TÍTULO: ANÁLISE DAS FORMAS DE TRATAMENTOS PARA O TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA (TEA)



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Transcrição:

TÍTULO: ANÁLISE DAS FORMAS DE TRATAMENTOS PARA O TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA (TEA) CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO AUTOR(ES): PALOMA CRISTINA GALDINO NOVAES ORIENTADOR(ES): VLADIMIR FERREIRA JUNIOR

1. Resumo O tratamento para o Transtorno de Espectro Autista (TEA) envolve a família e profissionais, sendo estes terapeutas, fisioterapeutas e acompanhamento psicopedagógico. O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento que acomete crianças antes dos 3 anos de idade que apresentam dificuldades de linguagem, alteração de comportamento e social. A causa exata para esta doença continua desconhecida sabendo se apenas que é uma anomalia física vinculada à biologia e a química no cérebro. A literatura que trata desta temática traz várias formas de classificação desta doença como a Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett, Transtorno desintegrativo da infância e Transtorno do desenvolvimento pervasivo. Desta forma, o presente trabalho tem como objeto o levantamento bibliográfico e histórico do Autismo para apontar as melhores ferramentas de diagnóstico e tratamento, medicamentoso ou não. Ferramentas imprescindíveis para auxiliar profissionais a melhorar a qualidade de vida da criança autista e seus familiares. Palavras chave: Autismo, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Diagnóstico, Tratamento.

2. Introdução O autismo, ou Transtorno de Espectro Autista (TEA), é uma disfunção global do desenvolvimento que se caracteriza por diversos fatores. O autismo acomete crianças antes dos 3 anos de idade e é mais comum que o vírus da AIDS, câncer e diabetes juntos. Estima se que no mundo a cerca de 70 milhões de pessoas com autismo (SILVA, 2012). De acordo com estudos recentes a incidência do autismo é quatro vezes maior em meninos do que em meninas (FOMBONNE, 2009). Em 1911, Bleuler observou que um grupo de crianças apresentavam perda de contato com a realidade, dificultando assim sua comunicação interpessoal. A este quadro Bleuler chamou de autismo. Esta foi a primeira vez que se usou esta expressão (AJURIAHUERRA, 1982). Em 1943, 32 anos após a primeira utilização da expressão autismo, Kanner, observando um grupo de 11 crianças usou a expressão distúrbio autístico do contato afetivo para descrever um quadro de autismo extremo caracterizado por inabilidade inata, eteriotipias e ecolalia que dificultavam o contato afetivo e interpessoal das crianças avaliadas. Kanner (1943) descreveu que este conjunto de sinais e sintomas apresentados pelas 11 crianças avaliadas estavam relacionados a fenômenos da linha esquizofrênica (KANNER, 1943). O mesmo Kanner, em outro trabalho de 1956, descreve o autismo como... uma verdadeira psicose (KANNER, 1956). Já em 1976, Ritvo, relacionou o autismo a um déficit cognitivo, considerou-o como sendo um transtorno do desenvolvimento e não uma psicose como descrito por outros autores (RITVO, 1976). Em 1992, Burack ressalta a idéia de Ritvo relacionando o autismo a um déficit cognitivo e não um quadro de psicose (BURACK, 1992). Até meados da década de 1980, o autismo não era considerado como separado da esquizofrenia. Assim, os critérios para avaliação do autismo têm evoluído com o

