americana estabelece como prioridade encontrar maneiras de aumentar o rastreamento na população que não realiza o rastreamento ou que o realiza de maneira inadequada. Também reconhece a necessidade de estudos para melhor orientar pacientes com teste oncogênico para HPV positivo e citologia negativa, avaliando a possibilidade de um intervalo maior no caso de utilização exclusiva do teste oncogênico para HPV. As recomendações apontam a necessidade de estudos prospectivos, pois, como a incidência de novas infecções pelo HPV diminui rapidamente com o aumento da idade, suspeita-se da possibilidade de interromper o rastreamento em pacientes com menos de 65 anos que tenham teste oncogênico para HPV negativo. Qualquer mudança futura no intervalo entre os testes de rastreamento envolverá uma necessária mudança de pensamento tanto nas pacientes como nos médicos que as acompanham. Conclusão Por fim, sabe-se que o câncer de colo uterino está relacionado às disparidades socioeconômicas, geográficas e sociais. Deve-se ter consciência de que novas tecnologias não terão impacto se não atingirem essa população. Leitura recomendada 1. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero. Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer (INCA), Saslow D, Solomon D, Lawson HW, Killackey M, Kulasingam SL, Cain J, Garcia FA, Moriarty AT, Waxman AG, Wilbur DC, Wentzensen N, Downs LS Jr, Spitzer M, Moscicki AB, Franco EL, Stoler MH, Schiffman M, Castle PE, Myers ER; American Cancer Society; American Society for Colposcopy and Cervical Pathology; American Society for Clinical Pathology. American Cancer Society, American Society for Colposcopy and Cervical Pathology, and American Society for Clinical Pathology screening guidelines for the prevention and early detection of cervical cancer. Am J Clin Pathol Apr;137(4): Onco& novembro/dezembro

RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Maria José de Camargo IFF / FIOCRUZ CERVIX www.cervixcolposcopia.com.br Gestantes Pós-menopausa Histerectomizadas Imunossuprimidas Adolescentes Mulheres sem história de

Leia mais

RASTREIO COLOPOCITOLÓGICO: NOVAS RECOMENDAÇÕES

RASTREIO COLOPOCITOLÓGICO: NOVAS RECOMENDAÇÕES Fórum Unimed-Rio de Ginecologia RASTREIO COLOPOCITOLÓGICO: NOVAS RECOMENDAÇÕES VERA FONSECA Diretora Administrativa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Presidente

Leia mais

ABORDAGEM DO ADENOCARCINOMA IN SITU

ABORDAGEM DO ADENOCARCINOMA IN SITU Yara Furtado Professora Assistente da UNIRIO Chefe Ambulatório de Patologia Vulvar e Cervical do HUGG Comissão de Título de Qualificação ABPTGIC Descrito em 1952 (Hepler) Laudos citológicos Sistema Bethesda

Leia mais

Nomenclatura Brasileira. Norma Imperio DIPAT

Nomenclatura Brasileira. Norma Imperio DIPAT Nomenclatura Brasileira Norma Imperio DIPAT O momento mais eletrizante de minha carreira foi quando descobri que era capaz de observar células cancerosas num colo do útero através do esfregaço George Nicholas

Leia mais

Pesquisa epidemiológica retrospectiva no programa de prevenção de câncer cérvico-uterino no município de Sarandi -PR

Pesquisa epidemiológica retrospectiva no programa de prevenção de câncer cérvico-uterino no município de Sarandi -PR Pesquisa epidemiológica retrospectiva no programa de prevenção de câncer cérvico-uterino no município de Sarandi -PR ADRIANA DE SANT ANA GASQUEZ (UNINGÁ)¹ EVERTON FERNANDO ALVES (G-UNINGÁ)² RESUMO Este

Leia mais

SISCOLO RELATÓRIO 2008. PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2008

SISCOLO RELATÓRIO 2008. PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2008 1 SISCOLO RELATÓRIO 2008 2 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Coordenador José Ângelo

Leia mais

Citologia ou teste de HPV no rastreio primário?

