UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA ACHADOS CLÍNICOS, URINÁRIOS E DETERMINAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO BACTERIANA URINÁRIA DE GATOS COM DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR OBSTRUTIVA ISA MARIA CAETANO PALMEIRA 2018

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA ACHADOS CLÍNICOS, URINÁRIOS E DETERMINAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO BACTERIANA URINÁRIA DE GATOS COM DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR OBSTRUTIVA Isa Maria Caetano Palmeira Graduanda Prof. Dr. Almir Pereira de Souza Orientador Patos Fevereiro de 2018

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4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ISA MARIA CAETANO PALMEIRA Graduanda Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária. APROVADA EM 09/02/2018. MÉDIA: 9,7 (NOVE VÍRGULA SETE) BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Almir Pereira de Souza Orientador Profª Drª. Rosangela Maria Nunes da Silva Examinador I Profª Drª. Annielle Regina F. Fernandes Examinador II

5 DEDICATÓRIA A Deus, por nunca ter desistindo de mim e por me mostrar que tudo tem seu tempo e aos seus ensinamentos diários mostrando que a fé e o amor é o melhor caminho; Aos meus Pais, por serem minha inspiração e o motivo de nunca parar de lutar pelos meus sonhos; A minha família, que mesmo em momentos de sofrimento damos as mãos e superamos tudo; Dedico.

6 AGRADECIMENTOS Primeiramente а Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo de minha vida, е não somente nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos. Por ser essencial em minha vida, autor do meu destino, meu guia, socorro presente nas horas da angústia e minha luz nos dias felizes. Por meus pais lindos, Noroaldo Moura Palmeira e Maria Célia Caetano Palmeira, por terem paciência comigo, me amarem acima de tudo e terem me apoiado desde o início dessa caminhada. À minha irmã, Vanessa Caetano Palmeira, que sempre me apoiou e amou os nossos gatos sempre (só demora um pouco a trocar a água deles kkk). Ao quinteto maravilha, Eu, Vanessa, Mariana, Ana Carolina e Ana Claúdia. As melhores férias, roupas emprestadas e fofocas, foram/são com vocês. Ao meu namorado Lucas Marques de Melo Neto, um dos médicos veterinários que mais admiro. Obrigada pelo companheirismo, lealdade e amor. A família do meu namorado por confiarem e me acolherem como se eu fosse da família. Por meus amigos dos colégios, Cristo Rei e Geo, por mil vezes me fazerem lembrar os nossos momentos ótimos de fundamental e ensino médio, esquecendo das loucuras da universidade. Aquele meu grupinho da frente da UFCG, Lucas, Mateus, Andressa, Lettícia e Nathália, vocês fizeram meus dias melhores nessa universidade e seguraram minha mão quando quis cair. (Minhas meninas L&M, amo vocês kkkkk). Aos meus professores que me ajudaram, acreditaram em mim e até os que duvidaram com certeza vocês mudaram minha vida. Agradeço em especial ao meu orientador, Professor Almir por todo esse aprendizado. Aos meus tios e tias da família Caetano e Palmeira, por sempre estarem comigo e me ajudarem no que fosse preciso. As minhas ótimas tias que foram minhas mães algumas vezes, Tia Geralda, Tia Tina, Palmerisa (Fia) e Fátima (Fatinha). Obrigada pelo abrigo, pelas risadas, pelas roupas e pelas moedas mensais kkkk. A todos os animais que cuidei e salvei quando criança. Aos meus preciosos gatos Penéllope, Enzo, Felícia e Susy (ordem hierárquica). Não esquecendo também da prima beagle Nina e os primos Tom e Sarita II. Aos vizinhos pug Marie e ao pinsher Stuart (Rip).

7 Em especial agradeço ao meu tio Chico Caetano (In memorian), que sempre foi um homem íntegro e amava também os animais. Ao meu amor de Tia, minha Raminha (In memorian), por ser tão presente no meu coração e por acreditar em mim até nos últimos dias de vida. Eu te amarei pra sempre minha fofinha. A todos que de alguma forma contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional. E a minha fé, que permanece firme e forte para conquistar meus sonhos e objetivos. A Cruz Sagrada seja minha Luz. Obrigada, Vida!

8 SUMÁRIO Pág. LISTA DE QUADROS... 7 LISTA DE FIGURAS... 9 RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Fatores contribuintes para a enfermidade e epidemiologia Classificação da DTUIF Sinais Clínicos Infecção bacteriana e isolamento Diagnóstico Tratamento MATERIAL E MÉTODOS Coletas de urina Variáveis urinárias Análise microbiológica Análise estatística RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIA... 35

9 9 LISTA DE QUADROS Pág. Quadro 1 - Achados da anamnese de nove gatos (G1 a G2) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva Quadro 2 - Resultados da sedimentoscopia de nove gatos (G2 A G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva Quadro 3 - Quadro 4 - Quadro 5 - Quadro 6 - Principais achados de urinálise de nove gatos (G1 a G9) atendidos de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva Resultados das análises da cultura bacteriana da urina e da sonda uretral de nove gatos (G1 a G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva Resultados da análises do antibiograma da urina de quadro gatos (G1, G2, G6 e G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva Resultados das análises do antibiograma da sonda de gatos (G1, G2, G3, G4, G6 E G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva... 34

10 10 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Predominância das causas da DTUIF Pág. FIGURA 2 - FIGURA 3 - Visualização de gato com obstrução uretral atendido no setor Clínica Médica de Pequenos Animais/HV/UFCG Exame ultrassonográfico de bexiga de um gato com DTUIF atendido na Clínica Médica de Pequenos Animais/HV/UFCG... 20

