Competência da justiça estadual, para julgar ações que envolvem acidente do trabalho, incluindo o individual: STJ, CC /DF
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1 RESUMO DA AULA 25 DE MARÇO 2019 PRÁTICA PROCESSUAL PREVIDENCIÁRIA PROF. RODRIGO SODERO COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA ACIDENTE DE TRABALHO DE CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: Competência da justiça estadual, para julgar ações que envolvem acidente do trabalho, incluindo o individual: STJ, CC /DF DANO MORAL PREVIDENCIÁRIO Independentemente da natureza do benefício, a competência da justiça federal (precedentes, STJ, CC /RJ e CC /RJ Quando há possibilidade de discussão, com conflito de competência, fazer uma preliminar chamando a atenção para tal situação, até pra evitar entrar no mérito e eventualmente o processo ser remetido a outra esfera. O professor, por estratégia, pede o dano moral em ação autônoma, e não cumulada com o pedido de concessão de benefício. Em caso de morte presumida, ação pra fins de concessão da pensão por morte, a competência é da Justiça Federal. Precedente STJ CC /PI Se a ação VISA UNICAMENTE DECLARAÇÃO DA MORTE, competência federal. Mas se discutirei a natureza da morte, se é acidentária, o professor pensa que será da esfera estadual. Mas no JEF, se importar em citação do ausente, não é possível a ação com competência no JEF. LOAS Benefício assistencial de prestação continuada BAPC Quem responde é o INSS, logo, autarquia federal, logo, competência da justiça federal, artigo 109, inciso I da CF.
2 Sendo o INSS responsável pela gestão, ele ficará no pólo passivo. Já houve discussão se a União (por se tratar de benefício assistencial) deveria integrar a ação, mas acabou por ser excluída. Sendo o valor da causa até 60 SMs, e no foro tem JEF, então ação tramitará no JEF. Se no foro não há justiça federal, a competência delegada é aplicada a esses casos. Cabe ao STJ dirimir o conflito de competência entre juízes federal e estadual Súmula 3 do STJ: quando o conflito se der entre juiz federal e juiz estadual investido na competência federal, é do TRF a competência para dirimí-lo. (junto com o direito previdenciário devemos conhecer o direito processual) (o professor, exemplificando caso do escritório pontuou teses sobre o início dos efeitos financeiros quanto o laudo foi juntado em ação e não no PA; prazo final para revisar benefício (até a data da implantação do benefício); sucumbência recíproca de o pedido subsidiário foi acolhido então é total; os honorários são calculados sobre o valor da condenação e não da causa) Se o conflito é entre juiz federal de vara comum e juiz federal de vara do JEF, a competência é do TRF, Súmula 428 do STJ. Se o conflito é entre JEF s turma recursal do estado Com relação ao dano moral, hoje o TRF3 definiu: o dano moral pode ser pedido cumulado, mas o valor do dano moral não pode superior o relacionado ao valor da causa, considerando o valor do benefício em si. ENDEREÇAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL POSSIBILIDADES MAIS COMUNS Artigo 319, inciso I do CPC Justiça federal e JEF não tem comarca. PEC 06 ALTERAÇÕES NO TOCANTE À COMPETÊNCIA Artigo 109, inciso I teria nova redação: Entidade autárquica = INSS O caput nos diz o que será de competência da justiça federal;
3 EXCETO: falência e justiça eleitoral Na parte final do artigo 109, I, EXCEÇÃO ainda ao ACIDENTE DO TRABALHO. Logo, a Justiça Federal é competente para julgar ações em que o INSS for parte, e segundo a PEC a competência passará a ser da federal também as ações acidentárias. Para o professor, essa competência deveria ser da Justiça do Trabalho, em razão das divergências de julgamento, até mesmo nos temas de nexo, doença laboral etc... Para o professor: Auxílio doença cessado na operação pente fino, ingressar com a ação judicial, logo, a intenção é que as ações acidentárias serão da Federal e JEF que não tem julgamento favorável ao cliente e ao caso concreto. Trata-se de um cerco ao beneficiário para que o processo seja julgado pelo JEF que não é bom. Alteração ao parágrafo 3º, que é o que trata da competência delegada: lei poderá autorizar (e se não autorizar? Joga para o futuro) Artigo 43 da PEC: Não se refere à competência delegada. Apenas às ações que estão em curso. Hipótese em que lei poderá dispor sobre a transferência dos processos em tramitação para a Justiça Federal. Nessa transição, se o processo tiver valor da ação inferior a 60 SMs, pode ser que seja direcionado ao JEF. Artigo 44: sobre a competência delegada: Como o cidadão poderá caminhar 100Km? Inconstitucional, afronta ao princípio ao acesso à Justiça; CONDIÇÕES DA AÇÃO: Segundo CPC 1973: Legitimidade de partes; Interesse de agir; Possibilidade jurídica do pedido. Antiga teoria de Liebman
