LUCIMARA PEREIRA DE QUEIRÓS A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO CANDOMBLÉ A PARTIR DO DISCURSO DA YALORIXÁ JANE TI OMOLU

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1 LUCIMARA PEREIRA DE QUEIRÓS A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO CANDOMBLÉ A PARTIR DO DISCURSO DA YALORIXÁ JANE TI OMOLU Anápolis- GO 2010

2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE DE CIÊNCIAS SOCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS. CURSO DE HISTÓRIA A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO CANDOMBLÉ A PARTIR DO DISCURSO DA YALORIXÁ JANE TI OMOLU LUCIMARA PEREIRA DE QUEIRÓS Anápolis - GO. 2010

3 LUCIMARA PEREIRA DE QUEIRÓS A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO CANDOMBLÉ A PARTIR DO DISCURSO DA YALORIXÁ JANE TI OMOLU Monografia aprovada em de de 2010, como requisito parcial para a obtenção de grau de licenciada em História na Unidade de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas da Universidade Estadual de Goiás. BANCA EXAMINADORA: Professora: Dra. Eliesse dos Santos Teixeira Scaramal Orientadora Professora: Ms. Mary Anne Vieira Silva Anápolis-GO. 2010

4 Aos meus pais que sempre com seriedade me ensinaram a lutar pelos meus objetivos sem esquecer que o plano que vale é o Deus e não o nosso. Aos meus irmãos Wellington, Iara, Juciara, que sempre me deram conselhos e exemplos que guiam meus passos para o sucesso.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram diretamente ou indiretamente para o desenvolvimento desse trabalho. Em específico a professora Eliesse Scaramal que teve paciência com as minhas dificuldades em escrever, e às alunas Leysa e Herta Camila que fazem parte do Projeto Igbadu, que aborda os seguintes temas: Territórios, Gêneros e História dos Candomblés em Goiânia. Em especial gostaria de agradecer a João Adairto pessoa na qual encontrei um amigo de verdade que me ajudou em momentos difícies, há ele meu muito, muito, muito... Obrigada e que Deus ilumine o seu caminho e de sua família. E por último minha amiga Marlise Moraes que corrigiu o presente trabalho, desejo que Deus continue guiando seu caminho de luz e de sua família, muito obrigada.

6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 7 CAPÍTULO I 1.1 Bantos e Sudaneses Candomblé e suas características Tambor- de- Mina Candomblé de Ketu e Candomblé de Angola: Diferenças e Semelhança Estudos clássicos sobre Candomblé de Ketu no Brasil Umbanda e Kardecismo: diferentes do Candomblé CAPÍTULO II 2.1 candomblé de ketu Goiano Um pouco do caminho da Yalorixá Jane Ti Omolu CAPÍTULO III 3.1 História Oral: aspectos teórico-metodológicas A importância da mulher no Candomblé CONSIDERAÇÕES FINAIS Bibliografia ANEXOS

7 6 RESUMO A presente pesquisa visa discutir questões relacionadas à presença e a importância que a mulher tem na religião Candomblé a partir da entrevista concedida por uma yalorixá (mãe- de- santo). Também fornecer um estudo detalhado sobre as características do Candomblé em específico o Candomblé de Ketu na Cidade de Goiânia.

8 7 INTRODUÇÃO A presente pesquisa se configura por diversos motivos, primeiramente, por questão pessoal, pois fui educada em um ambiente umbandista me sentindo muito bem neste lugar. Os anos passaram-se e junto à minha família nos afastamos desse lugar. Logo que viemos morar em Aparecida de Goiânia Go, encontramos um centro espírita Kardecista, começamos a freqüentar em meados dos anos de 1992, e a partir desse período demos início ao estudo da Doutrina Espírita, e continuamos até hoje. No ano de 1998 principiamos a uma outra casa espírita localizada, no setor Papillon Park, situado também em Aparecida de Goiânia Go, cujo nome é A Caminho da Verdade, lugar que estamos atualmente. Durante essa trajetória, nunca tive contato com o Candomblé, porém senti curiosidade e vontade em conhecer e aprende-lá. Com esta pesquisa estarei tendo oportunidade de entender sobre essa religião e perceber que é extremamente distinta em relação ao Kardecismo. Para além, mesmo que a religião Espírita Kardecista seja mais bem vista pela maioria da sociedade, percebo que a população designa o Kardecismo, a Umbanda e o Candomblé como se fosse à mesma coisa, e dessa forma senti necessidade de contribuir para que este pensamento fosse desconstruido, e o melhor meio para contribuir é através do conhecimento. Outro motivo que me levou, para desenvolver este trabalho foi a partir do Projeto Igbadu que trabalha sobre Território, Gênero e História dos Candomblés em Goiânia, cujo tema da monografia foi retirado a partir desse projeto. O objetivo central desta pesquisa é conhecer primeiramente um pouco das características das religiões de Matriz-africanas e Afro-brasileiras, em especial o Candomblé de Ketu. Desse modo, a problematização busca entender a seguinte questão: o Candomblé de Ketu é uma religião essencialmente matriarcal: entretanto a figura masculina vem gradativamente ocupando o lugar que fora exclusivamente da mulher. Portanto faz-se necessário conhecer como a mulher está mantendo sua autonomia diante da crescente inserção masculina no Candomblé. E ainda buscar perceber as relações de poder que se criam e recriam em função dessa inserção.