11 11 RESUMO PALMEIRA, ISA MARIA CAETANO. Achados Clínicos, Urinários e Contaminação Bacteriana Urinária de Gatos com Doença do Trato Urinário Inferior Obstrutiva. 43 páginas. Patos- PB, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, (Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina Veterinária). Objetivou-se com a realização deste estudo avaliar os principais achados clínicos e urinários de gatos diagnosticados com Doença do Trato Urinário Inferior Felino obstrutiva, atendidos na Clínica Médica de Pequenos Animais, do Hospital Veterinário da UFCG, Patos-PB, com ênfase na investigação de contaminação bacteriana no trato urinário dos animais. Para tanto, foram utilizados nove gatos, machos, sem raça e idade definidas, atendidos na rotina do Hospital Veterinário da UFCG, com diagnóstico confirmado de DTUIF obstrutiva, obtido com base na anamnese e exame físico. Destes animais foram colhidas cinco ml de urina da primeira lavagem vesical, as quais foram encaminhadas ao Laboratório de Patologia Clínica e Microbiologia, para a realização de urinálise e urocultura. Em seguida os felinos foram submetidos à ultrassonografia abdominal. Os animais foram mantidos internados e após o tratamento as sondas uretrais utilizadas foram encaminhadas ao Laboratório de Microbiologia para a realização de cultura e antibiograma. Pode-se observar que seis gatos dos nove animais obteveram infecção bacteriana na urina e/ou na sonda uretral. As principais bactérias encontradas foram Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Streptococcus sp e Klebsiella pneumoniae. No antibiograma verificou-se que em cinco amostras analisadas de urina e sonda, as mesmas apresentaram resistência aos antibióticos em análise. Deste modo, o estudo demonstrou que o cuidado, vigilância e manejo correto com esses gatos, é de importância significativa para a minimização de infecção bacteriana e que nenhuma etapa de assepsia pode ser negligenciada, a fim de que o tratamento seja eficaz. Palavras-chave: Doença urinária, felinos, infecção bacteriana, tratamento.

12 12 ABSTRACT PALMEIRA, ISA MARIA CAETANO. Clinical, Urinary and Urinary Bacterial Contamination of Cats with Obstructive Urinary Tract Disease. 43 pages. Patos-PB, Federal University of Campina Grande, (Work of Completion of Veterinary Medicine Course). The objective of this study was to evaluate the main clinical and urinary findings of cats diagnosed with Obstructive Feline Lower Urinary Tract Disease treated at the Small Animal Medical Clinic of the UFCG Veterinary Hospital, Patos-PB, with emphasis on the investigation of bacterial contamination in the urinary tract of animals. For this, nine cats, male, unprocessed and defined age, attended in the routine of the Veterinary Hospital of the UFCG, with confirmed diagnosis of obstructive STUD, obtained on the basis of anamnesis and physical examination. Five ml of urine from the first bladder lavage were collected from these animals, which were sent to the Laboratory of Clinical Pathology and Microbiology for urinalysis and uroculture. Then the cats were submitted to abdominal ultrasonography. The animals were kept hospitalized and after treatment the urethral catheters used were sent to the Microbiology Laboratory for the culture and antibiogram. It can be observed that six cats of the nine animals obtained bacterial infection in the urine and / or in the urethral catheter. The main bacteria found were Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Streptococcus sp and Klebsiella pneumoniae. In the antibiogram it was verified that in five analyzed samples of urine and probe, they showed resistance to the antibiotics under analysis. Thus, the study demonstrated that proper care, monitoring and management with these cats is of significant importance for the minimization of bacterial infection and that no asepsis stage can be neglected in order for the treatment to be effective Key words: Urinary disease, felines, bacterial infection, treatment

13 13 1 INTRODUÇÃO O gato doméstico pode desenvolver diversas patologias que preocupam os clínicos na sua ocorrência, diagnóstico e tratamento. Dentre elas, uma enfermidade muito frequente na clínica veterinária é a Doença do Trato Urinário Inferior dos felinos (DTUIF), cuja causa é inespecífica e de tratamentos diversos. De acordo com Pereira (2009), diversos estudos focados nessa enfermidade revelaram uma semelhança quanto à doença idiopática felina e cistite intersticial humana. Cita-se, portanto uma inflamação de caráter vesical, por fatores de comportamento e neurogênicos, podendo apresentar recidiva em muitos casos. A DTUIF é uma enfermidade que afeta o trato urinário inferior, causando na maioria das vezes, uma obstrução uretral, que desencadeia quadros de dor ao urinar, aumento da frequência de micções, fraqueza, desidratação, podendo resultar no óbito do animal. Os animais quando apresentam os sinais clínicos e são percebidos pelos proprietários, encontram-se em estágios emergenciais ou crônicos, que necessitam, portanto de intervenção rápida no quadro. Para isso, o animal passa por procedimentos diversos pelos médicos veterinários nas clínicas, como a anamnese, exames físicos e exames laboratoriais complementares, a fim de encontrar uma causa específica e um tratamento que melhor atenda o seu paciente. Na DTUIF as bactérias presentes são raras, porém quando diagnosticadas exercem grande importância na causa e no tratamento desses animais. Para o diagnóstico é utilizado o recurso de coleta de urina para a identificação das bactérias por meio de urinálise e urocultura. Segundo Dorsch et al., (2016), as bactérias comumente encontradas são as espécies de Escherichia coli e Staphylococcus spp. Assim, objetivou-se com este estudo a identificação de bactérias nas amostras de urina e sonda uretral no acompanhamento de gatos diagnosticados com DTUIF obstrutiva, avaliando o histórico do animal, os achados clínicos, exames laboratoriais, como ultrassonografia, identificação e teste de sensibilidade aos antibióticos (antibiograma) quando submetidos ao atendimento e ao internamento.

14 14 2 REVISÃO DE LITERATURA A doença do Trato Urinário Inferior Felino (DTUIF), antes denominada por Síndrome Urológica Felina (SUF), demonstra uma dificuldade entre os clínicos veterinários na busca de um diagnóstico clínico eficiente. Esta doença reúne uma série de condições para sua ocorrência, e não somente uma causa específica (PINHEIRO, 2009). Segundo Costa (2009), o termo doença do trato urinário, constitui variadas condições que afetam a vesícula urinária e a uretra dos felinos domésticos. As enfermidades, tais como cistite idiopática, urolitíase, obstrução uretral, tampões uretrais, estenoses uretrais, associadas ou não podem formar a DTUIF e possuem diagnósticos semelhantes em gatos entre um a 10 anos de idade em comparação aqueles abaixo de um ano ou acima de 10 anos (OSBORNE et al., 2014). Na anatomia do sistema urinário dos gatos, os rins são consideravelmente maiores, mais curtos e espessos que o dos cães, são facilmente palpáveis e possuem certa mobilidade. A bexiga localiza-se mais cranialmente dentro do abdome, uretra longa e estreita nos machos e nas fêmas a uretra é mais larga. O autor cita também que o trato urinário superior compreende aos rins e ureteres e o trato urinário inferior corresponde a bexiga e uretra (DYCE, 2010). De acordo com Nelson e Couto (2006), entre 30% a 70% dos gatos que tiveram algum episódio de inflamação do trato urinário inferior, terão subsequentes recidivas. Esta inflamação pode ocorrer conjunta aos urólitos de estruvita, microcálculo ou cristais que ferem o uroepitélio. Para isso, deve haver uma concentração exacerbada de alguns formadores do urólito, um ph desequilibrado e incontinência urinária. A síndrome da DTUIF é observada em animais sedentários, consequentemente com sobrepeso, isolados em casa ou em gatis, alimentando-se de ração seca. Porém essa doença é verificada em gatos de qualquer sexo e idade, ocorrendo comumente entre machos de dois a seis anos (RECHE JUNIOR; CAMOZZI, 2015). 2.1 Fatores contribuintes para enfermidade e epidemiologia Os constituintes dos alimentos na nutrição dos gatos, especialmente os que contêm magnésio, são conhecidos pelos clínicos por terem uma participação no desenvolvimento dos cristais de estruvita e urólitos, que podem causar obesidade no animal, iniciando o processo como causa principal ou agravando ainda mais a inflamação do trato urinário inferior. Os alimentos secos, como a ração, ofertados aos felinos, possuem uma maior quantidade de

