UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU PROJETO VEZ DO MESTRE DOCÊNCIA EM ENSINO SUPERIOR ERGONOMIA NA ARQUITETURA

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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU PROJETO VEZ DO MESTRE DOCÊNCIA EM ENSINO SUPERIOR ERGONOMIA NA ARQUITETURA AUTOR: ROSANE JONES OAQUIM ORIENTADOR: DIVA NEREIDA DATA: 27 de SETEMBRO de 2004 Rio de Janeiro 2004

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3 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU PROJETO VEZ DO MESTRE ERGONOMIA NA ARQUITETURA OBJETIVOS: Proporcionar ao discente a importância que o estudo ergométrico trará para a sua vida profissional, melhorando a qualidade de vida do ser humano.

4 AGRADECIMENTOS À minha família que acompanha os meus passos, motivando-me sempre. Com carinho, ao meu cunhado José Cláudio pela idéia do título desse trabalho. E em especial, a minha grande amiga e educadora Maria de Fátima, que incentivou-me a trilhar pelos caminhos da educação.

5 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho ao marido Nelson e aos meus filhos Anna Beatriz e João Victor que com compreensão e carinho, deixaram de usufruir da minha companhia por muitos momentos. À minha querida mãe que sempre me incentivou e que hoje, mesmo distante, continua acompanhando-me com sua presença viva no meu coração.

6 RESUMO O início desse trabalho faz-se com um relato do surgimento da ergonomia, e como consequência o trabalho interdisciplinar de diversos profissionais. É apresentado o conceito de ergonomia, seus objetivos e também uma visão panorâmica dos principais campos de aplicabilidade. Inicialmente, essa aplicação se fazia quase que exclusivamente na indústria, sendo agora bem mais abrangente. Isso ocorre em estudos de sistemas complexos, demonstrando como dezenas ou até centenas de elementos interagem entre si. A ergonomia também se expandiu horizontalmente abraçando quase todos os tipos de atividades humanas. Essa expansão se processa principalmente no setor de serviços (saúde, educação, transportes, laser e outros), e até no estudo de trabalhos domésticos. Como enfoque principal é o que está relacionado à arquitetura. A todo instante é tomado como referência a Antropometria, o layout ou arranjo físico, e a ergonomia e produção de serviços. O conteúdo desse trabalho se encerra com o questionamento da inclusão da ergonomia de forma padronizada no currículo do curso de graduação em Arquitetura e Planejamento Urbano. O arquiteto a todo momento é visto como um especialista com participação importante nesse processo de expansão, então porque não ser um ergonomista por excelência?

7 METODOLOGIA A metodologia utilizada destina-se a dar subsídios aos discentes através de ferramentas técnicas e práticas, para que percebam a importância da matéria trabalhada no dia a dia, satisfazendo as reais necessidades do usuário. O procedimento metodológico basea-se no levantamento de dados de fontes bibliográficas, trabalhos científicos e o conhecimento das normas e leis vigentes sobre Ergonomia. A proposta desse tema é demonstrar a importância da inclusão oficial da matéria no currículo do curso de graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Numa dissertação acadêmica adequada à realidade do mercado, busca-se despertar o interesse do discente em atuar nas áreas de planejamento, pesquisa, projetos e design, criando assim um mobiliário urbano compatível e atuando como construtor do objeto pesquisado. Como é um conteúdo que tem como base a relação homem/medida, visa e conforto ambiental da área trabalhada e consequentemente a produtividade. Portanto, abre um leque de opções ao educando, envolvendo a pesquisa seja ela de campo, de materiais, de novas técnicas, sempre objetivando o homem e seu espaço de relacionamento. Além disso, o discente poderá e deverá interagir com áreas afins, tais como, saúde, organizações e métodos, segurança etc., uma vez que a importância de projetar corretamente é enfatizado sistematicamente, demonstrando que a má condução deste, acarretará em lesões corporais com conseqüências futuras. Ao final deste trabalho, será enfatizado o significado da ergonomia na arquitetura, justificando sua importância para que o projeto de um trabalho parta do conhecimento do home, ajustando-o às suas capacitações e limitações.

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I 10 ERGONOMIA 10 CAPÍTULO II 26 ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR 26 CAPÍTULO III 48 COMO PROJETAR NA ARQUITETURA UTILIZANDO A ERGONOMIA 48 CAPÍTULO IV 61 A ERGONOMIA NO CURRÍCULO DA FACULDADE DE ARQUITETURA 61 CONCLUSÃO 68 BIBLIOGRAFIA 70 ÍNDICE 73

9 INTRODUÇÃO Nos últimos anos, dentro do contexto do globalização da economia, o trabalho vem sendo abordado de forma paradoxal. Por um lado é extremamente valorizado e recompensado. Por outro, provavelmente em função do desemprego (desequilíbrio entre oferta e procura), vem sendo desvalorizado. Em ambos os casos, têm ocorrido um grande aumento exigências sobre pessoas, organizações e sociedades. Talvez o que seja o núcleo fundamental da ergonomia se apresenta nas relações que cada indivíduo estabelece com todo o conjunto de fatores que constituem o seu trabalho. A Ergonomia tem como pressuposto básico permitir que as interações dos seres humanos com o trabalho e no trabalho sejam as mais harmônicas possíveis. Ela avalia as regulações que existem nessas interações e procura ajustá-las para que sejam homeostáticas ou seja, adequadas às características e necessidades psicofisiológicas humanas. A Ergonomia contemporânea é uma ciência da vida e uma disciplina da tecnologia; uma engenharia e uma ciência humana; uma medicina e um design; e o fundamento científico e o normativo, que possibilita reunir os saberes ordenados a partir dos fatos tratados através de uma fenomenologia de base construtivista aliada aos consensos e acordos que buscam regular os diversos modos de ver a realidade da vida civilizada: o nosso trabalho. Centrada e focada no conceito de atividade, a Ergonomia tem como base o estudo da performance humana como resultante de um sistema que necessita adaptar-se continuamente, que constrói saídas aos impasses e que contorna obstáculos. Do ponto de vista prático, o diagnóstico de Ergonomia permite identificar e eliminar estes impasses e obstáculos nas situações em que as pessoas trabalham e com isso viabilizar projetos e implantações. Dessa forma, através dos parâmetros abordados é que será feita uma nova proposta de aprendizado no estudo da Ergonomia. Os assuntos aqui