9 8 Diante das nossas problematizações, as hipóteses momentâneas apontam para o fato que a mulher está perdendo um lugar que fora de exclusividade feminina, então, talvez possamos afirmar que o Candomblé é uma religião que não faz distinção para ambos os sexos, desta forma fica fácil para que ambos tenham oportunidade de estarem se inserindo dentro da religião Candomblé. Esta oportunidade citada está sendo referida de acordo com que vemos em outras religiões como, por exemplo, a religião Católica não traz mulheres no seu comando. Desta forma, conjeturamos que o Candomblé é a única religião que oferece autonomia para as mulheres. Outra hipótese que norteia o nosso trabalho é o fato da maioria das mulheres estarem envolvidas em seu lar com as questões domésticas e sendo mais cobradas por estarem fazendo o papel de chefe de família. Devido a esse fato, não conseguem ter outra responsabilidade, que no caso seria a de Yalorixá. Sabemos que o Candomblé é uma religião trabalhosa que exige muita dedicação e responsabilidades. Tal hipótese está também em concordância com o Babalorixá Pai Carlos que em uma de suas entrevistas para o Projeto Igbadu diz: Eu acho que é porque os homens têm mais tempo de se dedicar à religião do que as mulheres, porque as mulheres têm filhos para criar, cuidar e não tem muito tempo. Diante do que foi mencionado acima, vemos o quanto é difícil para a mulher permanecer à frente dos homens diante do Candomblé que exige muito de quem busca essa responsabilidade. No que diz respeito à delimitação espacial, o foco da nossa pesquisa está voltado para a cidade de Goiânia, porém com o decorrer do trabalho alguns municípios como, por exemplo, Águas Lindas de Goiás também serão mencionados devido à importância para a construção da pesquisa. Em relação às escolhas metodológicas, utilizaremos a História Oral, pois através desta que conseguiremos completar nosso trabalho, ou seja, teremos a responsabilidade de compreender a história do Outro sem receios e enaltecendo suas experiências. Para além, nossas principais fontes de pesquisa são as entrevistas feitas através do Projeto Igbadu com candomblecistas nos concederam, faremos uma análise do discurso, todavia entendemos que esse discurso nos ajuda a

10 9 entender um lugar, uma época, um momento sem desprezar a História dos indivíduos. È importante ressaltar a importância da História Oral para a constituição da História e principalmente para as religiões como Candomblé que está cada vez mais banalizada pela população. É através da Oralidade que ela consegue se perpertuar fazendo com que a religião de Matriz-Africana não fique conhecida apenas como uma lenda, ou um mito. Podemos observar essa importância da História Oral nas palavras de Thompson (1992), em sua obra A Voz do Passado o autor valoriza a história oral, pois, para ele ela trata de vidas individuais - e todas as vidas interessantes. E baseia-se na fala, e não na habilidade da escrita, muito mais exigente e restritiva (THOMPSON, 1992, p.41). A justificativa pertinente desta pesquisa é principalmente pelo fato de constatar que religiões como a Matriz-Africana e Afro-brasileira sofrem um processo de invisibilidade, desprezo por parte da população em Goiás, porém por experiências pessoais constatei que não é só apenas em Goiás que nos deparamos com esse problema, percebi que existe um consenso entre a maioria dos indivíduos em relação às religiões de Matriz-Africana, em específico com o Candomblé que sempre é associada como algo maléfico. Para além, justifica-se também por inquietações pessoais, sempre quis conhecer e entender as características os processos que se encontram nas religiões de Matriz-Africana em especial no candomblé de Ketu. Nesse sentido, percebo que através do conhecimento podemos contribuir para que tais pensamentos e expressões de preconceitos sejam quebrados. E por último, justifica-se por querer contribuir com a difusão dessa religião, ou seja, contribuir para que as religiões de influência Africana não continuem sendo subalternizadas e marginalizadas pela a maioria da sociedade. Diante do que foi mencionado acima, em resumo, almejamos que esse trabalho possa ser um acréscimo para o fim do silenciamento que abarca as religiões de influência Africana conscientizando a sociedade a respeitar as diversidades, e uma alternativa eficaz está no conhecimento. Nesse sentido, acompanhe abaixo Eliesse Scaramal (2008): (...) urge a coleta de informação e a historicização da presença e inserção da cultura africana nesse estado, passo importante para

11 10 obliterar a invisibilidade e preconceitos que as cercam, posto ser esses elementos importantes de uma educação para a Cidadania. (Scaramal Apud Ulhoa, 2008, p.10). Com a intenção de estruturar a monografia de modo compreensivo, dividimos em três capítulos. No primeiro tratamos do contexto histórico sobre o Candomblé destacando a história do Candomblé de Ketu, pois esse é um dos focos do trabalho. Ainda nesse capítulo estaremos lançando as principais características das religiões de Matriz-Africana e afro-brasileira, como por exemplo, a Umbanda que é intermediada tanto com o Candomblé como na religião espírita Kardecista. Desta forma é necessário mencionar essa religião para uma melhor compreensão. Além desses assuntos, separamos um tópico para fazermos um balanço historiográfico de alguns autores que pesquisaram sobre Candomblé de Ketu no Brasil. É válido frisar nesse capítulo que é fundamental tentarmos descrever detalhadamente as características que se encontram nas religiões de influência Africana. No segundo capítulo nos preocupamos em fazer um panorama histórico sobre o Ilê da Yalorixá Jane Ti Omolu o Ilê do babalorixá Djair Ti Logunedé que utilizamos na pesquisa no intuito de estar mostrando um pouco da história de ambos para uma melhor compreensão do nosso objeto de pesquisa. E por último, no terceiro capítulo lançamos alguns apontamentos sobre a História Oral utilizando autores que pesquisam sobre o tema com a intenção de mostrar o quanto essa metodologia é de grande importância para esclarecer lacunas deixadas pelos documentos escritos pela historiografia tradicional. Também para tentarmos modificar o modismo de alguns historiadores em acharem que a História só é feita por estudos de documentos escritos, esquecendo que a História Oral também é um meio para fazer História. Ainda no terceiro capítulo apontamos aspectos em relação à importância da mulher no Candomblé, utilizando algumas falas dos entrevistados que fazem parte da religião africana para que possamos fazer uma análise que envolve o discurso dos Candomblecistas mencionados durante a nossa pesquisa.

