Crime consumado, crime tentado, desistência voluntária e arrependimento eficaz

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Crime consumado, crime tentado, desistência voluntária e arrependimento eficaz"

Transcrição

1 Crime consumado, crime tentado, desistência voluntária e arrependimento eficaz Crime consumado Nos termos do artigo 14 do Código Penal há uma definição legal do que se considera crime consumado e tentado 1, ao contrário de outros institutos. Grosso modo, considera-se o crime consumado no momento em que se expressa a conformidade do fato externo causada pelo comportamento humano com a descrição típica constante da norma jurídica, mas é necessário destacar que o crime consumado pressupõe um caminho para sua prática, passando por fases até a sua consumação. A esse fenômeno jurídico dá-se o nome de iter criminis, que nada mais é do que o caminho do crime, ou seja, o transcurso das fases de um fato humano para a prática de um crime. O iter criminis é composto pelas seguintes fases: cogitação (cogitatio), atos preparatórios, atos de execução e consumação. 1 Art. 14. Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena da tentativa Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Cogitação (cogitatio): é pensamento voltado para a prática de um fato típico criminoso, não sendo punível, pois ainda não se projetou para o mundo exterior. É um ato/fato interno do agente para a prática do crime, não perceptível, que o agente imagina, que elucubra, mas não delibera ao exterior. Atos preparatórios: assim como a cogitação, não são ainda puníveis, a menos que tenhamos algumas exceções, que a própria lei define em tipos penais autônomos como crimes. Exemplo: se A quer matar B. A cogitação é a intenção homicida. Quando A toma a posse ou o transporte de uma arma fria, sendo surpreendido em flagrante delito, responderá pelo crime autônomo da posse da arma, que é crime autônomo por si só. Não responderá pela intenção homicida, eis que esta ainda não se desenvolveu. 41

2 Logo, os atos preparatórios são aqueles fatos externos indicativos da intenção de praticar uma conduta. No entanto, não houve uma agressão a um bem jurídico ainda, por isso não se pode falar em crime. Somente será considerada iniciada a execução, e punível, quando o agente, passando as duas primeiras fases do iter criminis, alcançar a agressão ao bem juridicamente tutelado e protegido. São puníveis os atos de execução que são penalmente relevantes, sendo considerados o início do crime propriamente dito, eis que são os próprios atos exteriores da ocorrência da conduta (ação ou omissão) tipificados na norma penal, passando a ofender a legislação penal repressiva. Na execução já há uma ofensa ao bem jurídico, sendo que a conduta será penalmente relevante, desde que exista um liame psicológico entre esta e o resultado alcançado, embora o crime não se tenha completado integralmente. Diversas teorias surgiram a respeito da diferenciação entre os atos preparatórios e de execução, merecendo destaque as seguintes: Teoria material-subjetiva segundo a qual existe o ato executório no momento em que a conduta (ação ou omissão) do agente ataca o bem jurídico, tutelado pela norma penal. Teoria formal-objetiva segundo a qual há ato de execução quando o comportamento do agente dá início à realização do tipo penal, ou seja, só existe o começo dos atos de execução no momento em que o sujeito inicia a realização da conduta descrita na lei, ou seja, o verbo que realiza a ação ou omissão. No verbo matar alguém, por exemplo, só existiria ato de execução quando o verbo estivesse começando a ser preenchido, com a morte de alguém. No caso do homicídio, se não fosse ele atingido, seria atípico. Essa é a teoria aceita pelo Código Penal brasileiro, embora mereça ressalvas. Teoria objetiva-subjetiva ou subjetiva-individual no sentido de que há uma distinção entre o começo da execução do crime e o começo da execução da ação típica. No primeiro, o crime está iniciandose no ataque efetivo ao bem jurídico tutelado (matar, subtrair, estuprar etc. teoria subjetiva-material). Já no começo da execução da 42

3 ação típica há um critério mais amplo, abrangendo não só a ação, mas todos os atos imediatamente anteriores ao início da execução da conduta típica. É perfeitamente aceitável o entendimento de que também são atos executórios do crime aqueles imediatamente anteriores à conduta que se amolda ao verbo do tipo. A última fase da composição do iter criminis é a consumação do delito, que é a reunião de todos os elementos do tipo penal infringido pelo agente. A consumação encerra a noção de total conformidade do fato praticado pelo agente com a hipótese abstratamente desenvolvida pelo legislador, insculpindo-a na norma penal incriminadora. A isso se chama de crime consumado. Se o tipo fala matar alguém, o crime se consuma com a efetiva morte de uma pessoa. Se a pessoa não morre, o crime é tentado. Porém, cada crime possui um diferente momento consumativo do delito. Essa variação decorre da proteção jurídica estabelecida pelo legislador. Assim, nos crimes materiais de ação e resultado o momento consumativo é o da produção deste, nesse caso diz-se que houve o preenchimento de todo o tipo penal descrito na norma jurídica. Ex.: roubo o momento consumativo do crime é aquele em que a coisa alheia móvel passa para a posse do agente. Nos crimes culposos a consumação ocorre com a produção do resultado naturalístico, não se pesquisando a intenção do agente no momento do crime. Havendo o resultado exterior, que afeta a relação humana, ocorrerá a consumação do delito. Nos crimes de lesões corporais e homicídios culposos quando há a lesão ao bem jurídico tutelado (vida e integridade física). Nos crimes de mera conduta, em que o tipo não faz menção ao evento, a consumação se dá com a simples ação. Exemplo típico é o de violação de domicílio, onde o crime se consuma com a simples entrada do agente ou a sua permanência depois de determinada a saída. Nos crimes formais a consumação ocorre com a simples atividade, independentemente da produção do resultado descrito no tipo. Nos crimes permanentes a consumação se protrai no tempo desde o instante em que se reúnem os seus elementos até que cesse o comportamento do agente. 43