15 15 magnésio por quilocaloria que os alimentos enlatados ou semi-úmidos. Com isso, observa-se que grande parte dos alimentos de constituição seca contêm alto teor de fibras, o que dificulta a digestibilidade, em comparação aos alimentos semi-úmidos. Além do que, pode resultar numa maior perda de água no volume fecal e consequentemente diminuir o volume urinário (NELSON; COUTO, 2006). Gerber (2008) citou que o fator de risco para a enfermidade idiopática, são os gatos machos, com excesso de peso e que convivem com outro(s) gato(s) que possuem algum tipo de conflito em casa. Com isso, demonstra-se que o estresse é um fator muito importante para o desencadeamento da DTUIF. Associado a isso, animais que vivem dentro de casa, sedentários e que se alimentam de ração prioritariamente seca, contribuem significativamente. O autor mostrou que 27% dos gatos atingidos por DTUIF, foram alimentados com ração seca, 36% dos gatos tinham sedentarismo e excesso de peso e 73% viviam dentro das casas. De acordo com Reche Junior; Hagiwara; Mamizuka (1998), para a ocorrência da doença, também pode influenciar na obstrução, a idade, animais mais jovem tendem a ter maior probabilidade. Quanto ao sexo, ocorre mais em machos que em fêmeas. Quanto à raça, os gatos persas tem mais predisposição para a ocorrência. Em relação à castração, os animais tornam-se mais sedentários e obesos, tornando-os susceptíveis. Houston (2007) demonstrou que a maioria dos (Figura 1) urólitos vesicais são constituídos por fosfato de amônio, magnésio ou por oxalato de cálcio. Houve uma modificação, que consistiu numa prevalência do magnésio (estruvita) e de oxalato de cálcio na alimentação felina. Essas modificações observadas em vários países incluem fatores, como o clima e o modo de vida dos animais. Em estudo de Houston (2007), sobre urolitíase, animais que permaneceram em ambientes fechados, que eram sedentários e tinham um consumo de alimentos secos, estes fatores favoreceram para a ocorrência da doença. Outro fator importante que contribui para a inflamação do trato urinário é o ph da urina. De acordo com Gaskell (2006), o ph urinário é bem variável, mesmo que normalmente seja ácido, essa instabilidade se dá pela composição da dieta. Em um animal que urina poucas vezes e retêm na bexiga uma grande quantidade de urina, possuem um ph mais alcalino. A infecção bacteriana no trato urinário inferior, pode associar-se significativamente com a elevação do ph, por consequência da degradação da uréia na urina pelos microrganismos produtores de uréase. Observa-se em conformidade com Nelson e Couto (2006), que apesar da concentração de magnésio, atuando na patogenia da cristalúria de estruvita seja importante, na

16 16 epidemiologia, o ph urinário é essencial na avaliação. A estruvita é, aproximadamente 100 vezes mais solúvel quando o ph urinário encontra-se em 6,4 do que em ph de 7,7. De acordo com Reche Junior e Camozzi (2015), os estudos voltados a se descobrir a etiologia específica da DTUIF foram falhos para encontrar o fator principal da inflamação do trato urinário. Há hipóteses indicando que são primordiais, a inflamação neurogênica, com a participação de mastócitos e irregularidade na camada superficial da mucosa urinária de glicosaminoglicanas e infecções virais. Dessa forma, de acordo com Geber (2008), os fatores mais relevantes para a ocorrência da doença estão relacionados mais com as características dos animais do que com os fatores ambientais. Figura 1 - Predominância das causas da DTUIF. Fonte: Adaptado de Little, Classificação da DTUIF Segundo Santana et al., (2010) a DTUIF pode ser classificada como uropatia obstrutiva ou não obstrutiva pela presença ou ausência de obstrução uretral (Figura 2), respectivamente. De acordo com Gaskell (2006), ocorre uma obstrução uretral devido a uma mistura de cristais de estruvita e uma matriz proteica, que é mais prevalente em gatos machos

17 17 por fatores anatômicos da uretra e em gatos castrados. Observa-se cistite idiopática em ambos os sexos. Essa obstrução nos machos faz com que haja um acúmulo de cristais de estruvita (minerais), na extremidade externa da glândee ou nas glândulas bulbouretrais. A má funcionalidade dos rins e no equilíbrio ácido-básico, com isso causa nos animais um efeito de reduzir e interromper a filtração glomerular, causando acúmulo rápido de metabólitos residuais na uretra. Reche Junior e Camozzi (2015), demonstraram que as causas de DTUIF obstrutiva mais relevantes são a cistite idiopática obstrutiva (29% a 53%), plugs uretrais (23% a 59%), urólitos (10% a 18%) e outros associados a infecções bacterianas (2%). Afirma também que os casos que DTUIF não obstrutiva apresenta caráter autolimitante, sendo assim a doença tende a se resolver em um tempo de 5 a 10 dias. Os autores citaram que, 30 a 70% dos gatos diagnosticados com a enfermidade apresentam recidivas dos sintomas. E estes animais possuem uma taxa de mortalidade variável de 6 a 36%, verificando a maior ocorrência de hiperpotassemia e uremia como causas de óbito. Figura 2: Visualização do pênis do gato com obstrução uretral atendido no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais/HV/UFCG. Fonte: Setor da Clínica Médica de Pequenos Animais/HV/UFCG, 2017.