Citologia ou teste de HPV no rastreio primário? UNICAMP Citologia ou teste de HPV no rastreio primário? Luiz Carlos Zeferino Professor Titular em Ginecologia Departamento de Tocoginecologia Faculdade de Ciências Médicas CAISM - UNICAMP Clique para editar

Leia mais

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015 01/05/2015 CÂNCER UTERINO É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem CÂNCER CERVICAL se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode

Leia mais

Últimas evidências da efetividade das vacinas contra o HPV. Perspectivas clínicas

Últimas evidências da efetividade das vacinas contra o HPV. Perspectivas clínicas Últimas evidências da efetividade das vacinas contra o HPV Perspectivas clínicas Fábio Russomano 30 de agosto de 2008 É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte: Russomano F, 2008

Leia mais

Citologia não adequada para o rastreio o que fazer?

Citologia não adequada para o rastreio o que fazer? RastreamENto: a d a u q e d a á t s e o ã n a i g o l o t i c a o Quand? r e z a f e u q o para o rastreio Yara furtado rj/unirio stre junta da uf e Professoradad m lo tu tí b u s o ig-ufrj/hugg lo ti

Leia mais

AGC sem especificação e AGC favorece neoplasia O que fazer? Yara Furtado

AGC sem especificação e AGC favorece neoplasia O que fazer? Yara Furtado AGC sem especificação e AGC favorece neoplasia Yara Furtado Atipias de Células Glandulares Bethesda 1991 Bethesda 2001 Células Glandulares *Células endometriais, benignas, em mulheres na pós-menopausa

Leia mais

Cancer de Colo do Útero

Cancer de Colo do Útero Cancer de Colo do Útero Câncer de colo do útero são alterações celulares que tem uma progressão gradativa e é por isto que esta é uma doença curável quando descoberta no início. Esta é a razão do exame

Leia mais

XVI TROCANDO IDÉIAS CÂNCER DO COLO UTERINO

XVI TROCANDO IDÉIAS CÂNCER DO COLO UTERINO XVI TROCANDO IDÉIAS CÂNCER DO COLO UTERINO ESTRATÉGIAS DE RASTREIO Gutemberg Almeida Instituto de Ginecologia da UFRJ OBJETIVO DO RASTREAMENTO Além de detectar o câncer cervical em um estágio inicial,

Leia mais

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

Papilomavírus Humano HPV

Papilomavírus Humano HPV Papilomavírus Humano HPV -BIOLOGIA- Alunos: André Aroeira, Antonio Lopes, Carlos Eduardo Rozário, João Marcos Fagundes, João Paulo Sobral e Hélio Gastão Prof.: Fragoso 1º Ano E.M. T. 13 Agente Causador

Leia mais

ATIPIAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO

ATIPIAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO ATIPIAS DE SIGNIFICADO INDETERMINADO COMO CONDUZIR O SEU DIAGNÓSTICO RODRIGUES M. ATIPIA DE SIGNIFICADO INDETERMINADO O QUE SIGNIFICA? RODRIGUES M. ATIPIA DE SIGNICADO INDETERMINADO POR QUE? AS ALTERAÇÕES

Leia mais

Prevenção do Câncer do Colo do Útero. Profissionais de Saúde

Prevenção do Câncer do Colo do Útero. Profissionais de Saúde Prevenção do Câncer do Colo do Útero Manual Técnico Profissionais de Saúde Ministério da Saúde Brasília, 2002 Apresentação No Brasil existem cerca de seis milhões de mulheres entre 35 a 49 anos que nunca

Leia mais

BETHESDA 2001 Versão portuguesa

BETHESDA 2001 Versão portuguesa Citologia ginecológica em meio líquido BETHESDA 2001 Versão portuguesa Exemplos de Relatório Satisfatória, com representação da zona de transformação Anomalias de células epiteliais pavimentosas Interpretação

Leia mais

QUESTIONÁRIO SOBRE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

QUESTIONÁRIO SOBRE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO QUESTIONÁRIO SOBRE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Denise Silveira, Anaclaudia Gastal Fassa, Maria Elizabeth Gastal Fassa, Elaine Tomasi, Luiz Augusto Facchini BLOCO A - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE BÁSICA

Leia mais

Alexandre de Lima Farah

Alexandre de Lima Farah Alexandre de Lima Farah Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico

Leia mais

Atualização das Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero

Atualização das Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero Atualização das Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero CERVICOLP 2011 - XXII CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM PTGI E COLPOSCOPIA 29/9 a 01/10/2011 Fábio Russomano Possíveis conflitos

Leia mais

Rastreio Citológico: Periodicidade e População-alvo UNICAMP. Agosto 2012. Luiz Carlos Zeferino Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP

Rastreio Citológico: Periodicidade e População-alvo UNICAMP. Agosto 2012. Luiz Carlos Zeferino Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP Rastreio Citológico: UNICAMP Periodicidade e População-alvo Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Agosto 2012 Luiz Carlos Zeferino Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP Rastreamento citológico

Leia mais

01 Nos casos de histerectomia é necessário fazer a citologia do colo do útero?

01 Nos casos de histerectomia é necessário fazer a citologia do colo do útero? 01 Nos casos de histerectomia é necessário fazer a citologia do colo do útero? R. Conforme Diretrizes Brasileiras para Rastreamento do Câncer do Colo do Útero de 2001, na página 36, a recomendação é que:

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 43/2014. VACINA HPV em paciente com diagnóstico de HPV+ (neoplasia + intraepitelial grau I)

RESPOSTA RÁPIDA 43/2014. VACINA HPV em paciente com diagnóstico de HPV+ (neoplasia + intraepitelial grau I) RESPOSTA RÁPIDA 43/2014 VACINA HPV em paciente com diagnóstico de HPV+ (neoplasia + intraepitelial grau I) SOLICITANTE NÚMERO DO PROCESSO Dra. Herilene de Oliveira Andrade Juíza de Direito da Comarca de

Leia mais

CITOLOGIA ONCÓTICA CÂNCER

CITOLOGIA ONCÓTICA CÂNCER CITOLOGIA ONCÓTICA Neoplasia: crescimento desordenado de células, originando um tumor (massa de células) Tumor benigno: massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

Atualização das Diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero

Atualização das Diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero Atualização das Diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero Fábio Russomano Possíveis conflitos de interesses: Responsável por serviço público de Patologia Cervical (IFF/Fiocruz) Colaborador

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015 Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas

Leia mais

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 09 /2014 - CESAU Objeto: Parecer. Promotoria de Justiça GESAU / Índice de seguimento / levantamento de doenças intra-epiteliais previsto para 2013 no município de Salvador e ações

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL

A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL Programa BemVindo - www.bemvindo.org.br A OMS - Organização Mundial da Saúde diz que "Pré-Natal" é conjunto de cuidados médicos, nutricionais, psicológicos e sociais, destinados

Leia mais

Técnicas Moleculares

Técnicas Moleculares Biologia Molecular no Diagnóstico de Infecção :HPV Maria Elizabeth Menezes,MSc;Ph.D e-mail:melmenezes@dnanalise.com.br DNAnálise Laboratório Técnicas Moleculares HIBRIDIZAÇÃO IN SITU SEQÜENCIAMENTO PCR

Leia mais

Rastreio em situações especiais Diretrizes Brasileiras, 2011

Rastreio em situações especiais Diretrizes Brasileiras, 2011 Gestantes; Pós-menopausa; Histerectomizadas; Mulheres sem história de atividade sexual; Imunossuprimidas. Gestantes Mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero ou seus precursores.

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Sintoma. Neoplasias do Colo. Enfermagem. Introdução

PALAVRAS-CHAVE Sintoma. Neoplasias do Colo. Enfermagem. Introdução 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

Citologia oncótica pela Colpocitologia

Citologia oncótica pela Colpocitologia ALTERAÇÕES ESCAMOSAS NÃO-REATIVAS NILM = negativo p/ lesão intra-epitelial cervical ASCUS e ASCH = células escamosas atípicas de significado indeterminado SIL = lesão intra-epitelial escamosa LSIL e HSIL

Leia mais

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae.

