Em DiA Associado atualizado com as notícias do setor

Transcrição

1 31 de Agosto de 2015 Em DiA Associado atualizado com as notícias do setor Nesta Edição 12 A FORÇA DA INDÚSTRIA DA CARNE MINEIRA Mercado Investimento Exportação Crise Eventos Preço de suíno vivo sobe em Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul Greve dos fiscais do IMA atinge pelo menos dois postos no Sul de Minas BRDE apoia construção de novo frigorífico de suínos no oeste do estado Plena pretende construir fábrica de processamento de carne em Paraíso do Tocantins Myanmar quer ampliar compras de produtos agropecuários brasileiros Frigorífico de RO com cerca de 800 funcionários deve fechar até setembro Simpósio Comemorativo 100 anos da Inspeção de Produtos de Origem Animal Rua Bernardo Guimarães, 63/3º andar - Funcionários - Cep BH/MG Fone: (31) sinduscarne@fiemg.com.br

2 Mercado Preço de suíno vivo sobe em Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul Cotação subiu R$ 0,10 no mercado mineiro, para R$ 3,80 o quilo A Bolsa de Suínos de Minas Gerais aumentou a cotação do animal vivo vendido no estado pela segunda semana consecutiva. Em reunião realizada na noite de segunda, dia 24, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), o valor do animal vivo subiu para R$ 3,80 o quilo, aumento de R$ 0,10 ante a semana anterior. A cotação vigora até a próxima segunda, dia 31. Conforme a Asemg, os frigoríficos mineiros insistiram na manutenção do valor de R$ 3,70 o quilo, porque ainda não conseguiram repassar nem o aumento da semana anterior, apesar das boas vendas. Entretanto, criadores pediram que o quilo do animal vivo passasse a R$ 3,80, pelo fato de o mercado estar bastante procurado. Eles informaram, por exemplo, que na semana passada venderam animais a mais do que a média semanal de 2015 e que estão entregando animais para o abate mais novos e com o peso menor devido à demanda aquecida. Acabou vigorando o pleito dos suinocultores. Outras praças Também houve alta na Bolsa de Suínos de São Paulo. Conforme a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), o valor do suíno vivo comercializado no Estado passou para R$ 3,74 a R$ 3,94 o quilo em comparação com uma faixa de R$ 3,57 a R$ 3,62 o quilo. Mesmo movimento ocorreu no Rio Grande do Sul. Segundo a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), a cotação do animal vivo aumentou R$ 0,09, passando de R$ 3,19 para R$ 3,28 o quilo, para os produtores independentes. Entretanto, para os criadores do sistema de integração, a cotação recuou R$ 0,01, para R$ 2,86 o quilo. As empresas Cooperativa Majestade, Alibem, BRF, JBS e Pamplona são as que estão pagando menos pelo animal vivo (R$ 2,80 o quilo). Já a Ouro do Sul é a que remunera melhor o criador integrado, a R$ 3,10 o quilo. fonte:canalrural Greve dos fiscais do IMA atinge pelo menos dois postos no Sul de Minas Movimento trabalhista começou no dia 17 de agosto em todo o estado. Em Borda da Mata e Extrema, falta de fiscalização preocupa produtores. Do G1 Sul de Minas A greve dos fiscais do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) completou 10 dias nesta quinta-feira (27). Segundo o sindicato, nove dos 16 postos aderiram ao movimento que reivindica melhorias trabalhistas no estado e começou no dia 17 de agosto. No Sul de Minas, há paralisação nas unidades deextrema (MG) e Borda da Mata (MG). 2

3 Hoje a gente não consegue chegar ao fim da carreira com esse plano de carreira atual, diz o fiscal agropecuário do IMA, Rafael Bombachi. Outra reivindicação é a equiparação do nosso salário com o do órgão ambiental. Sem previsão para o fim da greve que atingiria metade dos fiscais existentes em Minas Gerais, produtores se dizem preocupados. O controle sobre a circulação de mercadorias como carnes e verduras é feito pelo IMA e a suspensão das atividades nos postos criaria um cenário de vulnerabilidade para os produtores legalizados. A gente que legalizou sai prejudicado. Os ilegais estão tranquilos porque eles sabem que não tem fiscalização, diz Adilson Jonas da Silva, dono de um laticínio em Borda da Mata. Investimento Em Borda da Mata e Extrema, falta de fiscalização do IMA preocupa produtores (Foto: Reprodução EPTV) BRDE apoia construção de novo frigorífico de suínos no oeste do estado A Agência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no Paraná vai comandar a estruturação financeira de captação de recursos para construção do novo frigorífico de suínos da Frimesa Cooperativa Central, no Oeste do Estado. Na primeira etapa do projeto, o investimento na nova unidade será de R$ 450 milhões. O frigorífico será construído em Assis Chateaubriand e deve entrar em operação no início de 2019, com capacidade de abater até 15 mil suínos por dia. O assunto foi tratado durante visita do diretor administrativo do BRDE, Orlando Pessuti, e um grupo de técnicos da instituição à sede da Frimesa, em Medianeira. Durante a visita, Pessuti liberou R$ 25 milhões à Frimesa. O valor será investido na integralização à cooperativa central das cinco cooperativas da Região Oeste filiadas à Frimesa. São filiadas à Frimesa a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), de Cafelândia, C Vale Cooperativa Agroindustrial, de Palotina, a Cooperativa Agroindustrial Lar, de Medianeira, a Primato Cooperativa Agroindustrial, de Toledo, e a Copagril Cooperativa Agroindustrial, de Marechal Cândido Rondon. O diretor disse que o BRDE sempre esteve ao lado da Frimesa. Agora queremos liderar o processo de construção da engenharia financeira, envolvendo o 3