12 10 CAPÍTULO I UM PANORAMA HISTÓRICO SOBRE O CANDOMBLÉ Antes de concentrarmos no foco desse capítulo que é Candomblé de Ketu, vamos fazer uma viagem ao continente africano, pois, ele é até hoje alvo de inúmeros estereótipos a respeito de seus povos e é através dele que no decorrer do trabalho iremos entender algumas características do Candomblé. Durante séculos e até nos dias atuais os povos do continente africano são considerados como atrasados, com uma cultura inferior comparada com a européia e americana. Para, além disso, é notável observarmos a visão dos ocidentais em relação a esse continente, uma percepção associada à barbárie e selvageria, estereótipos que ainda são mantidos e alimentados por uma mídia racista. Esses conceitos são frutos de um longo processo de ressignificação construídas em torno do continente africano. Exemplo desse descaso é a versão do autor Hegel (1830) de que a África não tem interesse histórico próprio, e também considera o continente africano povoado por homens selvagens e ignorantes. Esse discurso atribuiu aos negros, características inferiores e foi colocada uma explicação européia para justificar o tráfico de escravos africanos e até explicarem a violência física em que eles eram submetidos. Através da construção desses pensamentos é o que alimenta o racismo e o preconceito existentes sobre o negro. Diante disso, o conhecimento contribui para desmistificar esse discurso ao estudar a cultura desses povos que se encontram. O que torna difícil em estudar esse universo do continente africano é o fato de sermos doutrinados na perspectiva eurocentrista a qual somos alienados trazendo conosco uma dificuldade em estudar e ensinar história da África. A pedagogia utilizada para a história européia, americana e asiática não poderá ser utilizada da mesma forma, pois, a África tem características de organizações políticas e sociais bem diferentes com que estamos acostumados a trabalhar. Por ser tão diversificada, para estudar história da África é preciso ter vontade e lançar olhos de interesses sem receios, sem preconceitos. Essa

13 11 diversidade está presente tanto na geografia quanto na filosofia nas cosmogonias nas artes e dentre outros. Geralmente, é a própria mídia que insere na sociedade esse tipo de percepção em relação ao continente africano. Sabe-se que o continente africano é rico em diamante e ouro, esse último foi um dos primeiros atrativos para os europeus começarem a colonização nesse continente. 1.1 Bantos e Sudaneses Na áfrica central encontramos uma subdivisão de alguns países como a República Democrática do Congo. Iremos destacar são os povos de língua Bantos República Democrática do Congo e outros. Iremos destacar são os povos de língua Bantos por sua relação com o Brasil na diáspora, vamos concentrarmos um pouco sobre esse povo. O termo Banto se refere a um tronco lingüístico, onde se encontra aproximadamente 300 e 600 línguas e povos diferentes. É também comum utilizarem esse termo atualmente para designar os povos que usam as línguas pertencentes ao tronco Bantos. As línguas Bantos seriam derivadas de uma única língua comum que foi caracterizada Protobantos. Segundo os estudos destes lingüistas, é possível reconstruir um pouco do modo de vida dos primeiros Bantos através do estudo de sua língua. Sabe-se que eram produtores de alimentos, com um vocabulário rico, ou seja, possuíam inúmeras palavras para designar vegetais, animais e minerais, dentre outros. De acordo com os lingüistas, o vocabulário dos Bantos, pode-se inferir sobre a riqueza e extensão de seu habitat, que se localizava entre a savana e a floresta. Em relação a suas crenças, possuíam grande força espiritual e cultuavam ancestrais. Por volta do século II os bantos atingiram regiões das serranias e montanhas do Quênia e do Rifft Valley (...). Nos séculos III e IV, eles expandiram-se até o norte da África do Sul, descendo a costa de Moçambique. Dessa forma os Bantos se espalharam muito rapidamente pela África. Segundo o livro Para estudar História da África (2008) esta expansão não se dava através de exércitos embora tivessem que se valer da força em alguns casos; mas em sua maioria eram colonos que se ocupavam territórios que lhes pareciam vazio. 2). Observe abaixo o relato de Alberto da Costa e Silva (1996) de como se dava a chegada de um grupo Banto a uma nova região:

14 12 Eis que chega um grupo Bantos. Algumas famílias. Ou toda uma linhagem. Limpa o terreno. Corta árvores para fazer as casas. Armalhes as paredes como uma gaiola de varas e preenche os vazios com barro socado. Compõem-lhes o teto de sapé. E nessa nova aldeota, instalam-se. Abre, ali perto, por derruba e queimada, as roças. Faz os cercados para os animais domésticos: ovelhas, cabras, algumas vezes a vaca [...]. [...] Quando o solo começa a mostrar-se menos fértil ou a caça se torna mais difícil nas redondezas, o grupo segue adiante. E quando o número dos que forma aumenta demasiadamente ou dentro dele surge a cizânia, seguem adiante, divididos. Ao mudar de paisagem e ao entrar em contato com culturas diferentes [...], alteram a alimentação, modificam hábitos, enriquecem o vocabulário e a sintaxe, trocam a forma de alguns de seus objetos e assimilam novos símbolos de fé e poder. (SILVA, 1996, p ).. Como havia citado anteriormente, por ser tão diversificada, para estudar história da áfrica é preciso ter vontade e lançar olhos de interesses sem receios, sem preconceitos. Essa diversidade está presente tanto na geografia quanto na filosofia nas cosmogonias nas artes e dentre outros. Outro ponto importante que historiadores e geógrafos poderiam abordar, é tentar desmistificarem a idéia de que a África é um lugar de fome e miséria, uma savana habitada por girafas, zebras e leões num imenso território predominantemente deserto, com um calor insuportável. Os Bantos atingiram as regiões das serranias e montanhas como o Quênia (...). Nos séculos III e IV, eles expandiram-se até o norte da África do Sul, descendo á costa de Moçambique, onde tiveram contato com a bananeira, o coqueiro e várias espécies de inhames de origem Sul-asiática, trazidas á região de Madagascar pelos primeiros indonésios que ali chegaram através do Ìndico. Atualmente, os bantos ocupam cerca de dois terço do território africano. Além das características citadas acima, os bantos podem ser classificados de acordo com as influências que sofrem a partir do contato com outros povos durante o período de expansão dividiam territórios, mestiçando ou repelindo-se. Podemos atualmente dividir os grupos bantos em cinco grandes grupos, que foram classificadas de acordo com as características culturais e região geográfica. Em resumo são:

15 13 Os bantos da floresta tropical, como os mpongué e os bakotá (no Gabão) birá e os bateké (no Congo), que vivem em tribos de reduzidas dimensões; Os bantos da savana atlântica, com destaque para os bacongos, do reino manicongo (séc. XIII), os bavili, os umbundo, ovibundos e os hereros; Os bantos do planalto central, com destaque para os shona, povo pertencente ao grande reino do Monomotapa; Os bantos meridionais, com pastores organizados em aldeias dispostas em torno de um curral comunitário, com destaque para os nguni e os sotho, que habitavam regiões próximas a atual África do sul; E os bantos orientais, incluindo os povos da federação Malawi, do atual Quênia e na região dos grandes Lagos (Burundi e Ruanda) (MOREIRA APUD SCARAMAL, 2006, P-48). Diante do que foi colocado sobre os bantos percebemos que, ainda é pouco, porém, válido para termos um pouco de noção o quanto esses povos são diversificados. Como havia mencionado anteriormente, banto não é um povo, esse termo refere-se a um tronco lingüístico, que deu origem a diversas línguas comuns, faladas por vários povos diferentes. Em relação às tradições bantos a que mais tiveram influência no Brasil, destacamos os falantes das línguas Kikongo e Kimbundo que são provenientes da região de Angola, nessa região eram cultuadas divindades que tinham aspectos semelhantes com os orixás e voduns, essas divindades são mais conhecidas como Inquices, no decorrer do trabalho será explicado com mais detalhes. Reforçando o que foi discorrido, banto não é um povo, esse termo referese a um tronco lingüístico, que deu origem a diversas línguas comuns, faladas por vários povos diferentes. A partir dos séculos XVI e entre os séculos XVII e XIX ocorreu a diáspora africana no Brasil denominando sudaneses e bantos, esse último explicado acima. É válido lembrar que essa denominação é uma classificação do colonizador europeu que indicou de forma aleatória. Os sudaneses foram grupos que predominaram no século XIX, era proveniente da África ocidental conhecido como iorubas e jejes. Igualmente aos bantos, os

16 14 sudaneses é uma classificação étnico-línguistico e refere-se à população do centro e leste africano. Sobre a nação jeje são diversos povos de línguas diferentes que viviam na região dos iorubas são diferenciados pela língua e pelo tipo de religiosidade, diferente dos iorubas, o grupo dos jejes cultua outras divindades, os voduns. Válido ressaltar que igualmente aos orixás, os voduns também têm a função de auxiliar os homens quando é pedida sua ajuda. O rito jeje-nagó, que abrange as nações nagôs (queto, ijexá dentro outros) enfatiza o legado das religiões sudanesas. Os praticantes desse rito acreditam ser o mais puro ou superior aos demais porque nele foram preservados as origens africanas. Nos terreiros onde é praticado esse rito, geralmente cultuam-se orixás voduns, erês (espíritos infantis) e caboclos (espíritos indígenas). Os terreiros onde prevalece o culto aos orixás são popularmente conhecidos como o candomblé de ketu. Além dessas características os sudaneses acreditavam que existia um Deus supremo, que se chama Olorum criador de todas as coisas e criador dos orixás. Na região dos povos iorubas a questão da ancestralidade é extremamente importante, pois, consideram que os espíritos dos que morreram continuam a existir e há necessidade de serem alimentos através de oferendas. O ancestral citado é um espírito sagrado que pode ser invocado quando necessário, como por exemplo, se um indivíduo estiver desempregado ou com um algum problema amoroso, familiar, profissional, ela poderá pedir ajudar, aos orixás. Para que os orixás realizem essas ajudas o indivíduo terá que fazer uma oferenda. Essa oferenda pode ser através de alimentos, bebidas, ou um animal sacrificado. Essa crença da nação iorubana que quando alguém morre, o espírito continua a existir, também podemos encontrar em outras religiões como no umbanda e no kardecismo, porém para essas religiões á relação do homem com os espíritos é diferente, pois, ambas tem características filantrópica, que preocupam em ajudar os indivíduos sem nenhum tipo de remuneração. Em resumo, os sudaneses possibilitaram a constituição do candomblé de xangô, batuque, tambor de mina e candomblé de ketu, cujo esse é o foco principal da nossa pesquisa. Já os bantos segundo Vagner Gonçalves da Silva (2005) são os principais responsáveis por perpetuarem as tradições que deram

17 15 origem ao candomblé de angola, candomblé de caboclo a macumba, umbanda, pajelança ao catimbó e ao toré. Cabe-nos lembrar a profunda importância da religião em todos os sentidos da palavra, como um meio de sobrevivência para os indivíduos que foram violentamente retirados de suas origens. Dessa forma, as religiões de matriz africana desempenharam um importante papel de reaver a identidade dos grupos diaspóricos, reforçando isso observe a citação abaixo: O desenvolvimento do candomblé, por exemplo, foi marcado, entre outros fatores pela necessidade por parte dos grupos de reelaborarem sua identidade social e religiosa sob condições adversas da escravidão e posteriormente do desamparo social, tendo como referência as matrizes religiosas de origem africana. Daí, a organização social e religiosa dos terreiros em certa medida enfatizarem a reinvenção da África. (SILVA, 2005, p.15). De acordo com a citação fica perceptível que essas casas de candomblé podem ser um exemplo de tentativa de agregar e refazer relações de parentesco que existiam na áfrica que foram se perdendo com a diáspora. Conforme foi mencionado, o candomblé pode ser definido como uma forma de reinvenção da áfrica no Brasil, destacando dessa forma que através de dois grupos africanos, os bantos e os sudaneses foram deslocados para o Brasil durante o período da diáspora formando as religiões de influência africana originando diversas denominações de candomblé. 1.2 Candomblé e suas características A partir do século XVII divindades africanas de origem jeje, voduns, inquices e origem banto começaram a surgir na Bahia. Feiticeiros, curandeiros dentre outros foram os protagonistas que organizaram estes cultos mencionados acima. Aos poucos no século XVIII houve uma predominância de escravos de origem nagô (ioruba) na Bahia, devido a capital do império ioruba ser saqueada, resultando em uma grande massa de pessoas capturadas e trazidas para o Brasil como escravos. A desintegração cultural dos povos africanos escravizados foi grande, inclusive que no que diz respeito aos antigos rituais religiosos, que é um elo para esses povos. Dessa forma houve a necessidade de eliminar as diferenças