4 Nos crimes omissivos a consumação se dá no momento em que o autor deveria cumprir o dever jurídico a ele imposto, ou seja, quando ele devesse praticá-lo e não o fez. Esses se dividem em próprios e impróprios. Nos crimes omissivos próprios se dá a consumação do delito com o simples comportamento negativo (ou ação diversa), não se condicionando à produção de um resultado posterior, mesmo porque o momento consumativo ocorre no instante da conduta omissiva. Nos crimes omissivos impróprios, ou comissivos por omissão, há necessidade de um evento naturalístico posterior, mesmo porque é este evento externo que delimitará a conduta típica e punível. Exemplo típico é o caso da mãe que deixa de alimentar o filho. Somente com a morte dele é que se dará o evento típico e a modificação do mundo externo. Nos crimes qualificados pelo resultado o momento consumativo ocorre no instante da produção do evento mais gravemente apenado. Quando concorre uma circunstância qualificadora, que constitui um evento naturalístico, a consumação do crime se considera realizada no momento e no lugar de sua produção. Exemplo é o artigo 260 do Código Penal, que trata do perigo de desastre ferroviário, sendo que o caput prevê o crime, enquanto que o eventual desastre é qualificadora do crime ( 1.º e 2.º). De outro lado, não se pode confundir crime consumado com crime exaurido. Crime exaurido é aquele em que o crime foi além da consumação prevista no tipo penal. Assim, o iter criminis do crime encerra-se com a consumação do delito. Se, além da consumação do delito, for o agente ainda mais à frente, estará exaurindo o crime. Exemplos clássicos são os crimes de corrupção passiva (CP, art. 317), concussão (CP, art. 316), corrupção ativa (CP, art. 333) etc., pois além do oferecimento da oferta, ou da solicitação da oferta, ou da promessa, quando o agente consegue obtê-la, estará exaurindo a conduta criminosa, já consumada com a simples atividade anterior. Tentativa do crime Ao contrário da consumação do delito, a tentativa é a não execução completa do tipo penal. A tentativa ou conatus é uma ampliação da proibição das normas penais incriminadoras sobre os fatos que o agente não chega a concluir, ficando aquém da constituição do tipo penal. Na constituição da tentativa existirão duas normas conjugadas para a formação do tipo penal. 44

5 A primeira é prevista na Parte Especial do Código Penal, descrevendo o fato típico. A segunda é prevista na Parte Geral, que descreve o que é a tentativa de crime, especialmente o artigo 14, inciso II, do Código Penal. São elementos da tentativa de crime: início da execução do crime; não consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade do agente. O início da execução do crime se dá com a iniciação da conduta típica de execução do crime, conforme aceita a teoria objetiva do Código Penal. Os atos preparatórios são impuníveis, desde que não constituam fatos típicos próprios. O elemento não consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade do agente pressupõe que o agente tinha a intenção de cometer o crime (cogitatio), passou a preparar-se para a prática da conduta criminosa (atos preparatórios), deu início à execução dos atos tendentes a produzir o evento lesivo externo à sua vontade, iniciando a agressão ao bem juridicamente tutelado, porém, nesse instante, por forças exteriores ao desejo do agente, houve a interrupção do crime, houve a paralisação do ato executório, não por vontade do agente, mas sim por circunstâncias alheias à vontade do agente. Se a ação não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente, mas sim porque o agente assim o desejou, poderemos dizer que houve arrependimento eficaz ou desistência voluntária. A tentativa se divide em: perfeita; imperfeita. A tentativa é imperfeita ou propriamente dita quando o desenrolar dos atos executórios do crime são interrompidos por circunstâncias alheias à vontade do agente. O agente não consegue efetivar a materialidade do crime porque foi interposto um obstáculo entre a sua intenção e a sua ação. Não tem a possibilidade material de praticar o crime, sendo interrompido o processo executório da conduta típica. Exemplo: A quer matar B, sendo que A desfere um primeiro golpe de faca contra a vítima e, no momento em que vai consolidar os demais, é interrompido por terceiro, que impede a continuação do ato. 45

