Tintos do Douro. A perfeição cada vez mais perto. O grande prova

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1 Pág: 58 Área: 21,00 x 27,28 cm² Corte: 1 de 12 O grande prova Tintos do Douro A perfeição cada vez mais perto O Douro produz vinhos tintos de excelência, diferentes entre si, mas cada vez mais frescos e elegantes, com a barrica usada com precisão e o álcool mais contido. Sente-se uma procura pela expressão do terroir de cada vinha ou local, numa busca incessante do vinho perfeito. TEXTO : NUNO DE OLIVEIRA GARCIA FOTOS RICARDO PALMA VEIGA

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3 Pág: 60 Área: 21,00 x 27,35 cm² Corte: 3 de 12 L1 grande prova Oconsumidor atento sabe bem que o Douro é uma das regiões com mais prestígio no mercado, sobretudo quando falamos de tintos. A fama (mais do que merecida) do Vinho do Porto ajuda a essa percepção e, desde a segunda metade dos anos 90, a região encetou um movimento de criação de valor aos vinhos DOC. Actualmente, e falando ainda de DOC, é uma região pujante, quer ao nível dos números de produtores, quer ao nível da qualidade dos vinhos. Trata-se de uma região grande em dimensão, com uma área de vinha de mais de hectares (metade só no Cima Corgo), mas a produção por hectare é muito baixa se comparada com outras regiões. Em 2017, e apenas quanto a vinhos certificados, depois do Alentejo, Minho e Península de Setúbal, a região do Douro é quem mais vende em Portugal, com uma quota de mercado de 4,8%. As projeções para 2018 são de crescimento, para uma quota de 5,5 /0. O nível de crescimento nos últimos anos é importante, sendo a região apenas suplantada em 2018 pela Península de Setúbal como aquela que mais cresceu em relação a anos anteriores. Mas mais ainda do que o volume que produz e vende, o Douro é uma região com valor, com um número de vinhos premium e super-premium absolutamente avassalador (como as dezenas de tintos provados neste painel atestam). Aliás, no que respeita a vendas em euros, é a segunda região do país e aquela que regista a subida mais acentuada nos últimos anos. E no que respeita ao preço médio por litro, tirando os casos muito específicos do Algarve (devido ao consumo turístico local) e das Terras de Cister (centrado nos espumantes de Távora-Varosa), é o Douro que reina. BUSCAR A DIFERENÇA Com tanto sucesso, o desafio do Douro é outro que não apenas a liderança dos números: é buscar diferenciação face a outras regiões e com estilos diferentes dentro da região. No primeiro caso, e dada a existência de significativa área de vinha velha com dezenas de castas autóctones misturadas, bem como a quase exclusão de castas estrangeiras (excepção de Syrah e Alicante Bouschet, esta última, todavia, presente em alguns vinhedos antigos), a diferenciação está relativamente assegurada. Quanto ao segundo aspecto, os anos 90 e início do novo milénio apontaram para um perfil quase generalizado da região, centrado em tintos com fruto muito maduro e de recorte encorpado. No que respeitava a topos de gama, a essas características caberia adicionar o uso de barrica (quase sempre maioritariamente) nova e alguma tendência para elevados teores alcoólicos. Atualmente a situação é bem diferente, como demonstra a nossa prova, onde os vinhos das colheitas mais recentes de 2015 e 2016 confirmam que estamos a viver um momento pivot, uma verdadeira mudança de paradigma, aspeto para o qual João Paulo Martins já tinha salientado na prova de topos de gama do ano passado (edição de novembro de 2017). Para tal, foi crucial a verificação de dois movimentos convergentes: por um lado, vários foram os Os vinhos das colheitas mais recentes de 2015 e 2016 confirmam que estamos a viver um momento pivot, uma verdadeira mudança de paradigma. produtores que passaram a procurar um estilo mais aberto e vivo, menos centrado no fruto maduro e no álcool (vindimando mais cedo e fugindo da obsessão pela maturação fenólica), quase sempre por imposição do mercado; por outro lado, novos produtores e enólogos (muitos deles jovens) apareceram na região, e sentiram a necessidade de desenvolver estilos de tintos menos padronizados, procurando distinguir-se dos restantes, ora evitando barrica nova, ora procurando uvas em altitude e/ou com exposição que garantisse menor risco de sobrematuração.

