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1 f ,4 ff4b Hal Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Des a Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N o /001 - 'AMPINA GRANDE RELATORA : Des o Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira APELANTE : Júlio César Pires Cavalcante ADVOGADO : Em causa própria 10 APELADO : Condomínio Edifício Residencial Rocha Cavalcante II ADVOGADO : Alberto Jorge Santos L. Carvalho a APELADA : STTP Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos do Município de Campina Grande ADVOGADOS : ítalo Clementino de L. Montenegro e outros PRELIMINAR. DECRETAÇÃO DE REVELIA. CONTESTAÇÃO INTEMPESTIVA. NÃO OCORRÊNCIA. REJEIÇÃO. - A autarquia, sendo pessoa jurídica de direito público, possui prazo em dobro para contestar. PRELIMINAR. NULIDADE DA SENTENÇA. JULGAMENTO C1TRA PÉ Lu A. REJEIÇÃO Eis que o julgado examinou todos os pedidos da exordial em relação a ambos os demandados, não havendo que se falar em decisão citra petita. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER C/C PEDIDO DE DESFAZIMENTO DE OBRA. CONDOMÍNIO. COLOCAÇÃO DE LOMBADAS. ALEGAÇÃO DE IRREGULARIDADES. RETIRADA. DESNECESSIDADE. POSSIBILIDADE DE ADEQUAÇÃO A NORMAS ADMINISTRATIVAS DO CONTRAN. DESPROVIMENTO. - A instalação dos redutores de velocidade no interior do condomínio residencial teve aprovação da maioria dos condôminos e parecer da STTP, no sentido de possibilidade de adequação dos mesmos às normas administrativas estabelecidas pelo CONTRAN. Ponderação que não permite a retirada das lombadas.

2 2 VISTOS, relatados e discutidos os autos acima referenciados. ACORD A, a Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça da Paraíba, à unanimidade, rejeitar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso apelatório. li JÚLIO CÉSAR PIRES CAVALCANTE, já qualificado' )(V s autos, interpôs recurso de apelação, irresignado com a decisão proferida pelo Juízo de Direito da ia Vara da Fazenda Pública de Campina Grande, que julgou improcedente o pedido formulado na ação ordinária de obrigação de não fazer c/c pedido de tutela mandamental e executiva com desfazimento de obra e tutela antecipada. O apelante alega, preliminarmente, a nulidade da sentença, uma vez que o Magistrado a quo não analisou o pedido em relação à STTP. Aduz, ainda, necessidade de decretação da revelia da 511P, pois contestou intempestivamente. No mérito, alegou que a instalação de lombada é ato vinculado que só pode ser feito depois de um processo administrativo junto à STTP, o que não foi feito, no caso. Alega, ainda, que a convenção do Condomínio não deve prevalecer sobre as normas 1111 do CONTRAN (fls ). Devidamente intimado, o primeiro apelado apresentou contrarazões, às fls , pugnando pelo desprovimento do apelo. Parecer da Procuradoria de Justiça, sem opinar no mérito, por entender ausente o interesse público na questão (fls ). É o relatório. VOTO: Desa MARIA DAS NEVES DO EGITO DE A. D. FERREIRA Relatora A questão gira em torno da instalação de cinco lombadas no condomínio residencial em questão, tendo a sentença guerreada julgado improcedente o pleito de retirada destas ondulações transversais, o que gerou a interposição do presente recurso. O apelante levanta, inicialmente, o fato da Superintendência de Trânsito e Transportes públicos do Município de Campina Grande ter apresentado contestação intempestivamente. Vejo que não possui razão o apelante. O art. 188 do CPC estabelece que a Fazenda Pública tem prazo em quádruplo para contestar. Tal dispositivo se aplica ao caso em tela, visto que a apelada consiste numa autarquia. Na presente questão, o prazo para que a STTP contestasse começou a correr em 21 de março de 2007, um dia depois da juntada, aos autos, do mandado de citação. Deste modo, o prazo se encerrou no dia 19 de maio. No entanto, como referido dia foi um sábado, o prazo foi prorrogado para a segunda feira seguinte (21 de maio), justamente o dia em que a STTP apresentou sua contestação. Assim, não há intempestividade da contestação, pelo que rejeito a primeira preliminar.

3 3 Quanto à preliminar de nulidade da sentença, em razão do fato do Magistrado singular não ter julgado o pleito em relação à STTP, igualmente não deve prosperar. É que vislumbro que o julgado examinou todos pedidos constantes na exordial, quais sejam, a antecipação de tutela e a confirmação da mesma para determinar a retirada das lombadas do interior do condomínio residencial. Ocorre que todos os pleitos foram julgados improcedentes. A sentença se manifestou sobre todos os pedidos em relação a ambos os demandados, não havendo que se falar em nulidade da mesma. Assim, também rejeito tal preliminar. apelante. No mérito, a questão é de fácil deslinde, não assistindo razão ao 4111 Este alega que, no ano de 1996, foi instalada uma lombada no interior do condomínio em questão e que, em 2006, mais quatro lombadas foram instaladas, só que de modo irregular, pois não foram antecedidas de procedimento administrativo junto à Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos do Município de Campina Grande. Inicialmente vejo que a colocação das lombadas dentro do condomínio foi feita em atendimento a uma necessidade dos condôminos, qual seja, trazer mais segurança à área de circulação interna, a fim de evitar que os veículos desenvolvessem velocidade incompatível com a segurança dos moradores e dos visitantes. Portanto tal atitude não foi uma escolha unilateral do síndico ou de poucos moradores, bem porque é sabença que qualquer obra no condomínio deve ser aprovada pelos condôminos em assembléias deliberativas. É tanto que, quando o apelante propôs, em assembléia geral, a retirada das lombadas, tal sugestão foi, de pronto, rejeitada pelas pessoas presentes, como demonstra o documento de fls. 81. Constata-se, pois, que a colocação das lombadas foi medida que trouxe segurança a todos que circulam no interior do condomínio, não podendo ser retiradas pela vontade isolada de um único condômino. As vias internas de circulação dos edifícios residenciais consistem em áreas particulares e seguem as normas internas estabelecidas na convenção do condomínio e nas assembléias gerais, de acordo com a vontade da maioria. Deste modo, a retirada das lombadas redutoras de velocidade vai de encontro com a vontade da coletividade e de seus interesses sociais relacionados à segurança do condomínio. Assim, não se pode decidir com base em preferências pessoais, bem porque o apelante não apontou quais eram as supostas irregularidades que ensejavam a retirada dos redutores de velocidade. Alem do mais, a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos do Município de Campina Grande STTP afirmou, nos autos, que as irregularidades encontradas nas lombadas, quais sejam, dimensões e sinalização, não ensejariam a retirada das mesmas, mas apenas a adequação à resolução do CONTRAN, a qual disciplina a matéria (fls. 97). Isto posto, nego provimento ao recurso apelatório, mantendo a sentença em todos os seus termos.

4 4 É como voto. Presidiu a Sessão o Excelentíssimo Desembargador I/ RCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE, que participou do Julgamento com ESTA RELATORA e com a Excelentíssima Desembargadora MARIA DE FÁTIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI. Presente à Sessão, o Excelentíssimo Doutor NELSON ANTÔNIO CAVALCANTI LEMOS, Procurador de Justiça. Sala das Sessões da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa/PB, 15 de abril de Desa MARIA DAS NEVES DO EGI 'GI DE A.. FERREIRA Relator.

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