18 16 regionais e promover a união em torno de interesses comuns. Originando, então, uma ligação através da troca de informações entre as diversas nações, possibilitando o surgimento do Candomblé estabelecido até hoje. Para completar esse processo, segundo os conceitos da época em que a Igreja Católica detinha um maior poder, os negros eram considerados como seres ignorantes e desprovidos de humanidade, que possuíam uma religião primitiva composta por rituais bárbaros e pagãos. Sendo considerada uma religião tribal e bárbara passou a ser proibida, e o Cristianismo passou a ser imposto. A catequese, realizada pela Igreja Católica, ajudava na submissão desses povos, diminuindo os riscos de rebeliões. A aproximação que se deu entre Santos Católicos e orixás foram por necessidade, e não por devoção. O candomblé vem tentando, manter-se fiel ás suas origem, podendo, assim, preservar sua essência. A maioria das pessoas critica o fato de fazer oferendas com carne de animais sem saberem que a carne oferecida nos rituais é servida em festas públicas, onde todos são convidados a comer. O objetivo dessas obrigações, que envolvem o sacrifício de animais, é a obtenção de força ou axé. O axé, palavra tão popular atualmente, nada mais do que a energia que emana dos orixás, sendo que, de tempos em tempos, precisa ser renovada e acumulada. Além da vida, o candomblé também exalta as forças da natureza, as folhas, os mares, os minerais, enfim, todos os elementos naturais que compõem a terra, são importantes para o candomblé. A natureza auxilia, por exemplo, a saber, de uma determinada oferenda está sendo colocada no local adequado, se não está faltando nada, se o tempo está favorável, se é preciso esperar que algo aconteça, se o orixá está satisfeito. De acordo com Vagner Gonçalves silva (2005, p.43) o nome mais freqüente para as religiões de origem africana no Brasil até o século XVIII foram os calundus, termo de origem banto. Os calundus foram, até o século XVIII, a forma de culto africano relativamente organizado, antecedendo as casas de candomblé do século XIX e aos atuais terreiros de candomblé. E ainda de acordo com o autor citado acima, os calundus foram encontrados no Brasil em alguns estados, como Minas Gerais e Pernambuco, há registros que mostram alguns calundus em uma cerimônia feita por uma preta mestre com altar de ídolos adorando bodes, untando seus corpos com diversos óleos, sangue de galo, dentre outras coisas. De acordo com essas

19 17 descrições, desde o início do século XVIII esses cultos citados estavam minimamente organizados em torno de seus sacerdotes (chamados por calundu, calundeiro e calunduzeiro). Foi através desse último termo é o que passa a permanecer a partir da formação dos terreiros que visavam cultuar os voduns e inquices, com isso, estes terreiros foram chamados inicialmente de calundus. Também na obra História e Cultura afro-brasileira da autora Regiane Augusto de Mattos, as pessoas que praticam o calundu eram conhecidos como curandeiros. Possuíam grande influência sobre a comunidade, pois eram consideradas importantes líderes religiosos. Por isso, eram sempre perseguidos pelas as autoridades locais. (...). Os curandeiros detinham o conhecimento de certas técnicas medicinais. Na realidade, elas eram umas misturas de costumes Africanos, Portugueses e indígenas, que consistiam, basicamente, no uso de ervas, frutos e produtos naturais fáceis de encontrar. Com isso, os curandeiros atendiam a doente de todas as camadas sociais, sobretudo os escravos, que possuíam poucos recursos. Além de produtos naturais também sabiam manipular substâncias químicas, como venenos, sendo procurados pelos escravos maltratados desejosos por matar os seus proprietários ou apenas por deixá-los mais tranqüilos. Nesse caso, eralhes dado algum calmamente, que os tornavam inofensivos parecendo estar sob efeito de encanto ou feitiço. Por isso, os curandeiros eram conhecidos como feiticeiros ou bruxos. Esses indivíduos, na sua maioria, os africanos eram considerados verdadeiros líderes, na medida em que conseguiam amenizar as agruras causadas pelo sistema escravista ao amansar ou até mesmo matar os senhores mais cruéis, curar as doenças dos cativos, preverem-lhes um futuro melhor e, enfim, propiciar apóio e solidariedade aos seus companheiros. Dessa forma, eram perseguidos e controlados pelas autoridades locais. Por conta de suas características, pode-se afirmar que a prática do calundu ou do curandeirismo recebeu influência das tradições da África Centro- Ocidental, nas quais, além dos ancestrais, outros indivíduos são dotados de caráter sagrado. É o caso dos reis, chefes, pais e os ligados à religião, como aqueles que praticam a adivinhação e o curandeirismo (...) (Mattos, 2006 p.157).

20 18 Ainda de acordo com a autora citada acima, para, muitos africanos que estavam no Brasil, o calundu ou curandeirismo, além de ser uma oportunidade de expressar suas visões de mundo e crenças religiosas, era uma forma de luta e de resistência ao sistema escravista, uma tentativa de retomarem o que considerava importante e que haviam perdido com a escravidão e a diáspora. Para Silva (2005, p.46) no Brasil, os primeiros calundus estiveram confinados aos espaços das fazendas. Só podiam ser realizadas suas manifestações na escuridão e solidão das matas e roças ou nos próprios espaços contíguos a senzala --- o terreiro, permanentemente vigiado pelos capatazes para evitar a fuga dos escravos. Nestas condições supõe-se que sua organização tenha enfrentado muitas dificuldades, principalmente porque o culto aos deuses africanos estabelece uma série de interdições que devem ser respeitadas. Para Silveira, os calandus são os ancestrais do candomblé. A expressão calundus é oriunda do termo kalundu de origem tanto quicongo quanto quimbundo. Esta expressão significa obedecer a um mandamento, realizar um culto, invocando os espíritos, com música e dança (CASTRO, apud SILVEIRA, 2006 p.177, apud ULHOA, 2006, p.42) e encontram-se presente em uma série de evidencias textuais e iconográficas. Por mais difícil que seja especificar a data de quando chegaram os primeiros calundus brasileiros, o autor citado acima afirma que o mais antigo e documentado, foi encontrado no ano de 1642, na cidade de Porto Seguro. Para além, os calundus possuíam algumas funções sociais imprescindíveis para a população pobre, composta predominantemente de negros escravizados. Desde calundus, pessoas abastadas da sociedade buscavam ajuda espiritual para seus males Tambor-de-Mina Pouco conhecido, esse culto é encontrado em maior concentração na região do Maranhão com uma forte influência dos escravos de origem jeje, que influenciam no surgimento dos cultos do tambor-de-mina. A mina é uma religião que tem no momento do transe a forma principal de comunicação com o mundo dos espíritos, pois, a transmissão dos conhecimentos rituais se faz, principalmente pela tradição do pai ou mãe-de-santo.