6 Chama-se tentativa perfeita ou crime falho quando o agente completa todo o caminho do crime, fazendo tudo aquilo que estava ao seu dispor, somente não conseguindo completar a conduta típica porque o resultado não ocorreu. No mesmo exemplo anterior, A desfere vários golpes de faca contra B, julgando-o morto, porém, B é socorrido e sobrevive. Trata-se de divisão apenas acadêmica. O elemento subjetivo da tentativa é o dolo do delito consumado, eis que o agente atua conscientemente e intencionalmente para a prática de uma conduta, sendo que a mesma não veio a se realizar completamente, embora o agente tenha atuado no sentido de seu cometimento. Destarte, não existe crime culposo tentado, pois a tentativa é a intenção da prática do crime doloso, ao passo que o crime culposo decorre de um fato externo, sem a intenção dirigida para esse fim. Também não há tentativa no crime preterdoloso tentado. O crime preterdoloso ou preterintencional é a conjunção de dois tipos penais num único tipo. A intenção do agente, num primeiro momento, é um crime doloso, com toda a intenção de praticar a conduta. Porém, num segundo momento, o que caracteriza o resultado não desejado, é a ocorrência de outro evento totalmente diverso. Nesse segundo resultado, não desejado, não esperado, agrava-se a pena pelo resultado, por mera culpa do agente. Como esse resultado ocorreu sem a vontade consciente e dirigida para a prática do crime, dizer-se-á que houve um crime culposo, subsequentemente ao primeiro, portanto, também não haverá condições de punição para esse tipo híbrido. Também não são admissíveis as formas tentadas nas contravenções (LCP, art. 4.º), nos crimes omissivos próprios; nos crimes permanentes; nos crimes continuados; nos crimes complexos; nos crimes unissubsistentes, pois esses se realizam numa única conduta, num único ato (ex.: a injúria, a difamação etc.); nos crimes que a lei pune somente quando ocorre o resultado, como a participação em suicídio (CP, art. 122); nos crimes habituais. A pena no caso de tentativa Diante do crime tentado, o juiz poderá diminuir a pena do crime consumado entre o grau máximo ou mínimo. A punição da tentativa é abraçada por duas teorias: 46

7 Na teoria subjetiva a vontade do agente é perfeita, a razão da punibilidade da tentativa. Imperfeito é o crime sob seu aspecto objetivo, pois não chega a consumar-se, a pena do conatus deve ser a mesma do delito consumado. Para a teoria objetiva a sua punibilidade deve cingir-se ao perigo a que é exposto o bem jurídico. Não sendo atingido o resultado final desejado pelo agente, deve ser fixada a reprimenda dentro de um critério lógico por aquilo que o agente efetivamente fez. Aliás, é essa a teoria do Código Penal, prevista no parágrafo único do artigo 14. Quanto mais o agente se aproximar da consumação do delito, menor será a diminuição da pena. Quanto menos o agente se aproximar do crime maior será a diminuição da pena, estabelecendo o juiz o critério previsto no artigo 59 do Código Penal. O Código Penal fala em salvo disposição em contrário (art. 14, parágrafo único), pois em determinadas situações a própria norma penal prevê pena de tentativa idêntica à do crime consumado, sem qualquer diminuição legal. Exemplo é o artigo 352 do Código Penal, quando trata da evasão de presos, ou do Código Eleitoral que, no artigo 309 diz votar, ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem etc. Desistência voluntária Quando o agente não teve a intenção de prosseguir na ação típica, abandonando-a por completo, seria injusta a condenação desse agente. Assim, por razões de política criminal, deixa o agente de ser punido. É denominada de tentativa abandonada, pois o agente teria condições de prosseguir na conduta típica, alcançar o fim proposto, mas assim não o fez, interrompendo a série de acontecimentos, abandonando por completo a conduta. A desistência voluntária é uma causa de exclusão da adequação típica, na qual há o retorno da situação jurídica anteriormente existente, como se não tivesse havido o crime. Ora, se o status quo ante está preservado, não se poderá dizer que houve um fato típico, antijurídico e culpável, inexistindo a ação ou a omissão não há que se falar em crime, motivo pelo qual é uma causa que exclui a adequação típica da conduta. Porém, é importante observar que a desistência voluntária tem que ser desejada pelo agente, não podendo a mesma ser coagida ou forçada. 47