18 Sinais Clínicos Os sinais clínicos variam de acordo com a classificação, no entanto alguns sinais clínicos são semelhantes. Os gatos que não possuem obstrução uretral normalmente apresentam polaciúria, disúria-estrangúria, hematúria e micção em locais inapropriados. Estes sinais são observados facilmente quando os tutores possuem controle por seus felinos dentro de casa. No entanto passam despercebidos quando os felinos vivem fora de casa. Os felinos machos com obstrução uretral, dependendo do caso e da duração da obstrução, podem apresentar, entre 6 a 24 horas, ansiedade, tentativas incessantes de micção, vocalização característica, procura de locais inapropriados e escondidos e lambedura de genitália. Se a uretra não for desobstruída dentro de 36 a 48 horas, o animal apresentará azotemia, com isso, vômitos, desidratação, fraqueza, anorexia, estupor, hipotermia, bradicardia e morte súbita (NELSON; COUTO, 2006). Segundo Reche Junior e Camozzi (2015), é comumente observado no exame físico dos animais com DTUIF, a bexiga repleta à palpação abdominal devido a obstrução, pulso periférico fraco, aumento significativo da frequência respiratória, podendo ainda apresentar bradicardia ou taquicardia, hipotermia ou hipertermia. Os referidos sinais clínicos podem ser observados em gatos com cálculos vesicais, neoplasias, infecções bacterianas do sistema urinário, dentre outras lesões. Desse modo não caracteriza uma doença específica e em cerca de dois terços dos casos, os clínicos não descobrem sua causa predisponente ou primária (WESTROPP, 2007). De acordo com Neves, Wanderley e Pazzini (2011), é de extrema importância verificar as características das principais afecções do trato urinário, bem como estudar as variações e suas manifestações, para uma melhor compreensão, efetivando uma adequada qualidade de vida ao animal. 2.4 Infecção Bacteriana Segundo Osborne et al., (2014), um dos problemas decorrentes da DTUIF é a infecção bacteriana do trato urinário e geralmente não há uma detecção de bactérias aeróbicas, pois o sistema imunológico dos felinos é bem eficaz. O grupo mais predisponente são os gatos adultos jovens e os wde meia idade. No entanto quando uma infecção bacteriana é detectada nesses animais, se dá por um fator geralmente secundário, principalmente em casos de obstrução uretral. Nelson e Couto (2006), também afirmaram que essas infecções

19 19 secundárias por bactérias são comuns em felinos com cateteres urinários permanentes, recebendo fluidos intravenosos propiciando a diurese. As bactérias não são normalmente encontradas em uma DTUIF, porém isto não exclui seu grau de importância quando diagnosticadas secundariamente, e segundo Dorsch et al., (2016), em um estudo feito sobre infecções do trato urinário, em um grupo de gatos, foram detectados por meio de cultura microbiana, um isolamento de bactérias Gram positivas e Gram negativas em animais que tinham apenas uma doença isolada do trato urinário, ou animais que passaram por cirurgia urogenital, ou aqueles que foram tratados com sondas vesicais, dentre outros, que possam causar infecção bacteriana. Dentre elas observou-se que houve crescimento de Escherichia coli em comorbidade sistêmica e Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. foram encontrados em gatos com comorbidades locais. Neste estudo ainda foram observados os agentes antimicrobianos que auxiliam no combate dessas bactérias, dentre eles a Amoxicilina-Clavulanato ácido e Sulfametoxazol + Trimetoprim foram os que melhor surtiram efeitos em algumas afecções decorrentes da DTUIF e de doenças crônicas. E segundo o autor, a escolha do agente antimicrobiano deverá ser administrada mediante resultados de cultura antimicrobiana e teste de sensibilidade. Em outro estudo feito por Dokuzeylül et al. (2015), determinou-se as espécies bacterianas encontradas no trato urinário inferior e a susceptibilidade a um agente antimicrobiano, a cefovecina in vitro. O estudo demonstrou a Escherichia coli nos gatos com sinais clínicos de infecção do trato urinário. No entanto foram isolados também Proteus spp., Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. Foi realizada a atividade antibicrobiana da Cefovecina de sódio, em que consistiu um antibiótico para tratamento de infecção do trato urinário, infecções de pele e tecidos moles e foi comprovada sua eficácia em administração subcutânea (SC). A terapia feita com antibióticos de forma indevida ou excessiva pode provocar efeitos negativos aos pacientes, tais como resistência do antibiótico em futuros tratamentos. O diagnóstico de DTUI com infecção bacteriana em gatos deve ser feito a partir da urinálise e na cultura urinária quantitativa (OSBORNE et al., 2014). Segundo Nelson e Couto (2006), a cistocentese é a maneira mais eficaz para a coleta de urina a ser encaminhada para a realização da cultura bacteriana. Faz-se também cultura microbiana quantitativa quando a urina é coletada por micção espontânea, no entanto os resultados devem ser interpretados com cautela.

20 Diagnóstico Para o diagnóstico correto da DTUIF, é necessário que tenha a investigação através da anamnese, exames laboratoriais e de imagem. É importante que se avalie minuciosamente o histórico ambiental e a alimentação e que posteriormente façam os exames fundamentais e complementares (BARAL; LITTLE; BRYAN, 2015). Em concordância, Reche Junior e Camozzi (2015), afirmaram que depois de toda a anamnese, do exame físico, os exames complementares, devem ser realizados mediante estabilização do quadro do animal, fazendo assim coleta de urina para avaliar o sedimento, cultura e antibiograma e posteriormente exames de imagem. Se esses animais estiverem com obstrução uretral é interessante que se avalie a gasometria e os eletrólitos sanguíneos (Sódio, Cálcio, Cloreto, Magnésio), assim como se possível avaliação cardiorrespiratória do mesmo, associando também com hemograma e bioquímica, e avaliando como um todo o animal para buscar doenças concomitantes a DTUIF. Os exames de imagem auxiliam no diagnóstico da DTUIF. A ultrassonografia está sendo cada vez mais usada, por ter mais facilidade no manejo do animal e constitui uma técnica menos invasiva e de rápida conclusão. Possibilita, portanto a visualização da bexiga e rins e de outros órgãos, fazendo uma avaliação geral interna dos pacientes (BARAL; LITTLE; BRYAN, 2015). Visualização da bexiga distendida, avaliar a espessura da parede, se há lesões, coágulos sanguíneos, cálculos e outros possíveis achados (BARAL; LITTLE; BRYAN, 2015). Por mais que a ultrassonografia (Figura 3) seja de fácil acesso e manuseio, mas é importante que seja feita também a radiografia investigativa na bexiga e nos rins para a confirmação de algumas patologias, tais como urolitíase e rompimento de bexiga, relacionadas com o trato urinário (BARAL; LITTLE; BRYAN, 2015).