4 novo frigorífico em Assis Chateaubriand para que não faltem recursos a mais um projeto de crescimento da cooperativa. O BRDE quer, além de financiar projetos, promover o desenvolvimento econômico e social de toda uma região, com a geração de renda, emprego e riquezas, acrescentou Pessuti. A Frimesa é um exemplo no Paraná e no Brasil em seriedade e competência em suas atividades. O diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek, disse que o BRDE tem sido a alavanca do desenvolvimento da cooperativa. O banco faz praticamente 100% dos investimentos de médio e longo prazo da Frimesa, afirmou. Estamos crescendo ao ritmo de 18% nos últimos 10 anos impulsionados pelo apoio financeiro do BRDE. Zydek explicou que os R$ 25 milhões liberados agora serão aplicados na estruturação de capital de giro, em tecnologia e em inovação. O presidente da Frimesa destacou também que o investimento no novo frigorífico, ao final da implantação do projeto, somando com as atividades das cooperativas filiadas, vai injetar R$ 3 bilhões na economia da Região Oeste. A COOPERATIVA A Frimesa é cliente antiga do BRDE. Contratou no banco mais de R$ 300 milhões entre 1994 e É a maior empresa de abate de suínos no Paraná e a quinta no País está entre as maiores do Brasil em recebimento de leite. Em Medianeira, funciona o complexo de processamento de carnes. São mais de 6 mil suínos abatidos por dia. As unidades de leite ficam em Marechal Cândido Rondon, Matelândia e Capanema. Há também uma unidade em funcionamento no município de Aurora (SC). São recebidos 650 mil litros de leite por dia. A Frimesa tem quase 6 mil produtores integrados, cinco unidades industriais, 14 filiais de venda, mais de 6 mil colaboradores e 380 itens de produtos no mercado. São 29 mil pessoas envolvidas nas atividades da cooperativa. A previsão para 2015 é de um faturamento de R$ 2,28 bilhões. Também participaram da visita à Frimesa o superintendente do BRDE no Paraná, Paulo Cesar Starke Junior; a gerente de Operações, Juliana Dallastra; o gerente adjunto de Operações, Tiago Pesch; a gerente adjunta de Planejamento, Lindamir Verbinski; o gerente de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Werner Tschoeke; e o assessor da diretoria Erikson Chandoha. Fonte: Governo do Estado do Paraná Plena pretende construir fábrica de processamento de carne em Paraíso do Tocantins Um dos principais frigoríficos do Estado do Tocantins, o Plena (de Paraíso do Tocantins) deverá colocar em funcionamento um projeto de ampliação de sua atuação cujo investimento gira em torno de R$ 30 milhões. Com a matriz em Minas Gerais, o grupo quer expandir duas de suas unidades. Em Paraíso do Tocantins há apenas o abate de gado. A ideia do grupo é construir uma fábrica de processamento de carnes. A notícia é destaque na coluna Mercado Aberto, da Folha de S.Paulo, assinada pela jornalista Maria Cristina Frias. Com a instalação de linhas de desossa e fracionamento, vamos aumentar o valor agregado do produto, disse Marcos Antonio de Faria Maia, sócio da empresa, à jornalista da Folha. 4