8 A desistência voluntária é parte integrante do iter criminis, percorrendo o agente o caminho do crime, o transcurso das fases de um fato humano para a prática de um crime. Podemos situá-la entre as fases da execução do crime e a consumação do delito, depois de já ultrapassadas as fases da cogitação (cogitatio) e dos atos preparatórios. Por sinal, é essa a posição apontada pelo Código Penal, mesmo porque apresenta um outro fenômeno jurídico quando o agente já ultrapassou os atos preparatórios, praticou alguns atos de execução da conduta típica almejada, porém, ainda não concluiu o crime. Nos termos do artigo 15, parte final, o agente responderá pelos atos já praticados. A esses atos já praticados, se os mesmos vierem a constituir um crime, de per si, evidentemente o agente não deixará de ser responsável por eles. A esse fenômeno jurídico damos o nome de tentativa qualificada, eis que o agente efetivamente agrediu um bem jurídico tutelado pela norma penal, seja ele em maior ou menor gravidade que aquele que o agente tinha em mente quando iniciou a execução do fato típico. Exemplo clássico é o do agente que invade uma residência para subtrair e não o faz, sendo assim responderá somente pela violação de domicílio. Não haverá desistência voluntária no caso do agente suspender a ação criminosa para continuar a praticá-la mais adiante ou posteriormente, aproveitando-se dos atos já executados. Exemplo típico é o sujeito que primeiramente, numa noite, corta os arames de uma propriedade rural; no dia seguinte, desparafusa os canos de irrigação da lavoura; no outro dia subtrai os canos e os esconde em um canto da propriedade, empilhando-os, e, somente no quarto dia, é que efetivamente os leva embora, valendo-se de uma condução. Se for interrompido o processo de subtração, não poderá o agente valer-se da desistência voluntária, eis que todos os atos praticados tinham um único fim e a ação de subtrair foi apenas dividida em pequenas etapas, a fim de não despertar suspeitas. Por cada dia, haveria a suspensão da conduta típica, antijurídica e culpável, já iniciada, sendo, pois, punível cada conduta isoladamente. Arrependimento eficaz O arrependimento eficaz está expresso no artigo 15 do Código Penal na frase impede que o resultado se produza, vale dizer, é a vontade do agente 48

9 que, tendo se arrependido, efetivamente, da prática da conduta, procura evitar, com sucesso, que o resultado provocado por sua ação inicial se produza. Se o iter criminis é o caminho do crime, o arrependimento eficaz é a contramão do caminho do crime, no sentido de voltar atrás, evitando que o resultado se configure. O arrependimento eficaz é diverso da desistência voluntária, no sentido de que nesta o agente ainda não alcançou o resultado. Já no arrependimento eficaz, o processo de execução da conduta típica já está encerrado, sendo que o agente retorna ao caminho do crime, praticando nova conduta, a fim de evitar que o crime venha a se consumar. Exemplo clássico de arrependimento eficaz é aquele em que o agente procura matar a vítima ministrando-lhe veneno, que é ingerido por ela. Ao perceber que sua ação levará, efetivamente, à prática do crime, arrepende-se e ministra antídoto à vítima, evitando que a mesma faleça. Logicamente, se a vítima vier a falecer, mesmo depois de ministrado o antídoto, restará consumado o crime qualificado. A diferença primordial entre a desistência voluntária e o arrependimento eficaz reside no fato de que na desistência o agente deixa de atuar, deixa de agir, pratica um ato negativo. No arrependimento, ao revés, retorna pelo caminho, recompondo a sua conduta, voltando para deixar as coisas no mesmo estado em que estavam anteriormente, fazendo a contramão da ação. Trata-se de ato positivo, voltado para o sucesso de sua ação, evitando que o resultado aconteça. Questões para debates 1. Diferencie o arrependimento eficaz da desistência voluntária. 2. Quais teorias existem sobre a pena da tentativa? 3. É possível a tentativa de crime culposo? Atividade de aplicação 1. (Cespe) Em relação aos pressupostos teóricos da figura da desistência voluntária, assinale a opção correta. 49

10 a) Para que se possa falar em desistência voluntária, é preciso que o agente já tenha ingressado na fase dos atos de execução do delito, pois, caso o agente se encontre praticando atos preparatórios, sua conduta será considerada um indiferente penal. b) A desistência voluntária, para configurar-se, necessita que o ato criminoso não ocorra em circunstâncias que dependam diretamente da vontade do autor do delito. c) A concretização da desistência exige tanto a voluntariedade da conduta do agente quanto a espontaneidade do ato. d) Segundo a fórmula de Frank, quando, na análise do fato, se verificar que o agente pode prosseguir mas não quer, o caso é de crime tentado e quando o agente quer prosseguir, mas não pode, o caso é de desistência voluntária. Dica de estudo Observar que o arrependimento eficaz e a desistência voluntária levam, no mais das vezes, à ausência de punição, diferentemente da tentativa do crime, que é punível, eis que o agente chegou a praticar um ato voluntariamente, somente não o consumando por circunstâncias alheias à sua vontade. Referências FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal Parte Geral. 10. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, GARCIA, Basileu. Instituições de Direito Penal. Volume 1, Tomo I. 4. ed. São Paulo: Ed. Max Limonad, HUNGRIA, Nélson. Comentários ao Código Penal. Volume 1, Tomo I. Rio de Janeiro: Forense, JESUS, Damasio Evangelista de. Direito Penal. Volume I, Parte Geral. 31. ed. São Paulo: Saraiva, MAGALHÃES NORONHA, Edgard de. Direito Penal. Volume I. 2. ed. São Paulo: Saraiva,