21 21 Figura 3: Exame ultrassonográfico de bexiga de um gato com DTUIF atendido na Clínica Médica de Pequenos Animais/HV/UFCG. Fonte: Setor de Diagnóstico por Imagem /HV/UFCG, O exame de diagnóstico por imagem da ultrassonografia e a radiografia são rotineiramente utilizadas em gatos com DTUIF por apresentarem informações distintas e importantes. A avaliação ultrassonográfica mostra como se encontra a parede da bexiga e o conteúdo existente dentro da mesma (CARVALHO, 2016). 2.6 Tratamento A DTUIF possui um carácter autolimitante, portanto poderá ser resolvida mediante tratamento ou não, sendo a não obstrutiva. No entanto, para o manejo adequado desses animais, é necessário que se investigue os diversos fatores contribuintes para a enfermidade, se é a primeira ocorrência ou recidiva, se o animal está obstruído e seu estado clínico geral. Com isso, para a instituição de um tratamento adequado, cada animal deverá ser avaliando especificamente e individualmente para uma correta cura ou estabilização do quadro (RECHE JUNIOR; CAMOZZI, 2015). Os animais com DTUIF obstrutiva com plugs e pequenos cálculos, podem ser feitas previamente com massagem peniana, a fim de que os sedimentos saiam naturalmente do pênis, caso não aconteça, pode ser feita a sondagem uretral. Por ser dolorosa, a sondagem deve ser feita mediante sedação do animal, para isso deverá avaliar o estado clínico e escolher os anestésicos/sedativos corretos. Ou até mesmo tentar esvaziar a bexiga fazendo compressão da mesma. Os autores cita que se não houver fluxo uretral normal, deverá utilizar o cateter, nº

22 22 24 ou nº 22, para a introdução de solução salina de 0,9%, tentando assim fragmentar o material que esteja obstruindo a uretra (RECHE JUNIOR; CAMOZZI, 2015). Reche Junior e Camozzi (2015) citam que no internamento, o animal deve ficar com a sonda fixada por no máximo três dias, ou em casos de ruptura uretral, por sete a 10 dias. Deve-se, portanto deixar um sistema de coleta de urina adaptado com o cateter, possibilitando visualização da urina ou para novas avaliações urinárias. Os autores ainda recomendam que o gato deva permanecer com o colar elisabetano durante o uso da sonda e que o ambiente permaneça o mais limpo possível. De acordo com Baral, Little e Bryan (2015), mesmo sendo que a infecção urinária em gatos seja de difícil diagnóstico na sua ocorrência, os antibióticos ainda são prescritos a esses animais. Em uma pesquisa realizada no Reino Unido, observou-se que os antibióticos são associados ao tratamento em gatos na primeira consulta. De acordo com a rotina das clínicas médicas, os clínicos veterinários continuam a administrar a antibioticoterapia em gatos com DTUI, mesmo que o diagnóstico para infecção urinária não tenha sido conclusivo, visto que essa doença tem caráter autolimitante e, portanto estes animais parecem responder ao tratamento (BARAL; LITTLE; BRYAN, 2015). Na intervenção do quadro, a fluidoterapia deverá ser aplicada nos gatos que se encontram em quadro de obstrução, ou seja, estão possivelmente com azotmia e hiperpotassemia. A solução que pode ser de escolha é a de Ringer com lactado, para gatos com obstrução uretral (BARAL; LITTLE; BRYAN, 2015). 5 MATERIAL E MÉTODOS O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Biossegurança, sob o número de protocolo CEP 06/2018. O estudo foi realizado com 9 gatos, machos, sem raça e idade definidas, atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais (CMPA), situado no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Patos-PB. Os animais diagnosticados com DTUIF, com base na anamnese e no exame físico, foram encaminhados para o setor de diagnóstico por imagem para a realização de ultrassonografia e identificação das alterações estruturais da bexiga. Inicialmente os animais foram submetidos à fluidoterapia, em seguida foram sedados de acordo com o quadro clínico. Posteriormente os felinos foram sujeitos a sondagem vesical com sonda número 4º e lavagem da bexiga.

23 Coletas de urina No início da intervenção dos animais suspeitos com DTUIF obstrutiva, foram coletados 5 ml de urina por cistocentese e via sonda urinária. E as amostras foram identificadas e encaminhadas ao Laboratório de Patologia Clínica (LPC) e ao Laboratório de Microbiologia (LM), ambos situados no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Patos-PB, para exames de urinálise (sedimentoscopia) e urocultura respectivamente. 5.2 Variáveis urinárias A amostra de urina colhida da cistocentese ou pela sonda urinária foi encaminhada ao laboratório de Patologia Clínica para a realização de urinálise onde foram determinados os caracteres físico-químicos como, volume, cor, odor, densidade, aspecto, depósito, ph, proteína, glicose, bilirrubina, urobilinogênio, cetona, nitrito, sangue e leucócitos. Também analisada a sedimentoscopia, que consiste em avaliar a presença de hemácias, leucócitos, cristais, cilindros, células epiteliais e microrganismos. 5.3 Análises Microbiológica Para análise microbiológica da urina, o material coletado foi semeado em placas com em meios Agar sangue, Agar Mac Conkey e Agar BHI, pelo método quantitativo e incubados a 37ºC, em aerobiose. As leituras foram realizadas nos períodos de 24h, 48h e 72 h. Das colônias bacterianas observadas nas amostras avaliadas foram realizadas esfregaços em lâminas e submetidas à coloração de Gram. A identificação das espécies foi baseada no Manual de Microbiologia Clinica (MURRAY et al. 1999). Para a realização do teste de susceptibilidade in vitro aos antimicrobianos, foi utilizado o método de difusão de discos em placas, com os seguintes antimicrobianos: Ampicilina 30 mcg, Amoxacilina / ácido Clavulanico 30/10 mcg, Sulfazotrim 30 mcg, Tetraciclina 30 mcg,, Ciprofloxacina 30 mcg, Penicilina 10 UI, Norfloxacina 10 mcg, Cefalotina 30 mcg, Cefoxitina 30 mcg, Azitromicina 30 mcg, Gentamicina 30 mcg e Cefalexina 30 mcg. A interpretação dos resultados foi realizada com a leitura dos halos de inibição. Para o teste de controle de qualidade foi utilizada a cepa de Staphylococcus aureus ATCC e Escherichia coli ATCC (WATTS, 2013).

