Secovi Desafios da Economia Brasileira Antonio Delfim Netto 28 de agosto de 2014 São Paulo, SP 1
2000 T1 2000 T3 2001 T1 2001 T3 2002 T1 2002 T3 2003 T1 2003 T3 2004 T1 2004 T3 2005 T1 2005 T3 2006 T1 2006 T3 2007 T1 2007 T3 2008 T1 2008 T3 2009 T1 2009 T3 2010 T1 2010 T3 2011 T1 2011 T3 2012 T1 2012 T3 2013 T1 2013 T3 2014 T1 I.1. PIB e Construção PIB Total e PIB da Construção Civil Índice Encadeado Dessazonalizado (2000 T1=100) 160 150 140 PIB Construçao Civil PIB Total 152 140 130 120 110 100 90 Para cada 10% de aumento no PIB, o PIB da construção responde com um aumento de cerca de 10% 80 70 60 Fonte: Ipeadata; Elaboração: Ideias Consultoria 2
1T2008 2T2008 3T2008 4T2008 1T2009 2T2009 3T2009 4T2009 1T2010 2T2010 3T2010 4T2010 1T2011 2T2011 3T2011 4T2011 1T2012 2T2012 3T2012 4T2012 1T2013 2T2013 3T2013 4T2013 1T2014 2T2014* 3T2014* 4T2014* I.2. PIB Real (em %) 9,0 Acumulado nos Últimos 4 Trimestres / 4 Trimestres Anteriores 8,0 7,0 6,0 5,0 6,3 6,4 6,7 5,2 7,6 7,5 6,3 5,3 4,9 Estimativa 2014: 0,8% 4,0 3,0 2,0 3,0 2,5 3,7 2,7 2,3 2,5 2,5 1,9 2,0 1,2 0,9 1,0 1,3 1,0 0,7 1,2 1,3 0,8 0,0-1,0-2,0-1,4-0,3 Fonte: IBGE; Elaboração: Ideias Consultoria 3
2006 T1 2006 T3 2007 T1 2007 T3 2008 T1 2008 T3 2009 T1 2009 T3 2010 T1 2010 T3 2011 T1 2011 T3 2012 T1 2012 T3 2013 T1 2013 T3 2014 T1 I.3. Investimento Contribuição do Investimento para o Crescimento do PIB (% aa) 7 6 5 4 3 2 1 0-1 -2 Investimento PIB 10 8 6 4 2 0-2 -3-4 Fonte: IBGE; Elaboração: Ideias Consultoria 4
2006 T1 2006 T2 2006 T3 2006 T4 2007 T1 2007 T2 2007 T3 2007 T4 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 T4 2009 T1 2009 T2 2009 T3 2009 T4 2010 T1 2010 T2 2010 T3 2010 T4 2011 T1 2011 T2 2011 T3 2011 T4 2012 T1 2012 T2 2012 T3 2012 T4 2013 T1 2013 T2 2013 T3 2013 T4 2014 T1 I.4. PIB por Setor PIB Trimestral Índice Encadeado Dessazonalizado (2006/T1=100) 140 130 PIB Total PIB Serviços PIB Indústria PIB Agropecuária 133,4 132 127,1 120 116,5 110 100 90 80 70 Fonte: IBGE; Elaboração: Ideias Consultoria 5
I.5. Crescimento do Setor Imobiliário Ano Número de IPOs do Setor Imobiliário 2005 1 2006 3 2007 14 2010 2 Fonte: Valor Econômico 6
Estados Unidos Malásia África do Sul Cingapura Turquia Alemanha Japão Brasil Coréia Argentina Reino Unido Nova Zelândia Rússia China Canadá Peru Austrália Índia México Chile Colômbia Indonésia I.6. Importância do Setor de Construção 12 Participação do Setor de Construção no PIB em 2012 (%) 10,4 10 8 7,6 7,7 7,9 8,1 8,1 8,3 8,5 6 4 3,7 3,9 4,0 4,4 4,9 5,0 5,6 5,7 5,8 5,9 6,0 6,0 6,5 6,8 2 0 Fonte: ONU; Elaboração: Ideias Consultoria * Valor adicionado do setor/pib em Valor Adicionado 7
I.7. Crédito Imobiliário Participação do Crédito Imobiliário no PIB em 2013 (%) 90 83,7 80 76,1 70 60 50 45,3 40 30 24 20 10 2,6 3,5 7,4 11,5 14,4 0 Rússia Índia Brasil Chile China África do Sul Fonte: Valor/Abecip; Elaboração: Ideias Consultoria Alemanha Estados Unidos Reino Unido 8
I.7.1 Crédito Imobiliário Evolução do Crédito Imobiliário no Brasil (% PIB) 8 7 Jurídica Física 6 5 4 3 2 1 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: Banco Central; Elaboração: Ideias Consultoria 9
