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1 4~~1~1~,- - _ j : 3 351ity, '1211 "71:\ ikl ESTADO DA PARA(BA t UM I PODER JUDICIÁRIO - 1. TRIBUNAL DE JUSTIÇA,ffl O. :Y/ r Gabinete do Desembargador 1891 III, / Marcos Cavalcanti de Albuquerque 11111' ONisiteiirar' (í, I Acdrdão APELAÇÃO CÍ VEL N" /001. RELATOR Dr. José Aurélio da Luz Juiz convoçatio APELANTE. Lourival Francisco de Almeida -- Adv. Márcio Henrique Carvalho Ciarcia. APELAM FENAE Federação Nacional das As.ociaçoes do Pessoal da Caixa Econômica Federal - Adv. Acii,tinho Alberio Fernandes Duarte. EMENTA: CIVIL. Ação de indenização por danos materiais. Contrato de seguro de vida. Rescisão contratual. Inexistência de consulta prévia da empresa em face do contratante. Alegação de dano. Não comprovação. Sentença improcedente. Ónus da prova do autor.. Insurreição. Apelo. Argumentos insubsistentes. Reiteração do pedido inicial. Manutenção da decisão de primeiro grau. - O ônus da prova é regra de julgamento, cabendo ao magistrado de primeira instância proferir julgamento contrário àquele que tinha o ônus dá Prova e dele não se desincumbiu, devendo este entendimento ser confirmado pelo órgão rui quem I I " Vistos, relatados e!discutidos este initoç acima identificados. Acorda a Segunda Câmara CíVel do Tribunal de Justiça da Para' a, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AO RE( :URSO. (\,.! ".; oe. 011 \ Ni. 4k

2 . 4 F- APELAÇÃO CiVEL.,, `41 arrjitt N /001 RELATÓRIO Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por LOURIVAL FRANCISCO DE ALMEIDA, hostilizando a sentença de fls. 416/423, que julgou improcedente o pedido por ele formulado na ação de indenização por danos materiais ajuizada contra FENAE FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DO PESSOAL DA CAIXA ECONÓMICA FEDERAL. Aduz em suas razões que o juízo a quo acatou, equivocadamente, a tese da rescisão unilateral do desequilíbrio contratual, uma vez que, segundo o documento de fl. 130 a referida rescisão contratual não estava consignada na proposta, sendo portanto, ilícita a conduta perpetrada pela apelada Contra-razões não apresentadas, conforme certidão de fl. A Procuradoria de Justiça emitiu parecer, opinando pelo desprovimento do recurso, fls. 452/455. É O relatório. VOTO Conhece-se do recurso de apelação, porquanto presentes Os pressupostos subjetivos e objetivos tie admissibilidade. Ao exame da questão de mérito ou dita de fundo, verificase que não assiste razão ao recorrente. Tenciona o apelante ver reformada a sentença que julgou i nprocedente o seu pedido inicial, consistente no recebimento de R$ ,00,.1\ 2

3 ' ot-140. w APELAÇÃO CÍVEL -~tinito N /001 là-, _ em decorrência do suposto dano material que, segundo ele, experimentou no momento em que foi aposentado por invalidez total, em decorrência de acidente de trabalho, e não gozou do direito de retirada do seguro de vida junto à seguradora, ora apelada, mesmo havendo contribuído por quase 30 anos e sendo este direito assegurado por contrato. Com efeito, o dano que afirma o recorrente haver sofrido decorreu da rescisão do contrato de seguro em grupo de pessoal da Caixa Econômica Federal, por parte da seguradora/apelada, sem consentimento do apelante. ( Pois bem, compulsando os autos, verifica-se que segundo a Resolução CNSP ri. 41 de 2000, a seguradora cumpriu com suas obrigações. A 0110 mesma Resolução determina ser obrigação do estipulante/seguradora, repassar aos segurados todas as comunicações e avisos inerentes à apólice. Por fim, conclui-se que restou provado que esta obrigação foi cumprida, conforme o documento de fl Assim sendo, há prova no caderno processual de que foi comunicado aos segurados, dentro do ' prazo legal, que a apólice da Caixa Seguro Vida Preferencial Plus estava sendo cancelada e que unia nova apólice!,, I (Caixa Seguro Vida Exclusivo) era oferecida aos, mesmos, assegurando a permanência daqueles direitos que à anterior ccincedia. O cancelamento da, apólice unilateral da seguradora teve por fim àsegurar o pagamento dos seguros no momento em que fossem requeridos., Apesar de tudo isto, também consta dos autos, que o apelante teve assegurado o direito de oferecer reclamação junto à SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), em face dá atitude da seguradora apelada, mas não o fez. Assim sendo, não houve qualquer conduta ilícita por parte da apelada, motivo pelo qual impossível seria a sua condenação na presente ação de indenização) por danos materiais.. r. ' 11/4 3