24 Análise Estatística Os dados obtidos foram tratados individualmente e de forma descritiva.

25 25 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos achados da anamnese (Quadro 1), observou-se que dos animais atendidos, a maioria apresentou vômito, sem ocorrência de diarreia, apresentavam também desidratação, ingeriam pouca água e não urinavam. Dentre os sinais clínicos observados correlacionados com a anamnese dos animais com DTUIF obstrutiva, cita-se hematúria, apatia e disúria. A alimentação de 80% (7/9) desses animais era ração seca de qualidade nutricional inadequada, apenas 10% (1/9) apresentou diarreia, 60% (5/9) dos gatos não tinham uma boa disponibilidade de água em casa, 80% (7/9) estavam com desidratação, achados estes também encontrados por Martins et al. (2013). Os alimentos secos possuem quantidade de magnésio maior que os alimentos úmidos, estes fatores podem agravar ainda mais o processo inflamatório, além de dificultar a absorção de água pelo organismo, resultando numa menor excreção da urina (NELSON; COUTO, 2006). Ainda pode constatar que na anamnese foi constatada que 90% (8/9) deles não eram castrados. Sendo contrário, portanto a literatura informa que doença ocorre com mais frequência em gatos machos castrados (GASKELL, 2006; COSTA, 2009 e MARTINS et al,.2013). Tal discordância pode estar relacionada à quantidade de animais deste estudo (9), que pode ter interferido neste fator de risco relacionado à castração.

26 26 QUADRO 1 Achados da anamnese de nove gatos (G1 a G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva. ANIMAIS ANAMNESE G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 G9 Alimentação Ração Seca Ração Seca Ração Seca Ração Seca Ração Seca Ração Seca Ração Seca Ração Seca Ração Seca Vômito Não Sim NI NI NI Sim Sim NI NI Diarreia Não Sim Não Não Não Não Não Não Não Ingestão de Água Não Sim (- +) Não Não Não Sim (- +) Sim (- +) Sim Não Sem urinar (dias) Castrado Não Não Sim Não Não Não Não Não Não Desidratação Sim Sim Sim Sim Sim NI Sim NI Sim NI = não informado.

27 27 Dos casos avaliados (Quadro 2), em relação a sedimentoscopia da urina, essa foi feita em oito animais, em virtude de uma amostra ter sido perdida no início do estudo. Em 90% (7/8) dos gatos foram observados achados de hematúria na lavagem vesical. De acordo também com o estudo de (DIBARTOLA; WESTROPP e BARAL; LITTLE; BRYAN, 2015), o exame laboratorial do sedimento urinário, indicou que as amostras devem ser avaliadas quando frescas, pois os cilindros e elementos celulares da urina podem sofrer uma alteração rapidamente quando em temperatura ambiente. Segundo estes, a presença de hemácias é normal na avaliação da urina, no entanto, a quantidade em excesso é realmente associada a enfermidades. Nos exames dos gatos atendidos, 90% (7/8) tinham os valores de leucócitos acima do referencial de 1 a 3 por campo. Segundo Dibartola; Westropp (2015), os leucócitos encontrados na urina são normais quando contados em pouca quantidade. No entanto, um número elevado (piúria), é indicativo de inflamação do trato urinário, infecção ou também ser da contaminação do trato urogenital. De acordo com Costa (2009), quando na amostragem de sedimento urinário houver presença de piúria, é necessário que se faça cultura microbiana e antibiograma desta urina. Na sedimentoscopia, as células epiteliais descamativas, foram encontradas em pouca quantidade ou ausentes, cerca de 50% (5/8), as células túbulo renais 40% (4/8), células de transição 30% (3/8). De acordo com Dibartola; Westropp (2015) e Martins et al., (2013), as células epiteliais descamativas e células dos túbulos renais são consideradas normais no achado de sendimentoscopia, com pouca significância no diagnóstico. Nos gatos com DTUI obstrutiva foi pouco frequente. Assim como nos achados de células de transição, também consideradas normais, quando elevadas podem ser significativo para infecção, irritação ou neoplasia do trato urinário. Na sedimentoscopia as bactérias encontradas podem ser associadas aos achados na cultura microbiana da urina dos gatos. No estudo 40% (4/8) dos gatos apresentaram moderados e raros cocos. Em relação à contaminação microbiana da urina, é válido ressaltar que os microrganismos são muitas vezes difíceis de serem encontrados, pelo fato de que a urina é considerada estéril e livre de bactérias. Animais que apresentem algum tipo de contaminação externa seja por cateter ou obtidos por micção quando aparentes são insuficientes para uma contagem correta. Mas se houver um grande número de bactérias na urina observadas na sedimentoscopia, sugere uma infecção do trato urinário, e deve ser feito analises concomitantes quanto à causa tais como, coleta, recipiente coletado, material de análise e outros, pois pode resultar em um falso-positivo (DIBARTOLA; WESTROPP, 2015).

28 28 QUADRO 2- Resultados da sedimentoscopia de oito gatos (G2 a G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva. ANIMAIS Sedimentoscopia G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 G9 Células epiteliais Descamativas 0-2 <1 A A A ICL Células túbulo Renais 0-2 A A A A ICL Células de Transição A A A A A 0-1 IN ICL Hemácias <1 < >100 >20 IN IC Leucócitos <1 >10 4 IC Bactérias RC MC A MC A A A MC Cilindros A A A A A A A IC Cristais A EST EST A A CGF EST IN = por campo; A = ausente; I = incontáveis; MC: moderados cocos; RC: raros cocos; EST = estruvita; IC: incontáveis; ICL: inconclusivo; CGF: cilindro granular fino; IN: inúmeras por campo G1*: para o G1 não houve essa classificação, pois não foi solicitado o exame.

