E s tudo sobre os gastos m unicipais: Uma ana lise de S a o Luí s
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1 O U T U B R O D E N º 0 9 E s tudo sobre os gastos m unicipais: Uma ana lise de S a o Luí s Au tores : LAU R A RE GI NA C AR N EI RO VA NI A C RISTI NA O LIV EI RA C OELHO SEPLAN 1
2 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS EDIVALDO DE HOLANDA BRAGA JU NIOR - PREFEITO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN) JOSE CURSINO RAPOSO MOREIRA - SECRETA RIO DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE) LAURA REGINA CARNEIRO COORDENADORA-GERAL VA NIA CRISTINA OLIVEIRA COELHO ESTAGIA RIA DEPARTAMENTO DA INFORMAÇA O E INTELIGE NCIA ECONO MICA (DIIE) END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SEPLAN RUA DO SOL, Nº 188 CENTRO - SA O LUIS/MA - CEP.: FONE: (98) /3671/3674/3675 FAX: (98) Esta publicaça o tem por objetivo a divulgaça o de estudos desenvolvidos por pesquisadores do Departamento da Informaça o e Intelige ncia Econo mica (DIIE), da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN). Seu conteudo e de inteira responsabilidade do(s) autor(es), na o expressando, necessariamente, o posicionamento da Prefeitura Municipal de Sa o Luís (PMSL). diie@diie.com.br 2
3 RESUMO Em parceria com o CEM (Centro de Estudos da Metrópole), o Nexo 1 separou o gasto anual executado mais recente (2014 ou 2015, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional) dos municípios brasileiros por área de aplicação (saúde, transporte, etc), acompanhando e avaliando a qualidade dos gastos dos municípios brasileiros. O Meu Município também apresentou análises anuais, com base em dados do SICONFI/STN, IBGE e INEP. Este estudo, portanto, apresenta os resultados da distribuição dos gastos municipais para a cidade de São Luís, em INTRODUÇÃO O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento aprovado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000), que estabelece parâmetros a serem seguidos relativos ao gasto público de cada ente federativo (estados e municípios) brasileiro, contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício, geralmente compreendido por um ano. No entanto, para que o orçamento seja elaborado corretamente, ele precisa se basear em estudos e documentos cuidadosamente tratados que irão compor todo o processo de elaboração orçamentária do governo. Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle dos Orçamentos Públicos, que estão definidos no caso brasileiro na Constituição, na Lei 4.320/64, no Plano Plurianual (PPA) 2, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 3 e na Lei Orçamentária Anual (LOA) 4. É no Orçamento que o cidadão identifica a destinação dos recursos que o governo recolhe sob a forma de impostos. 1 Nexo: Jornal Online. 2 O PPA deverá ser elaborado no primeiro ano de governo e encaminhado até 31 de agosto, contemplando as ações governamentais, desdobradas em programas e metas. Com a adoção deste plano, tornou-se obrigatório o Governo planejar todas as suas ações e também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas, somente devendo efetuar investimentos em programas estratégicos previstos na redação do PPA para o período vigente. 3 É a lei que antecede a lei orçamentária, que define as meta e prioridades em termos de programas a executar pelo Governo. O projeto de lei da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano e tem como a principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscal e da seguridade social e de investimento do Poder Público. A LDO define as metas e prioridades do governo para o ano seguinte, orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabelece a política das agências de desenvolvimento. 4 É elaborada anualmente pelo poder Executivo em atendimento à Constituição Federal e a Lei Federal 4.320/64, como um diagnóstico sobre a situação econômica e suas perspectivas para possibilitar a concretização das situações planejadas no Plano Plurianual. Obedece a Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecendo a programação das ações a serem executadas para alcançar os objetivos determinados, cujo cumprimento se dará durante o exercício financeiro. 3
4 Em média, os brasileiros trabalham 153 dias só para pagar impostos. E desses dias, 10 são para pagar impostos que vão diretamente para a prefeitura. Fonte: Meu Município. Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (2016) e Receita Federal (2014) Veremos a seguir a metodologia deste estudo e os resultados da avaliação da prefeitura de São Luís, comparando a outras prefeituras e observando como o gestor administra as receitas e gastos do município. 2. METODOLOGIA Metodologia e observações dos resultados disponibilizados no jornal NEXO: Para definição do gasto per capita foi utilizado o valor gasto na rubrica orçamentária dividido pela estimativa da população total do município no ano da execução orçamentária em questão. A variável % de gasto refere-se ao gasto na rubrica orçamentária dividido pelo gasto total do município naquele ano. A variável gasto absoluto refere-se ao gasto na rubrica orçamentária em valores nominais do gasto executado naquele ano. Para cada rubrica orçamentária, foram estipulados valores máximos de porcentagem do total do orçamento municipal a fim de facilitar a visualização dos dados. Assim sendo, municípios considerados outliers para cada categoria de gasto não são apresentados nos gráficos de distribuição. Para cada rubrica, os municípios que não apresentados são listados no site. 4
5 3. RESULTADOS Os principais gastos da cidade de São Luís são em: Em Saúde, o gasto per capita de São Luís foi de R$ 727,07, o que corresponde a 31,6% da despesa total, bem acima da média maranhense e da média brasileira. Nesta área, São Luís gasta mais do que 94,56% dos outros municípios. 5