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Chamado de HPV, aparece na forma de doenças como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. -Há mais de 200 subtipos do

Leia mais

Rastreamento Populacional. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF

Rastreamento Populacional. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF Rastreamento Populacional de Câncer Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF Roteiro de aula Aspectos relacionados ao rastreamento de câncer Exercícios introdutórios Desenvolvimento

Leia mais

CONDUTA APÓS CITOLOGIA LESÃO INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU MARIA INES DE MIRANDA LIMA

CONDUTA APÓS CITOLOGIA LESÃO INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU MARIA INES DE MIRANDA LIMA IVX CONGRESSO PAULISTA DE GINECOLOGIA E OBSTETRICIA CONDUTA APÓS CITOLOGIA LESÃO INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU MARIA INES DE MIRANDA LIMA Lesão intra-epitelial de alto grau:hsil: Qual o significado? NIC

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

Patologia do colo uterino I-Citopatologia Profa. Sônia Maria Neumann Cupolilo Dra. em Patologia FIOCRUZ/RJ Especialista em Patologia SBP Especialista em Citopatologia SBC HPV Objetivos Conhecer o Programa

Leia mais

Humberto Brito R3 CCP

Humberto Brito R3 CCP Humberto Brito R3 CCP ABSTRACT INTRODUÇÃO Nódulos tireoideanos são achados comuns e raramente são malignos(5-15%) Nódulos 1cm geralmente exigem investigação A principal ferramenta é a citologia (PAAF)

Leia mais

PANORAMA DO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AVANÇOS E DIFICULDADES TROCANDO IDEIAS XVII 30/08/2013

PANORAMA DO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AVANÇOS E DIFICULDADES TROCANDO IDEIAS XVII 30/08/2013 PANORAMA DO CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO AVANÇOS E DIFICULDADES TROCANDO IDEIAS XVII 30/08/2013 Vânia Stiepanowez de Oliveira Rocha Dados epidemiológicos Incidência

Leia mais

Atualidades na doença invasiva do colo uterino: Seguimento após tratamento. Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 29 a 31 de agosto de 2013

Atualidades na doença invasiva do colo uterino: Seguimento após tratamento. Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 29 a 31 de agosto de 2013 Atualidades na doença invasiva do colo uterino: Seguimento após tratamento Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 29 a 31 de agosto de 2013 Objetivos do seguimento após tratamento de Câncer Detecção

Leia mais

TROCANDO IDEIAS XIX 2015 Dificuldade no diagnostico histopatológico da NIC II

TROCANDO IDEIAS XIX 2015 Dificuldade no diagnostico histopatológico da NIC II TROCANDO IDEIAS XIX 2015 Dificuldade no diagnostico histopatológico da NIC II ABG capítulo RJ Cecília Vianna Andrade Clique para editarde o estilo do subtítulo mestre A biopsia do colo uterino Avaliação

Leia mais

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV 1) A vacina é mesmo necessária? Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de

Leia mais

O perfil do Citotecnologista em Angola

O perfil do Citotecnologista em Angola HOSPITAL MILITAR PRINCIPAL/ INSTITUTO SUPERIOR DEPARTAMENTO DE ANATOMIA PATOLÓGICA O perfil do Citotecnologista em Angola Elaborado pela Alice Soares da Silva, Chefe técnica de citologia do Departamento

Leia mais

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma

Leia mais

TROCANDO IDÉIAS XIV 27 a 29 de agosto de 2009 Centro de Convenções do Hotel Flórida Catete - Rio de Janeiro - RJ

TROCANDO IDÉIAS XIV 27 a 29 de agosto de 2009 Centro de Convenções do Hotel Flórida Catete - Rio de Janeiro - RJ TROCANDO IDÉIAS XIV 27 a 29 de agosto de 2009 Centro de Convenções do Hotel Flórida Catete - Rio de Janeiro - RJ AGC - sem especificação e AGC favorecendo neoplasia Dificuldades do diagnóstico citológico

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

Colposcopia na Gravidez

Colposcopia na Gravidez Colposcopia na Gravidez José Eleutério Junior A colposcopia é um método de excelência, associado ao Papanicolaou, no rastreio de lesões intra-epiteliais escamosas e neoplásicas, sendo usada para identificar

Leia mais

Saúde Informa Nº 02 Distrito Sanitário Centro DSCe

Saúde Informa Nº 02 Distrito Sanitário Centro DSCe Saúde Informa Nº 2 Distrito Sanitário Centro DSCe Agosto/211 Apresentação Esta é a segunda edição do informativo do DSCe e o dedicamos a discussão das atividades de educação permanente, ao monitoramento

Leia mais

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º,DE 2011

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º,DE 2011 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º,DE 2011 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) Requer informações ao Senhor Ministro de Estado da Saúde a respeito das estimativas das despesas orçamentárias para o qüinqüênio

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Exame Papanicolaou. Câncer do Colo do Útero. Resultados.

