CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
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- Luna Frade Candal
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1 TÍTULO: UM ESTUDO DA INCLUSÃO DE ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE VOLTA REDONDA MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE AUTOR(ES): ROSEANE CRISTINA DA SILVA ORIENTADOR(ES): RAFAEL TEIXEIRA DOS SANTOS
2 RESUMO Neste artigo pretende-se incidir sobre as tecnologias de informação e comunicação e como elas podem ajudar a melhorar a inclusão e potencializar o processo de ensino aprendizagem de alunos autistas em uma escola pública do município de Volta Redonda, buscando suprir as dificuldades dos educandos nos campos cognitivo e sócio-afetivo, respeitando os limites de cada um e levando-os a ter uma autonomia. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, utilizando-se de livros e periódicos científicos nas áreas de Inclusão, autismo e tecnologias assistivas. Buscaram-se também documentos legais como a Lei n , de 27 de dezembro de 2012 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O projeto encontra-se na fase da análise dos dados coletados advindos da pesquisa de campo, realizada de forma observacional na referida escola. Palavras-chave: Transtorno do espectro Autista, Tecnologia de informação e comunicação, inclusão social INTRODUÇÃO Nos dias atuais a educação tem finalidades mais complexas do que anos atrás, hoje a escola está aberta para todos como é previsto na lei e além da aquisição do conhecimento é preparar esse público para uma formação pessoal, na sua dimensão individual e social e a formação para o exercício de uma cidadania, que implicam novos modelos de práticas pedagógicas e uma mudança de atitudes por parte dos professores em relação à sua atividade profissional, pois o ambiente sócio- cultural do indivíduo, neste século, é rodeado pela tecnologia de comunicação e informação (TIC) nas mais diversas situações do seu cotidiano. Diante desta realidade, não há mais possibilidade de se ignorar a presença do computador na sociedade moderna, deste modo o professor e o aluno precisam explorar melhor esta ferramenta, capacitar-se e dar o acesso ao aluno especial ou não, para cada vez mais conviver com a informatização, presente na sua rotina diária, potencializando, desta forma, o processo de ensino aprendizagem. Entende-se por TIC, todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres, como a fala, jogos e outros. Ainda, podem
3 ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos, que proporcionam e ajudam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem. E este estudo em questão vem para mostrar as grandes barreiras que se tem em incluir um aluno que tem transtorno do espectro autista em escola regular e a dificuldade de usar a TIC para facilitar o seu aprendizado e desenvolvimento. Mas se sabemos que temos que incluir todas as e crianças e que estamos vivendo um mundo tecnológico como vai acontecer essa junção na pratica? E até onde podemos mediar o aluno autista utilizando as tecnologias? OBJETIVOS O estudo presente tem como objetivo geral analisar como se oportuniza o acesso às tecnologia da informação e comunicação para crianças autista incluídas em escolas públicas do município de Volta Redonda, buscando suprir as dificuldades dos educandos nos campos cognitivo e sócio-afetivo, e visando acompanhar o aprendizado respeitando os limites de cada educando e levando-os a ter uma autonomia. Como objetivos específicos: (I) aumentar a autoestima e autonomia do educando auxiliando-o no desenvolvimento cognitivo; (II) Fazer com que o educando experimente os recursos informáticos; (III) Acompanhar o aprendizado respeitando os limites de cada educando; (IV) Demonstrar a importância do trabalho coletivo desenvolvendo linguagem, leitura, raciocínio e atitudes. METODOLOGIA A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica em periódicos científicos, jornais, revistas, livros, leis, sítios eletrônicos que falam do assunto e pesquisa de campo. Buscou-se, como referência primária, a Lei n , de 27 de dezembro de 2012 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. DESENVOLVIMENTO