II.1 Equilíbrio Imobiliário Num mercado não especulativo (sem bolha, em que os compradores de residências procuram os serviços fornecidos pela habitação, cujo custo compete, no uso da renda, com os outros serviços (alimentação, educação, saúde, etc.), temos que: 1. A procura dos serviços de habitação que maximizam a utilidade do comprador pode ser aproximada por: ay D h ( r d) h p onde a é um índice de preferência do comprador pelo serviço de habitação com relação a todos os demais serviços, Y o nível de renda do comprador, r a taxa de juros real, d a depreciação ou custo de manutenção do imóvel e p h o preço de uma unidade de habitação. 10
II.1 Equilíbrio Imobiliário 2. A oferta de habitação que maximizam o lucro do produtor pode ser aproximada por: S h F Y, H, r, C onde H é o estoque disponível de habitação, C as variações dos custos, e os sinais indicam a direção do efeito de cada variável. 3. Como consequência, o preço de equilíbrio num mercado não especulativo será dado por: p ayc h ( r d ) H 11
II.2. Bolha? jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 400 350 300 Índice de Preço de Venda Imóveis e IPCA (jan/2008=100) São Paulo Rio de Janeiro IPCA 357 310 250 200 150 144 100 50 0 Fonte: FIPE; Elaboração: Ideias Consultoria 12
II.3. Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados IVG-r descontada evolução do ipca-ibge IVG-r descontada evolução da renda IVG-r descontada evolução dos custos empreendimentos terrenos a 16,5% aa e edificação a 3,5% aa, acima do incc Fonte: Professor Rocha Lima Jr., Carta do Núcleo de Real Estate da Poli-USP, abril-junho de 2014 Elaboração: Ideias Consultoria 13
II.3 Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados IVG-r descontada evolução dos custos empreendimentos terrenos a 16,5% aa e edificação a 3,5% aa, acima do incc Fonte: Professor Rocha Lima Jr., Carta do Núcleo de Real Estate da Poli-USP, abril-junho de 2014 Elaboração: Ideias Consultoria 14
III. Desenvolvimento do Setor Imobiliário Mudança fundamental para a expansão do setor ocorre em 1997, com a criação do Sistema Nacional de Habitação (SFI) com o objetivo de fomentar a securitização dos créditos imobiliários e garantir maior segurança jurídica aos contratos através da alienação fiduciária. A partir daí, criam-se novos instrumentos financeiros, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), As Letras de Crédito Imobiliários (LCIs), as Cédulas de Crédito Imobiliários (CCIs). 15
III.1. Novas Medidas Anunciadas em Agosto/2014 Permitir a emissão de Covered Bonds como forma de criar funding adicional para o mercado de crédito imobiliário e atrair investidores estrangeiros. Até 3% dos recursos da caderneta de poupança (cerca de R$ 16 bi) poderão ser destinados a financiamentos cuja garantia é o imóvel. O consumidor poderá dar o imóvel como garantia e usar o crédito para qualquer finalidade. Incentivos à concessão de crédito consignado a trabalhadores do setor privado. Centralização na matrícula do imóvel de todas as informações sobre ônus jurídicos do bem. Facilitar o acesso dos bancos aos créditos tributários das operações de menor valor. 16