10 apresentados estarão direcionados com um diferente enfoque: a ergonomia como parte integrante e participava na Arquitetura. Não só de maneira a solucionar problemas pré existentes, como também tratá-los preventivamente. Com isso, nossos futuros provedores de conhecimentos na área urbanística, terão subsídios para planejar adequadamente os espaços, os mobiliários e demais equipamentos necessários, tentando minimizar ou até mesmo disseminar os obstáculos produzidos seja de ordem fisiológica, cognitiva e organizacional. O homem não é tanto um organização em um meio, mas uma relação entre o meio e o organismo Alan Watts

11 CAPÍTULO I Ergonomia Origem e evolução da Ergonomia Ao contrário de muitas outras ciências cujas origens não tem uma data oficial de nascimento, na ergonomia sua existência foi formalizada em 12 de julho de 1949 como um ramo de aplicação interdisciplinar da ciência.

12 Contudo seu termo só foi proposto em 16 de fevereiro de 1950, a partir da fundação da Ergonomics Research Society, na Inglaterra, expandindo a ergonomia no mundo industrializado. O termo ergonomia foi adotado nos principais países europeus, onde se fundou a Associação Internacional de Ergonomia. A preocupação de adaptar os objetos artificias e o ambiente natural ao homem, sempre esteve presente desde os tempos da produção artesanal, não mecanizada. Entretanto, a Revolução Industrial, ocorrida a partir do século XVIII, tornou mais difícil esse problema. Estudos mais sistemáticos do trabalho começaram a ser realizados a partir do final do século passado. Nessa época surge, nos EUA, o movimento da administração científica, que ficou conhecido como Taylorismo. Taylor defendia que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que, para cada tarefa, fosse estabelecido o método correto de executá-la, com um tempo determinado, usando ferramentas corretas. Haveria uma divisão de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerência da fabrica, cabendo a esta determinar os métodos e os tempos, de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na sua tarefa produtiva. Os trabalhadores deveriam ser controlados, medindo-se a produtividade de cada um e pagando-se incentivos salariais àqueles mais produtivos. As idéias de Taylor se difundiram rapidamente nos Estados Unidos. Os estudos científicos, relacionados com a fisiologia do trabalho, continuaram a desenvolver-se em laboratórios, acumulando conhecimentos sobre a natureza do trabalho humano. Esses conhecimentos contribuíram para transformar, gradativamente, os conceitos tayloristas. A resistência dos próprios trabalhadores, e o enriquecimento dos conhecimentos científicos sobre a natureza do trabalho, influenciaram a gerência empresarial a rever suas posições. Em vez de se controlar individualmente, cada trabalhador, eles foram direcionados para os aspectos mais globais da produção e de qualidade. Assim os resultados globais podem

13 ser melhores, onde anteriormente todos os detalhes eram rigorosamente controlados. Na Europa, principalmente na Alemanha, França e países escandinavos, por volta de 1900, começaram a surgir pesquisas na área de fisiologia do trabalho. Atualmente, o Instituto Max Plank de Fisiologia do Trabalho, situado na República Federal Alemã, é responsável por notáveis contribuições para o avanço da fisiologia do trabalho, principalmente com pesquisas sobre gastos energéticos no trabalho, tendo desenvolvido metodologias e instrumentos para a medida dos mesmos. Na Escandinávia, foram criados laboratórios para estudar os problemas de treinamento e coordenação muscular para o desenvolvimento de aptidões físicas. Nos EUA surgiu o Laboratório de Fadiga da Universidade de Harvard, que tornou-se célebre pelos estudos de fadiga muscular e aptidão física. Na Inglaterra, com o fim da I Guerra Mundial, transformaram a indústria de munições no Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial, que realizou diversas pesquisas sobre a fadiga na indústria. Em 1924, foi reformulado e transformou-se no Instituto de Pesquisa sobre Saúde no Trabalho. O maior mérito desse instituto, entretanto, foi o de ter introduzido trabalhos interdisciplinares, agregando novos conhecimentos de fisiologia e psicologia ao estudo do trabalho. A origem e a evolução da ergonomia estão relacionadas às transformações socio-econômicas e, sobretudo, tecnológicas que vêm ocorrendo no mundo do trabalho. Da produção artesanal à automação, informatização e robótica, da relação direta com os meios de trabalho e com as pessoas às relações virtuais, a interação do ser humano com seu trabalho tem sofrido mudanças profundas. Ao longo da história humana os princípios fundamentais da ergonomia foram aplicados:

14 na substituição ou transferência de trabalhos mais pesados para animais; na invenção de artifícios que facilitam o trabalho; na adaptação de postos de trabalho, tornando-os mais apropriados às proporções do corpo humano e facilitando posturas mais equilibradas; na utilização de adaptações que facilitam o melhor posicionamento do corpo humano em atividades que apresentam dificuldades excêntricas. A ergonomia surge de modo mais sistematizado da década de 1940, tentando compreender a complexidade da interação ser humano e trabalho e oferecer subsídios teóricos e práticos para aprimorar essa relação. No início da sua história, a ergonomia preocupou-se em desenvolver projetos e pesquisas para a antropometria, definição de controles, painéis, arranjo de espaço físico e ambientes de trabalho. Atualmente, com o aumento crescente da informatização nos setores secundários e terciário da economia, começou-se a perceber que os próprios processos de trabalho deveriam ser desenhados levando-se em consideração as características e necessidades humanas. Daí a crescente importância da organização do trabalho em ergonomia e o surgimento de estudos mais sofisticados, relacionados a aspectos cognitivos e psicossociais. Paralelamente às questões específicas do trabalho, os princípios e técnicas ergonômicas têm-se expandido para fora dos ambientes de trabalho, visando à produção de produtos que possam ser utilizados com maior conforto e adequação anatômica pelas pessoas. Cameron e Corkindale (1994) distinguem três fases históricas dos estudos e pesquisas relacionados as trabalho: 1) adaptação do homem à maquina: os estudos se concentram sobre a máquina, procurando formar e selcionar os operadores de acordo com as exigências dela; 2) erro humano, que pode levar a acidentes e a custos econômicos: surge a consciência de que os estudos devem concentrar-se no homem, a fim de respeitar e conhecer seus limites;