4 VA grande prova Pág: 62 Área: 21,00 x 27,26 cm² Corte: 4 de 12 Acresce ainda um significativo investimento estrangeiro (vindo de países como Alemanha, Angola, Brasil ou França), que tem ajudado a uma renovação mais rápida ao nível do perfil dos vinhos. Tintos provenientes dos projetos Xisto e Chryseia, ou das propriedades Quinta da Romaneira, Quinta do Pessegueiro (sobretudo nas primeiras edições) ou ainda Quinta Maria Izabel, todos resultado de maior ou menor investimento transfronteiriço, mostram alguma apetência por registos mais em elegância do que em músculo. 2016, ANO DE FRESCURA E ELEGÂNCIA Por fim, e no que respeita à colheita de 2016, tratou-se de um ano climatericamente mais moderado do que o habitual, com poucas oscilações e raros picos de calor. Tal significou um ciclo tardio na maturação das uvas e permitiu o raro fenómeno de a fruta ter atingido a maturação fenólica mantendo acidez elevada e um grau alcoólico relativamente baixo para a média habitual da região. Por isso, os vinhos de 2016 revelam um equilíbrio absolutamente ímpar e uma prova de boca mais fresca e menos larga do que o normal, conservando-se a potência e profundidade comuns nos grandes tintos da região. Isso mesmo foi-nos confirmado pelo enólogo e produtor Jorge Serôdio Borges (Wine & Soul, Quinta do Passadouro e Maritávora), para quem o ano de 2016 foi muito específico, posto que "o ciclo muito longo e um ano muito ameno proporcionaram vinhos que não precisaram de ser vindimados cedo para se manterem frescos e com boa acidez; isso fez toda a diferença". O enólogo e também produtor Jorge Moreira (Poeira, Real Companhia Velha e Passagem) concorda e confirma que 2016 foi muito diferente de "Em regra, os 2015 são mais encorpados e têm uma fruta muito bonita e profunda, resultante de um ano quente, enquanto os 2016 são mais frescos e elegantes", diz-nos. Curiosamente, confrontámos este último profissional com a circunstância de dois dos seus vinhos presentes no painel parecerem contradizer a matriz dos anos, pois o Poeira 2015 revela-se fresco e elegante e o Carvalhas Vinhas Velhas de 2016 mostra-se cheio e potente. "Nesse caso, a justificação é o terroir, pois enquanto a vinha da Quinta do Poeira tem muita sombra e é virada a norte, as vinhas velhas das Carvalhas tem bastante exposição solar todo o dia e proporcionam sempre vinhos de grande concentração", confessa-nos.