III.2. Fundos Imobiliários Crescente Importância dos Fundos Imobiliários 18 16 14 12 Oferta (R$ bilhões Volume médio diário de negociação (R$ milhões) 10,9 16,1 15,2 12,7 32 35 30 25 10 20 8 14,6 15 6 10 4 3,5 2 0 3,7 0,9 1,5 2009 2010 2011 2012 2013 5 0 Fonte: Relatório Anual da CVM (2013); Elaboração: Ideias Consultoria 17
IV. Por que o Brasil não cresce Indicadores 2005-2012 2013-2014 (médias dos períodos) Crescimento do PIB (%) 3,7 1,6-56% Inflação 5,2 6,2 + 19% Déficit em TC em US$ 22,1 80 + 262% * Hipóteses p/ 2014: Crescimento de 0,8% em 2014 Inflação de 6,4% Déficit em Transações Correntes de US$ 80 bi Fonte: Ipeadata 18
fev/06 jul/06 dez/06 mai/07 out/07 mar/08 ago/08 jan/09 jun/09 nov/09 abr/10 set/10 fev/11 jul/11 dez/11 mai/12 out/12 mar/13 ago/13 jan/14 jun/14 IV.1. Por que o Brasil não cresce 25 20 Produção Industrial: Variação em Igual Mês do Ano Anterior e Acumulado em 12 meses (%) 15 10 Acumulada em 12 meses 5 0-5 -10-15 Mês do ano anterior -20 Fonte: IBGE (Nova série); Elaboração: Ideias Consultoria 19
fev/2003 out/2003 jun/2004 fev/2005 out/2005 jun/2006 fev/2007 out/2007 jun/2008 fev/2009 out/2009 jun/2010 fev/2011 out/2011 jun/2012 fev/2013 out/2013 jun/2014 IV.2. Por que o Brasil não cresce 240 220 200 Produção Industrial e Vendas Reais no Varejo (índice, janeiro/2003=100, sazonalmente ajustado) Produção industrial Vendas Reais no Varejo 180 160 140 Suprido pela importação 120 100 80 60 40 Fonte: Ipeadata; Elaboração: Ideias Consultoria 20
Saldo Comercial de Produtos Manufaturados (US$ Bilhões) IV.3. Por que o Brasil não cresce 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* Relação Câmbio/Salário (Defasado 2 Anos, 2009=100) Produtos Manufaturados: Saldo Comercial e Relação Câmbio/Salário 40 280 30 20 10 Saldo (US$ Bilhões) Câmbio/Salário 240 200 0-10 160-20 -30 A 120-40 80-50 -60 A + B US$ 370 bilhões de demanda subtraída da indústria B 40-70 0 * Estimativa Fonte: FIESP, BCB, Secex; Elaboração: Ideias Consultoria 21
1872 1890 1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2015 2020 2030 2040 2050 2060 IV.4. Por que o Brasil não cresce 250 200 População do Brasil Censos (milhões de habitantes) 65 anos ou mais 15-64 anos 0-14 anos 150 100 50 0 Fonte: IBGE; Elaboração: Ideias Consultoria 22
IV.5. Por que o Brasil não cresce 1. Revolução demográfica a) Redução do crescimento da população e da força de trabalho. Desemprego baixo e força de trabalho (L) que cresce pouco menos de 1% a.a. exigem aumentos de produtividade da mão de obra ocupada para expandir o PIB (Y): Variação Y(%) = variação da produtividade por trabalhador (Y/L) + variação do número de trabalhadores (L). 23
IV.6 Por que o Brasil não cresce b) Aumento da população idosa Aumento do contingente de idosos reduz a proporção da força de trabalho na população (L/N). Assim: Variação da força de trabalho (L)= variação negativa de (L/N) + variação da população (N). Como a força de trabalho aumenta menos do que a população, se a produtividade da mão de obra não aumentar, cai o produto per capita. Aumento da produtividade exige: (i). Mais capital físico sofisticado por trabalhador; (ii). Mais educação do trabalhador para operar o capital físico mais sofisticado. 24