4 Entende-se como autismo um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudo a muitos anos pela ciência, mais que até hoje existe divergências e dúvidas sobre o assunto. Essa síndrome foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner (médico psiquiatra austríaco residente em Baltimore, nos EUA) em seu artigo distúrbios autísticos do contato afetivo. E em 1944 também foi escrito um outro artigo pelo medico Hans Asperger também astriaco com o título Psicopatologia Autística da infância e ele escreve em seu artigo crianças bastante semelhantes às descritas por Kanner. É bem difícil falar sobre os sintomas que caracterizam o autismo, pois é um conjunto dos sintomas, uma das áreas que se encontram com um acentuado comprometimento são caracterizados por desvios qualitativos na comunicação os prejuízos incluem atraso ou ausência da fala ou a criança tem uma fala inadequada verbalizam, mas não consegue se comunicar, a ecolalia, isto é, repetição imediata ou tardia de sons discursos ouvidos é uma manifestação muito comum a maioria dos autista faz e não tem função comunicativa. Outra área é a na interação social em fazer amigos, conversa com outros, ausência ou diminuição do contato ocular, gestos, expressões faciais e sinais convencionais expressivos de desejo ou emoções. E aspecto é no uso da sua imaginação viver no mundo imaginário. E no interesse e atividades do autista, tem-se um comportamento estereotipado incluindo rituais, rotinas não funcionais, para o autista é muito importante ter uma rotina, maneirismo motores (dedos/mãos, movimentos com o corpo) e preocupações com partes dos objetos (rodinhas, mecanismos, olhos de bonecas, objetos pontudos etc), por isso em um ambiente de ensino aprendizagem (sala de aula) que vai trabalhar com o autista é importante tirar esses objetos de perto, ser um ambiente que só estimule aprender, pois esses objetos acaba tirando a concentração. O diagnóstico de autismo é feito basicamente através da avaliação do quadro clinico, não existe teste de laboratório para a detecção da síndrome. Apesar do diagnostico ser relativamente difícil, este deve ser feito rapidamente para que assim uma intervenção educacional especializada seja iniciada o mais rápido possível. É importante ressaltar que existem diferentes graus diferenciados de autismo e que há intervenção para cada tipo ou grau de comportamento, isso é a maior dificuldade das pessoas que trabalha com autista. Segundo Fávero,
5 crianças com autismo devem frequentar o ensino regular? Sim, a importância da diversidade, respeito ao ritmo de cada um, direito de acesso à escola comum, apoio dos serviços especializados aplica-se a alunos com autismo, apesar de as instituições especializadas no atendimento dessas crianças muitas vezes, dizerem o contrário. Com certeza, não estão levando em conta que o direito de acesso ao Ensino Fundamental é um direito que não pode ser negado a nenhuma criança. (FÁVERO, 2004) E também existem vários tipos de tratamento que podem ser usados para ajudar uma criança com autismo. Independente da linha escolhida ABA, PECS, TEACCH, outros sabe que uma bom trabalho consegue reduzir comportamento inadequados e minimizar os prejuízos nas áreas do desenvolvimento, pois o importante é tornar os indivíduos mais independes em todas as suas áreas de atuação, favorecendo uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias aumentando a sua autoestima e autonomia. RESULTADOS PRELIMINARES Foi observado uma grande incidência de tecnologia na escola visitada, muitas dessas foram criadas pela professora da turma, com muita criatividade, usando matérias reciclados, atividades que o aluno realiza todos os dias seguindo uma rotina, dificilmente o aluno sai daquela rotina, só um evento na escola, ou quando ele está disposto para participar da educação física ou sala de informática, mas a rotina não segue as atividades da turma. A sua rotina era mesma todos os dias da semana, e por tanta repetição ele já sabia fazer sozinho a professora só auxiliava e colocava na caixa de atividade, então ele pegava realizava e colocava na caixa, quando ele acabava de realizar todas as atividades ele levantava e sentava na cadeira de espera que era afastado da mesa do trabalho. Uma coisa que a professora auxiliar do aluno autista relatou que todas as atividades que ele realizava na mesa do trabalho, não podia ser realizada no momento livre, isso é para ele entender que tem coisas que é atividade e tem coisas que é brinquedo, até mesmo os brinquedos que era utilizado no momento de atividade o carrinho e a bola são guardados na caixa do trabalho.