21 19 Na apostila do Projeto Abá da UEG Para Estudar História da África (2008), na apostila Tambor-de-mina é o nome do ritual de chamada das divindades cultuadas, que são os voduns. Deve ser realizado preferencialmente à noite, no pátio ou varanda da casa onde estão os assentamentos dos Santos. O Comé, Gomé ou Guma é o lugar sagrado e secreto, onde se desenrolam as cerimônias privadas. É no pegi 1 que acontece a purificação das cabeças das futuras filhas com o amaci, uma mistura de ervas, seguidas pelo zandró, que pode ser considerado como um transe ritual, e o narrunó, que é o próprio sacrifício. Logo depois destas cerimônias, as novas filhas de santo deverão ficar reclusas por oito dias. Após esse período, as filhas iniciadas retornam ao pegi para receber suas tabosis, ou seja, espíritos femininos infantis, cumprindo um novo período de reclusão. Durante as cerimônias as iniciantes do candomblé dançam vestindo roupas sempre brancas, e ao incorporar o Vodum, elas agregaram aos seus trages adereços identificadores da entidade. Os rituais na casa das Minas também incluem devoção aos Santos católicos (...). Segundo os adeptos, os Santos católicos são tidos como entidades acima dos voduns porque são puros e nada pedem, mas também estão longe e não podem chegar aos homens, pois não baixam. Os voduns estariam, assim, abaixo dos Santos porque tem algumas falhas e às vezes se irritam. (cf. Ferreti, S, 1988, Apud SILVA, 2005, p.84). De acordo Silva (2005) foi ao Maranhão que o culto aos voduns, divindade dos jejes, mais se desenvolveu. Na Casa das Minas, terreiro fundado nessa cidade em meados do século XIX, os voduns são cultuados de acordo com as famílias mitológicas ás quais pertencem. A família de Davice é formada pelos voduns chamados nobres (reis e rainhas) da corte real do Daomé. È considerada a principal família de Savaluno (constituída pelos voduns adorados na região ao norte do Daomé); a família de Dambirá (a dos voduns da terra, das doenças e da peste); e a família de Quevioso e de Aladanu (a dos trovões, do ar e das águas). Esta última família é considerada de origem nagô (ioruba) pelos jejes, por isso os voduns que a ela pertencem, quando incorporam alguém, não falam, pois teme-se que se eles falassem revelariam segredos dos nagôs aos jejes. 1 Pegi ou podone santuário dos voduns.

22 20 No Tambor-de-mina, divindades não-africanas também são cultuadas, como os encantados de diversa origem, como por exemplo, os fidalgos ou nobres portugueses e franceses, dentre outros. O culto a essas entidades é chamado também de Tambor-da-Mata ou Terecô Candomblé de Ketu e Candomblé de Angola: diferenças e semelhanças Observe-se o que diz o significado de candomblé de Clarissa Adjuto Ulhoa, em sua monografia, Ilê-Axé Omi Bagtô Jegedè: O processo de constituição do Primeiro Terreiro Goiano de Ketu : [...] define a palavra candomblé como originária do termo Kandombile, que significa culto e oração. Sendo assim, resta-nos verificar a origem especifica da junção entre candomblé e as palavras ketu e Angola. A denominação ketu faz referência a um dos reinos iorubanos (ou nagôs), originalmente localizado da região limítrofe ocidental dos países Togo e Benin [..]. Desta forma, o candomblé de ketu consiste em uma religião baseada no culto ás divindades iorubanas, denominadas orixás [...]. (ULHOA, 2008, p. 27). Como foi mencionado anteriormente que a partir de dois grupos - os bantos e os sudaneses formaram-se algumas religiões de influência africana no Brasil, ocasionando também várias denominações de candomblé: candomblé de angola, tambor de mina, xangô e principalmente candomblé de ketu, pois, esse é o foco do presente trabalho. A base do candomblé de ketu é o culto ás divindades africanas iorubanas, ou seja, os orixás. O objetivo dos orixás é puramente ritualístico sem nenhuma pretensão de punir nem regular a conduta moral de seus fiéis. Nas casas de camdomblé ketu é realizado o culto aos orixás, uma vez que esse culto é liderado pelo babalorixà que é o chefe masculino de um terreiro de candomblé ou umbanda conhecido popularmente como pai-de-santo. É o babalorixà quem organiza a vida administrativa as cerimônias internas e públicas e o ritual de um terreiro. Para, além disso, também inicia os filhos de santo, tem a prerrogativa de colher às ervas sagradas, sacrificar animais e

23 21 interrogar os deuses. Orienta a vida da casa e está ligado aos iniciados por laços espirituais. Mormente, sua função principal é promover o culto aos orixás. Igualmente ao babalorixà a ialorixà, ou mãe-de-santo conhecida popularmente, também exerce a posição de chefe de um terreiro de candomblé ou umbanda. Sobretudo mencionados sobre os babalorixà e as ialorixà, são responsáveis pela preservação e perpetuação da tradição religiosa. Em virtude do que foi explicado o candomblé de ketu é formado por uma rígida estrutura do sagrado e há preocupação para que os rituais e tradições não sejam modificadas ou destruídas. Para iniciar no candomblé é necessário passar por um ritual considerado complexo: primeiramente deve-se ser definido o santo da cabeça do candidato á iniciação, que é seu orixá protetor. Serão realizadas três cerimônias principais destacando o Iagbé, onde planta-se o orixá na cabeça do iniciado, sendo em seguida recolhido ao runcó o camarinha. Após sete dias ocorre a saída, quando o orixá deverá dar o nome em público considerando-se, depois como nascida. Esse culto mencionado é um dos cultos públicos, há ainda os cultos privados que são realizados periodicamente com intuito de cuidar de seu orixá, pois, essas práticas incluem ofertas de alimentos e presentes aos orixás, além desse, o mais conhecido, a consulta ao jogo de búzios que consiste em uma prática realizada individualmente com fins lucrativos com finalidade de solucionar os problemas dos que procuram essa alternativa. O candomblé de Angola procura enfatizar a herança das religiões bantos. Essa nação de acordo com SILVA (2005, p.66) é a mais popular e a mais praticada pelo povo-de-santo, é vista por membro de outras nações como deturpada, pois, possui um panteão bem mais abrangente. Cultua além dos inquices, os orixás os voduns os vunjes (espíritos infantis) e os caboclos. De acordo com a dispersão dos bantos no Brasil, difundiu-se por quase todo o país. Diferente do candomblé de ketu, o candomblé de Angola, sempre esteve aberto a influências católicas e ameríndias resultando em nomes próprios como cabula no Espírito Santos, macumba no Rio de Janeiro e candomblé de caboclo na Bahia. É necessário ressaltar que além de conhecermos como candomblé de angola também poderá encontrar a designação de Angola-Congo e angola, e as divindades cultuadas são os inquices.