15 3) sistema homem máquina: as investigações se reconduzem aos sistemas determinados pelo homem e pela máquina, buscando sua mútua adaptação e operacionalidade. Esses mesmos autores distinguem, também, na evolução da ergonomia entre: A) maquinocentrismo, que trata das questões de trabalho em termos de números absolutos de entrada e saída, considerando o homem enquanto operador; B) antropocentrismo, no qual a tarefa de investigar o homem enquanto operador se transforma na de investigar o operador enquanto homem. Com a globalização da economia, que, dentre outras coisas, vem trazendo um forte aumento de competitividade, o trabalho enfrenta situações inusitadas para a ergonomia. novas exigências de produtividade e desempenho trazem desafios crescentes, exigindo que as concepções e práticas aliem de maneira mais incisiva as questões de saúde produtividade; a progressiva falta de exercício físico no trabalho exige não apenas a redução de cargas físicas, mas também a oferta de cargas mínimas necessárias para a manutenção da saúde de sistemas orgânicos, como o musculoesquelético e o cardiovascular; a intensificação e globalização de estresse psíquico exige novas abordagens, para as quais a ergonomia ainda não desenvolveu metodologias eficazes e necessita solicitar o apoio de outras áreas. Hoje a economia difundiu-se praticamente em todos os países do mundo. Existem muitas Instituições de ensino e pesquisa atuando na área e anualmente se realizam muitos eventos de caráter nacional ou internacional para a apresentação e a discussão dos resultados das pesquisas. Contudo, o acervo de conhecimentos já disponíveis em ergonomia, se fossem dominados e aplicados pela sociedade, certamente daria uma contribuição importante para

16 reduzir o sofrimento dos trabalhadores e melhorar a produtividade e as condições de vida em geral Conceito A Palavra ergonomia deriva do grego Ergon (trabalho) e nomos (normas, regras, leis). A ergonomia ainda se movimenta a partir de conceitos genéricos, que versam, fundamentalmente, sobre conhecimentos científicos relativos ao trabalho humano, aos produtos e processos utilizados e constituídos pelos seres humanos. Segundo Ergonomics Research Society, Inglaterra, uma definição concisa da ergonomia é a seguinte: - Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento Porém, a revisão de alguns importantes conceitos de ergonomia, irão contribuir para uma melhor compreensão a seu respeito. A necessidade de precisão do conceito da ergonomia, da definição dos seus contornos, da sua especificidade é expressa de forma incisiva por Fialho e Santos (1995): A menos que a ergonomia se transforme numa disciplina ' tapa-buracos, condenando-se à ineficiência porque tudo analisa e nada sintetiza, é fundamental definir sua especificidade. Tal precisão ainda não foi encontrada e a ergonomia ainda se movimenta a partir de conceitos mais genéricos, que versam, fundamentalmente, sobre conhecimentos científicos relativos ao trabalho humano, aos produtos e processos utilizados e construídos pelos seres humanos. A revisão de alguns importantes conceitos de ergonomia ilustra essa situação, além de contribuir para a compreensão a seu respeito. Em 1961 segundo Jouvencel (1994), numa publicação da Revista Internacional do Trabalho, a ergonomia foi assim conceituada: A aplicação

17 conjunta de algumas ciências biológicas para assegurar entre o homem e o trabalho um mútua e ótima adaptação, com a finalidade de incrementar o rendimento do trabalhador e contribuir para o seu bem-estar. Em 1972, Wisner considera que ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e de eficácia. Em 1983, Grandjean definiu ergonomia como o estudo do comportamento do homem no seu trabalho, convertendo-se o mesmo homem no sujeito objeto de seu estudo das relações entre o homem no trabalho e seu ambiente. Em 1983, Lomov e Venda, em função das várias denominações utilizadas ergonomia, ergologia, human factors-, refletem sobre a finalidade desse campo de estudo: Qualquer que seja o nome utilizado, o que se pretende é o estudo dos diferentes aspectos laborais com o propósito de otimizá-los. Clark, em 1984, define ergonomia como o estudo das habilidades e características humanas que afetam o design dos equipamentos, sistemas e atividade de trabalho, visando a melhoria da eficiência, segurança e bem-estar. Segundo Chirstensen (1988), ergonomia é o ramo da ciência e tecnologia que inclui o que é conhecido e teorizado sobre o comportamento e características biológicas humanas que podem ser validamente aplicadas à especificação, design, avaliação, operação e manutenção de produtos e sistemas para aumentar a segurança, o efetivo e satisfatório uso por indivíduos, grupos e organizações. Em 1989, Castillo relaciona a ergonomia com o bem fazer do trabalho. Portanto, há que se compreender não só a eliminação de obstáculos que impeçam o bem fazer como também a promoção de sistemas que ajudem a consegui-lo. A ergonomia tem um importante papel neste tema. O trabalho bem feito requer o desenvolvimento de conceitos como: a segurança...as