5 Pág: 63 Área: 21,00 x 26,70 cm² Corte: 5 de ') Pintas Douro tinto 2016 WINE & SOUL Vinha com 85 anos e pisa a pé em lagar. Aroma muito bonito e impactante, com fruto maduro e nota floral, muito equilíbrio no uso da barrica, perfil imensamente sedutor. Prova de boca cheia, mas mantendo grande finura, tanino maduro e saboroso, bela acidez. Opulento no sabor e elegante na tensão. Excelente. (14%) ~ ) Quinta do Crasto Vinha da Ponte QUINTA DO CRASTO Aroma muito jovem, mas já com enorme impacto, grande qualidade de fruto (azul e negro), diferentes cambiantes: chá, mato, especiaria, menta. Prova de boca impactante, imenso sabor, tanino maduro, cremosidade e profundidade assinaláveis, enorme complexidade. Belíssimo tinto! (14,5%) Rolhas de topo Ao contrário do que sucedeu na grande prova de vinhos topo de gama do Douro realizada em 2017, praticamente não tivemos problemas de rolha nesta prova. Apenas um caso de desclassificação foi taxativamente qualificado como tendo TCA, e em apenas duas outras situações foi necessário provar uma segunda garrafa para despistar problemas de rolha (não necessariamente de TCA). Tendo em consideração as várias dezenas de vinhos provados, e em comparação com outras provas menos recentes, é de notar este registo muito positivo. Os mais inovadores procedimentos de tratamento e/ou avaliação rolha a rolha poderão estar já a dar os seus frutos... Ou seja, afinal o terroir ainda é o mais importante... Por isso mesmo, reforçamos, nas várias dezenas de vinhos provados foram visíveis diferentes registos, resultantes da localização das propriedades (por exemplo o Baixo Corgo é, em regra, mais chuvoso e fresco do que o Cima Corgo e este mais fresco e chuvoso do que o Douro Superior,) ou mesmo resultantes do preciso posicionamento das vinhas dentro das próprias propriedades (cotas mais altas perante mais baixas, por exemplo, ou consoante a exposição a sul e poente, as mais quentes, ou a norte e a nascente, as mais frescas). Em suma, é um puzzle complexo que significa, no final do dia, a riqueza de uma região que se diversifica a cada ano que passa e que, mais importante ainda, tem na diversidade de estilos mais um caminho para um sucesso que, tendo já sido alcançado, teima em ser superado. El Quinta do Vale Meão Douro tinto 2016 F. OLAZABAL & FILHOS Predominantemente Touriga Nacional e Touriga Franca. Muito aromático, com a barrica a fazerse sentir entre notas de cacau fresco, leve mineral, fruto de grande qualidade, percepção de um estilo capitoso. Generoso na prova de boca, cheio e com muito sabor, taninos maduros e final de boca superior, interminável. Enorme classe! (14%)

6 Pág: 64 Área: 21,00 x 27,40 cm² Corte: 6 de 12 \I grande prova 111:11>m 18,5 30,90 1) Poeira 18, ) Quinta da Touriga Chã Pi Batuta #) Carvalhas Vinhas Velhas JORGE NOBRE MOREIRA Aroma muito jovem e misterioso, a pedir tempo no copo. Surge depois um fruto azul silvestre (amora), simultaneamente maduro e fresco, belíssima profundidade e percepção de complexidade. Grande equilíbrio e novamente frescura em boca, taninos sérios e saborosos, acidez bem presente. Um vinho de incrível precisão. (14%) Douro tinto 2016 JORGE ROSAS VINHOS Aroma jovem e poderoso, fruto em camadas, cacau fresco, urze e alguma esteva, algum floral maduro também. Largo e capitoso na boca, com a barrica mais presente do que no nariz, fruto encarnado, tanino apertado e uma nota de frescura geral. Super elegante e afinado, vai certamente evoluir muito bem em garrafa. (14,5%) Douto