passar dos anos. O Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria (Diasgnosticand Statistical Manual of Mental Disorders), em suas várias edições, mostram a evolução na classificação desta doença. Porém, uma padronização nas ferramentas de classificação e tratamento se fazem necessários (GADIA, 2004). Barbaro, 2009 refere ao Transtorno de Espectro Autista (TEA) como uma classe do neurodesenvolvimento que inclui o Transtorno Autístico, Asperger, Desintegrativo da Infância e o Transtorno Global do Desenvolvimento Especifico, também conhecido como Autismo Atípico (BARBARO, 2009). O autismo manifesta-se na infância, antes dos 3 anos de idade, e sua prevalência é maior que as malformações congênitas (7 crianças para cada 10.000) e Síndrome de Down (5 crianças para cada 10.000). Acredita-se que a prevalência para esta doença é de 4 a 13 crianças para cada 10.000 nascidas (KURTZKE, 1991). Nos Estados Unidos, por exemplo, para cada 1.000 crianças, uma apresentará autismo (RUTTER, 2005). É importante ressaltar que não existe um marcador biológico para diagnóstico, precoce ou não, do autismo. O diagnóstico é puramente clínico. Desta forma, todos os critérios utilizados pelos profissionais são os apresentados no Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria (Diasgnosticand Statistical Manual of Mental Disorders) o DSM-IV (American Psychiatric Association, 1994). Apesar de apresentar especificidade e sensibilidade para classificação do autismo, o DSM-IV faz uma avaliação qualitativa. Assim, para uma avaliação quantitativa do autismo, há necessidade de outros instrumentos. Um destes instrumentos é a ChildhoodAutism Rating Scale (CARS) que classifica de modo eficaz o autismo em leve, moderado e grave (PEREIRA, 2008). Conforme os critérios de diagnóstico publicado na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION APA, 2013), as primeiras manifestações desta disfunção devem aparecer antes dos 36 meses de idade. Todavia estudos mostram que os problemas se desenvolvem entre os 12 e 24 meses (CHAKRABARTI, 2009).

Coonrod e Stone (2004) destacam que o cuidado dos pais e o reconhecimento dos primeiros sinais do autismo são acurados e legítimos sendo os cuidadores uma fonte importante de pesquisa. O tratamento é baseado no desenvolvimento da criança onde deve ser percebido pelos pais e pelo pediatra a aparição dos sintomas nos 3 meses de idade a ausência de interesse pela voz humana e a atenção excessiva a estímulos repetitivos; dos 4 aos 6 meses a falta de distinção na fala dos pais não encontrando conforto ao ter contato visual com os mesmo; 9 meses dificuldade em pequenos gestos como dar tchau; 12 meses demora a aparecer o vocabulário como mamãe e papai ; 18 meses não a demonstração de afeto como beijos e abraços tornando se um problema para criança autista; 24 meses fascinação por objetos que giram e aos 36 meses não se socializa com as demais crianças (POLANCZYK, 2012). Com a identificação dos sintomas os métodos de intervenção para o tratamento do Transtorno de Espectro Autista (TEA) tem sido a Análise do Comportamento Aplicado (ABA); TEACCH Treinamento e Ensino de Crianças com Autismo e Outras Dificuldades de Comunicação Relacionadas; Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS Picture Exchange Communication System); Terapia Fonoaudiológica; Terapia Ocupacional (TO); Fisioterapia; Acompanhamento Psicopedagógico e o Tratamento Medicamentoso (SILVA, 2012). Os medicamentos utilizados não tratam diretamente as dificuldades sociais e de comunicação da criança autista, tais fármacos ajudam nos presentes aspectos, tais como irritabilidade, desatenção, hiperatividade, alterações no sono e assim apresenta uma melhora com o tratamento (SILVA, 2012). A classificação correta, a padronização da instrumentalização utilizada para diagnóstico do autismo e seu tratamento, medicamentoso ou não, são imprescindíveis para sucesso no tratamento desta doença. Assim, o presente trabalho irá realizar um levantamento bibliográfico e histórico de todas as formas de