PALAVRAS-CHAVE Exame Papanicolaou. Câncer do Colo do Útero. Resultados. 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X) SAÚDE

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Nódulos tiroideanos são comuns afetam 4- a 10% da população (EUA) Pesquisas de autópsias: 37

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO

CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO O DB Diagnósticos do Brasil oferece a seus clientes o que há de mais moderno e eficiente no diagnóstico preventivo de câncer

Leia mais

Gerenciamento de Problemas

Gerenciamento de Problemas Gerenciamento de Problemas O processo de Gerenciamento de Problemas se concentra em encontrar os erros conhecidos da infra-estrutura de TI. Tudo que é realizado neste processo está voltado a: Encontrar

Leia mais

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

TÍTULO: SE TOCA MULHER CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO

Leia mais

RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO E VACINAÇÃO CONTRA O HPV. Pedro Vieira Baptista

RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO E VACINAÇÃO CONTRA O HPV. Pedro Vieira Baptista 2012 Norte 24 de Outubro Quinta-feira RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO E VACINAÇÃO CONTRA O HPV Pedro Vieira Baptista Para começar... Referência a condilomatose anogenital por autores gregos e romanos.

Leia mais

Despiste de cancro do colo do útero: O exame colposcópico. Orientações atualizadas

Despiste de cancro do colo do útero: O exame colposcópico. Orientações atualizadas Despiste de cancro do colo do útero: O exame colposcópico Orientações atualizadas Page 2 Porque tenho eu de ir à consulta colposcópica? Foi-lhe pedido que fizesse um exame complementar devido ao seu exame

Leia mais

Vacinação contra o HPV

Vacinação contra o HPV Vacinação contra o HPV Meleiro, março de 2014 Enfermeira Cristiane Sec Mun Saúde de Meleiro. ESF Papiloma Vírus Humano - HPV O HPV é um vírus (papilomavírus humano) transmitido pelo contato direto com

Leia mais

O primeiro passo para evitar o câncer do colo do útero é se informar. Que tal começar agora?

O primeiro passo para evitar o câncer do colo do útero é se informar. Que tal começar agora? O primeiro passo para evitar o câncer do colo do útero é se informar. Que tal começar agora? Folheto Consumidora 9x15cm.indd 1 7/21/08 6:07:48 PM A cada ano, 500.000 mulheres no mundo têm câncer do colo

Leia mais

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal O que é Transmissão Vertical HIV e Sífilis? A transmissão vertical do

Leia mais

CONDUTA NOS PREVENTIVOS DE COLO DE ÚTERO ALTERADOS

CONDUTA NOS PREVENTIVOS DE COLO DE ÚTERO ALTERADOS CONDUTA NOS PREVENTIVOS DE COLO DE ÚTERO ALTERADOS DIRETRIZES BRASILEIRAS DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Rio De Janeiro - 2011 Dra. Maristela Vargas Peixoto Caso Clínico 01 Maria de 17 anos,

Leia mais

Sarah Barros Leal Radioterapeuta

Sarah Barros Leal Radioterapeuta Sarah Barros Leal Radioterapeuta Sem conflito de interesse CRONOGRAMA DA AULA 1. Vírus 2. Infecção 3. Tipos de câncer mais relacionados 4. Vacina 1 Conhecendo o vírus... HPV: Papilomavírus humano Infecta

Leia mais

Vacinas contra HPV. Fábio Russomano

Vacinas contra HPV. Fábio Russomano Vacinas contra HPV Curso de Atualização em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia ABG RJ Instituto de Ginecologia da UFRJ 20 de junho de 2009 Fábio Russomano Sumário Cenário do Câncer de Colo

Leia mais

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE CAVALCANTE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROJETO ALEITAMENTO MATERNO

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE CAVALCANTE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROJETO ALEITAMENTO MATERNO ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE CAVALCANTE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROJETO ALEITAMENTO MATERNO APRESENTAÇÃO O aleitamento materno exclusivo (AME) é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido,