18 condições físico- ambientais...a eliminação de trabalhos penosos... Adaptação do posto de trabalho ao homem... Desenvolvimento pessoal. Em 1989, no IV Congresso Internacional de Ergonomia ( apud Moraes), adotou-se o seguinte conceito: A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a constituição de diversas disciplinas cientificas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação do homem aos meios tecnológicos e aos ambientes de trabalho e de vida. Para Guimarães, em 1994, a ergonomia é uma nova ciência que transcende a abordagem médica ortodoxa focada no indivíduo, para, com a coparticipação da psicologia, engenharia industrial, desenho industrial, administração etc., conceber, transformar ou adaptar o trabalho às características humanas. Em 1994, Jouvencel define ergonomia como o grupo de disciplinas que se interessam pelo estudo do equilíbrio (ou estabilidade) entre as condições externas e ligadas ao trabalho e que interagem com a biologia humana, exigências e requerimentos dos sistemas e produtos de seu trabalho, expandindo seu âmbito para sua preservação, correção ou melhora. Em 1995, Santos e Fialho abordaram a ergonomia dentro de uma dinâmica própria, voltada para a análise das atividades desenvolvidas no trabalho, o que é chamado de trabalho real: A ergonomia identifica seu objetivo na realidade. A atividade do homem que ela se propõe a estudar é sempre singular. Ela é, entretanto, determinada por fatores exteriores que ela mesma modifica em contrapartida. A intervenção ergonômica, nas suas diversas modalidades e com seus resultados esperados, situa-se no centro desta dialética. É importante notar que é a partir do estudo aprofundado de determinadas situações, no tempo e no espaço, que podemos pôr em evidência problemas gerais, para os quais soluções podem ser encontradas. Para Wilson, em 1995, ergonomia é agora o termo aceito no mundo inteiro para a prática do aprendizado sobre características humanas visando à

19 utilização desse aprendizado para melhorar a interação das pessoas com as coisas que elas usam e com os ambientes nos quais elas fazem isto. Segundo esse autor, definições incisivas de ergonomia são aquelas que dizem respeito ao design para o uso humano, ou aquelas que se relacionam com sistemas de condicionamento de máquinas ou atividades. Em 1996, Sawyer descreve uma forma sistêmica de atuação, dentro da qual a ergonomia ganha uma abrangência, concomitantemente maior e mais precisa, e, consequentemente, maior transparência e eficácia: As soluções ergonômicas são divididas em soluções de engenharia (desenho de equipamentos, mobiliário, postos de trabalho), acompanhamento médico, controles administrativos (rodízios de tarefas, pausas, redução da força utilizada, adequação da produtividade ao número de empregados, redução da monotonia e aumento da autonomia, manutenção adequada de equipamentos, mobiliário e postos de trabalho) e treinamento em noções básicas de ergonomia. A Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO -, em 1998, definiu Ergonomia: Ergonomia é a disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos a outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos, a projetos que visam otimizar o bem estar humano e a performance global dos sistemas. A Ergonomia visa adequar sistemas de trabalho às características das pessoas que nele operam. Nos projetos de sistemas de produção a Ergonomia faz convergir os aspectos de Segurança, Desempenho e de Qualidade de Vida, através de sua metodologia específica, a Análise Ergonômica do Trabalho. Em agosto de 2000, a IEA (Associação Internacional de Ergonomia) adotou a definição oficial apresentada a seguir: - A Ergonomia ou Fatores Humanos é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, é a aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a

20 projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema Enfim, a Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. E também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e seu trabalho. Isso envolve não somente o ambiente físico, mas também os aspectos organizacionais de como esse trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados. Como é muito mais difícil adaptar o homem ao trabalho, isso significa que a ergonomia parte do conhecimento do homem para fazer o projeto do trabalho, ajustando-o às capacidades e limitações humana Aplicabilidade A aplicação da ergonomia, enquanto uma abordagem interdisciplinar no âmbito da atividade do trabalho, é essencial para a produção de produtos mais competitivos e amigáveis, e para a melhoria da produtividade organizacional. A função dessa ciência é aliviar a caseira da existência humana, e a finalidade desta é proporcionar uma vida maior e melhor. Pensar em ergonomia requer entrar pelos fundamentos da homeostase pessoa- trabalho. Numa situação ideal, a ergonomia deve ser aplicada desde as etapas inicias do projeto de uma máquina, ambiente ou local de trabalho. Estas devem sempre incluir o ser humano como um de seus componentes. Assim, as características desse operador humano devem ser consideradas conjuntamente com as características ou restrições das partes mecânicas ou ambientais, para se ajustarem mutuamente uns aos outros. As vezes é necessário adotar certas soluções que não sejam as ideais, por uma série de motivos como o aproveitamento e a adaptação de uma máquina existente, por razões econômicas. De qualquer forma, o requisito mais importante é o da segurança do operador sobre o qual não se deve fazer concessões.

21 Inicialmente, as aplicações da ergonomia se restringiram à indústria e ao setor militar e espacial. Recentemente, expandiram-se para a agricultura, ao setor de serviços e à vida diária do cidadão comum. Isso exigiu novos conhecimentos, tais como as características de trabalho de mulheres, pessoas idosas e deficientes físicos. ERGONOMIA NA INDÚSTRIA contribui para melhorar a eficiência, a confiabilidade e a qualidade das operações industriais. Isso pode ser feito basicamente por três vias: aperfeiçoamento do sistema homemmáquina, organização do trabalho e melhoria das condições de trabalho. A aplicação sistemática da ergonomia na indústria é feita identificando-se os locais onde acorrem maiores problemas ergonômicas. ERGONOMIA NA AGRICULTURA E MINERAÇÃO as aplicações da ergonomia ainda não ocorrem com a intensidade desejável, devido ao pouco poder de organização e reivindicação dos seu trabalhadores. Na agricultura e na mineração concentra-se a maior parte dos trabalhos mais árduos que se conhecem. As máquinas e equipamentos utilizados ainda são quase sempre rudimentares, e poderiam ser consideravelmente aperfeiçoados com a aplicação dos conhecimentos ergonômicos e tecnológicos já disponíveis. ERGONOMIA NO SETOR DE SERVIÇOS - é o setor que mais se expande com a modernização da sociedade. Fazem parte desse setor o comércio, saúde, educação, escritórios, bancos, lazer e prestadores de serviços em geral. O setor de serviços tende a crescer, criando sempre novas necessidades na sociedade afluente. ERGONOMIA NA VIDA DIÁRIA - a ergonomia tem contribuído para melhorar a vida quotidiana, tornando os meios de transporte mais cômodos e seguros, mobília doméstica mais confortável e aparelhos eletro-domésticos mais eficientes e seguros. Contudo, a contribuição da ergonomia não se restringe aos produtos industriais. Hoje, são realizados estudos ergonômicos para melhorar as residências, a circulação de pedestres em locais públicos, ajudar pessoas com deficiências físicas dentre outros.

