O MÉRITO MORAL E A AÇÃO AFIRMATIVA DE COTAS NAS UNIVERSIDADES SOB A PERSPECTIVA DE JOHN RAWLS E RONALD DWORKIN
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- Ilda Ximenes Meneses
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1 O MÉRITO MORAL E A AÇÃO AFIRMATIVA DE COTAS NAS UNIVERSIDADES SOB A PERSPECTIVA DE JOHN RAWLS E RONALD DWORKIN Mauricio Sardinha Meneses dos Reis, Advogado, Mestrando em Direito Constitucional, Estado e Cidadania pela Universidade Gama Filho UGF, pós graduado lato sensu em Direito Público pela Escola Superior de Advocacia da OAB/RJ. 1. Introdução Ação Afirmativas são medidas governamentais, excepcionais, que tem por escopo mitigar desigualdades sociais acumuladas ao longo da história, viabilizando igualdade de oportunidades e tratamento, de modo a compensar as mazelas provocadas pela discriminação étnica, religiosa, social, dentre outras. As ações afirmativas, em resumo, tem por objetivo reduzir as desigualdades sociais instaladas, sobretudo em razão da discriminação. A herança discriminatória marcada por 400 anos de trabalho escravo no Brasil contribuiu para a formação de um abismo social entre os brancos e não-brancos, o que pode ser observado com clareza nos índices de renda, grau de escolaridade e ocupação, que destoa se a etnia for tomada como paradigma. Objetivando minimizar as consequências herdadas do período colonial, o Governo brasileiro tem implementado política de cotas raciais nas universidades, o que vem causando profundas discussões na sociedade civil que, se por um lado, clama pela equidade de oportunidades e redução das diferenças sociais instaladas, por outro, invoca preceitos constitucionais como a igualdade para rechaçar essas ações afirmativas. 1/14
2 Quanto ao mérito moral, a sociedade como um todo, tem por hábito pregar que o sucesso é a coroação da virtude, de que os ricos são ricos porque são mais merecedores do que os pobres 1. Para John Rawls, no entanto, ninguém é merecedor de uma maior capacidade natural, ou de ocupar um lugar privilegiado na sociedade, assim como não é mérito pessoal viver em uma sociedade que, por acaso, valorize nossas qualidades. A questão ora proposta transpassa a interpretação literal constitucional para avaliar, sob a ótica de John Rawls e Ronald Dworkin, a questão inerente à justiça e a moral que envolvem o tema. 2. Breves comentários sobre a teoria de justiça de John Rawls John Rawls, em sua obra Uma Teoria da Justiça (1971) 2, sustenta que para a formação de uma sociedade equalitária, justa, seria necessário que sua constituição (contrato social) fosse elaborada por pessoas que desconhecessem sua classe e status em que estariam inseridos, de modo a evitar que fossem tendenciosos a legislar em favor de interesses próprios. Esta condição natural para a elaboração do contrato social Rawls chama de véu da ignorância, somente com o qual seria possível se alcançar um sociedade equalitária. Em sua obra acima citada, às fls. 166, sustenta: Presume-se, então, que as partes não conhecem certas particularidades. Em primeiro lugar, ninguém sabe qual é seu lugar na 1 SANDEL. Michael J. Justiça o que é fazer a coisa certa. Tradução 6ª edição de Heloisa Mathias e Maria Alice Máximo. 6ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p RAWLS. John. Uma teoria da justiça. Tradução Jussara Simões. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, /14
3 sociedade, classe nem status social; alem disso, ninguém conhece a própria sorte na distribuição dos dotes e capacidades naturais, sua inteligência e força, e assim por diante. Ninguém conhece também a própria concepção do bem, as particularidades do seu projeto racional de vida, nem mesmo as características especiais de sua psicologia, como sua aversão ao risco ou sua tendência ao otimismo ou ao pessimismo. Além do mais, presumo que as partes não conhecem as circunstâncias de sua própria sociedade. Isto é, não conhecem a posição econômica ou política, nem o nível de civilização e cultura que essa sociedade conseguiu alcançar. As pessoas na posição original não sabem a qual geração