29 29 Nos achados dos sedimentos urinários, verificou-se que na amostra de urina dos gatos, apenas 10% (1/8) dos gatos obtiveram incontáveis cilindros na sua composição. Como afirmou Dibartola; Westropp (2015), os cilindros no sedimento urinário é um achado incomum, e quando há a presença deles é indicativo de lesão patológica renal de caráter localizador, ou seja, estes achados indicam uma má funcionalidade no rim. Os cristais na urina dos gatos com DTUI obstrutiva também foram avaliados. Foram constatados que 60% (5/8) dos felinos apresentaram na urina os cristais, dentre eles estruvita e cilindro granular fino. Citam-se sobre a sedimentoscopia, Dibartola; Westropp (2015), que os cristais são achados comumente encontrados na urina e que o tempo de armazenagem dessa urina antes de ser realizado o exame, pode influenciar no exame, pois a quantidade tende a aumentar, por isto ressalta-se a importância da urina ser fresca para o detalhamento do exame. Nos casos de gatos com DTUI, é um achado comum e importante ao ser associados com os outros resultados obtidos. E em outras espécies os cristais podem indicar doença renal ou hepática. Segundo (COSTA,2009; STOCKHAM, 2011), quando o sedimento urinário apresenta cristais, pode não ser indicativo de doença caso o gato não apresentar tampão uretral ou urólito, pois normalmente estes cristais não danificam o urotélio vesical. Os cristais são condições normais da urina que podem ou não serem sugestivos de urólitos ou cálculo. Portanto não é um achado para a confirmação da DTUIF. Nos gatos com DTUI obstrutiva observou-se na urinálise (Quadro 3) que a média realizada da densidade urinária em 90% (7/8) dos gatos foi de 1,021, portanto dentro da normalidade (ROSA, 2010; MARTINS et al., 2013). No que diz respeito ao PH urinário, apresentou um valor médio de 6,9, visto que a menor foi de 6,0 e a maior de 8,0. (OSBORNE et al., 2014; DIBARTOLA; WESTROPP, 2015), defendem que o valor normal do ph da urina de cães e gatos varia entre 5,0 a 7,5. O ph da urina dos gatos é normalmente acido, mas quando há alguma infecção no trato urinário o ph torna-se alcalino. Costa (2009) afirma que se deve ter cuidado na avaliação do ph urinário, visto que ele se torna alcalino normalmente após as refeições. E que o ph é constantemente ácido quando pacientes são diagnosticados com urolítiase por oxalato de cálcio. Na urinálise foram constatados também os valores de proteína, que em 70% (7/8) dos gatos apresentou-se positiva para proteína. E segundo Dibartola; Westropp (2015), nos animais que apontam proteinúria de leve a moderada na urina pode ser indicativo de doença glomerular, doença renal inflamatória ou DTUIF.

30 30 As proteínas de menor peso molecular podem passar pela filtração glomerular e nos animais saudáveis essas proteínas são reabsorvidas nos túbulos proximais, mostrando que por isso as proteínas são praticamente inexistentes na urinálise. No entanto, ressaltou que nas enfermidades que lesionam a barreira de filtração glomerular, as proteínas aumentam e ultrapassam as barreiras dos túbulos proximais e são encontradas em grandes quantidades na urina excretada (STOCKHAM, 2011; OSBORNE et al., 2014). QUADRO 3- Principais achados da urinálise de nove gatos (G1 a G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva. URINÁLISE ANIMAIS Variável G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 G9 Densidade 1,013 1,033 1,026 1,018 1,017 1,030 1,020 1,012 PH 6,0 6,5 7,5 7,0 8,0 6,0 7,5 7,0 Proteína NI Sangue NI: não informado + *: determina a quantidade de variável observada na urinálise

31 31 Dos gatos avaliados para o crescimento bacteriano (Quadro 4) da urina antes de qualquer tratamento, 40%(4/9) obtiveram resultado Positivo. Desse crescimento positivo pode-se constatar a presença de Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Proteus mirabilis. As infecções bacterianas são raras no trato urinário dos felinos e estima-se que só ocorram em 2% dos casos. Para a realização do antibiograma é importante que os animais não estejam recebendo tratamento a base de antibióticos, e caso estejam estes devem ser interrompidos pelo menos 3 a 5 dias antes da coleta, para não adulterar os resultados. Na cultura bacteriana da urina normalmente encontram-se Escherichia coli (COSTA, 2009; DORSCH et al., 2016) Nos resultados para cultura microbiana das sondas vesicais dos animais internos por três dias, pode-se certificar que 30% (3/9) apresentaram como resultado Negativo. E esses mesmos três animais foram os que obtiveram resultados negativo para a cultura da urina (G5, G7 e G8). No entanto, 70% (6/9) dos gatos tiveram como resultado Positivo, e as bactérias encontradas foram Escherichia coli, Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae e Streptococcus sp. Como afirma Costa (2009), os procedimentos de desobstrução uretral, urestrostomia perineal, neoplasias e insuficiência renal, podem acarretar em infecções bacterianas secundárias. Em relação ao manejo com esses animais seria necessário que houvesse um máximo de cuidados para que a contaminação não seja maior que aparenta. Os animais em questão, por se tratarem de quadros emergenciais, eram colocados em mesas de atendimento, que por muitas vezes não estavam assépticas. Na lavagem vesical as sondas foram usadas estéreis, no entanto a desobstrução demorava mais que o esperado, e provavelmente pode ter influenciado para a contaminação. A cistocentese foi um método pouco empregado, visto que alguns animais eram agressivos e mesmo com a tranquilização realizada anteriormente, o estresse era visto como um fator agravante para o quadro do animal. Com isso foram feitas as desobstruções apenas por cateterização e depois a passagem da sonda vesical. Desta maneira os animais eram desobstruídos e logo depois realizada a lavagem da bexiga. Ao contrário do que dizem (KINTOPP, 2006; ROSA, 2010; COSTA, 2013), recomendam o método de eleição para a desobstrução é a cistocentese, que sendo feita à assepsia e tricotomia correta, evita novas infecções, assim como diminui o risco de ruptura de bexiga. Vários fatores podem ter contribuído para a infecção apresentada na sonda urinária, uma vez que o internamento desses animais foi realizado em gaiolas e estas eram higienizadas poucas vezes ao dia, possuiam tamanho regular, algumas tinham caixas de areia,

32 32 vasilha de água e comida. A sonda foi fixada no pênis no animal e foi colocada uma frauda para evitar que esses animais tivessem o impulso de retira-la. QUADRO 4 - Resultados das análises da cultura bacteriana da urina e sonda uretral de nove gatos (G1 a G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva. BACTÉRIAS ANIMAL ANTES (URINA) DEPOIS (SONDA) Gato 1 Staphylococcus aureus Escherichia coli Gato 2 Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus Klebsiella pneumoniae Gato 3 Negativo Staphylococcus aureus Klebsiella pneumoniae Gato 4 Negativo Streptococcus sp Gato 5 Negativo Negativo Gato 6 Escherichia coli Escherichia coli Gato 7 Negativo Negativo Gato 8 Negativo Negativo Gato 9 Proteus mirabilis Proteus mirabilis