22 1.4 - Objetivo A ergonomia tem por objetivo adaptar o trabalho ao homem, bem como melhorar as condições de trabalho e as relações homem máquina. A ergonomia pode ser construtiva, corretiva, e cognitiva. Segundo Vanzolini o objetivo principal dos trabalhos nesta área é transferir tecnologia para a sociedade, através da capacitação profissional e da prestação de serviços em ergonomia. A ergonomia tem um objetivo fundamental: adaptação do trabalho às características humanas. Esta visão pragmática é o resultado de inúmeras pesquisas nacionais e internacionais que mostram os problemas de um trabalho inadequado tanto para a qualidade e para produtividade, como para a saúde de quem trabalha. Os objetivos práticos da ergonomia são a segurança, satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos. A eficiência virá como resultado. Em geral, não se coloca a eficiência como sendo o objetivo principal da ergonomia porque ela, isoladamente, poderia significar sacrifício e sofrimento dos trabalhadores, e a ergonomia visa, em primeiro lugar, o bem estar do trabalhador. Esses objetivos já fazem parte da preocupação normal de projetistas como engenheiros e desenhista industriais, e dos gerentes e administradores de empresas. A diferença é que a ergonomia trata desses assuntos cientificamente, tendo acumulado conhecimentos e metodologias para interferir, tanto durante o projeto como durante a operação de sistemas produtivos, com razoável certeza de produzir resultados satisfatórios. Para realizar o seu objetivo, a ergonomia estuda diversos aspectos do comportamento humano no trabalho e outros fatores importantes para o projeto de sistemas de trabalho, que são: O HOMEM características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais do trabalhador ; influência do sexo, idade, treinamento e motivação.

23 MÀQUINAS entende-se que sejam todas as ajudas materiais quer o homem utiliza no seu trabalho, englobando equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações. AMBIENTE estuda as características do ambiente físico que envolve o homem durante o trabalho, como a temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases etc. INFORMAÇÃO refere-se às comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões. ORGANIZAÇÃO é a conjugação dos elementos acima citados no sistema produtivo, estudando aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes. CONSEQUÊNCIAS NO TRABALHO questões relativas de controle, tais como: tarefas de inspeção, estudo dos erros e acidentes, estudo sobre gastos energéticos, fadiga e stress. Ainda segundo Grandjean, a investigação ergonômica deve perseguir os seguintes objetivos: Ajustar as exigências do trabalho às possibilidades do homem, com o fim de reduzir a carga externa. Conceber as máquinas, os equipamentos e as instalações pensando na maior eficácia, precisão e segurança. Estudar cuidadosamente a configuração dos postos de trabalho, com o intuito de assegurar ao trabalhador uma postura correta. Adaptar o ambiente (iluminação, ruído etc) às necessidades físicas do homem Especialização e Formas Básicas da Ergonomia Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade humana. Para darem conta da amplitude dessa dimensão e poderem intervir nas atividades do trabalho é preciso que os

24 ergonomistas tenham uma abordagem holística de todo o campo da ação da disciplina, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais, ambientais etc. Freqüentemente esses profissionais intervêm em setores particulares da economia ou em domínios de aplicação específicos. Esses últimos caracterizam-se por sua constante mutação, com a criação de novos domínios de aplicação ou de aperfeiçoamento de outros mais antigos. De maneira geral, os domínios da especialização da ergonomia são: Ergonomia Física está relacionada com as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia, e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura do trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. Ergonomia Cognitiva essa área da ergonomia tem se desenvolvido rapidamente, constituindo um campo de estudo e prática cada vez mais amplo. A carga cognitiva no trabalho tem aumentado significativamente. O estudo das funções cognitivas no trabalho tornam-se também mais importantes. Essas funções referem-se aos processos mentais tais como a percepção, memória, raciocínio e resposta motora, conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisões, desempenho especializado, interação homem/computador, stress e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas. Ergonomia Organizacional concerne à otimização dos sistemas sociotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (CRM domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organizações temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo,

25 novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele trabalho e gestão de qualidade. No que se refere às formas básicas, estas são definidas para que não se perca a noção clara do que seja ergonomia, já que seus conceitos são muito amplos e possui contornos pouco definidos. Segundo Wisner, em 1987, definiu em cinco as formas básicas da ergonomia: 1) Ergonomia do Produto voltada para a concepção de produtos ergonomicamente adequados para utilização pelos seus usuários. 2) Ergonomia da Produção aplicada aos processos produtivos, ao estudo do trabalho em ação. 3) Ergonomia de Correção - visa à correção de inadequações ergonômicas existentes nos meios e processos de trabalho. 3) 4) Ergonomia de Concepção atua na concepção de produtos e processos de trabalho, visando sua concepção de acordo com os conhecimentos ergonômicos. 5) Ergonomia de Mudança relaciona-se a um processo ergonômico contínuo numa organização Já Rofessart, em 1994, utilizou as seguintes denominações: Ergonomia do Desenvolvimento que trata de aumentar as capacidades e competências dos operadores. Ergonomia dos Meios de Produção concernentes aos meios de trabalho. Ergonomia do Produto em especial, aplicável ao destino que o usuário dá aos bens de consumo. Ergonomia da Decoração que se preocupa, à margem do processo produtivo, do desenho, cor e decoração em geral do meio de trabalho etc.