pertencem. Investido sob o véu da ignorância, Rawls afirma que a elaboração do contrato social partindo desta posição original, repudiaria o utilitarismo de Bentham, de modo a evitar perseguições religiosas ou discriminatórias, assim como não seriam sacrificados direitos e liberdades fundamentais em favor de benefícios sociais ou econômicos. E justamente para evitar distorções econômicas, se garantiria, também, uma distribuição equalitária de renda e riqueza, haja vista que desconhecendo sua posição social, a inobservância desses preceitos poderia resultar na inserção do sujeito em uma camada desfavorecida da sociedade, bem como sua eterna permanência neste segmento. 3/14
4 Segundo a teoria de Rawls, seria previsto, de igual sorte, uma política de distribuição de riqueza, impondo que altos salários seriam permitidos desde que o proveito obtido fosse distribuído aos menos afortunados. Esta teoria Rawls chama de princípio da diferença. Firme nessas premissas, Rawls sustenta que da posição original seriam extraídos 2 princípios, sendo eles: - cada pessoa deve ter um direito igual ao sistema mais extenso de iguais liberdades fundamentais que seja compatível com um sistema similar de liberdades para as outras pessoas; - as desigualdades sociais e econômicas devem estar dispostas de tal modo que tanto (a) se possa razoavelmente esperar que se estabeleçam em benefício de todos como (b) estejam vinculados a cargos e posições acessíveis a todos. O primeiro princípio, em linhas gerais, garante igualdade e liberdades fundamentais, enquanto o segundo princípio, de maior complexidade, objetiva equacionar a sociedade por intermédio da distribuição de renda, acessibilidade de cargos e posições sociais. Segundo a teoria de Rawls, as desigualdades imerecidas exigem reparação; e como as desigualdades de berço e de talentos naturais são imerecidas, devem ser compensadas de alguma forma 3. Rawls parece ter plena razão quando afirma que desigualdades decorrentes do nascimento ou talentos natos são absolutamente aleatórios e, portanto, desvinculados do mérito pessoal. O jurista sustenta, ainda, que o fato das sociedades valorizarem determinada aptidão nata, também encontra-se 3 Op. cit. p /14
5 absolutamente alheio a vontade do agente, independendo, portanto, de mérito próprio. Para ilustrar que a loteria natural não se relaciona ao mérito pessoal, e pode ser um fator determinante para as desigualdades sociais, Rawls cita a aristocracia feudal, onde a distribuição de renda, riqueza e oportunidades estava diretamente vinculada ao nascimento. Quem tinha a sorte de nascer na nobreza teria direitos intangíveis às outras classes. No entanto, as condições de nascimento não dependem do sujeito, decorrendo, sabidamente, de fator absolutamente aleatório e, portanto, imerecido. A aristocracia feudal, como é cediço, se revela como a forma de governo menos justa para a sociedade, haja vista que impõe severa segregação social tendo por parâmetro exclusivamente a condição do nascimento. As sociedades de mercado, por outro lado, permitem oportunidades formalmente equânimes, de modo que todos possam se esforçar e competir, embora, na prática, as oportunidades estejam longe de serem iguais. Já a meritocracia busca reduzir e afastar as desigualdades sociais, fomentando oportunidades de educação básica igual para todos, de forma que os indivíduos de classes sociais privilegiadas não partam de um ponto de largada à frente em relação aos demais. No entanto, mesmo na meritocracia com os competidores partindo de um mesmo ponto de partida, em decorrência das condições equalitárias de educação básica, o resultado da corrida sempre será diferente. A distribuição natural e aleatória de aptidões e talentos influenciará e não será alcançada uma distribuição justa de renda e riqueza. 5/14