33 33 Para os gatos com DTUI obstrutiva foram feitos os testes de sensibilidade aos antibióticos (Quadro 5 e 6), de acordo com os resultados da cultura microbiana dos nove gatos. No entanto foram observados infecções em apenas alguns animais. Em algumas amostras a resistência foi de 100% para 13 tipos de antibióticos. E em outras amostras foram satisfatórias para a sensibilidade dos tipos de antibióticos. Walker (2009) sugeriu que os antibióticos como o grupo das Penicilinas (amoxicilina, ampicilina, amoxicilina-clavulanato) ou Cefalosporinas (cefalexina, cefalotina, cefazolina) podem ser administradas inicialmente no tratamento. E as Quinolonas (levofloxacino) e Cefalosporinas (cefotaxima, ceftazidina) de terceira geração só poderão ser usadas mediantes teste antimicrobiano. No entanto Dibartola; Westropp (2015) citaram que a amoxicilina- ácido clavulânico não é um fármaco indicado para tratamento urinário, devido a não necessidade do clavulônico em associação. E afirma que a amoxicilina poderá ser usada, assim como a enrofloxacina e cefovecina. Os nove animais do estudo pareceram corresponder positivamente com a antibióticoterapia empregada no internamento. A enrofloxacina foi empregada no tratamento enquanto os animais ficaram internos. Mas vale ressalta que outros medicamentos foram administrados e por isso auxiliado na recuperação do animais.

34 34 QUADRO 5 - Resultados das análises do antibiograma da urina de quatro gatos (G1, G2, G6 e G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva. ANIMAIS ANTIBIÓTICOS G1 G2 G6 G9 Ampicila R S R S Amoxicilina+ R S S S Clavulanato Cefalexina R S R S Cefotaxima R S R S Ceftazima R R S S Norfloxacin R R - - Penicilina G R S - - Tetraciclina R S R - Sulfametaxozol+ R S R S Trimetoprim Imipenem R S S - Azitromicina R - R S Doxiciclina R S - S Enrofloxacina S R: resistente; S: sensível

35 35 QUADRO 6 - Resultados das análises do antibiograma da sonda de gatos (G1, G2, G3, G4, G6 e G9) atendidos no setor de Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (HV/UFCG) com diagnóstico de DTUIF obstrutiva. ANIMAIS ANTIBIÓTICOS G1 G2 G3 G4 G6 G9 Ampicila S R R - R R Amoxicilina+ R R R S R R Clavulanato Cefalexina R R R R R R Cefotaxima R R R S R R Enrofloxacina S R - R - R Imipenem S - R - S - Sulfametaxozol+ R R R R R R Trimetoprim Tetraciclina S R R S R R Penicilina G S R R S R R Doxiciclina R R R S R R Azitromicina S R R R R R Cefazolima S R R - R - Amicacina S - - R: resistente; S: sensível

36 36 7 CONCLUSÃO A contaminação bacteriana está presente em pacientes diagnosticados com DTUIF obstrutiva, decorrente principalmente do internamento com manejo inadequado da sonda uretral. A DTUIF torna-se um desafio para os clínicos veterinários quanto às causas, tratamento e manejo administrado a esses animais. É importante que cada etapa para a confirmação e tratamento da DTUIF seja cumprida, de maneira que amenize os danos aos animais. Deve-se dar orientação aos tutores quanto ao manejo adequado desses gatos para que se evitem mais recidivas e promovendo o bem estar animal.

37 37 REFERÊNCIA BARAL, R. M.; LITTLE, S. E.; BRYAN, J. N.. Distúrbios do Trato Urinário. In: LITTLE, Susan E.. O Gato: Medicina Interna. Ottawa: Editora Guanabara Koogan, Cap. 32. p CARVALHO, C. F. Ultrassonografia de Pequenos Animais. 2. ed. São Paulo: Roca, p. COSTA, F. V. A. Contribuição ao estudo da doença do trato urinário inferior felino (DTUIF) Revisão de literatura. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação, Curitiba, v. 7, n. 23, p , Disponível em: < Acesso em: 11 ago e 29 jan DIBARTOLA, S. P.; WESTROPP, J. L.. Doenças do Trato Urinário: Testes Diagnósticos para o Sistema Urinário. In: NELSON, Richard W.; COUTO, C. Guilhermo. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 5, p Small animal internal medicine. DYCE, K. M.. A pelve e os Orgãos Reprodutivos de cães e gatos. In: DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. G.. Tratado de Anatomia Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 15. p Renata Scavone de Oliveira. DORSCH, R. et al. Urinary tract infections in cats. Prevalence of comorbidities and bacterial species, and determination of antimicrobial susceptibility to commonly used antimicrobial agents.tierärztliche Praxis Kleintiere, v. 44, n. 4, p , DOKUZEYLÜL, B. et al. Bacterial species isolated from cats with lower urinary tract infection and their susceptibilities to cefovecin. Irish Veterinary Journal, v. 68, n. 1, p.1-5, GASKELL, C. J. Trato Urinário Inferior. In: CHANDLER, E. A.; GASKELL, C. J.; GASKELL, R. M. Clínica e Terapêutica em Felinos. Tradução Paulo Marcos Agria de Oliveira 3. ed. São Paulo: Roca, cap. 11. p GERBER, B.. Feline lower urinary tract disease. Part I and Part II. University Of Zurich: Zurich Open Repository and Archive. Rimini, p jun Disponível em: < Acesso em: 11 dez HOUSTON, D. M. Epidemiologia da urolitíase felina. Veterinary Focus, Boulogne, v. 17, n. 1, p.4-9, Disponível em: < pdf>. Acesso em: 11 ago KINTOPP, L. L. Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos Associada à Obstrução Uretral por Tampões Uretrais e Urólitos f. Monografia (Especialização) - Curso de Médica Veterinária., Universidade Tuiuti do ParanÁ, Curitiba, Cap. 3. Disponível em: < Acesso em: 01 fev MARTINS, G. S. et al. Avaliação clínica, laboratorial e ultrassonográfica de felinos com doença do trato urinário inferior. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 34, n. 5, p , 17 out Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: <file:///c:/users/vanes/downloads/ pb.pdf>. Acesso em: 15 jan

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