11 MARQUES, José Frederico. Tratado de Direito Penal. Campinas: Bookseller, MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 24. ed. São Paulo: Atlas, PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. Volume I, Parte Geral, arts. 1.º a ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Manual de Derecho Penal Parte General. Buenos Aires: Ediar, Gabarito Questões para debates 1. O arrependimento eficaz se diferencia da desistência voluntária, pois no arrependimento eficaz o iter criminis está concluído, ou seja, o processo de execução da conduta típica já está encerrado, sendo que o agente retorna ao caminho do crime, praticando nova conduta, a fim de evitar que o crime venha a se consumar, ao passo que na desistência voluntária o agente ainda não alcançou o resultado, encerrando sua atividade criminosa. 2. A punição da tentativa é abraçada pela teoria subjetiva onde a vontade do agente é perfeita, a razão da punibilidade da tentativa, pois o crime não chega a se consumar por uma deficiência qualquer de ação, e, ainda, pela teoria objetiva por conta da exposição de ofensa ao bem jurídico, embora não atingido o resultado final desejado pelo agente. 3. Não é possível a tentativa de crime culposo, eis que nesse tipo de delito não há a vontade do agente na prática de uma conduta, sendo que o agente apenas praticou um fato que gerou um resultado não desejado pelo agente. Se não há direcionamento da vontade não há como punir. Gabarito Atividade de aplicação 1. A 51

12

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade RESULTADO Não basta existir uma conduta. Para que se configure o crime é necessário

Leia mais

Direito Penal Emerson Castelo Branco

Direito Penal Emerson Castelo Branco Direito Penal Emerson Castelo Branco 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME a) material: Todo fato humano que lesa ou expõe a perigo

Leia mais

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7:

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1. CONCURSO DE CRIMES 1.1 DISTINÇÃO: * CONCURSO

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª- DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 8ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal Iv 2 ROUBO 3 - Roubo Qualificado/Latrocínio 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de

Leia mais

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Omissão de Notificação da Doença DIREITO PENAL - Omissão de Notificação de Doença CP. Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início.

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 08 Professora: Ana Paula Vieira de Carvalho Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 08 CONTEÚDO DA AULA: Teorias da (cont). Teoria social

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015. Carga

PLANO DE ENSINO. Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015. Carga 1 PLANO DE ENSINO Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015 Unidade Carga Horária Sub-unidade Introdução ao estudo do Direito Penal 04 hs/a - Introdução. Conceito

Leia mais

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico.

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO CONDUTA A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. Na Teoria Causal Clássica conduta é o movimento humano voluntário produtor de uma modificação no mundo

Leia mais

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Conceito. Causa. É elemento do fato típico. É o vínculo entre conduta e resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado decorreu da conduta

Leia mais

TEMA: CONCURSO DE CRIMES

TEMA: CONCURSO DE CRIMES TEMA: CONCURSO DE CRIMES 1. INTRODUÇÃO Ocorre quando um mesmo sujeito pratica dois ou mais crimes. Pode haver um ou mais comportamentos. É o chamado concursus delictorum. Pode ocorrer entre qualquer espécie

Leia mais

Chamamos esses fenômenos jurídicos de ultratividade da lei penal e retroatividade

Chamamos esses fenômenos jurídicos de ultratividade da lei penal e retroatividade Conceito A lei penal, quanto à sua obrigatoriedade e efetiva vigência, está subordinada às mesmas regras que disciplinam as leis em geral: publicação oficial no Diário Oficial e decurso de eventual prazo

Leia mais

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade NEXO DE CAUSALIDADE O nexo causal ou relação de causalidade é o elo que une

Leia mais

Lugar do crime, relação de causalidade e relevância da omissão. Lugar do crime. Conceito. Teorias sobre o lugar do crime

Lugar do crime, relação de causalidade e relevância da omissão. Lugar do crime. Conceito. Teorias sobre o lugar do crime Lugar do crime, relação de causalidade e relevância da omissão Lugar do crime Conceito É preciso fixar o local em que ocorre a infração penal para se saber qual é a lei penal que deve ser aplicada. É preciso

Leia mais

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES Espécies de Conduta a) A conduta pode ser dolosa ou culposa. b) A conduta pode ser comissiva ou omissiva. O tema dolo e culpa estão ligados à