26 Mário César Vidal sistematiza as formas especificas da ergonomia de acordo com as tendências atuais: quanto à Abordagem - Ergonomia de Produto Ergonomia de Produção quanto à Perspectiva - Ergonomia de Intervenção Ergonomia de Concepção quanto à Finalidade Ergonomia de Correção Ergonomia de Enquadramento Ergonomia de Remanejamento Ergonomia de Modernização

27 CAPÍTULO II Abordagem Interdisciplinar A atuação em ergonomia é basicamente multi-profissional, uma vez que os conhecimentos necessários para projetar e / ou transformar uma situação de trabalho ou um produto são oriundos de diversos campos da ciência. Citamos entre outros a fisiologia, a psicologia, a antropologia, a sociologia e diversas áreas que compõem o espectro de conhecimentos utilizados na engenharia. Esta área tem desenvolvido trabalhos especialmente em:

28 Trabalho com sistemas informatizados no setor de serviços; Ergonomia e projeto de trabalho; Ergonomia na informática; Saúde do trabalhador; Ergonomia de produto. A equipe responsável por essa área é multi-profissional e congrega professores e profissionais qualificados tais como: engenheiros, médicos, psicólogos, sociólogos e fisioterapeutas, além de ergonomista O trabalho aqui tem uma acepção bastante ampla abrangendo toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e seu trabalho. Isso envolve não somente o ambiente físico, mas também os aspectos organizacionais de como esse trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados Ergonomia de produção A Ergonomia de produção é aquela que se volta diretamente para o trabalho. Inclui, portanto, todas as formas da ergonomia relacionadas às situações de trabalho. Podemos definir três campos mais precisos de atuação da ergonomia, que são : Posto de trabalho Organização do trabalho Conforto ambiental

29 Cada um desses níveis pode ser compreendido da seguinte maneira: Posto de Trabalho é o local ou locais específicos onde as pessoas trabalham. Inclui: - mobiliário - máquinas, equipamentos, ferramentas, materiais; - layout específico e do espaço dentro do qual o posto está inserido. Organização do Trabalho volta-se para os diversos fatores que definem as formas como o trabalho é organizado, tanto em termos dos seus processos gerais, quanto em termos do trabalho que é executado individual e coletivamente. Conforto Ambiental no caso da ergonomia, o foco concentra-se no conforto proporcionado pelo ambiente, e que pode interferir no bem-estar e no desempenho das pessoas. As áreas mais freqüentemente estudadas são as relacionadas aos ambientes térmico, acústico e visual. Um campo da ergonomia de grande importância, até mesmo para que as ações dessas três áreas básicas possam ser plenamente utilizadas, é o treinamento (capacitação) das pessoas em princípios básicos de ergonomia, denominada Ergonomia de Desenvolvimento. De La Poza, divide a ergonomia em: Geométrica, em relação a antropometria, engenharia, distribuição do espaço de trabalho etc. Temporal (jornada de trabalho, tempo de trabalho etc.) Ambiental (ruído, vibrações, temperatura, umidade, cor etc)

30 Posto de Trabalho O projeto do posto de trabalho pode ser considerado como a menor unidade produtiva, geralmente envolvendo um homem e o seu local de trabalho. O posto de trabalho é constituído pelo conjunto de componentes que constituem o ambiente físico imediato no qual a pessoa trabalha e com o qual interage diretamente. Inclui mobiliário, máquinas, ferramentas, acessórios, materiais, produtos. Cada componente do posto de trabalho deve ter sua própria adequação ergonômica. Deve apresentar um bom arranjo dos seus componentes, uma boa relação de distribuição espacial dos mesmos. O posto de trabalho deve adaptar-se às características anatômicas e fisiológicas dos seres humanos, principalmente no que se refere aos sistemas músculo- esquelético e óptico. Em relação às características psíquicas, existem os recursos da ambientação que propiciam a humanização e personalização dos postos e espaços maiores de trabalho, por meio de recursos como decoração, paisagismo, utilização de cores e iluminação, colocação de objetos pessoais etc. Quanto ao sistema músculo- esquelético, o design do posto busca: possibilitar uma postura principal adequada utilizando o melhor arranjo biomecânico possível. permitir posturas secundárias que possam ser adotadas temporariamente, buscando o descanso dos segmentos músculo-esqueléticos mais utilizados na sustentação da postura principal.

31 Promover movimentos mais harmônicos com a utilização mais fisiológica possível de músculos, tendões, articulações. Um bom posto de trabalho contribui para evitar fadiga e distúrbios osteomusculares relacionados à atividade. Quanto ao sistema óptico, o que se busca é a adequação da zona visual de atenção, isto é, a colocação dos componentes a serem visualizados da forma mais adequada em termos de tamanho, distância, contraste etc. Essa adequação deve estar inserida num ambiente luminoso adequado. No entanto, há basicamente, dois tipos de enfoques para analisar o posto de trabalho: o tradicional e o ergonômico. O enfoque tradicional é baseado nos princípios da ergonomia dos movimentos. O enfoque ergonômico é baseado principalmente na análise biomecânica da postura Enfoque Tradicional do Posto de Trabalho Baseia-se no estudo dos movimentos corporais necessários para executar um trabalho e na medida do tempo gasto em cada um desses movimentos. É chamado de estudo de tempos e movimentos. O desenvolvimento do melhor método é feito geralmente em laboratório de métodos, baseado em critérios empíricos e experiências pessoais do analista de métodos. Esse processo abrange três etapas: Desenvolvimento de em método preferido: O analista de trabalho deve: (1) definir o objetivo da operação; (2) descrever as diversas alternativas de métodos para alcançar o objetivo; (3) testar essas alternativas; (4) selecionar o método que melhor atenda ao objetivo.