4 O novo CPC: traz as condições reduzidas, mas pelo artigo 17: interesse de agir e legitimidade de parte; A possibilidade jurídica não é mais condição da ação, está embutida no interesse de agir. Binômio: adequação de procedimento escolhido e a pretensão resistida (esta significa lide) Se não há a presença desses requisitos, extinção do feito sem julgamento do mérito Artigo 5º, XXXV CF princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional ou princípio do livre acesso ao Poder Judiciário. A pretensão resistida: indeferimento ou demora na apreciação do PA (30+30 dias) omissão de resposta na verdade. O STF, julgando o RE MG, tema 350, o foco foi a ação de concessão. Interesse de agir nas ações de concessão: prévio requerimento administrativo Omissão de resposta: 30 dias + 30 dias com a devida justificativa (lei 9784) No STJ, tema 660, recurso especial repetitivo SP no mesmo sentido do STF Lide presumida: requerimento é dispensado REsp PR Exemplo: adicional de 25% na aposentadoria por invalidez, auxílio acompanhante, esse adicional é claro nesta modalidade de benefício; mas se o pedido está pautado na precedência de aposentadoria por idade, então estou diante da lide presumida, pretensão resistida, e nesse caso dispensa-se o prévio requerimento administrativo. Outro exemplo é o individual que quer se aposentar como especial E NÃO É COOPERADO (outro caso de lide presumida, resistida); Tema 982 REsp RJ, REsp RS O caso de aposentadoria por invalidez que a grande invalidez ficou evidenciado, cabendo ao INSS conceder o melhor benefício, cabe ingressar com a ação pra concessão imediata do acréscimo de 25%, porque o INSS tem ciência da grande invalidez. Senão fica-se outro marco inicial desse acréscimo (da data do pedido administrativo)
5 FONAJEF: enunciado 79: denúncia pela recusa ao pedido de concessão, supre o requerimento administrativo. Documento a ser gerado e que deve ser parte do processo. Alguns juízes tem exigido requerimento administrativo recente; estava doente à época (2017 por exemplo) e agora em 2019 que busca atendimento especializado. No ingresso da ação o juiz pede requerimento recente, e essa exigência é desarrazoada TNU, PEDILEF Abre-se preliminar para tal situação, segundo entendimento da própria TNU do JEF. Isso até nas ações de restabelecimento tem ocorrido. E nesse caso temos dois pontos a serem rebatidos: STF já decidiu que não preciso de prévio requerimento no restabelecimento, além da questão do tempo decorrido. AÇÕES DE REVISÃO DE IMPUGNAÇÃO DE ATO DE CONCESSÃO OU IMPUGNAÇÃO DE ATO DE REAJUSTAMENTO O cabimento neste caso é em razão do equívoco do INSS. Nas ações de revisão: regra não preciso de prévio requerimento administrativo Tema 350 do STF já se pronunciou nesse sentido, como regra. A exceção: quando o pedido de revisão é fundamentado em fato desconhecido pelo INSS, sendo necessário prévio requerimento administrativo. Exemplo clássico: PPP que não está nos autos administrativo. Prévio requerimento não significa esgotamento da via administrativa: se tive indeferimento, já posso entrar com ação e não preciso recorrer administrativamente. Alguns juízes: auxílio doença cessado na alta programada, mas que não fez o pedido de prorrogação, não tem pretensão resistida. A TNU já se manifestou que não é necessário. PEDILEF Na ações de manutenção o interesse de agir está presente, porque há perigo iminente de cessação, cancelamento, suspensão ou diminuição do valor do benefício.
6 REsp RS, interesse de agir superveniente. Tinha que ter feito o requerimento e não fiz, mas na ação o INSS contesta o mérito. (no exemplo do professor, em que numa apelação elencou vários pontos, a ação foi proposta sem prévio requerimento, fazendo pedidos subsidiários; o INSS deveria ter invocado a falta de interesse de agir; mas fez a contestação e rebateu todo o mérito).
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