Leia mais

I - Ter acesso ao melhor atendimento para imunizacao contra 0 HPV, no sistema publico de saude ou conveniado do SUS, adequado as suas demandas;

I - Ter acesso ao melhor atendimento para imunizacao contra 0 HPV, no sistema publico de saude ou conveniado do SUS, adequado as suas demandas; ESTADO DO PlAUi Gabinete da Deputada Estadual Rejane Dias NDCATVO DE PROJETO DE LE N 3012013 LDO NO EXPEDENTE ~Ern :7 _-Jd'-_Q_ ~_S_, /-;-~~{. ';:4) (),.,. ),.0'. l~ez.nouo. ~~~u~~~~~~-.------,_.~l~-s'ecretarlo

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº,DE 2014

PROJETO DE LEI Nº,DE 2014 PROJETO DE LEI Nº,DE 2014 (Do Sr. Alexandre Roso) Acrescenta o inciso IV ao art. 2º da Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, que dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção,

Leia mais

Lesões Intraepiteliais de Alto Grau: Diagnóstico, conduta e seguimento.

Lesões Intraepiteliais de Alto Grau: Diagnóstico, conduta e seguimento. Lesões Intraepiteliais de Alto Grau: Diagnóstico, conduta e seguimento. ABG-Cap RJ II Colpovix Vitória ES 16 e 17 de outubro de 2009 Fábio Russomano Linha de cuidado para prevenção do câncer do colo do

Leia mais

Exame de despiste de cancro do colo do útero: Explicação dos seus resultados. Orientações atualizadas

Exame de despiste de cancro do colo do útero: Explicação dos seus resultados. Orientações atualizadas Exame de despiste de cancro do colo do útero: Explicação dos seus resultados Orientações atualizadas Page 2 Este folheto explicar-lhe-á os resultados do seu exame ao colo do útero, que visa detetar quaisquer

Leia mais

Boletim Eletrônico Janeiro 2014 73ª edição Visite nosso Site www.colposcopia.org.br

Boletim Eletrônico Janeiro 2014 73ª edição Visite nosso Site www.colposcopia.org.br Boletim Eletrônico Janeiro 2014 73ª edição Visite nosso Site www.colposcopia.org.br ESTROGÊNIO TÓPICO É UM DOS POSSÍVEIS TRATAMENTOS PARA NEOPLASIA INTRAEPITELIAL VAGINAL? Equipe médica do Centro de Câncer

Leia mais

Tratamento do câncer no SUS

Tratamento do câncer no SUS 94 Tratamento do câncer no SUS A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a de preservação dos órgãos. O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer

Leia mais

OF/AMUCC-043/2013 - ADV Florianópolis, 02 de maio de 2013.

OF/AMUCC-043/2013 - ADV Florianópolis, 02 de maio de 2013. OF/AMUCC-043/2013 - ADV Florianópolis, 02 de maio de 2013. Exmo Sr. Dr. Maurício Pessutto MD Procurador da República Procuradoria da República em Santa Catarina Rua Pascoal Apóstolo Pitsica, nº 4876, torre

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família De Nova Olímpia - MT. Importância da Campanha de. Nova Olímpia MT.

Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família De Nova Olímpia - MT. Importância da Campanha de. Nova Olímpia MT. Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família De Nova Olímpia - MT Importância da Campanha de câncer bucal no Município de Nova Olímpia MT. Autores: - CD Fabrício Galli e - CD Michelle Feitosa Costa. Com

Leia mais

UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.

UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu. UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR www.unilab.edu.br CUIDAR DA SUA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. As mamas

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

COBERTURA DO SAÚDE DA FAMÍLIA E CITOPATOLÓGICO DE Avaliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família nos municípios do Rio Grande do Sul sobre a Razão de Exames Citotopalógicos de Colo Uterino Paulo

Leia mais

MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DOS CÂNCERES

MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DOS CÂNCERES Boletim ano 6, n.1 janeiro/abril de 2015 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/Ministério da Saúde MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DOS CÂNCERES do colo do útero e de mama Apresentação