5 Hoje, parte da carne proveniente do abate em Tocantins é transportada para processamento em uma fábrica do grupo em Contagem (MG), revela a coluna. Ainda segundo a jornalista, a unidade mineira também receberá investimentos para produção Exportação de hambúrgueres e pratos prontos. Mesmo com a crise econômica, a empresa projeta estabilidade no faturamento neste ano. Um dos motivos é o crescimento das exportações, segundo o empresário, destacou a jornalista. Fonte: Norte Agropecuário Myanmar quer ampliar compras de produtos agropecuários brasileiros O governo de Myanmar reforçou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esta semana, a intenção de intensificar as transações comerciais com o Brasil na área do agronegócio. Além de liberar a importação de carne bovina in natura e aves do mercado brasileiro, o país asiático também tem interesse em ampliar as compras de outros produtos agropecuários. A aproximação entre os dois mercados é resultado das negociações iniciadas pela ministra Kátia Abreu com os myanmarenses no primeiro semestre deste ano. Em reunião com a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo, nessa quarta-feira (26), o vice-ministro de Negócios Estrangeiros de Myanmar, U Thant Kyaw, disse que seu país também quer importar do Brasil gado em pé, material genético bovino e avícola, maquinários médios e leves e equipamentos para beneficiamento de arroz e processamento de soja. O embaixador de Myanmar no Brasil, Thiripyanchi U Tun Nay Lin, participou da audiência no Mapa. Temos potencial para ampliar as exportações agropecuárias para Myanmar, destacou a ministra Kátia Abreu, que participou ativamente das negociações para abrir aquele mercado. Ela pretende que uma das suas próximas viagens ao exterior seja àquele país. É um mercado em expansão, com população superior a 52 milhões de habitantes. Isso abre enormes oportunidades comerciais e de investimentos, acrescentou Tatiana Palermo, lembrando que o Brasil será o primeiro país a fornecer carne in natura ao Myanmar. Embarques Em 2014, o Brasil exportou US$ 35 milhões ao Myanmar. Os produtos agropecuários representaram 87% do total embarcado, e o café solúvel correspondeu a 46% da pauta de exportações do setor. A cadeia produtiva do agronegócio vê potencial de exportação de cerca de US$ 87 milhões ao ano. O país asiático importa diversos produtos processados de seus parceiros da Associação de Nações do Sudoeste Asiático (Asean), que, por sua vez, compram os insumos do Brasil. Exemplo disso são os lácteos. Tatiana Palermo entregou ao vice-ministro proposta de Certificado Sanitário Internacional para exportação desse produto. Atualmente, o mercado myanmarense é abastecido por Austrália e Nova Zelândia. Na audiência, a secretária do Mapa e os representantes do governo de Myanmar também avaliaram a possibilidade de firmar memorando de entendimento para cooperação agrícola entre os dois países especialmente na área de frutas como manga e uva e intercâmbio de especialistas e troca de conhecimentos em pecuária e aquicultura. 5

6 Crise Frigorífico de RO com cerca de 800 funcionários deve fechar até setembro Empresa anunciou paralisação de atividades em Rolim de Moura. Problema judicial teria motivado decisão, segundo sindicato. Rogério AderbalDo G1 RO O grupo frigorífico Marfrig comunicou a paralisação das atividades da unidade de Rolim de Moura(RO), na Zona da Mata. Cerca de 800 funcionários serão demitidos ou podem aceitar a transferência para Chupinguaia, a 204 km de município. A empresa alega que a decisão pela suspensão foi motivada por uma disputa judicial com o proprietário do complexo que havia alugado a planta frigorífica e agora pede a retomada do espaço. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Leite e Cereais do município (Sintra-ali), Adilson Victor Cruz, a empresa anunciou que até final de setembro terá que desocupar a unidade. Com isso, procurou o sindicato para tratar da dispensa ou da transferência dos funcionários. Os proprietários da planta entraram na Justiça com uma ação de despejo. A empresa recorreu, mas perdeu e agora terá que desocupar a unidade até o fim de Eventos setembro, explica. O sindicalista afirma que os funcionários que optarem pela demissão receberão os direitos trabalhistas legais; e um curso de qualificação profissional. Para os que decidirem pela transferência, será pago um salário extra como bônus. Ao contrário do que aconteceu com a empresa JBS, que fechou a unidade no municípiorecentemente, Adilson explica que neste caso não cabe indenização aos funcionários. A Justiça entende que eles não estão usando de má fé para dispensar os funcionários. Tendo em vista que estão sendo obrigados a desocupar a planta. Com isso, a indenização é descartada. Já fizemos algumas assembleias dentro da empresa e explicamos a situação, esclarece. O G1 entrou em contato com a empresa, mas foi informado que os representantes locais não comentar sobre o assunto. Em julho a JBS anunciou a suspensão por tempo indeterminado das atividades no município. De acordo com a empresa, o motivo para a paralisação dos trabalhos é a baixa disponibilidade de animais para abate no estado. Simpósio Comemorativo 100 anos da Inspeção de Produtos de Origem Animal 6

7 7