tinto 2016 NIEPOORT Belo aroma, acessível e aberto, com fruto encarnado vivo (framboesa e morango), urze, barrica quase imperceptível. Prova de boca de meio corpo, perfil leve e franco, tanino vivo, muito fresco e saboroso, grande definição e sofisticação. Um tinto muito gastronómico e diferente, no estilo 'joie de vivre'. (12%) Douro tinto 2016 REAL COMPANHIA VELHA Aroma muito bonito, fruto com grande definição e um lado selvagem, quase de mato, que se integra com perfeição na barrica. Prova de boca maciça, larga e de grande espectro, muito saboroso (mas ainda jovem), especiado, com taninos musculados. Tem muita qualidade e impressiona vivamente. (13,5%) filimend Duas Quintas ADRIANO RAMOS PINTO Essencialmente Touriga Nacional e Franca. Aroma muito bonito, floral elegante, urze e fruto bem maduro, com a barrica bem integrada desde já. Prova de boca larga, com a barrica mais presente do que no aroma, taninos sólidos e convincentes, cheio de sabor, leve mineralidade, sumarento e com muita entrega no final. (15%) f,p. Kopke Vinhas Velhas Limited Edition Douro tinto 2014 SOGEVINUS FINE WINES Uvas da ()unta de S. Luiz (Cima Corgo). 16 meses em barrica nova. Começa misterioso e austero, com fruto negro vivo e bastante frescura, percepção de elegância. Prova de boca com muito sabor, nota primorosa da barrica, taninos maduros e finos, final já com excelente comprimento. Um Douro em elegância e classe. (13,5%) 18 39,50 3 Passadouro QUINTA DO PASSADOURO Vinha com mais de 60 anos e 10 castas diferentes. Muito jovem no aroma, quase fechado até, fruto maduro e algum floral fresco, muito balsâmico, barrica discreta. Mais acessível em boca, largo e com tanino maduro e saboroso, especiado (apimentado mesmo), termina já com imensa graciosidade, mas irá crescer muito em garrafa. (13,5%) ,0 Quinta dos Murças VV47 Douro tinto 2013 MURÇAS Vinha com 70 anos e estágio apenas em barrica usada. Mostra um perfil diferenciados, muito fresco e nada marcado pela madeira, com enorme pureza e elegância de fruto, notas de musgo, grande definição aromática e excelente complexidade geral. Mantém o registo na boca, fresco e com equilibrada acidez, excelente polimento de taninos, num ponto perfeito de consumo. (14,5%) rj Quinta do Valbom Douro tinto 2013 MONTE DO TREVO Pisa a pé em lagar. Aroma de grande qualidade e complexidade, belíssima nota de barrica, cacau fresco e chocolate, algum balsâmico também, sugestão de ótima evolução. Prova de boca com muito sabor, taninos maduros estupendos, macio e cremoso, mas intenso e de grande entrega. Bela prova! (14,5%) 18 25,99 #) Quinta do Vallado Douro Field Blend Reserva tinto 2016 QUINTA DO VALLADO Vinhas velhas e Touriga Nacional. Aroma clássico duriense e muito bem desenhado, com cacau fresco, fruto maduro e esteva. Prova de boca de médio corpo, barrica perfeitamente integrada a dar nota especiada, taninos maduros, fruto muito bonito e leve floral. Um tinto afinado e delicioso, jovem e a pedir garrafa. (14,5%) 17,5 18,90 Dj Castello D' Alba Limited Edition RUI ROBOREDO MADEIRA VINHOS Vinha velha. Aroma exuberante, com muito fruto, encarnado e também negro, perceção de profundidade. Muito bem na boca, muito sabor, cremoso e intenso, notas ricas a chocolate preto, termina com floral maduro, perfil denso e envolvente, mas mantendo a garra. Muito bem! (14,5%) 17,5 70 Laura LAURA VALENTE REGUEIRO Muito perfumado no aroma, com notas florais bonitas, fruto azul também, barrica impecavelmente integrada, grande finura de conjunto. Prova de boca de médio corpo, tanino vivo, bela acidez, muito fresco, tudo muito equilibrado e com perspectiva de longevidade. Um Douro fresco e elegante. (14%)