Leia mais

II Curso de Atualização em Coloproctologia

II Curso de Atualização em Coloproctologia II Curso de Atualização em Coloproctologia Estratégias de Prevenção de Câncer nas Doenças Inflamatórias Intestinais Dr. Marco Zerôncio LIGA NRCC Considerações Iniciais As DII (RCUI e colite por Crohn)

Leia mais

MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA

MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA Abril a Junho/ 2010/ n 2 MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA Apresentação Neste segundo boletim de 2010, são apresentados os dados parciais para acompanhamento dos

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

avaliar : como Prof Simone Maia Presidente ANACITO presidente@anacito.org.br

avaliar : como Prof Simone Maia Presidente ANACITO presidente@anacito.org.br avaliar : como Prof Simone Maia Presidente ANACITO presidente@anacito.org.br Alteracoes pos radioterapia e quimioterapia: como avaliar Os efeitos iatrogênicos causados na morfologia do epitélio pela radioterapia

Leia mais

Vacinas Bivalente e Quadrivalente: Prós e contras

Vacinas Bivalente e Quadrivalente: Prós e contras IX S impós io de Atualização em G inecolog ia Oncológ ica III S impós io de G enitos copia do DF AB PTG IC C apítulo DF 12-14 de Maio de 2011 Vacinas Bivalente e Quadrivalente: Prós e contras Fábio Russomano

Leia mais

Análise e discussão: O câncer do colo uterino é uma doença de evolução lenta. Na grande maioria dos casos, esta neoplasia é precedida por estágios

Análise e discussão: O câncer do colo uterino é uma doença de evolução lenta. Na grande maioria dos casos, esta neoplasia é precedida por estágios PREVENÇÃO DE LESÕES EPITELIAIS DE COLO UTERINO EM GESTANTES ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA Área Temática: Saúde Thissiane de Lima Gonçalves 1 Leidiane de Lucca 2, Leiticia B. Jantsch³,

Leia mais

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande, Cancêr de Mama: É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).

Leia mais

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) O que é? É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não

Leia mais

Ministério da Saúde Gabinete do Ministro

Ministério da Saúde Gabinete do Ministro Ministério da Saúde Gabinete do Ministro Documento norteador para a habilitação de laboratórios Tipo I e Tipo II pela Qualificação Nacional em Citopatologia QualiCito. Qual a Portaria que institui a Qualificação

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base

Leia mais

Papilomavirus Humano (HPV)

Papilomavirus Humano (HPV) Papilomavirus Humano (HPV) Introdução O HPV é uma doença infecciosa, de transmissão freqüentemente sexual, cujo agente etiológico é um vírus DNA não cultivável do grupo papovírus. Atualmente são conhecidos

Leia mais

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil Ruth Rangel * Fernanda Azevedo * Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Resumo A redução das desigualdades sociais tem sido

Leia mais

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Unidade de Assistência, Unidade de Laboratório e Rede de Direitos Humanos

Leia mais

Política brasileira para implantação da

Política brasileira para implantação da TROCANDO IDÉIAS XVII 29 a 31 de agosto de 2013 Política brasileira para implantação da vacinacliquecontra o HPV para editar o estilo do subtítulo mestre Maria Beatriz Kneipp Dias INCA/SAS/MS Contextualizando...

Leia mais

25 de Abril Quinta-feira RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO E IMUNOPROFILAXIA PARA O HPV. Joaquim Neves

25 de Abril Quinta-feira RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO E IMUNOPROFILAXIA PARA O HPV. Joaquim Neves 2013 25 de Abril Quinta-feira RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO E IMUNOPROFILAXIA PARA O HPV Joaquim Neves Material de colheita de amostras para colpocitologia JOAQUIM NEVES Exocervix - espátula; escova;

Leia mais

Derrotar o cancro do útero

Derrotar o cancro do útero Portuguese translation of Beating cervical cancer The HPV vaccine questions and answers for parents of girls in Year 9 Derrotar o cancro do útero A vacina HPV perguntas e respostas para os pais de jovens

Leia mais

RASTREAMENTO (Screening)

RASTREAMENTO (Screening) alberto.velazquez@hospitalitaliano.org.ar Prevenção RASTREAMENTO (Screening) Alberto Velazquez Sádio Doente Assintomático Sintomático Rastreamento Definição plicação de um teste para detectar ma condição,doença

Leia mais