6 O único problema observado é que a criança fica robotizada, parece um adestramento, já está tudo pronto a criança chega em sala já está ali fixado a sua rotina o que ela vai fazer naquele dia e não muda, parece que não está formando uma criança autônoma, mas a equipe pedagógica que acompanha o aluno disse que no momento é o que o aluno precisa e que no futuro pode ser que ele não precise mais, porque ele chegou na escola, ele era muito agitado não obedecia comandos, como observando tinha dias que ele chegava agitado mais realizava as atividades obedecia o comando, seguia a rotina e se acalmava. Então aluno precisa é rotina para que no futuro ele consiga ser uma pessoa autônoma. Essa equipe pedagógica faz uma visita a escola mensalmente para acompanhar esse aluno, e ajudar a professora e auxiliar desse aluno elas pode contar com esse apoio, e isso é muito importante pois é um trabalho em equipe e a professora não se sente sozinha nesse trabalho de inclusão. Todas as quartas feiras a turma tinha aula de informática, mas o aluno autista esporadicamente ia a essas aulas, mais quando ia ele fazia atividade com o seu nome. A inclusão é importante tanto para a criança incluída como para a turma, nessa escola observada o aluno mesmo tendo sua rotina as vezes não participando de atividades comuns da turma ele queria participar, como no momento da fila para ir para o recreio ou lanche ele queria está na fila se a auxiliar levasse ele primeiro ficava olhando para trás para ver se a turma estava indo e ele voltava para entrar na turma, e para turma eles cuidava do amigo. Mesmo com esses tipos de intervenções e outros o trabalho com o autista tem que começar em conhecer o aluno que se vai ensinar, levar o aluno ter um desenvolvimento, uma aprendizagem é um caminho que depara-se com muitas dúvidas, sentimentos, anseios, projeções tanto da família como dos profissionais da escola que vai trabalhar com o aluno, pois cada criança autista tem seu tipo próprio e não se compara a outra, e isso é o difícil que deixa o trabalho complexo, tem uns que são muito agressivos, outros é calmo, outros fala ou não, cada um tem sua característica. Por isso muitos professores se sente perdidos, porque com a turma cheia, não tem um apoio para assim fazer uma intervenção correta, e assim preferindo que aquele aluno esteja em uma escola especializada e não em uma escola regular. Mas se parar para pensar qualquer criança é assim (criança que não é autista, as dita normal ) cada criança tem seus gostos, linguagens, ideias, posturas, necessidades e
7 com o autista não é diferente, e cabe ao professor conhecer seu aluno e fazer as adaptações adequadas para assim acontecer a aprendizagem. Segundo Sampaio (2011), é preciso observar quais são habilidades do sujeito para que, a partir delas, possam- se traçar metas de intervenção. O vínculo afetivo é fundamental, por menor que pareça, é que possibilitará a aproximação com o indivíduo e vice-versa. As estratégias de ensino são fundamentais, mais é a partir desse olhar que busca ver além do espectro, que vê um sujeito aprendente ensinante diante de suas especificidades, habilidades e aprendizagens já conquistadas, quais mapeiam as possibilidades de aprender. (SAMPAIO, 2011) Lidar com o autista e incluí-lo em uma escola regular, é possível, porém difícil e complexo, tendo que se pensar nas características de cada sujeito, sem padronizar, e sim buscar potencialidades que possam ser descobertas e exploradas, seja na música (na pesquisa observou-se que o aluno autista gosta de cantar, e sempre que a escola tem um evento, este é chamado para cantar), ou nas áreas tecnológica e corporal. Segundo Garcia apud Sampaio, evoluir é perceber que incluir não é tratar igual, pois as pessoas são diferentes! Alunos diferentes terão oportunidades diferentes, para que o ensino alcance os mesmos objetivos. Incluir é abandonar estereótipos. (GARCIA, 2005) REFERÊNCIAS BRASIL, LDB. Lei 9.394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em < Acesso em: 17 de fevereiro de BRASIL, LEI /126. Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Disponível em < Acesso em: 17 de fevereiro de 2015.
8 FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, MELO, A. M.; AMORIM, J. S.; BARANAUSKAS, M. C. C.; ALCOBA, S. A. C. Desafios para a Tecnologia da Informação e Comunicação em Espaço Educacional Inclusivo. IN: WIE 2005 Workshop de Informática na Escola, Anais do XXV. FÁVERO, E. A. G. Direito das pessoas com deficiência: garantia de igualdade na diversidade. 2ª ed. Rio de Janeiro: WVA, GARCIA, G. L. Elogio à diferença: um caminho para inclusão, In: SAMPAIO, S.; FREITAS, I. B. Transtornos e dificuldades de aprendizagem: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais. Rio de Janeiro: WAK, SAMPAIO, S.; FREITAS, I. B. Transtornos e dificuldades de aprendizagem: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais. Rio de Janeiro: WAK, 2011.
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