7 Pág: 65 Área: 10,60 x 25,68 cm² Corte: 7 de 12 17,5 33 I) Foz Torto Vinhas Velhas FOZ TORTO Muito interessante no aroma, elegante e com fruto bonito, leve evolução nobre, complexo e intrigante. Prova de boca macia e saborosa, acidez muito bem balanceada, levemente mineral, já com excelente final de boca. Um tinto de grande aprumo, em óptimo momento de consumo e com pernas para andar. (14,5%) 17,5 30 O Mapa Vinha Cristina Douro tinto 2014 PEDRO GARCIAS Aroma de pendor clássico, com fruto maduro, esteva, floral ao fundo, algum mineral bonito, e ainda muita percepção de frescura. Prova de boca em linha, muito fresco e com bela acidez, novamente mineral, tanino vivo e apertado, leves amargos finais. Fino, gastronómico e muito polivalente. (13,5%) 17,5 32,50 Maritávora n. 2 Douro Grande Reserva tinto 2015 MARITÁVORA INVESTIMENTOS Fermenta em lagar de pedra. Perfil fechado e quase químico, com notas a alcatrão, alcaçuz, bagas esmagadas, balsâmicos, e alguma tinta-da-china. Muito sério em boca, largo e poderoso, tanino de grande porte que só tempo irá polir, todo muito jovem e a pedir garrafa. Um tinto monumental e com muito futuro. (15%) 17,5 38,50 Monte Cascas Vinha das Lameiras Douro tinto 2013 CASCA WINES Oriundo de vinha velha. Aroma com muito boa evolução, fruto maduro, urze, tinta-da-china, levemente químico. Prova de boca larga, acidez muito presente, fruto negro, mas também vermelho, tanino ainda a pedir garrafa, barrica de qualidade a envolver tudo. A evolução em garrafa fez-lhe muito bem. (15%) 17,5 39,90 O Morvalley Douro Grande Reserva tinto 2016 MDV WINE DOURO VALLEY Tourigas Nacional e Franca. Aroma de fruto maduro, todo floral e exuberante, balsâmico também. Prova de boca larga e cremosa, láctea até, com muito sabor, assente num perfil muito expressivo e intenso. Um tinto com muito fruto, generoso, termina capitoso, mas sempre muito equilibrado e sumarento. (14%) 17,5 12,65 O Passagem QUINTA DAS BANDEIRAS VINHOS Jovem no perfil, muito floral, e com perceção de alguma frescura e profundidade. Meio corpo na boca, mantém o perfil floral do nariz, confirma a profundidade no fruto em camadas, boa cremosidade. Um tinto de precisão que irá melhorar em garrafa! (14,5%)

8 10 grande prova Pág: 66 Área: 21,00 x 26,88 cm² Corte: 8 de 12 11:11>ie EM= 17,5 25 O Quanta Terra Douro Grande Reserva tinto 2015 QUANTA TERRA Aroma muito bonito e afinado, fruto encarnado a par de negro, algum balsâmico a dar sofisticação, barrica muito bem integrada. Prova de boca macia e com bastante sabor, tanino maduro, bela complexidade geral, fresca acidez. Muito sedutor e equilibrado, muito bem desenhado. (14%) 17,5 20 ri Quinta da Costa das Aguaneiras LAVRADORES DE FEITORIA Aroma exuberante, muito fruto, vivo e bonito, alguma barrica, muito sedutor no seu toque floral. Prova de boca macia, perfil morno e guloso, tanino maduro e bem trabalhado, especiado, e com bastante comprimento. Grande poder de atracção e em óptimo momento de prova! (14%) 17,5 39,90 O Quinta da Romaneira ROMANEIRA Aroma jovem, denotando já equilíbrio, com fruto maduro, mas também percepção de frescura, um fino lado floral, alguma barrica, muita precisão. Prova de boca de médio corpo, perfil elegante e saboroso, leve e floral na boca também, acidez no ponto. Um tinto todo em elegância e finura. (14%) 