4 t'} nwr >1\---.1/K. APELAÇÃO CIVEL rj N /001 t..."!4-2. I LI l/ - No que pertine à documentação necessária para a demonstração dos fatos alegados pelo autor, ou seja, de que houve conduta abusiva por parte da apelada, bem corno dano material sofrido pelo autor, temse que esta não foi juntada aos autos. Com efeito, de um simples cotejo das alegações contidas na exordial e razões de recurso, com os elementos apontados como sendo provas trazidas aos autos, facilmente se percebe a fragilidade da pretensão material perseguida pelo autor. O ônus probatório não foi observado pelo apelante, haja vista ter alegado sem provar os fatos que supostamente amparam seu direito. Ressalta-se, por oportuno, que doutrina e jurisprudência nos ensinam que compete ao autor a comprovação dos fatos constitutivos cie seu direito. Desse modo, o poder instrutório corifefido aos juizes em busca da. verdade dos fatos coligidos ao processo, não pode suintituir o ônus de prova imputado aos demandantes na afirmação de seus direitos. Como é de conhecimento amplo e geral, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito, segundo a própria dicção legal contida no art. 333, inc. 1, do CPC, que diz: "O ônus da prova. incumbe:1 - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito.". Sendo assim, dúvida inexiste de que caberia ao autor. demonstrar o fato constitutivo de seu direito, qual seja, o de que sofreu dano material em face de suposta conduta abusiva praticada pela apelada, 411 consistente na rescisão contratual, sem a anuência do segurado, ora apelante. Apropriado ao tema é a lição do eminente processualista Nelson Nery Júnior, in "Código de Processo Comentado", 6' EDIÇÃO, pág. 696:.. "O ônus da prova é regra de juizo, isto é, de ; julgamento,.1 4` ;: 4

5 , APELAÇÃO CIN./EL, N /001 u u cabendo ao juiz, quando da prolação da sentença, proftrir julgamento contrário àquele que tinha o ônus da prova e dele não çe desincumbiu". Logo, não se desincumbindo o autor do ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu direito (art. 333, inciso 1, do CPC), impõe-se, iii casu, o reconhecimento da improcedência do pedido recursal em todos os seus termos, e a conseqüente manutenção da decisão de primeiro grau por este órgão ad quem. É como voto. Presidiu h Sessão o Exmo. Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque. Relator Dr. José Aurélio da Cruz. Participaram do julgamento Os Desembargadores Rodrigo Marques da Silva Lima ( 11:az r mrocadu para substituir (1 Desembargadora Maria de Fátima M. Becrra Cavalcanti)., Maria das Neves do Egito Aratijo Duda Ferreira e José Aurélio da Cruz (Juiz- c, invocado para substituir o Desembargador Marcos Cavalcanti de Alihitquerque). Presente ao julgamento a Exma. Dra. Ldcia de Fátima Maia Farias, Procuradora de Justiça. Sala de Sessões da Segunda Câmara :ivel, do Egrégio Tribunal de Justiça da Paraíba, João Pessoa, 26 de fevereiro 2008.,,, r _ É-AURÉLIO DA CRUZ RELATOR I rim 5

6 TRIBUNAL DE JUSTIÇAj Coordnadaria Jad1ciri Registrado eiraporej Cl g 1110