6 Rawls 4 sugere como enfrentamento e solução a essas desigualdades sociais aleatórias e naturais, a teoria da diferença, sustentando: O princípio da diferença representa, com efeito, um acordo no sentido de se considerar a distribuição de talentos naturais em certos aspectos como um bem comum, e no sentido de compartilhar os benefícios econômicos e sociais maiores propiciados pelas complementaridades dessa distribuição. Os que foram favorecidos pela natureza, quem quer que sejam, só podem beneficiar-se de sua boa sorte em condições que melhorem a situação dos menos afortunados. Os naturalmente favorecidos não devem beneficiar-se apenas por serem mais talentosos, mas somente para cobrir os custos de educação e treinamento dos menos favorecidos. Ninguém merece sua maior capacidade natural nem um ponto de partida mais favorável na sociedade. (...) Assim, somos levados ao princípio da diferença se desejarmos configurar o sistema social de modo que ninguém ganhe ou perca devido ao seu lugar arbitrário na distribuição dos dotes naturais ou de sua posição inicial na sociedade sem dar ou receber benefícios compensatórios em troca. Em linhas gerais, a teoria de justiça de Rawls prega que as condições de nascimento ou aptidões naturais são aleatórios, integrando o que chama de loteria natural. Agregado a esses fatores, é a sociedade que ditará 4 Op. cit. p. 121/122. 6/14
7 quais aptidões valoriza, o que também influencia na absorção das contingências naturais. Como exemplo, é cediço que, atualmente, a sociedade valoriza o detentor de aptidões natas, como o profissional do futebol. No entanto, há 100 anos atrás, esse mesmo jogador, com equivalentes dotes e qualidades, não era remunerado com a centésima parte dos salários pagos atualmente. Além das aptidões naturais e condições de nascimento, a sociedade, como fator de aleatoriedade, também irá influenciar de forma determinante na distribuição de renda e riqueza. Transportando a teoria de Rawls para justificar as ações afirmativas de cotas nas universidades, sob o ângulo da moralidade e merecimento, talvez esta não seja tão repugnante e possa, de fato, representar uma forma mais justa para o preenchimento das vagas. 3. A discriminação compensatória de Ronald Dworkin Ronald Dworkin, filósofo do século XX, sustentou a teoria acerca da discriminação compensatória que integra a sua obra denominada Levando os Direito a Sério 5. O filósofo afirma que os critérios raciais não são necessariamente os padrões corretos para decidir quais candidatos serão aceitos pelas universidades (...) mas o mesmo vale para os critérios intelectuais ou para quaisquer outros conjuntos de critérios 6. Ao fazer essa sustentação, aproxima seus ideais a John Rawls, haja vista que a admissão em processo seletivo não é uma premiação ao mérito ou a virtudes superiores, haja vista que nem o aluno com as maiores médias ou 5 DWORKIN, Ronald. Levando os Direito a Sério. Tradução: Nelson Boeira. 3ª ed., São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, Op. cit. p /14
8 aqueles advindos de uma minoria merecem moralmente serem admitidos por esses motivos 7. As universidades são dotadas de missões institucionais e sociais e, com base nestas, devem criar seus processos seletivos que, por vezes, foge do controle ou expectativa individual, por não avaliar, exclusivamente, critérios intelectuais ou raciais. Assim, se a universidade possui dentre as suas missões a integração racial, ou formar não apenas os mais inteligentes, mas também os detentores de determinadas características físicas ou aptidões especiais demandas pela sociedade, o candidato não tem o direito a reivindicar procedimento de seleção linear com base exclusivamente na aferição intelectual. Para Dworkin, a equidade deve sempre ser observada nos processos de seleção, de modo que se respeite o direito de todos os membros de serem tratados como iguais, observando, sempre, critérios coerentes com a missão adotada pela universidade. 4. As ações afirmativas de cotas raciais nas universidades O cerne principal dessa questão reside em averiguar se a política de cotas infringe a garantia constitucional a igualdade em prol da compensação por erros do passado e promoção da diversidade. Michael J. Sandel, em sua obra acima referenciada, critica, ainda, as distorções nos testes padronizados, o que para o autor, pode não aferir 7 SANDEL. Michael J. Justiça o que é fazer a coisa certa. Tradução 6ª edição de Heloisa Mathias e Maria Alice Máximo. 6ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p /14