24 Além do que foi mencionado acima acompanhe abaixo outros cargos que podem aparecer numa casa de candomblé: 22 TABELA1: PRINCIPAIS CARGOS QUE PODEM APARECER NUMA CASA DE CANDOMBLÉ IYÁ-KEKERÊ Segunda pessoa em autoridade IALAXÉ Responsável pelo assentamento dos orixás IA-TEBEXÊ Encarregada dos solos dos cantos litúrgicos IA-BASSÊ Responsável pela cozinha ritual BABALAÔ Sacerdote do culto de ifá DAGÃ e SIDAGÃ Responsáveis pelo padê de Exu AXOGUM Encarregado dos sacrifícios ALABÊS Músicos cerimoniais OGÃS Representantes dos terreiros EQUÉDES Zeladora dos orixás incorporados IAÔS Médiuns dos orixás ABIÂS Noviças em fase de préiniciação Fonte: Scaramal, Eliesse (Org.). Para Estudar História da África. Anápolis Núcleo de Seleção UEG, Estudos clássicos sobre Candomblé de Ketu no Brasil De acordo com a monografia de Clarissa Adjuto Ulhoa sabe-se que o médico-legista Raimundo Nina Rodrigues ( ) foi o pioneiro nos estudos sobre o candomblé de ketu no Brasil, ele acreditava que os iorubas haviam influenciado a sociedade brasileira mais intensa que os demais povos africanos, por esse motivo que se dedicou ao estudo sobre o candomblé de

25 23 ketu. Além disso, Nina Rodrigues foi o responsável por originar a idéia de superioridade iorubana, inferiorizando as práticas religiosas originárias do grupo banto por considerá-las simples e rudimentares. Nina Rodrigues condenava as religiões mais fortemente hibridizadas, classificando-as como ilegítimas e de pouca seriedade no que diz respeito, por exemplo, aos rituais de possessão iniciação (...). Em suas obras enfatiza termos raciais, progressista e hierárquico. Por ter essas características, suas obras são as mais criticadas pelos estudiosos atuais (ULHOA, 2008, p.32). Para escrever seu trabalho pioneiro nesse campo - O animismo fetichista dos negros bahianos (publicado no Brasil em forma de artigos em 1896) visitou inúmeros terreiros de candomblé localizado em Salvador, uma das principais cidades brasileiras na difusão do candomblé (...). Para ele, o fato da religião africana ser politeísta e animista demonstrava a inferioridade do negro em relação ao branco cuja religião, monoteísta, exigia abstrações mais sofisticadas do pensamento. Sendo específico, Raimundo Nina Rodrigues concluiu que o Brasil jamais chegaria a ser um país promissor igual à Europa, onde a raça negra não exerceu influência (SILVA, 2005, p.55). Ainda segundo Silva (2005) percebe, em conseqüência desse ideal de civilização branca, moderna e cientificista, os negros foram sendo expulsos da vida social de nossas cidades ou responsabilizados cientificamente pelo nosso atraso cultural, tendo de sobreviver material e culturalmente, ora introjetando os preconceitos de que eram vítimas, ora enaltecendo seus valores, afirmando suas diferenças, e buscando nelas formas de se articularem alternativamente aos padrões do mundo branco dominante. (...). E a religião, restituindo algum conforto espiritual e esperança para grupos tão perseguidos e estigmatizados, pôde desempenhar seu papel clássico que é o de tornar o sofrimento suportável e fazer da fé uma forma de prosseguir mesmo diante da dissolução do mundo ao redor. Na monografia de Ulhoa (2008, p.33), outro autor que segue quase a mesma linha de pensamento do autor Nina Rodrigues é também o médicolegista Artur Ramos ( ), a crença desse, é uma suposta superioridade iorubana, classificando dessa forma os cultos de origem banta como pobre. Em sua obra é perceptível notar que existe uma categorização que divide as religiões africanas em escala de superioridade e inferioridade.

26 24 De acordo com a monografia de Clarissa Adjuto Ulhoa (2008, p.33), o sociólogo francês Roger Bastide ( ) lançou importantes contribuições para o estudo do candomblé de Ketu, principalmente em As religiões africanas no Brasil (1985). Dentre estas contribuições encontra-se o estudo que relaciona as formas pré-capitalista e capitalista de produção com a formação das religiões de influência africana. Desta forma, segundo o autor, religiões como o candomblé de ketu puderam se organizar nas cidades do nordeste brasileiro devido á predominância de formas tradicionais, comunitárias e até mesmo a sociedade pré-capitalista de organização social. Os valores presentes na sociedade nordestina, para Bastide, aproximavam-se aqueles presentes nas regiões africanas de onde o candomblé de ketu se originou. Assim, o surgimento dos candomblés consistiria em uma tentativa de reconstituir desta ordem perdida, as religiões hibridizadas, como a macumba, por exemplo, são analisadas por Bastide por meio do conceito de aculturação, o qual pressupõe uma suposta perda cultural, e sim uma ressignificação e negociação simbólica. Segundo o artigo de Prandi,Reginaldo (2007) As religiões afrobrasileiras nas ciências sociais uma conferência uma bibliografia, o candomblé para Bastide, recriava para o negro um mundo ao qual ele podia com certeza regularizar se retirar da sociedade branca opressiva e dominadora, uma pequena África fora da sociedade, o terreiro como substituto da perdida cidade africana e da família que não pôde ser refeita no Brasil como moldes africanos. O candomblé punha a disposição do negro brasileiro um mundo também negro, comunitário-familiar, justaposto ao mundo branco, de modo que o fiel pudesse passar de um mundo para o outro como se fosse dimensão ortogonal de uma mesma realidade, em que o não religioso significava a diversidade a que o negro estava sujeito pela realidade histórica da escravidão. Um outro importante estudioso das religiões de influência africana é a antropóloga norte-americana Landes, Ruth, em sua obra A Cidade das Mulheres (1947) foi baseada em um recorte de gênero, onde apresenta importantes detalhes sobre o cotidiano de algumas Ialorixás e Babalarorixá do candomblé de ketu por meio de narrativa, a autora discorre longos diálogos fornecendo importantes conhecimentos em relação às cerimônias ritualísticas, destacando detalhes como, por exemplo, vestimentas, acessórios, distribuições

