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Transcrição:

AG no 200.2011.019001-0/001 1 11;91 ni Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira ACÓRDÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO No 200.2011.019001-0/001 - CAPITAL RELATOR: Juiz Marcos William de Oliveira, convocado, em substituição à Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira AGRAVANTE: Benitália Grisi da Cunha ADVOGADO: Filipe José Vilarim da Cunha Lima AGRAVADA: AFFtAFEP - Associação dos Fiscais de Rendas e Agentes Fiscais ADVOGADOS: Sylvio Torres Filho e Patrícia Ellen de Azevedo Torres AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSOCIAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS. AGRAVANTE/ASSOCIADA PORTADORA DE "SURDEZ NEUROSSENSORIAL BILATERAL DE CARÁTER SEVERO A PROFUNDO". USO DE APARELHO AUDITIVO (AASI). IMPOSSIBILIDADE DE FORNECIMENTO PELA AGRAVADA. OBJETO QUE FOGE ÀS DISPOSIÇÕES DO REGULAMENTO DA ENTIDADE. DESPROVIMENTO. - Improcede a suposta obrigação do fornecimento de aparelho auditivo, de forma gratuita, à parte associada, quando comprovada que a associação agravada não é destinada a fins lucrativos, bem ainda que seu regulamento não cobre esse tipo de serviço, razão de desprover-se o agravo de instrumento para tal desiderato.

AG no 200.2011.019001-0/001 2 VISTOS, relatados e discutidos estes autos. ACO R DAa Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça da Paraíba, à unanimidade, desprover o agravo de instrumento. Trata-se de agravo de instrumento interposto por BENITÁLIA GRISI DA CUNHA contra decisão interlocutória do Juízo de Direito da 8a Vara Cível da Capital que, nos autos da ação de obrigação de fazer ajuizada em face da AFRAFEP ASSOCIAÇÃO DOS FISCAIS DE RENDAS E AGENTES FISCAIS, indeferiu o pedido de tutela antecipada na ação cognitiva, intentada com o escopo de obrigar a associação agravada a fornecer, de forma gratuita, aparelho auditivo à agravante, por ser portadora de surdez neurossensorial bilateral de caráter severo a profundo, irreversível, com indicação de protetização acústica. A agravante aduz que é associada da parte agravada desde 28 de novembro de 1994, "sempre honrando corretamente todas as suas prestações", razão pela qual tem o direito de ser beneficiada com o fornecimento do aparelho auditivo de que tanto necessita. Juntou documentos. Liminar de efeito suspensivo indeferida (fls. 67/69). Contrarrazões rebatendo os termos da exordial, sob o argumento de que a AFRAFEP é uma associação sem fins lucrativos, bem ainda que o fornecimento desse tipo de aparelho não se encontra amparado pelo regulamento da referida entidade (fls. 75/83), motivos pelos quais o recurso deve ser desprovido. Com vista dos autos, a Procuradoria de Justiça, no parecer de fls. 117/121, opinou pelo desprovimento do agravo. É o relatório.

AG no 200.2011.019001-0/001 3 VOTO: Juiz MARCOS WILLIAM DE OLIVEIRA Relator A pretensão exordial se escuda no fato de a agravante, desde 1994, ser associada da Associação dos Fiscais de Rendas e Agentes Fiscais da Paraíba (AFRAFEP), pagando, regularmente, as prestações inerentes ao plano, razão pela qual alega ter direito a receber o aparelho auditivo requerido na inicial, para tratamento de sua surdez, o qual deve ser fornecido pela associação agravada. Data vênia, não vislumbro a possibilidade de prover o agravo, embora a agravante tenha demonstrado nos autos que sofre de doença auditiva. Inicialmente, vale salientar que a entidade agravada não tem finalidade lucrativa, sendo apenas representante da categoria dos fiscais de rendas e agentes fiscais do Estado da Paraíba. Eis o teor dos artigos 1 e 2 do seu Estatuto: Art. 1 0 A Associação dos Fiscais de Rendas e Agentes Fiscais do Estado da Paraíba, fundada em 18 de setembro de 1962, é uma associação de pessoas, com finalidade não lucrativa, com sede e foro na cidade de João Pessoa- PB, de duração ilimitada, que se regerá por este Estatuto e, nele, abreviadamente, se denominará AFRAFEP. Art. 20 A AFRAFEP é entidade congregadora e representativa das classes de Fiscais de Rendas e Agentes Fiscais do Estado da Paraíba, ativos e inativos, hoje unificados sob a categoria de Agentes Fiscais da Fazenda Estadual. Pois bem, da leitura dos dispositivos citados e dos demais elementos dos autos, chego à conclusão de que a associação agravada presta aos seus associados assistência médico-hospitalar na forma de autogestão, sem finalidade lucrativa, de forma diferente de um plano de saúde comum, que tem finalidades empresariais. Ademais, a referida associação funciona sob o regime mutualista, nos termos da Lei Federal n 9.656/98, conforme preconiza o artigo 1 do Regulamento de Serviço de Assistência Médico-Hospitalar, in verbis. Art. 1 0 A Associação dos Fiscais de Rendas e Agentes Fiscais do Estado da Paraíba AFRAFEP, registrada na AN

