INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

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1 TÍTULO: AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA PÓS DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS E COLONOSCÓPIOS DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE SÃO PAULO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): ROSANGELA MOREIRA DE OLIVEIRA ORIENTADOR(ES): WANDERSON COSME DA SILVA

2 RESUMO A endoscopia gastrointestinal vem sendo testada há mais de 200 anos, porém a introdução dos gastroscópios semi rígidos, na metade do século XX, marcou o alvorecer da moderna era endoscópica. Desde então, os rápidos avanços na tecnologia endoscópica resultam em mudanças significativas no diagnóstico e tratamento de muitas doenças digestivas. Os dispositivos endoscópicos inovadores e as novas modalidades de tratamento endoscópico continuam ampliando a utilização da endoscopia na assistência dos pacientes. O objetivo deste estudo é avaliar a desinfecção destes gastroscópios realizando análise microbiológica através de culturas com o material colhido da luz dos gastroscópios com auxílio de swab flexível. As amostras foram inoculadas em caldo BHI e incubadas em estufa bacteriológica aeróbia em temperatura de 35 a 37 C por 48 horas. Após o período estabelecido o caldo foi semeado em meio ágar chocolate e ágar sangue e incubados nas mesmas condições do caldo BHI. Até o momento foram coletadas 12 amostras dos aparelhos colonoscópios, obtendo se os seguintes resultados de duas dessas amostras: Bacillus spp e Staphylococcus aureus. As outras 10 amostras estão em andamento. Introdução O trato gastrointestinal é colonizado com micro organismos ao nascimento e permanece como habitat para uma diversa população de micro organismos ao longo da vida do hospedeiro. Embora a oportunidade para colonização com novos organismos ocorra diariamente com a ingestão de alimentos e água, a população permanece relativamente constante, a menos que fatores exógenos como tratamento com antibióticos perturbem o equilíbrio da flora (MURRAY, 2009). Desenvolvimento

3 No estômago, os únicos organismos presentes são pequenos números de bactérias ácido tolerantes, como as bactérias produtoras de ácido lático ( Lactobacillus e Streptococcus spp) e Helycobacter pylori. O H. pylori é causador de gastrite e de doença ulcerativa. A população microbiana pode ser dramaticamente alterada em número e diversidade em pacientes que estejam recebendo drogas que neutralizem ou reduzam a produção dos ácidos gástricos (MURRAY, 2009). O intestino delgado é colonizado com muitas bactérias diferentes, fungos e parasitas. A maioria destes organismos é anaeróbia, como Peptostreptococcus, Porphyromonas e Prevotella. Alguns microrganismos que comumente causam gastroenterites, como por exemplo, Sa lmonella spp e Campylobacter spp podem estar presentes em pequenos números como residentes assintomáticos, no entanto, sua detecção no laboratório clínico geralmente indica doença (MURRAY, 2009). No intestino grosso estão presentes mais micro organismos do que em qualquer outro sítio do corpo humano, cerca de 10¹¹ bactérias por grama de fezes, sendo que as bactérias anaeróbicas são encontradas em excesso, cerca de vezes mais que as aeróbicas. Várias leveduras e parasitas não patogênicos podem também estabelecer residência no intestino grosso. As bactérias mais comuns incluem Bifidobacterium, Eubacterium, Bacteroides, Enterococcus e Enterobacteriaceae. ]. Em condições normais, a Escherichia coli está presente na microbiota intestinal de todo ser humano (MURRAY, 2009). A maioria dessas bactérias gastrintestinais auxilia na degradação enzimática dos alimentos e algumas delas sintetizam vitaminas uteis (TORTORA, 2012). Objetivos Avaliar a efetividade do método de desinfecção química utilizado em aparelhos endoscópicos e colonoscópicos.

4 Metodologia Serão coletadas 30 amostras. Todo procedimento no laboratório será feito com bastante assepsia e outros cuidados com a amostra, para não ocorra nenhum tipo de contaminação. Método de lavagem e desinfecção dos endoscópios e colonoscópios: Após a utilização, os aparelhos de endoscopia e colonoscopia serão submetidos a um rigoroso processo de limpeza e desinfecção para sua reutilização. Após todo o processo de lavagem e desinfecção, o swab estéril de haste flexível umedecido com solução fisiológica estéril será friccionado nos canais internos dos aparelhos, usando se um swab para cada aparelho. Os swabs serão acondicionados em tubos estéreis e armazenados em bolsa térmica com gelo, por um periodo máximo de duas horas. Os tubos serão transportados até o laboratório de microbiologia clínica da Faculdade FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Todas as amostras serão primeiramente inoculadas em caldo BHI, identificadas e incubadas em estufa aeróbia em temperatura de 35ºC à 37ºC durante 48 horas. Após o período de incubação, com auxílio de alça bacteriológica estéril, será realizada a semeadura por esgotamento em superfície de ágar chocolate. As culturas serão incubadas durante o período de 48 a 72 horas. As análises do crescimento e a identificação dos micro organismos ocorrerão de forma qualitativa de 24 em 24 horas, até que se atinja o período máximo de 72 horas. O processo de identificação ocorrerá de acordo com os protocolos da ANVISA, sendo descritas as características macroscópicas, microscópicas e bioqúimicas de cada micro organismo. Resultados parciais Até a presente data, foram coletadas doze amostras e realizada a rotina completa de identificação dos microrganismos de duas destas amostras. Outras duas amostras estão em andamento para posterior identificação e as oito amostras restantes estão em processos iniciais de identificação. As duas amostras identificadas foram isolados Bacillus spp e Staphylococcus aureus, as

5 outras duas amostras que estão em andamento foram encontrados Bacilos gram positivos, que estão sendo identificados. Referências Braunwald, Eugene; Fauci, Anthony S.; Hauser, Stephen L.; Jameson, J. Larry; Kasper, Dennis L.; Longo, Dan L. HARRISON MEDICINA INTERNA 17 EDIÇÃO VOL II, Murray P.R.; Rosenthal K.S.; Pfaller M.A. Microbiologia Médica, 6 Edição Tortora G.J, Funke B.R.; Case C.L. Microbiologia, 10ª Edição 2012.