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL RESUMO

A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL RESUMO 331 A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL Cícero Oliveira Leczinieski 1 Ricardo Cesar Cidade 2 Alberto Wunderlich 3 RESUMO Este artigo visa traçar breves comentários acerca da compatibilidade

Leia mais

Capítulo 12 Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual

Capítulo 12 Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual Capítulo 12 Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual 645. (CESPE / Promotor de Justiça - MPE - ES / 2010) No ordenamento jurídico brasileiro, apenas o homem pode ser autor do delito de estupro; a mulher pode

Leia mais

Direito Penal III. Aula 07 21/03/2012 2.3 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE. 2.3.1 Introdução

Direito Penal III. Aula 07 21/03/2012 2.3 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE. 2.3.1 Introdução Aula 07 21/03/2012 2.3 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 2.3.1 Introdução a) Crime de perigo os da periclitação da vida e da saúde são denominados como crimes de perigo, cuja consumação se dá com a exposição

Leia mais

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE RETROATIVIDADE DA LEI QUE NÃO MAIS CONSIDERA O FATO COMO CRIMINOSO ART. 107, III ABOLITIO CRIMINIS O CRIME É APAGADO CONSIDERA-SE INEXISTENTE PRESCRIÇÃO ART. 107, IV CP PRESCRIÇÃO LIMITAÇÃO TEMPORAL DO

Leia mais

Questão de Direito Penal 1,0 Ponto PADRÃO DE RESPOSTA.

Questão de Direito Penal 1,0 Ponto PADRÃO DE RESPOSTA. Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios XL Concurso Público para Provimento de Cargos de Juiz de Direito Substituto da Justiça do Distrito Federal SEGUNDA PROVA

Leia mais

LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS

LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS ALESSANDRO CABRAL E SILVA COELHO - alessandrocoelho@jcbranco.adv.br JOSÉ CARLOS BRANCO JUNIOR - jcbrancoj@jcbranco.adv.br Palavras-chave: crime único Resumo O presente

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª- DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 8ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 EXTORSÃO Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter

Leia mais

PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1. CONDUTA. 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt

PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1. CONDUTA. 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1.1 TEORIAS DA CONDUTA 1. CONDUTA 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt Imperava no Brasil até a

Leia mais

Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira. Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção

Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira. Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção Direito Penal Aula 3 1ª Fase OAB/FGV Professor Sandro Caldeira TEORIA DO DELITO Infração Penal (Gênero) Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção 1 CONCEITO DE CRIME Conceito analítico de crime: Fato

Leia mais

Embriaguez e Responsabilidade Penal

Embriaguez e Responsabilidade Penal Embriaguez e Responsabilidade Penal O estudo dos limites da responsabilidade penal é sempre muito importante, já que o jus puniendi do Estado afetará um dos principais direitos de qualquer pessoa, que

Leia mais

COMENTÁRIOS DAS PROVAS DE DIREITO PENAL DO TRE PB Autor: Dicler Forestieri Ferreira

COMENTÁRIOS DAS PROVAS DE DIREITO PENAL DO TRE PB Autor: Dicler Forestieri Ferreira Saudações aos amigos concurseiros que realizaram a prova do TRE PB. Analisei as questões de Direito Penal (área judiciária e área administrativa) e estou disponibilizando o comentário das mesmas. Na minha

Leia mais

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas.

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 4h/s Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

Distinção entre concurso eventual e necessário

Distinção entre concurso eventual e necessário Conceito O concurso de pessoas é o encontro de duas ou mais pessoas para a prática de crimes, vulgarmente intituladas de cúmplices, comparsas, parceiros, amigos, companheiros, irmãos, manos, enfim, recebem

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 1ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 1ª ª- DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 1ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 TEORIA GERAL DO CRIME REVISÃO CRIME É : FATO TÍPICO CONDUTA - DOLO E CULPA NEXO CAUSAL/NEXO DE IMPUTAÇÃO RESULTADO TIPICIDADE

Leia mais

Direito Penal. Prof. Davi André Costa TEORIA GERAL DO CRIME

Direito Penal. Prof. Davi André Costa TEORIA GERAL DO CRIME TEORIA GERAL DO CRIME 1. Conceito de infração penal: a) Unitário (monista): infração penal é expressão sinônima de crime. Adotado pelo Código Penal do Império (1830). b) Bipartido (dualista ou dicotômico):

Leia mais

PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO

PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO PEÇA D E S P A C H O 1. Autue-se o Auto de Prisão em Flagrante; 2. Dê-se o recibo de preso ao condutor; 3. Autue-se o Auto de Apresentação

Leia mais

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL 1 PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL Prof.Dr.Luís Augusto Sanzo Brodt ( O autor é advogado criminalista, professor adjunto do departamento de Ciências Jurídicas da Fundação Universidade Federal

Leia mais

O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO

O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO Rodrigo Fragoso O consentimento do ofendido constitui objeto de intenso debate entre os penalistas que, divergindo quanto à sua posição na estrutura do delito, atribuem efeitos