9 a real capacidade de cada candidato, se avaliado de forma isolada, sem apreciar antecedentes familiares, sociais, culturais e educacionais. A compensação por erros do passado roga que os alunos pertencentes às minorias devem ter preferência para compensar o histórico de discriminação responsável por sua inferioridade. No entanto, esta discussão se mostra complexa. Críticos afirmam, com bem ilustrado por Ronald Dworkin 8, que o tratamento preferencial reforça o sentimento de inferioridade que muitos negros já têm, e que o preconceito é fomentado sempre que as distinções sociais são toleradas, aumentando as tensões sociais. Outros que contestam a compensação, afirmam que os beneficiados não são necessariamente aqueles que sofreram os erros do passado, assim como os responsáveis pela reparação não motivaram essas demandadas. Ademais, a compensação tendo como único referencial a cor da pele, sem levar em consideração a classe social, pode gerar distorções gravíssimas. O argumento da diversidade, por seu turno, transfere o foco da pessoa do candidato para a sociedade, considerando que o objetivo primário é o fomento de um corpo estudantil diversificado, composto por alunos de raça, etnia e classe social difusas, de modo a permitir o debate cultural e intelectual heterogêneo e, com isso, se promova um incremento no aprendizado. Ademais, os adeptos da promoção da diversidade como fundamento a promoção de políticas públicas de cotas, sustentam, ainda, que os segmentos minoritários necessitam de representatividade na sociedade, facilitada pela inserção destes nas Universidades. 8 Op. cit. p /14
10 No entanto, todos esses argumentos esbarram na questão da igualdade constitucional, segundo a qual todos são iguais perante a lei, sendo vedado, portanto, tratamento diferenciado aos cidadãos. As cotas nas universidades, sob um prisma de observação raso e obtuso, pode ser estancado com base nesse princípio. Contudo, como fundamentado nas razões acima delineadas, a questão é por demais complexa e não pode ser analisada com base em um único princípio interpretado rigidamente. O mérito moral, presente da teoria de justiça de John Rawls e Ronald Dworkin não pode ser simplesmente desprezado, merecendo um confronto teórico para se alcançar um ideal de sociedade mais justa para a coletividade. 5. A questão moral que envolve o tema John Rawls por sua teoria da equidade e distribuição de renda, e Ronald Dworkin, no que tange a admissão nos processo seletivos das universidades, coadunam o entendimento de que não se trata simplesmente de premiar o mérito de cada indivíduo. Dworkin afirma que a admissão não deve ser observada como uma compensação individual do aluno por sua hipotética virtude ou competência, mas sim como o cumprimento dos objetivos institucionais e sociais a que a universidade se propõe. Por estas premissas, a universidade deve atingir sua missão, e esta que deve determinar os critérios relevantes à admissão, não o inverso. Para o filósofo, a admissão nada tem a ver com o mérito moral de cada indivíduo, mas sim com o alcance da missão da universidade. 10/14
11 Por estas razões, não cabe ao candidato se insurgir contra o processo seletivo que busque, em primeiro plano, o alcance da missão da universidade, ainda que para isso trace critérios não exclusivamente intelectuais. Para Rawls, ninguém merece virtudes inatas ou inserção social advindas com o nascimento, haja vista que estes fatores são absolutamente aleatórios e desvinculados ao mérito individual. Michael J. Sandel em sua obra Justiça. O que é fazer a coisa certa, já referenciada acima, propõe o que seria uma missiva endereçada a um candidato aprovado no processo seletivo de uma universidade americana, segundo os princípios de Rawls e Dworkin, verbis: Prezado candidato aceito, Temos o prazer de informar-lhe que seu pedido de admissão foi aceito. Por acaso o senhor possui as características de que a sociedade necessita no momento, de modo que decidimos explorar o que o senhor tem a oferecer à sociedade e admiti-lo em nosso curso de direito. O senhor está de parabéns, não porque merece o crédito por possuir as qualidades que levaram a sua admissão - o senhor não o merece -, mas apenas porque o vencedor de uma loteria deve ser parabenizado. O senhor teve a sorte de ter as características certas no momento certo. Se optar por aceitar nossa oferta, poderá por fim usufruir dos benefícios resultantes do fato de ser usado dessa maneira. Esse, sim, deve ser um motivo para comemoração. 11/14