27 25 de funções a relação de vivência entre os componentes do terreiro, dentre outros detalhes nesse ambiente. Um aspecto imprescindível em sua obra é que as casas de ketu são lugares essencialmente matriarcais, ou seja, femininos retratando o candomblé da Bahia em tempos passados Umbanda * e Kardecismo: diferentes do candomblé Para muitos ainda persiste a idéia de que religiões como umbanda, candomblé, kardecista e quimbanda, dentre outras, são a mesma coisa. Outros insistem em falar que os rituais da umbanda e candomblé são iguais. Existem elementos que podem ajudar a distinguir as diferenças entre religiões afro-brasileiras e religiões de matriz africana. A relação com a natureza, presente na cosmogonia na ritualística, o uso de ervas, de aspectos místicos, reverência aos ancestrais e o aspecto mais conhecido pela a população é a crença na comunicação entre os homens e o mundo sagrado, por adivinhações, transe e rituais, essas são algumas características das religiões de matriz africana. Observe abaixo algumas características entre as seguintes religiões: Tabela 2: ASPECTOS DOMINANTES UMBANDA CANDOMBLÉ QUIMBANDA Ritual variando pela Ritual fixo de uma nação Origem na magia origem africana africana e milenar Vestes, em geral, Uso da língua e Espíritos em plano branca. costumes africanos inferior * Léo Carrer Nogueira define a Umbanda em três elementos: o primeiro é o fenômeno de incorporação, que a distingue das religiões de veneração como o cristinaismo; o segundo o trabalho com espíritos que são marginalizados na sociedade civilizada, o que a distingue do Kardecismo, que trabalha com entidades consideradas evoluídas, como médicos, padres, etc., e do Candomblé, que trabalha diretamente com os orixás; e o terceiro a conversa direta entre a entidade incorporada e o paciente que procura o centro de Umbanda, que a distingue do Candomblé, em que os orixás incorporados não conversam com os freqüentadores do culto. NOGUEIRA, Léo Carrer (2005), p

28 26 Altar com imagens Vestes coloridas e católicas, pretos-velhos e insígnias de cada Orixá caboclos. Sessões espíritas, Altar interno conforme as formando agrupamentos usanças africanas. dispostos em pé, em salões ou terreiros. Desenvolvimento Festas públicas só para mediúnico normal na as divindades. corrente. Bases: africanismo, Preparação dos adeptos: espiritismo, longa, secreta e amerindismo, segregada catolicismo, ocultismo. Serviço social constante Teme, de algum modo, nos templos. as almas. Não aceita no geral, a reencarnação. Fonte: Revista Orixás Nª13, p. 17. Sessões reservadas para trabalhos Sessões públicas após meia noite. Sacrifício animal. Não tem aprendizagem organizada. Trabalhos para o mal ou para desfazer o mal. Remuneração. Não tem base doutrinária. Gira em torno da magia do enfeitiçamento. Fazendo um contraponto, Reginaldo Prandi irá caracterizar a religião afro-brasileira como um culto aos ancestrais, na forma de encantos, homens e mulheres que morreram ou então passaram diretamente deste mundo para o mítico, caboclos e outras entidades diversas, as quais são consultadas durante o ritual (Prandi, 2004, p.07). Numa visão baseada em interpretação de aspectos da tradição africana, ou seja, religiões que demonstram elementos do catolicismo popular, tradição indígena dentre outras, são consideradas religiões afro-brasileira.

29 27 Baseado na monografia de Clarissa Ilê-Axê Omi Bagtô Jegedé: Apontamentos Preliminares sobre o Processo de Constituição do Primeiro Terreiro Goiano de Ketu A umbanda teve origem em meados de 1920 e1930 é caracterizada como um culto organizado de acordo com os padrões atuais. Kardecistas de classe média passaram a buscar a junção com suas práticas elementos das tradições afro-brasileiras e começaram a transpassar e defender publicamente a hibridização religiosa entre kardecismo e umbanda, com o objetivo de torná-la legítima e aceita como uma religião nova e brasileira (Ulhoa, 2008, p.22-23). Antes de a umbanda constituir um formato mais definida, muitos elementos formadores já estavam presentes no universo religioso popular do final do século XIX, sobretudo nas práticas bantos. Na Cabula, por exemplo, (...), o chefe do culto era chamado de embanda - possível origem do nome da religião que se formou pela ação desse líder ou se confundiu com suas práticas. Além disso, cargos e elementos litúrgicos da cabula também se preservaram na umbanda, como o de combone, auxiliar do chefe do culto, ou a enba( ou pemba) pó sagrado usado para limpar o ambiente dos rituais( Silva 2005, p ). Além dessas características citadas, de acordo com Silva (2005) a umbanda caracterizam-se pelo fenômeno da incorporação de caboclos, pretovelhos, crianças, exus e diversas outras entidades. Os caboclos são entidades que representam o indígena brasileiro, esses se manifesta, no contexto da umbanda,como católicos, e geralmente começa seus trabalhos com as orações pai nosso ou ave-maria. Os exus têm sua figura muitas vezes associada ao diabo, a promiscuidade e até a morte. È válido ressaltar que não é comum encontrar exus em casas de umbanda, pois, são predominantes aos elementos de matriz africana. Tratando dos pretos velhos, eles são entendidos como um espírito de um negro escravizado idoso que anda sempre curvado e com dificuldades. Estes tipos de entidades conhecidas também por espíritos que incorporados ao médium prestam consultas aos pacientes que procuram o terreiro em busca de ajuda espiritual ou física. O culto de umbanda pode ser simples ou complexo, isso dependerá dos rituais e das influências utilizadas em cada terreiro, é comum iniciar em círculo com cantos específicos da umbanda, que em suas letras louvam os orixás e chamam pelas entidades.

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