AUSÊNCIA DE PROVAS IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO APLICAÇÃO DO ART. 333, I, DO CPC

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1 , a.. A lk )1)ER PAU ÁRO TRBUNAL DT JUSTÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABNETE 1 )F.SEMBARGADOR MANDE. PAU MO DA LUZ ACÓRDÃO/ Apelação Cível n" /001 i a Vara Cível da Comarca de Campina Grande Relator : Juiz Carlos Neves da Franca Neto, em subsrituição ao Desembargador Manoel Paulino da Luz. Apelante : Maria Rejane Rodrigues da Silva. Advogada : Karina Leite de Almeida Fiorentino. Apelada : Sociedade Odontológica de Campina Grande. Advogada : Valterluciana Almeida de Moraes. 110 NDENZAÇÃO POR DANOS MATERAS EMORAS AUSÊNCA DE PROVAS MPROCEDÊNCA DO PEDDO APLCAÇÃO DO ART. 333,, DO CPC RECURSO APELATÓRO MANUTENÇÃO DO DECSUM DESPROVMENTO DO RECURSO.; - Se o autor não demonstrou o fato constitutivo do direito invocado, a conseqüência é o julgamertto de improcedência do pedido. VSTOS, relatados e discutidos estes autos ACORDAM, os Desembargadores da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, por unanimidade, negar provimento ao recurso, em harmonia com o parecer ministerial. 21-1

2 ; Ap /001 RELATÓRO Trata-se de recurso apelatório manejado por Maria Rejane Rodrigues da Silva contra a sentença do Juízo de Direito da 1 a Vara Cível da. Comarca de Campina Grande que julgou improcedente a ação inclenilatória movida contra Sociedade Odontológica de Campina Grande, por ausência de provas dos fatos constitutivos do direito invocado. Alega a recorrente que sofreu prejuízo moral por ato 'atribuído à recorrida, pelo fato de ter esta oferecido curso, cujo certificado não possui validade perante instituições de ensino, e dano material no valor de R$175,00 (cento e setenta e cinco reais), pelo valor pago para realização do curso: Além disso, pede lucros cessantes de R$ ,00 (dezesseis mil reais). Contra-razões ofertadas às fls. 111/1 19. nstada a manifestar-se, a douta Procuradoria de Justiça emitiu parecer opinando pelo desprovimento do recurso (fls.125/128). VOTO, A sentença recorrida não merece reparo. Compulsando Os autos, verifica-se que a apelante fez um curso de auxiliar de consultório dentário, junto à Sociedade Odontológica de Campina Grande, na esperança de, após concluí-lo, matricular-se num curso - para Técnico em Higiene Dental, no Complexo Paulista de Ensino. Contudo,. teve frustrada a expectativa, eis que uma orientação do Conselho Estadual de Educação ponderou que aquele curso, oferecido pela apelada, era um:curso livre, ou seja, não regulamentado por resolução do Conselho EstadUal de )7

3 li t e Ap /001.. Educação e, assim, não possuía amparo junto às normas educacionais. A conseqüência era que o Complexo Paulista não poderia oferecer d curso aos alunos egressos da Sociedade Odontológica de Campina Grande. Em que pese os argumentos da recorrente, a apelada não cometera ofensa a qualquer direito da personalidade daquela, por ter lhe oferecido uni curso livre. Como ressaltou a magistrada sentenciarite, o curso oferecido pela Sociedade Odontológica de Campina Grande visava apenas a qualificar os interessados em bem exercer seu mister e, nesse ponto, a finalidade parece ter sido alcançada. O fato de o Conselho Estadu' al de 1=4:clucação ter emitido parecer (fl. 15) concluindo que "os egressos Saciedade Odontohigica de Campina Grande derem se mailicw/ar, /to módulo 1 do curso técnico (j ) emiti pelo Complexo Pauilda de nsino, não tem o condão de obrigar a apelada a restituir valores despendidos com o curso. Os critérios de qualificação para o exercício do cargo de Técnico em Higiene Dental são ditados pelo Conselho Estadual de Educação e, se decidiram que a apelante deveria ingressar no módulo, isso não foi por culpa da recorrida. Por outro lado, os danos materiais também não restaram configurados. É que as aulas foram regularmente ministradas, como contraprestação às mensalidades pagas pelos alunos e a devolução de ditos valores causaria enriquecimento ilícito à apelante, o que é vedado pelo ordenamento jurídico. Também não há qualquer prova de que a apelante tenha deixado de assinar contrato com média salarial de R$ 1.000,00 (mil reais), por prazo de 16 (dezesseis) meses, por não ter se matriculado no curso de Técnico em Higiene Dental. O artigo 333,, do Código de Processo Civil, apregoa 4ue "o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fido constitutivo do seu direito". Nesse sentido, transcrevo julgado desta Egrégia Corte á e Justiça: 3 "b'

4 ' 4 ' Ap / A pw..apio (11/1 o R D Á R //DE ARBTRAMENTO C/ C COBRANÇA DE HONORÁROS P RO / USONAS. Contador autónomo. Contrato verbal. Divergênda quanto ao termo final. Não comprovação,' da efetiva prestação do serviço no pedodo questionado. Sentença. Mprocedência. rresignação. Recurso apelatódo. Manutenção do decisüm. Recurso desprovido. ncumbe ao autor a prova dos fitos constitutivos do direito em que se.unda sua pretensão. conforme determina o art.' 333,, do Código de Processo Civil. Tratando-se de contrato verbal de prestação de serviços, por contador autónomo, faz-se necessário que o autor comprove a efetiva prestação dos serviços, no período em. nexistindo provas nos autos, impõe-se a improcedência total do pedido de arbitramento e cobrança de honorários."' Por todo exposto, nego provimento ao recurso, mantendo incólume a decisão recorrida. É COMO voto. Sala das sessões da Segunda amara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa, 17 de julho de 2007 (data do julgamento). Presidiu a sessão a Desembargadora Maria de Fátirna Moraes Bezerra Cavalcanti, com voto. Participaram do julgamento os Juízes de Direito convocados para substituir os Desembargadores Manoel Paulino da Luz e Marcos Cavalcanti de Albuquerque, respectivamente, Carlo Neves da Franca Neto (relator) e Eduardo José de.carvalho Soares. Presente à sessão Lúcia de Fátima Maia Farias, Procuradora de Justiça. ' Apelação Cível n /001. Rei. Des.Manoei Soares Monteiro. D. J. 10/08/ (

5 Ap /001 João Pessoa, 23 de julho de _ Juiz Carlos Neves da Franca Neto Relator - 5.

6 TRABUNAL DE JUSTÇA, Coordeuadoria Judiciária ~logrado errlíe