32 Preparação do Método-Padrão: o método preferido deve ser implantado como padrão, devendo-se para isso: (1) descrever detalhadamente o método; (2) fazer um desenho esquemático do posto de trabalho; (3) listar as condições ambientais que podem afetar o desempenho. Determinação do Tempo-Padrão: é o tempo necessário para executar o trabalho usando o método- padrão, incluindo-se aí as tolerâncias de espera Enfoque Ergonômico do Posto do Trabalho O enfoque ergonômico tende a desenvolver postos de trabalho que reduzam as exigências biomecânicas, procurando colocar o operador em uma boa postura de trabalho, os objetos dentro dos alcances dos movimentos corporais e que haja facilidade de percepção de informações. Diversos critérios podem ser adotados para avaliar a adequação de um posto de trabalho. Contudo, o melhor critério, do ponto de vista ergonômico, é a postura e o esforço físico exigidos dos trabalhadores Etapas do Projeto de um Posto de Trabalho 1º Etapa: Análise de Tarefa - Consiste em fazer uma análise detalhada da tarefa proposta. Uma tarefa pode ser definida como sendo um conjunto de ações humanas que torna possível um sistema atingir o seu objetivo. A análise da tarefa deverá ser iniciada antes que certos parâmetros do sistema sejam definidos e se torne difícil e oneroso introduzir modificações corretivas. A análise antecipada contribui para uma seleção mais adequada dos

33 equipamentos, adaptados às necessidades da tarefa e do operador, produzindo um sistema homem máquina mais integrado. Essa análise realizase em dois níveis. O primeiro, chamado de Descrição de Tarefa, em um nível mais global e, o segundo, chamado de Descrições das Ações, em um nível mais detalhado. Descrição da Tarefa Abrange os aspectos gerais da tarefa, envolvendo os seguintes tópicos: objetivo, operador, características técnicas, aplicações, condições operacionais, condições ambientais e condições organizacionais. Descrição das Ações as ações devem ser descritas em um nível mais detalhado que a tarefa. Elas se concentram mais nas características que influem no projeto da interface homem máquina e se classificam em informações e controles. As informações referem-se as interações no nível sensorial do homem e, os controles, no nível motor ou das atividades musculares. 2º Etapa : Arranjo Físico do Posto de Trabalho O arranjo físico (layout) é o estudo da distribuição espacial ou do posicionamento relativo dos diversos elementos que compõe o posto de trabalho, ou serão distribuídos os diversos instrumentos de informação e controle existentes no posto de trabalho. Esse arranjo geralmente é baseado nos critérios de importância, frequência de uso, agrupamento funcional, sequência de uso, intensidade de fluxo e ligações preferenciais. Na utilização desses critérios, observa-se que os três primeiros critérios apresentados (importância, freqüência de uso e agrupamento funcional) referem-se à natureza dos elementos, enquanto os demais referemse às interações entre os mesmos. Esses critérios não são mutuamente exclusivos entre si, podendo ser aplicados de forma conjugada. Assim, pode-se

34 fazer um agrupamento funcional por blocos e depois examinar a intensidade de fluxo entre os diversos blocos. A escolha dos critérios mais relevantes vai depender, de cada caso específico, da variedade de elementos envolvidos e do tipo de ligações ou fluxos existentes entre eles. 3º Etapa: Dimensionamento do posto de Trabalho O dimensionamento é uma etapa fundamental para o bom desempenho da pessoa que ocupará o posto. Qualquer erro cometido neste dimensionamento pode submetê-la a sofrimentos. Diversos fatores devem ser considerados no correto dimensionamento do posto de trabalho, como a postura adequada do corpo, movimentos corporais necessários, alcances dos movimentos, antropometria dos ocupantes do cargo, necessidades de iluminação, ventilação, dimensões dos equipamentos, e interação com outros postos de trabalho e o ambiente externo. Por diversas razões, nem sempre se podem usar as medidas recomendadas, como a falta de espaço ou equipamentos que saem fora do espaço de trabalho. Nesse caso, é necessário adotar uma solução de compromisso, ou seja, colocar algumas dimensões dentro das faixas recomendadas e sacrificar os demais. Também, pode-se adotar um critério de ponderação ou estabelecer a importância relativa de cada elemento, de modo que sejam sacrificados aqueles menos importantes ou cujos usos sejam menos freqüentes. Em resumo, não há uma regra fixa para essa solução de compromisso. Ela depende mais da sensibilidade e do bom senso do projetista.

35 No entanto, é importante ressaltar que no dimensionamento de postos de trabalho, o subdimensionamento de espaços, restringindo movimentos, são prejudiciais, assim como os superdimensionamentos, que provocam posturas inadequadas Organização do Trabalho : A Organização Internacional elaborou um fluxograma de influências que podem impactar sobre o indivíduo na situação de trabalho. Esse fluxograma, a seguir, relaciona tanto fatores com interface imediata com o trabalho, quanto fatores mais amplos, mas que acabam por interferir no trabalho, ainda que de forma indireta ( vide anexos). As regulações que se dão no trabalho, aquelas que buscam torná-lo homeostático, estão dentro do escopo da organização do trabalho. Èla é que vem trazer as diretrizes gerais da organização, que derivam de muitos fatores, dentre eles destaca-se a necessidade de inserção no mercado. Ela é que define o tipo de máquinas, equipamentos, componentes que serão utilizados. Ela é que decide sobre questões referentes a layout, ambiente físico do trabalho. Ela é que indica as formas de liderança, de gestão vertical e horizontal, os componentes essenciais para a criação do que se chama clima organizacional. Das áreas da ergonomia aplicada à pratica de trabalho sobressai a organização do trabalho como a mais importante, visto que determina todos os outros aspectos do trabalho, embora seja, também, por eles influenciada. A organização do trabalho é que faz as regulações do trabalho, tornando-o mais adequado às características psicofisiológicas dos seres humanos, ou não. A análise das atividades desenvolvidas no trabalho representa a ergonomia aplicada na prática. Aí é que a ergonomia pode compreender o trabalho real, ou seja, aquele que é efetivamente, realizado, nos contextos e