17,5 27 Quinta de S. José JOÃO BRITO E CUNHA A partir de vinha velha e alguma Touriga Nacional. Aroma complexo e bonito, mato seco, especiado, bastante balsâmico também, sempre com fruto maduro de qualidade. Prova de boca cremosa, revela-se um vinho bastante texturado, jovem e saboroso, terminando com muito boa densidade. Irá evoluir bem. (14%) 17,5 31,90 0) Terras do Grifo 17,5 22 0) Quinta do Pessegueiro 17,5 24 0) Quinta do Portal 17,5 34,90 O Quinta dos Quatro Ventos Douro Grande Reserva tinto 2015 ROZÈS Aroma bonito, com fruto muito maduro, grafite evidente, leve vegetal seco ao fundo e barrica impecavelmente integrada. Prova de boca mais elegante ainda do que o nariz, grande sedução de conjunto com taninos saborosos e corpo cremoso, acidez média e final bem convincente. Muito assertivo. (14,5%) Douro tinto 2016 QUINTA DO PESSEGUEIRO Mais intenso e capitoso do que o habitual na marca. Aroma muito maduro, profundo, fruto negro, chocolate. Prova de boca com muito sabor, surgindo a fruta em camadas, num tom mineral, texturado, com tanino vivo e mantendo bastante frescura. Muito harmonioso desde já e poderá evoluir com segurança. (14,5%) Douro Grande Reserva tinto 2016 QUINTA DO PORTAL Aroma imponente e exótico, com as notas da barrica de grande qualidade a fazerem-se sentir com boa integração na componente frutada, complexidade notória, notas de cravinho e chá. Prova de boca larga, láctea, acidez média, muito sabor, e final já elegante. Um tinto desafiante, a conhecer! (14%) Douro Reserva tinto 2013 ALIANÇA VINHOS DE PORTUGAL Aroma muito afinado, com bela fruta, muita especiaria, tudo com percepção de excelente evolução e elegância. Prova de boca saborosa, de médio corpo, leve pendor vegetal, taninos maduros, acidez equilibrada, termina com bastante frescura. Versátil e em óptimo momento de consumo. (14,5%) 17,5 20 Quinta de Ventozelo QUINTA DE VENTOZELO Aroma aberto e bonito, com fruto encarnado (framboesas e cerejas), especiado também, leve vegetal ao fundo. Prova de boca meio corpo, saboroso, bela acidez, moderno no perfil aberto e muito conseguido. Um tinto moderno e bem pensado, centrado na leveza. (14%) 17,5 34,90 05 Santos da Casa Fazem Milagres Douro Grande Reserva tinto 2015 SANTOS & SEIXO Vinhas velha e pisa a pé em lagar. Aroma jovem que abre no copo, barrica de qualidade a sentir-se, fruto profundo e maduro, urze e leve alcatrão, sensação de potência. Prova de boca em linha, suaves fumados, meio corpo a cheio, muito boa definição de sabor, impacto do tanino a dizer-nos que mais alguns anos em garrafa só lhe vão fazer bem. (14%) 17,5 29 Vale da Raposa Douro Sousão tinto 2015 DOMINGOS ALVES DE SOUVA Muito fruto no nariz, bagas esmagadas, chocolate preto e cacau, cominhos e nota de barrica. Prova de boca muito jovem, com enorme frescura, tanino vivo, boca cheia e larga, texturada mesmo, excelente acidez. Termina muito jovem, a pedir uns anos em garrafa e apuramento na ligação gastronómica. (14,5%) 17,5 20,50 O Vale de Pios Douro tinto 2014 QUINTA DE VALE DE PIOS Tourigas Nacional e Franca e Tinto Cão. Aroma com muito boa evolução, fruto maduro, floral (violeta), tudo muito bem casado com a barrica, perfeitamente afinado. Maduro e saboroso na boca, especiado, fruto em camadas, chocolate, leve amargos finais a dar uma ótima garra. Pronto a beber e a seduzir. (14%)