6 Segundo dados do Meu Município, o percentual de despesas com Saúde em relação ao PIB em São Luís é de 3,5% - a média mundial de gasto em relação ao PIB é 6%. A taxa de mortalidade infantil (número de crianças que morrem com menos de um ano para cada 1000 nascimentos) registrada no município foi de 49,3. A taxa de mortalidade infantil média no mundo é de 32,6 mortes a cada mil nascimentos (Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015). IBGE (2011) e Banco Mundial (2014)). O gasto per capita com Educação na capital maranhense (R$ 480,58) equivale a 20,9% do gasto total. O gasto nessa área em São Luís é maior que 10,73% dos demais municípios, mas está abaixo da média estadual e nacional. Em média, São Luís gasta anualmente R$ com educação básica, por aluno, de acordo com dados do Meu Município. Desse investimento, em cada 100 alunos de 9º ano das escolas públicas do seu município, 4,59% aprendem o adequado em matemática. Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015) e INEP (2013). 6
7 As despesas com Administração totalizam R$ 324,71 per capita em São Luís (14,1% dos gastos) e segue a tendência das médias do Maranhão e do Brasil. De acordo com a análise do Nexo, a capital maranhense gasta mais do que 53,78% dos outros municípios. O gasto per capita com Urbanismo na capital maranhense (R$ 183,74) equivale a 8% do gasto total. O gasto nessa área em São Luís é maior que 53,33% dos demais municípios, e está acima da média estadual e nacional. Nesta mesma situação, estão os gastos na área de Encargos Especiais. O percentual da despesa da capital maranhense gasto com a prestação de serviços à população foi de 89%. Os gastos com pessoal totalizaram 44,74% 5 e os gastos com custeios, bens e serviços de terceiros foi de 44,21%. Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015) e IBGE (2015) 5 Os valores de PESSOAL não são os mesmos do cálculo da Lei de Responsabilidade Fiscal. 7
8 Nas áreas de Transporte e Cultura apesar dos gastos per capita de São Luís (R$29,69 e R$21,42, respectivamente) estarem abaixo da média do estado e do Brasil, são maiores que em mais da metade dos municípios brasileiros. De acordo com os estudos do Meu Município, a prefeitura de São Luís gastou R$ 27,00 por pessoa com transporte em Geralmente os gastos municipais na função transporte são destinados à abertura e manutenção de estradas. Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015) e IBGE (2015) Comparativamente, a prefeitura de Goiás (capital Goiana com população 34% maior que a de São Luís) gastou R$ 17,00 por pessoa com transporte em Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015) e IBGE (2015) Segundo o Meu Município, se todo o gasto em cultura de São Luís fosse transformado em um vale-cultura para todos os cidadãos, o valor do vale que cada pessoa receberia todo ano seria equivalente a R$ 21,00. 8
9 Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015) e IBGE (2015) No caso de Salvador (capital baiana conhecida por suas manifestações culturais), o valor do vale que cada pessoa receberia todo ano seria equivalente a R$ 5,00. Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015) e IBGE (2015) Já os gastos com Assistência Social, Desporto e Lazer e Agricultura estão no mesmo nível ou abaixo das médias maranhense e brasileira. Finalmente, para cada 1 real que a prefeitura investe, ela gasta R$ 0,31 para quitar dívidas e juros, segundo dados coletados pelo Meu Município. Fonte: Meu Município (SICONFI/STN, 2015) Comparando os municípios que compõem a Região Metropolitana da Grande São Luís, temos: 9
10 10
11 REFERÊNCIAS NEXO. Jornal Interativo. Parceria com o Centro de Estudos da Metrópole. Como sua cidade gasta dinheiro? Disponível em: Acesso em: out MEU MUNICÍPIO. Tá sabendo? Como os recursos públicos são utilizados em seu município. Disponível em: Acesso em: out
12 ANEXO 12
13 Colaborou: Murilo Roncolato Fonte: Dados da Secretaria do Tesouro Nacional organizadas pelo CEM (Centro de Estudos da Metrópole). Metodologia e observações: Para definição do gasto per capita foi utilizado o valor gasto na rubrica orçamentária dividido pela estimativa da população total do município no ano da execução orçamentária em questão. A variável % de gasto refere-se ao gasto na rubrica orçamentária dividido pelo gasto total do município naquele ano. A variável gasto absoluto refere-se ao gasto na rubrica orçamentária em valores nominais do gasto executado naquele ano. Para cada rubrica orçamentária, foram estipulados valores máximos de porcentagem do total do orçamento municipal a fim de facilitar a visualização dos dados. Assim sendo, municípios considerados outliers para cada categoria de gasto não são apresentados nos gráficos de distribuição. Para cada rubrica, os municípios não apresentados são: Administração: 16 municípios que apresentavam nessa categoria valores maiores que 50% do orçamento total executado foram retirados da visualização. São eles: Heitoraí - GO (51,7%); Candiota - RS (52,4%); Tobias Barreto - SE (78,6%); Argirita - MG (100%); Currais Novos - RN (100%); Dona Eusébia - MG (100%); Faxinalzinho - RS (100%); Galinhos - RN (100%); Janduís - RN (100%); Mar de Espanha - RS (100%); Nova Fátima - MG (100%); Planalto - GO (100%); Rio dos Índios - RS (100%); São Bento do Norte - RN (100%); São Francisco do Glória - MG (100%); Senador Cortes - MG (100%). Assistência Social: 2 municípios que apresentavam nessa categoria valores maiores que 15% do orçamento total executado foram retirados da visualização. São eles: Barretos - SP (17,2%); Santana do Mundaú - AL (22,2%). Saúde: Anchieta - ES apresentava nessa categoria o valor de 95,1% do orçamento total executado e foi retirada da visualização. 13
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