PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO LEGALE EDUCACIONAL AULA INAUGURAL: ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA NA ATUALIDADE
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1 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO LEGALE EDUCACIONAL AULA INAUGURAL: ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA NA ATUALIDADE Professor Rodrigo Sodero Facebook: Rodrigo Sodero III e Professor Rodrigo Sodero
2 Tempo especial Seguridade Social. Regimes Previdenciários. Benefícios do RGPS (Regra do ). Beneficiários: segurados (CADES-F) e dependentes. Aposentadoria especial: fundamentos (art. 201, 1º, da CF, arts. 57 e 58, da Lei 8.213/91, arts. 64 a 70, do Decreto 3.048/99 e arts. 246 a 299, da IN INSS/PRES 77/2015), pressupostos e possibilidades para o enquadramento.
3 Tempo especial: exposição permanente Permanência: art. 57, 3º, da Lei 8.213/91, alterado pela Lei 9.032, de Súmula 49 da TNU. Definição de permanência: art. 65, do Decreto 3.048/99 (exposição indissociável da produção do bem ou da realização do serviço).
4 Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade No que diz respeito aos períodos de gozo de auxíliodoença ou aposentadoria por invalidez, que sucedem período de exercício de atividade especial, o parágrafo único, do art. 65, do Decreto 3.048/99, diz que o período de afastamento deve ser computado como especial, desde que o benefício tenha natureza acidentária.
5 Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade Art. 291, da IN INSS/PRES 77/2015: são considerados períodos de trabalho sob condições especiais, os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como os de recebimento de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.
6 Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade O parágrafo único do referido artigo determina que: os períodos de afastamento decorrentes de gozo de benefício por incapacidade de espécie não acidentária não serão considerados como sendo de trabalho sob condições especiais.
7 Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade Entendemos que o afastamento deve ser computado como especial desde que o benefício por incapacidade suceda interregno no qual houve exercício de atividade especial, independentemente da espécie do benefício. (o Decreto afronta o art. 84, inciso IV, da CF e o art. 29, 5º, da Lei 8.213/91)
8 Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade TNU dos JEF`s: nos autos do Processo nº a TNU determinou a suspensão de todos os processos que tramitam pelo JEF sobre o tema. TRF4: IRDR no Processo , com decisão favorável aos segurados!
9 Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado Beneficiários da aposentadoria especial: para o INSS, somente o segurado empregado, o trabalhador avulso e o contribuinte individual desde que cooperado (art. 247, da IN INSS/PRES 77/2015).
10 Tempo especial x EPI ARE /SC - STF Tese específica: no caso de ruído, nunca haverá a descaracterização do tempo como especial. Tese geral: se o EPI é capaz de neutralizar a exposição, o tempo não se caracteriza como especial. O ônus da prova seria do INSS, no nosso entendimento!
11 Tempo especial x EPI Precedentes sobre o ônus da prova do INSS: TRF3, Processo ; Processo
12 Tempo especial e situações em que o EPI nunca é eficaz Exposição à benzeno: Memorando-Circular 08 DIRSAT/INSS. EPI para agentes cancerígenos: Memorando-Circular 02 DIRSAT/DIRBEN/INSS (Portaria Interministerial 09/2014 Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH) - Benzeno, compostos de cromo, poeira de sílica, óxido de etileno, dentre outros).
13 Tempo especial e situações em que o EPI nunca é eficaz Calor: NR-15, Anexo 3. Pressão anormal: NR-15, Anexo 6. Vibração: NR-15, Anexo 8. Ruído: ARE /SC.
14 Tempo especial e situações em que o EPI nunca é eficaz Hidrocarbonetos: NR-15, Anexo 13. Agentes biológicos: Item 3.1.5, da Resolução 600/17 do INSS (Manual de Aposentadoria Especial). Periculosidade e penosidade. Categoria profissional.
15 Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado Nos casos de contribuinte individual, nos termos do inciso I, do art. 259, da IN INSS/PRES 77/2015, o INSS deve reconhecer o período trabalhado em atividade especial, por categoria profissional, até , mediante apresentação de documentos que comprovem, ano a ano, a permanência na atividade exercida (não seria necessária apresentação de PPP ou qualquer formulário).
16 Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado No que diz respeito ao período trabalhado após a edição da Lei 9.032/95, vejamos o que dispõe a Súmula 62, da TNU: O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física." (DOU )
17 Aposentadoria especial e continuidade do trabalho em atividade especial O segurado que se aposenta na modalidade especial (B-46), pode continuar trabalhando em atividade especial? O art. 57, 8º, da Lei 8.213/91, diz que NÃO. Entretanto, questiona-se a constitucionalidade do dispositivo em face do direito constitucional de livre exercício da profissão (art. 5º, inciso XIII, da CF).
18 Aposentadoria especial e continuidade do trabalho em atividade especial Precedentes do TRF4: Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade e Apelação/Reexame necessário STF: matéria aguarda julgamento no RE /PR.
19 Tempo especial já reconhecido em processo administrativo anterior Segundo determina o Memorando-Circular Conjunto 24 DIRBEN/DIRSAT/INSS, de 25 de julho de 2017, o INSS reconhecerá como tempo especial aquele já analisado e entendido como tal em processo administrativo anterior. As decisões de não reconhecimento anteriormente proferidas também poderão ser apenas reafirmadas. Atenção: com novos elementos probatórios é possível a reapreciação.