classificação e tratamentos do TEA, apresentando aquelas que se destacam como eficazes na classificação e tratamento desta doença. 3. Problematização Diante da complexidade e das dificuldades que o TEA traz para a criança portadora desta disfunção e para seus familiares, percebe-se a necessidade de conscientização e esclarecimentos para que familiares, amigos e profissionais compreendam melhor a situação as quais estão envolvidos. Os tratamentos, medicamentosos ou não, apresentam controvérsias e há necessidade de uma padronização na instrumentalização utilizada na classificação e tratamento do TEA, atualmente puramente clínica. 4. Objetivos O objetivo deste projeto de iniciação científica é realizar um levantamento bibliográfico e histórico sobre a classificação e formas de tratamentos do TEA e apontar aqueles que são eficazes na classificação e tratamento desta doença. 5. Justificativa O TEA não é uma doença única (GADIA, 2004) e há uma ausência de um marcador biológico para o diagnóstico preciso. Ainda, existe a falta de uma padronização no tratamento, pois os limites para sua classificação permanecem numa decisão clínica, às vezes bastante arbitrária. Como um distúrbio não raro e caracterizado, entre outras coisas, pela falta de interação social da criança e familiares, devido ao tempo dispensado no acompanhamento do filho, é imprescindível que exista uma padronização e ferramentas adequadas para minimizar os danos causados pela doença. Assim, um levantamento bibliográfico e histórico do TEA apontando quais os melhores meios de classificação e tratamentos auxiliaria pais e profissionais no acompanhamento desta doença.

6. Metodologia para o Desenvolvimento do Projeto O referido trabalho realizará um exaustivo levantamento histórico e bibliográfico sobre os diagnóstico e formas de tratamento do TEA. Para tanto, utilizará o acervo das bibliotecas da Anhanguera e buscas de artigos científicos por meio de sites específicos. Não haverá utilização de seres humanos ou animais. Assim, não será necessário submeter este projeto para aprovação do Conselho de Ética da Instituição. Os autores trabalharão de forma ética e se responsabilizarão por todo o conteúdo do projeto, de sua concepção até a apresentação para publicação e em Congressos Científicos. 7. Resultados Esperados Através do levantamento bibliográfico e histórico, apresentar formas de diagnóstico e tratamentos eficazes para melhoria da qualidade de vida de crianças autistas, seus familiares e profissionais.

8. Referências Bibliográficas AJURIAHUERA, J. Manual de Psiquiatria Infantil. São Paulo: Masson, 1982. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders DSM-V. 4th ed. Washington, DC.Americam Psychiatric Association, 2013. BARBARO, J. Austim Spectrum Disordes in Infancy and Toddlerhood, 2009. BURACK, J.A. Debate and Argument: Clarifying Developmental Issues in the Study of Autism. J. ChildPsychol. Psychiatry. Vol. 33, p. 617-621, 1992. COONROD, E. & STONE, L. Early concerns of parents of children with autistic and nonautistic disorders. Infants and Young Children, 2004. CHAKRABARITI, S. Early Identification of Austim. Indian Pediatrics, 2009. GADIA, C.; TUCHMAN, R.; ROTTA, N.T. Autismo e Doenças Invasivas de Desenvolvimento. Jornal de Pediatria, v. 80, p. 83-94, 2004. KANNER, L. Autistic Disturbances of Affective Conttact.Nerv.Child.vol. 2, p. 217-250, 1943. KANNER, L.Early Infantile Autism.Orthopsychiatry.vol. 26, p. 55-65, 1956. KUTZKE, J.Neuroepidemiology. In: Bradley, W.; DAroff, R.; Fenichel,G.; Marsden, C. Neurology in Clinical Practice. Stoneham: Butterworth-Heinemann, 1991, p. 545-560. PEREIRA, A.; RIESGO, R.S.; WAGNER, M.B.; Autismo Infantil: tradução e validação da Childhood Autism Rating Scale para uso no Brasil. Jornal de Pediatria, v. 84, p. 487-494, 2008.

RITVO, E.R.; ORNITZ, E.M. Autism: Diagnostic, Current Research and Management. New York: Spectrum, 1976. RUTTER, M. Incidence of Autism Spectrum Disorders: Change Over Time and Their Meaning. ActaPaediatric.vol. 94, p. 2-15, 2005. SILVA, A. Mundo Singular - Entenda o Autismo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.