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO O que muda na responsabilização dos indivíduos? Código Penal e a Lei 12.850/2013. MARCELO LEONARDO Advogado Criminalista 1 Regras Gerais do Código Penal sobre responsabilidade penal:

Leia mais

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR É possível um finalismo corrigido? Saymon Mamede Várias teorias sobre o fato típico e a conduta surgiram no Direito Penal, desde o final do século XIX até hodiernamente. A pretensão deste artigo é expor

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O Estatuto do idoso em Benefício do Réu. Roberto Dantes Schuman de Paula * DA NOVATIO LEGIS IN PEJUS Em outubro de 2003 a ordem jurídica foi inovada com o advento da lei 10741/03,

Leia mais

ITER CRIMINIS CAPÍTULO 4 ITER CRIMINIS

ITER CRIMINIS CAPÍTULO 4 ITER CRIMINIS LEIA A LEI: ͳͳ arts. 14, 15, 16 e 17 do Código Penal. ͳͳ art. 4 do Dec.-Lei 3.688/41 CAPÍTULO 4 ITER CRIMINIS 1. NOÇÕES PRELIMINARES Alguns institutos complementam o fato típico e são capazes, inclusive,

Leia mais

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO

Leia mais

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR A punição administrativa ou disciplinar não depende de processo civil ou criminal a que se sujeite também o servidor pela mesma falta, nem obriga

Leia mais

TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco

TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco TEORIAS CAUSALISTA, CAUSAL, CLÁSSICA OU NATURALISTA (VON LISZT E BELING) - CONDUTA É UMA AÇÃO HUMANA VOLUNTÁRIA QUE PRODUZ

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Furto de aparelho de som instalado em automóvel. 1. Problema jurídico Edison Miguel da Silva Jr. Ao quebrar o vidro do automóvel subtraindo apenas o aparelho de som nele instalado,

Leia mais

O art. 96, III da CF prevê o foro por prerrogativa de função dos membros do MP, incluindo os Promotores e Procuradores de Justiça.

O art. 96, III da CF prevê o foro por prerrogativa de função dos membros do MP, incluindo os Promotores e Procuradores de Justiça. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 11 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Foro por Prerrogativa de Função; Conexão e Continência. 3.5 Foro por Prerrogativa de Função: b) Juízes

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

Exercícios de fixação

Exercícios de fixação 1. (UFMT) As infrações penais se dividem em crimes e contravenções. Os crimes estão descritos: a) na parte especial do Código Penal e na Lei de Contravenção Penal. b) na parte geral do Código Penal. c)

Leia mais

FATO TÍPICO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

FATO TÍPICO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES FATO TÍPICO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES Fato típico é o primeiro substrato do crime (Giuseppe Bettiol italiano) conceito analítico (fato típico dentro da estrutura do crime). Qual o conceito material

Leia mais

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas.

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 80 h/a Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa).

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Pressupostos da responsabilidade civil subjetiva: 1) Ato ilícito; 2) Culpa; 3) Nexo causal; 4) Dano. Como já analisado, ato ilícito é a conduta voluntária

Leia mais

Prescrição da pretensão punitiva

Prescrição da pretensão punitiva PRESCRIÇÃO PENAL 1 CONCEITO É o instituto jurídico mediante o qual o Estado, por não fazer valer o seu direito de punir em determinado tempo, perde o mesmo, ocasionando a extinção da punibilidade. É um

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

O bem jurídico tutelado é a paz pública, a tranqüilidade social. Trata-se de crime de perigo abstrato ou presumido.

O bem jurídico tutelado é a paz pública, a tranqüilidade social. Trata-se de crime de perigo abstrato ou presumido. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA CONCEITO Dispõe o art. 288 do CP: Associarem-se três ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. No delito em apreço, pune-se

Leia mais

2. OBJETIVO GERAL Possibilitar ao aluno contato com toda a teoria do delito, com todos os elementos que integram o crime.

2. OBJETIVO GERAL Possibilitar ao aluno contato com toda a teoria do delito, com todos os elementos que integram o crime. DISCIPLINA: Direito Penal II SEMESTRE DE ESTUDO: 3º Semestre TURNO: Matutino / Noturno CH total: 72h CÓDIGO: DIR118 1. EMENTA: Teoria Geral do Crime. Sujeitos da ação típica. Da Tipicidade. Elementos.