20 Operação Pente Fino Lei /17 (MP 739/16 e MP 767/17): altera a Lei 8.213/91. Convocação dos segurados ( operação pente fino ): o segurado aposentado por invalidez ou em gozo de auxílio-doença poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o benefício, concedido judicial ou administrativamente, observado o disposto no art. 101, da Lei 8.213/91. (vide arts. 43, 4º e 60, 10, da Lei 8.213/91)
21 Operação Pente Fino A aposentadoria por invalidez pode ser definitiva? Hipótese 01 (art. 101, da Lei 8.213/91): a partir do momento em que o segurado completa 60 anos de idade.
22 Operação Pente Fino Hipótese 02 (nova hipótese criada pela Lei /17): a partir do momento em que o segurado completa 55 anos de idade e quando decorridos 15 anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxíliodoença que a precedeu (vide Memorando- Circular Conjunto nº 32 /DIRBEN/DIRSAT/PFE/INSS, de ).
23 Operação Pente Fino Benefícios concedidos em ação judicial com trânsito em julgado (principalmente aposentadoria por invalidez): princípio do paralelismo das formas (art. 505, inciso I, do CPC e art. 71, parágrafo único, da Lei 8.212/91). Precedente do STJ sobre o tema: REsp /SC, decisão monocrática publicada em , transitada em julgado (jurisprudência conturbada).
24 Operação Pente Fino Benefícios concedidos em ação judicial via deferimento de tutela provisória EM QUE AINDA NÃO HÁ trânsito em julgado: o Estado detém o monopólio da atividade jurisdicional, sendo, portanto, a cessação administrativa ilegal. (TRF4, APELREEX e AG ).
25 Operação Pente Fino Saída técnica: peticionamento imediato ao Juiz ou Tribunal responsável pelo processo no momento requerendo seja o INSS intimado para que não realize a cessação do benefício administrativamente. (importante ir despachar/uso de novas tecnologias)
26 Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade Art. 29, 5º, da Lei 8.213/91: Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
27 Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade Art. 55, inciso II, da Lei 8.213/91: o tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: (...) I - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
28 Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade Art. 164, inciso IX, da IN INSS/PRES 77/15: até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição: 1. o não decorrente de acidente do trabalho, entre períodos de atividade, ainda que em outra categoria de segurado; 2. por acidente do trabalho intercalado ou não com período de atividade ou contribuição.
29 Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade O período de recebimento de benefício por incapacidade pode ser considerado para fins de carência? É possível considerar o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que intercalados com períodos contributivos. (Súmula 73 da TNU e art. 153, 1º, da IN INSS/PRES 77/2015 RS, SC e PR)
30 Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade Art. 153, 1º, da IN INSS/PRES 77/2015 RS, SC e PR) com extensão para todo o território nacional? ACP ( ), ajuizada no RJ LIMINAR REVOGADA PELO TRF DA 2ª REGIÃO NO JULGAMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
31 Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade E o período de recebimento de auxílio-acidente? Pode ser considerado para fins de carência? STJ: O auxílio-acidente - e não apenas o auxíliodoença e a aposentadoria por invalidez - pode ser considerado como espécie de "benefício por incapacidade", apto a compor a carência necessária à concessão da aposentadoria por idade.
32 Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade É de ser observada a vetusta regra de hermenêutica, segundo a qual "onde a lei não restringe, não cabe ao intérprete restringir" (STJ, REsp /PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 02/04/2013, DJe 09/04/2013)
33 Uma nova revisão? Art. 29, 5º, da Lei 8.213/91: Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-decontribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
34 Atualização do tempo de contribuição na APS Segundo o Memorando-Circular Conjunto 56 DIRBEN/DIRAT/INSS aos segurados que solicitarem espontaneamente o serviço de Atualização de Tempo de Contribuição, deverá ser resguardado, nos termos do art. 61 da IN INSS/PRES 77/2015, o direito de protocolo, devendo, nestes casos, ser efetuado via Sistema Informatizado de Protocolo da Previdência Social - SIPPS, observado o disposto no art. 691 e parágrafos da referida IN.
35 Atualização do tempo de contribuição na APS Este serviço deixou de ser agendável em novembro de Antes de protocolizar o pedido, o servidor do INSS poderá SUGERIR a desistência da atualização e a guarda dos documentos pelo cidadão para apresentação junto a eventual requerimento futuro de benefício, quando necessariamente o CNIS será atualizado.
36 Tutela antecipada x Devolução dos valores em caso de revogação Devolução dos valores já recebidos em sede de tutela antecipada revogada nas ações previdenciárias: STJ: REsp /MT (ruim) e Embargos de Divergência em REsp /RS (dupla conformidade). STF: ARE /DF e AI /MS - não há que se falar devolução.
37 Tutela antecipada: a solução! BAPC: TRF3, ACP /SP. Solução 01: produção antecipada de prova (art. 381, do CPC). Solução 02: realização da perícia antes da apresentação de Contestação (Recomendação Conjunsta CNJ/AGU/MTPS nº 01, de ).
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