9 17,5 27 '4> Vallegre Vinhas Velhas Douro Reserva Especial tinto 2014 VALLEGRE Aroma com muito impacto, exuberante, cacau fresco da barrica, fruto muito maduro, mato seco também, tudo com sensação de potência. Prova de boca a revelar mais evolução do que o nariz, mais fino e elegante, com taninos domesticados, leves licorados e muito sabor num final bem longo. (14%) 11~ 17,5 25 O Vieira de Sousa Douro Grande Reserva tinto 2013 VIEIRA DE SOUSA VINES & WINES Tourigas Franca e Nacional. Muito boa evolução, perfil clássico, fruto maduro, notas licoradas e balsâmicas, algum alcaçuz mesmo. Prova de boca em linha, larga e com sabor, taninos bastante afinados pelo tempo em garrafa, e final com muito bom comprimento. Só a pedir menos álcool... (15,5%) Pág: 67 Área: 10,76 x 25,01 cm² Corte: 9 de ::»E 17,5 17 f.) Vinha da Urze Douro Grande Reserva tinto 2014 CARM Maioritariamente Touriga Nacional. Aroma jovem e quase fechado apesar dos 3 anos em garrafa que já leva. Tinta-da-china, balsâmico profundo, percepção de vigor. Na boca sente-se mais a barrica, mas mantém-se bem jovem e com acidez equilibrada, tanino vivo e muito bem desenhado, cheio de sabor no longo final. Muito interessante. (14,5%) 17,5 28 Zom Colecção Douro tinto 2014 BARÃO DE VILAR Aroma todo com perfil floral, violeta e lavanda, jovem ainda, com leve exuberância, especiado e com a barrica bem integrada devido aos anos em garrafa. Prova de boca com muito sabor, meio corpo, elegante e bastante equilibrado, taninos maduros e macios, acidez no ponto. Desenhado a regra e esquadro. (14%) f 17 19,50 P.'. Borges Douro Reserva tinto 2015 VINHOS BORGES Nariz ainda com alguma juventude, perfil clássico e com boa complexidade, fruto maduro e nota floral, sem que nenhuma casta se sobreponha. Prova de boca cheia e macia, bem texturado, acidez média e muito sabor, bela profundidade, final já muito harmonioso e bastante atractivo. (13,5%) 11~ O Callabriga Douro tinto 2016 SOGRAPE VINHOS Muito bem no aroma, com fruto já definido, floral também, bastante equilibrado, com inegável perfil duriense. Meio corpo em boca, saboroso, tanino maduro e amplo, mas com bastante frescura, bom acabamento geral a permitir consumo imediato, mas podendo evoluir muito bem. Um tinto gastronómico. (13,5%)

10 \I grande prova 11~ Pág: 68 Área: 21,00 x 27,42 cm² Corte: 10 de ) Casa Velha ADEGA COOP. DE FAVAIOS Aroma muito floral, fruto bonito e elegante, com alguma barrica e enorme percepção de frescura. A boca mostra-se em linha com o aroma, bonita e leve, mantendose mais em elegância do que em intensidade, muita expressividade no fruto, retendo sempre boa acidez e muita frescura e persistência final. (13,5%) O Dona Berta Vinha Centenária Douro Reserva tinto 2011 HERNÁN' VERDELHO Aroma bonito, com evidente evolução, fruto encarnado e ligeiras notas licoradas. Prova de boca cheia e sumarenta, algum levíssimo couro e a barrica ainda presente, tanino vivo e sólido, termina com boa complexidade e vigor. Em óptimo momento de consumo. (14,5%) :0 Flor do Côa COSTA BOAL Aroma floral bonito, todo jovem e garboso, fruto azul, leves notas da barrica. Lácteo e cremoso em boca, muito bem na definição do sabor, mantém o registo floral elegante, tanino vivo ainda bem presente, tudo a pedir mais algum tempo de garrafa. (14%) O Grandes Quintas Vinhas do Cerval Douro tinto 2013 CASA D' ARROCHELLA Aroma a denotar muito boa evolução, perfil surpreendentemente fresco com fruto vermelho e alguma especiaria. Prova de boca meio corpo, envolvido por bela acidez, equilibrado, leves amargos a equilibrar alguma doçura frutada. Muito versátil e bem desenhado. (14%) 17 19,90 O Messias