12 O senhor, ou melhor, seus pais podem ficar tentados a comemorar essa admissão como um fato que reflete positivamente, se não seus dotes naturais, pelo menos os esforços que o senhor conscientemente empreendeu para sultivar suas aptidões. Mas a idéia de que o senhor seja merecedor do caráter superior necessário para tal, visto que esse caráter depende de várias circunstâncias afortunadas cujos créditos o senhor não pode reivindicar, é igualmente problemática. A noção de mérito não cabe aqui. Não obstante, esperamos vê-lo na faculdade no próximo outono. Atenciosamente... A proposta de missiva acima reproduzida sintetiza com clareza as idéias profetizadas pelos filósofos em estudo. A ideologia pragmatizada pela sociedade de que as conquistas e sucesso são frutos exclusivos do próprio mérito, inconscientemente impõe um afastamento das minorias ou classes menos privilegiadas. O que Rawls com o princípio da diferença e Dworkin tentam de certa maneira pregar tem a ver com a relevância do mérito moral para a justiça. Não há como se afastar de argumentos tão sólidos para interpretar a letra pura da lei e ignorar as considerações sobre o mérito moral. assim ilustra: Dworkin, em conclusão ao artigo Discriminação Compensatória 9, 9 Op. cit. p /14
13 Temos, todos nós, inteira razão ao desconfiarmos das classificações por raça. Elas tem sido usadas para negar, em vez de respeitar, o direito à igualdade, e todos nós estamos conscientes da injustiça que daí decorre. Mas se entendermos mal a natureza dessa injustiça, ao não estabelecermos as distinções simples que são necessárias para o seu entendimento, estaremos correndo o risco de cometer ainda mais injustiças. Pode ser que os programas de admissão preferencial não criem, de fato, uma sociedade mais igualitária, pois é possível que não tenham os efeitos imaginados por seus advogados. Essa questão estratégica deveria estar no centro de debate sobre esses programas. Não devemos, porém, corromper esse debate imaginando que tais programas são injustos mesmo quando funcionam. Precisamos ter o cuidado de não usar a Cláusula de Igual Proteção para fraudar a igualdade. Dworkin encerra bem a questão ressaltando que os resultados das ações afirmativas não devem ser desprezados e, ao revés de frustrar a igualdade, pode estar a fomentá-la. 6. Conclusão A política de cotas nas universidades no Brasil tomou grandes proporções na última década. Em um primeiro momento, após uma análise perfunctória do tema, a rejeição se impôs. 13/14
14 No entanto, após uma análise mais acurada, tomando por base os filósofos aqui tratados, o tema se revelou complexo e de forma natural transcendeu a respeitada barreira da violação à igualdade. Com isso, nos filiamos às lições de Dworkin e Rawls para sustentar que a admissão nas universidades deve contribuir para o propósito social (missão) a qual a universidade foi criada, e não pra premiar a virtude individual de cada um, decorrente da loteria natural. A admissão nas universidades, portanto, não é uma questão de mérito moral. 7. Bibliografia 1 - DWORKIN, Ronald. Levando os Direito a Sério. Tradução: Nelson Boeira. 3ª ed., São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, RAWLS. John. Uma teoria da justiça. Tradução Jussara Simões. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, SANDEL. Michael J. Justiça o que é fazer a coisa certa. Tradução 6ª edição de Heloisa Mathias e Maria Alice Máximo. 6ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, /14
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