36 circunstâncias existentes. Através desse tipo de análise é que se pode detectar como a organização do trabalho, o posto de trabalho, o ambiente de trabalho causam impacto sobre as pessoas. Aí é que podem ser levantadas as contraentes físicas, sensoriais e cognitivas. Porém, sem a análise ergonômica das atividades não se pode pensar na prática em ergonomia. A organização do trabalho relaciona-se à maneira como o trabalho é distribuído no tempo, estando os indivíduos em sistemas pessoa meios de trabalho- ambiente. A organização do trabalho define quem faz o quê, como, quando, quanto em que condições físicas, organizacionais, gerenciais etc Aspectos Abrangentes da Organização do Trabalho Em termos mais amplos, que talvez devam ser considerados dentro de estudos de metaergonomia, ou quando a ergonomia faz interface com outras áreas de atuação nas organizações, podem-se considerar vários fatores que direta ou indiretamente se relacionam ao trabalho. Dentre esses fatores, ressaltam os seguintes: políticas gerais de recursos humanos; metas organizacionais; momento vivido pelas organizações( reestruturação, desenvolvimento de novos negócios, impacto das flutuações do mercado); organograma; cargos e salários;

37 status conferido dos cargos e às funções; liderança e autoridade; comunicação dentro da organização; avaliação de desempenho; promoções; recrutamento e seleção; composição da mão-de-obra (idade, gênero, qualificação); salários e benefícios; forma de contratação (direta, terceirização); relacionamento humano na empresa - geral e, mais especificamente, em cada área de trabalho. A organização do trabalho relaciona-se cada vez mais às áreas cognitivas, emocionais e psicossociais relativas ao trabalho Soluções Utilizadas em Organização do Trabalho Muitas são as soluções propostas para que a organização do trabalho repouso (através de pausas) e, por outro, enriquecer o trabalho, proporcionando diversidade de utilização do corpo e da mente humanas. Enriquecimento do Trabalho- significa reduzir sua fragmentação em atividades que exijam pouca variabilidade de ações e movimentos. O enriquecimento do trabalho pode ocorrer da seguintes formas principais:

38 A) enriquecimento das atividades com a incorporação de ações que aumentem sua complexidade e diversidade de exigências; B) rodízio de atividades; C) células de produção, que representam uma opção importante quando o trabalho em equipe é valorizado Pausas - baseiam-se na necessidade de alternância entre esforço e repouso, entre stress e relaxamento. Quanto mais intenso e/ou duradouro o esforço, maior a necessidade de pausas. Alguns dos principais tipos de pausa são os seguintes: micropausas, pausas formais, pausas em função da análise das atividades e pausas para o rodízio Conforto Ambiental À ergonomia tem cabido o estudo das condições de conforto ambiental, que se refere às características do ambiente de trabalho que podem afetar as pessoas. No caso da ergonomia, o interesse volta-se essencialmente para estes aspectos: Iluminação Ruído Temperatura Vibração Iluminação

39 O correto planejamento da iluminação e das cores contribui para aumentar a satisfação no trabalho, melhorar a produtividade e reduzir a fadiga e os acidentes. A iluminação dos locais de trabalho deve ser cuidadosamente planejada desde as etapas inicias de projeto do edifício, fazendo-se aproveitamento adequado da luz natural e suplementando-a com luz artificial, sempre que for necessário. A luz natural, além de ser de boa qualidade, proporciona economia com gastos energéticos. Entretanto, a incidência direta da luz solar deve ser cortada, pois provoca perturbações visuais e, se ela incidir sobre paredes envidraçadas, tende a aquecer o ambiente pelo efeito estufa. A claridade do ambiente é determinada não apenas pela intensidade da luz, mas também pelas distâncias e pelo índice de reflexão das paredes, tetos, piso, máquinas e mobiliário. Um bom sistema de iluminação, com o uso adequado de cores e a criação dos contrastes, pode produzir um ambiente agradável, onde as pessoas trabalham confortavelmente, com pouca fadiga, monotonia e acidentes, e produzem com o maior eficiência Ruído O ruído é um dos itens mais importantes da saúde ocupacional, estando, quando inadequado, relacionado a: lesões do aparelho auditivo fadiga auditiva efeitos psicofisiológicos negativos, relacionados ao estresse psíquico.

40 O ruído é considerado externo quando sua fonte é exterior ao local onde está a pessoa. Ruído interno é aquele produzido dentro desse local. O planejamento de postos e ambientes de trabalho, ou seja, a ergonomia de concepção, deve ser sempre considerada como a fonte mais eficaz de proteção. O combate ao ruído pode ser feito na fonte, através do enclausuramento, substituição de materiais mais duros e de contato ruidoso por outros mais macios, com maior capacidade de amortecimento do som etc. Outro tipo de recurso utilizado, é o amortecimento do som ambiente através da utilização de placas de materiais absorventes de ondas sonoras. A utilização de equipamento de proteção individual é uma alternativa de última instância, quando outras possibilidades de proteção coletiva não puderem ser implantadas Temperatura A temperatura e a umidade ambiental influem diretamente no desempenho do trabalho humano, tanto sobre a produtividade como sobre os riscos de acidentes. A sensação térmica que sentimos depende não só da temperatura externa, mas também do grau de umidade do ar e da velocidade do vento. Esses mecanismo influem na evaporação que retira o calor do corpo. Assim, diferentes combinações dessas três variáveis (temperatura, umidade e velocidade do vento) podem produzir a mesma sensação térmica. Temperatura abaixo ou acima dos limites de conforto térmico (limites dentro dos quais a temperatura efetiva é confortável) geram desconforto e podem influenciar negativamente o desempenho das pessoas. O ser humano tem grande capacidade de adaptar-se a grandes variações da temperatura ambiente (-30ºc a + 70ºc), enquanto tolera minimamente variações na sua temperatura interna.

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