Vinha de Santa Bárbara Douro tinto 2013 MESSIAS VINHOS Tourigas Nacional e Franca. Muito bem no aroma, com bastante fruto - franco e apelativo -, toque especiado a dar complexidade. Médio corpo na boca, conjunto leve e elegante, fresco e gastronómico, tudo a revelar boa evolução. Está num momento ideal de consumo, com gande poder de atracção. (13,5%) 17 52,50 0.:0 Pacheca Vale de Abraão Douro Colheita Selecionada tinto 2015 QUINTA DA PACHECA Fermentado em lagar. Notas licoradas muito bonitas, fruto bem maduro (tipo bombom), notas de esteva ao fundo a dar carácter bem duriense. Prova de boca muito cheia e envolvente, perfil saboroso e generoso, tanino vivo, acidez média. Um tinto de grande porte, muito aprumado e que termina com muita garra. (14%) P) Poças MANOEL D. POÇAS JÚNIOR VINHOS Uvas do vale do Caedo e da Ervedosa. Aroma jovem e poderoso, muito fruto, chocolate, algum mineral e vegetal seco ao fundo. Bem equilibrado em boca, texturado, boa acidez, muita matéria, final já com bom comprimento, mas a pedir garrafa. Muito bem! (14%) 17 16,50 1) Quinta das Brolhas Douro Reserva tinto 2013 MACÁRIO PEREIRA COUTINHO Aroma com muito boa evolução, fruto maduro, alguma barrica, tintada-china e fruto seco (amêndoas torradas). Prova de boca com bastante sabor, grande frescura geral, tanino vivo, leve secura no final assente num perfil clássico e muito aprumado. (13,5%) ;,;;.f z' -Jim O Quinta das Tecedeiras Douro Reserva tinto 2015 QUINTA DAS TECEDEIRAS Aroma com violeta e muita esteva, figo e cardamomo, madeira bem integrada. Perfil capitoso em boca, boa acidez e complexidade, tanino maduro e saboroso. Um vinho envolvente, morno, com notas de alfarroba e ginja no final sedutor. Pronto a beber desde já com muito prazer. (14,5%) 17 50,35 01) Quinta do Bronze LUA CHEIA EM VINHAS VELHAS Aroma exuberante e muito floral, leve tinta-da-china e barrica discretíssima. Sentem-se mais os tostados na boca, de médio corpo, num registo bastante saboroso, leve e fresco. Existe um lado químico e um perfil bem expressivo, terminando muito vivo e prazeroso. (14%) O Talentvs Douro Grande Escolha tinto 2015 QUINTA SEARA D' ORDENS Tourigas Nacional e Franca e alguma Tinta Roriz. Aroma muito harmonioso, com fruto encarnado maduro, vegetal seco também, uma nota fumada. Prova de boca com a barrica mais em evidência, médio corpo, muito bom fruto vermelho (morango maduro, cereja), termina apimentado, seco e sério. (14%) Velhos Bardos Douro Reserva tinto 2015 VASOUES DE CARVALHO Aroma muito jovem ainda, notas fumadas e tostadas de barrica luxuosa a amparar fruto silvestre maduro de grande qualidade e bela expressão. Prova de boca larga, cremosa e texturada, com muito sabor, acidez equilibrada a potenciar o final. Muito capitoso e generoso na entrega. (14,5%)

11 58 Uma Grande Prova de tintos do Douro Provámos mais de cinco dezenas de tintos topo de gama de Douro e esta Grande Prova de sonho termina com um veredicto: os vinhos da região estão cada vez mais perto da perfeição. Cada vez mais frescos e elegantes, numa busca evidente pela expressão do terroir. A excelência mora aqui. Pág: 1 Área: 9,78 x 7,55 cm² Corte: 11 de 12

12 Pág: 1 Área: 19,95 x 18,90 cm² k.agrandes: Corte: ID: a'ffiescol n 0 VINHO 20 1 mensal 1 dezembro w w w.grandesesc ANTÓNIO AMORIM "VAMOS ELIMINAR O TCA ATÉ 2020" SOALHEIRO O CLIMA, O SOLO, A UVA, O HOMEM COLHEITA TARDIA DOCES TESOUROS À NOSSA ESPERA TINTO INHO DA PERFEIÇÃO Montanha Bairrada Espumante Grande Cuvée Baga & Chardonnay 2010