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

NORMA PENAL EM BRANCO

NORMA PENAL EM BRANCO NORMA PENAL EM BRANCO DIREITO PENAL 4º SEMESTRE PROFESSORA PAOLA JULIEN OLIVEIRA DOS SANTOS ESPECIALISTA EM PROCESSO. MACAPÁ 2011 1 NORMAS PENAIS EM BRANCO 1. Conceito. Leis penais completas são as que

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

CRIME CONTINUADO EM HOMICÍDIOS. César Dario Mariano da Silva 8º PJ do II Tribunal do Júri de São Paulo

CRIME CONTINUADO EM HOMICÍDIOS. César Dario Mariano da Silva 8º PJ do II Tribunal do Júri de São Paulo CRIME CONTINUADO EM HOMICÍDIOS César Dario Mariano da Silva 8º PJ do II Tribunal do Júri de São Paulo A figura do crime continuado surgiu na antigüidade por razões humanitárias, a fim de que fosse evitada

Leia mais

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL Gustavo de Oliveira Santos Estudante do 7º período do curso de Direito do CCJS-UFCG. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4207706822648428 Desde que o Estado apossou-se

Leia mais

PARECER Nº, DE 2008. RELATOR: Senador ANTONIO CARLOS VALADARES I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2008. RELATOR: Senador ANTONIO CARLOS VALADARES I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2008 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 370, de 2008, do senador Papaléo Paes, que altera o Código Penal, para incluir o crime de induzir

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2015

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2015 FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2015 Disciplina: Direito Penal I Departamento III Direito Penal e Direito Processo Penal Carga Horária Anual: 100 h/a Tipo: Anual 2º ano Docente Responsável: Prof.

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual.

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual. PROCESSO FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO FORMAÇÃO DO PROCESSO- ocorre com a propositura da ação. Se houver uma só vara, considera-se proposta a ação quando o juiz despacha a petição inicial; se houver

Leia mais

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito Medicina Legal Professor Sergio Simonsen Conceito A deontologia médica é a ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem como de seus fundamentos éticos e legais. Etimologicamente,

Leia mais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro

Leia mais

LFG MAPS. Teoria Geral do Delito 05 questões

LFG MAPS. Teoria Geral do Delito 05 questões Teoria Geral do Delito 05 questões 1 - ( Prova: CESPE - 2009 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal / Direito Penal / Tipicidade; Teoria Geral do Delito; Conceito de crime; Crime impossível;

Leia mais

Art. 1º, LICP as infrações penais representam um gênero que se divide em duas espécies:

Art. 1º, LICP as infrações penais representam um gênero que se divide em duas espécies: DO CRIME Introdução O Brasil adotou somente dois tipos de infrações penais como a doutrina denomina de sistema dicotômico ou bipartido, conforme se extrai da leitura do art. 1º da Lei de Introdução ao

Leia mais

O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014

O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014 O DESPACHANTE, O AJUDANTE E A RFB. Domingos de Torre 13.11.2014 O artigo 5º, 3º do Decreto-lei nº 2.472/1988 dispõe que Para execução das atividades de que trata este artigo, o Poder Executivo disporá

Leia mais

II Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

II Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho II Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A responsabilidade civil e criminal no âmbito da SHST Luís Claudino de Oliveira 22/maio/2014 Casa das Histórias da Paula Rego - Cascais Sumário 1.

Leia mais

LEI PENAL X NORMA PENAL VIGÊNCIA A PERSECUÇÃO PENAL. -A persecução penal no Brasil é dividia em 5 fases: LEIS PENAIS INCOMPLETAS

LEI PENAL X NORMA PENAL VIGÊNCIA A PERSECUÇÃO PENAL. -A persecução penal no Brasil é dividia em 5 fases: LEIS PENAIS INCOMPLETAS 1 DIREITO PENAL PONTO 1: LEI PENAL X NORMA PENAL PONTO 2: VIGÊNCIA PONTO 3: FASES DA PERSECUÇÃO PENAL PONTO 4: LEIS PENAIS INCOMPLETAS PONTO 5: APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO PONTO 6: LEIS INTERMINTENTES

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR 1 - A autorização para que crianças e adolescentes passem as festas de final de

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 175 ao Art. 182 CTN Centro de Ensino Superior do Amapá Direito Financeiro e Tributário II Professora: Ilza Facundes Macapá-AP, 2013.1

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO

Leia mais

AULA 16 1. CONTEÚDO DA AULA: Desistência voluntária. Arrependimento Eficaz. Crime Impossível e Arrependimento Posterior.

AULA 16 1. CONTEÚDO DA AULA: Desistência voluntária. Arrependimento Eficaz. Crime Impossível e Arrependimento Posterior. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 16 Professora: Ana Paula Vieira de Carvalho Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 16 1 CONTEÚDO DA AULA: Desistência voluntária. Arrependimento

Leia mais

O alcance do princípio da culpabilidade e a exclusão da responsabilidade penal

O alcance do princípio da culpabilidade e a exclusão da responsabilidade penal O alcance do princípio da culpabilidade e a exclusão da responsabilidade penal Pedro Melo Pouchain Ribeiro Procurador da Fazenda Nacional. Especialista em Direito Tributário. Pósgraduando em Ciências Penais

Leia mais