AG no 200.2011.019001-0/001 4 Agência Nacional de Saúde Suplementar sob n 0 33.028-1, prestará a seus associados inscritos no Serviço de Assistência Médico-Hospitalar AFRAFEP-SAÚDE, assistência na forma de autogestão, sem finalidade lucrativa, sob o sistema mutualista, como plano coletivo por adesão, com cobertura assistencial em regime ambulatorial, internação hospitalar e obstetrícia em todas as modalidades médicas, conforme a Lei n 9.656/98 e nas condições estabelecidas no presente regulamento. Portanto, tomando-se como base esse enunciado, conclui-se que a associação agravada não é um plano de saúde do qual qualquer pessoa possa dele participar. Na verdade, trata-se de uma entidade privativa dos seus associados, no caso, voltada para auditores/agentes fiscais da Fazenda Estadual, o que foge da esfera dos planos de saúde comuns. Para corroborar o que fora dito, trago à baila a regra do artigo 2 0, parágrafo único, X, do seu regulamento, encartado às fls. 43/63: Art. 2 [...] Parágrafo Único Excluem-se da Assistência prevista neste artigo: X aquisição de aparelhos ortopédicos, fornecimento de órteses e próteses não ligadas ao ato cirúrgico. No caso em apreço, a agravante não se enquadra no dispositivo mencionado, tendo em vista que a sua pretensão é de receber um aparelho auditivo, que, embora seja considerado uma prótese, definitivamente não está ligado a ato cirúrgico. O Estatuto da associação agravada, na Subseção I, referente ao Plano-Referência, inserto às fls. 86/114, no seu artigo 16, 1 0, VIII, determina o seguinte: Art. 16. A cobertura assistencial de que trata o planoreferência compreende todos os procedimentos clínicos, cirúrgicos, obstetrícios e os atendimentos de urgência e emergência, na forma estabelecida no artigo 10 da Lei n 0 9.656, de 1998.

AG no 200.2011.019001-0/001 5 10 São permitidas as seguintes exclusões assistenciais previstas no artigo 10 da Lei no 9.656, de 1998: VIII - fornecimento de próteses, órteses e seus acessórios não ligados ao ato cirúrgico. Então, não assiste qualquer razão à agravante. Diante do exposto, desprovejo o agravo de instrumento, mantendo incólume a decisão atacada, ratificando, assim, os termos da liminar indeferida às fls. 67/69. É como voto. Presidiu a Sessão o Excelentíssimo Desembargador MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE, que participou do julgamento com ESTE RELATOR (Juiz de Direito Convocado, em substituição à Excelentíssima Desembargadora MARIA DAS NEVES DO EGITO DE A. D. FERREIRA) e com a Excelentíssima Doutora MARIA DAS GRAÇAS MORAIS GUEDES (Juíza de Direito Convocada, em substituição à Excelentíssima Desembargadora MARIA DE FÁTIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI). Presente à Sessão o Excelentíssimo Doutor SAGRES MACEDO VIEIRA, Procurador de Justiça. FRANCISCO Sala de Sessões de Justiça do Estado da Paraíba, unda Câmara Cível do Egrégio Tribunal P ssoa/pb, 28 de fevereiro de 2012. Juiz MA DE OLIVEIRA

0. tro.,z x(*x çfr. V'15;