Política Monetária CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA. Consultoria Desenvolvendo soluções, alavancando resultados!

Documentos relacionados
Nota de Crédito PF. Dezembro Fonte: BACEN Base: Outubro de 2014

Recursos Livres (R$ bilhões) Recursos Direcionados (R$ bilhões) Crescimento do Total (% em 12 meses)

NOTA DE CRÉDITO DE OUTUBRO

NOTA DE CRÉDITO DE MARÇO

Nota de Crédito PJ-PF. Março 2016 Fonte: BACEN Base: Janeiro de 2016

Nota de Crédito PJ-PF

Nota de Crédito PF. Outubro Fonte: BACEN

Recursos Livres (R$ bilhões) Recursos Direcionados (R$ bilhões) Var.% 12 meses (Total)

Nota de Crédito PJ. Novembro Fonte: BACEN. Base: Setembro/2014

Nota de Crédito PJ. Março Fonte: BACEN Base: Janeiro de 2015

Nota de Crédito PJ-PF. Abril 2016 Fonte: BACEN Base: Fevereiro de 2016

Crédito Total no SFN (% PIB)

Apreciação cambial impacta saldo e concessões frustram

NOTA DE CRÉDITO DE SETEMBRO

Nota de Crédito PF. Fevereiro Fonte: BACEN Base: Dezembro de 2014

Selic e Cartão Rotativo reduzem taxa de juros

INDX apresenta alta de 2,67% em março

a.a. 30% 25% 20% 15% 4,9% mar/11

CRÉDITO INDUSTRIAL, TAXA DE JUROS E SPREAD BANCÁRIO O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2002

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 2002

Banco Central reduz projeção de crescimento para 2015

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro Agosto/2013

a.a. 30% 20% 14,7% 9,6% 5,2% fev/11 ago/15 fev/11 ago/15 mai/15

Maior desaceleração e alerta para inadimplência

Concessões de Crédito - Recursos Livres Variação acumulada em 12 meses. fev/15. nov/14. mai/14. mai/15. ago/14 TOTAL PF PJ

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro Outubro/2013

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Nota de Crédito. Setembro 2016 Fonte: BACEN Base: Julho de 2016

Juros ainda não refletem a queda da Selic

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro

OPERAÇÕES DE CRÉDITO NO BRASIL 27 de junho de 2018

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

Nota de Crédito PJ-PF

Por que os juros para financiamento de veículos não estão acompanhando a queda da SELIC, apesar da diminuição da inadimplência?

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013

INDX registra alta de 1,46% em Junho

CNC - Divisão Econômica Rio de Janeiro

Aceleração relativizada

CNC - Divisão Econômica Rio de Janeiro

IDEIES Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo

3ª APRESENTAÇÃO DE DADOS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA: POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

a.a. 19% 3,4% 14% -1% 4,3% -2,2% -9,0% -8% -20% ago/14 ago/15 ago/16 ago/17 ago/18

Massa Salarial Real Média móvel trimestral (R$ milhões) jul/14. jul/15. jan/15. set/15. jan/16. set/14. nov/14. nov/15. mai/15. mar/15.

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro Novembro/2013

Melhor desempenho da carteira PJ e queda da inadimplência

Nota de Crédito. Fevereiro 2018 Fonte: BACEN Base: Dezembro de 2017

Spread bancário no Brasil: Tendências de longo prazo, evolução recente e questões metodológicas

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Superintendência de Planejamento, Orçamento e Custos

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Divulgação dos Resultados 4T13 e 2013

Análise de Conjuntura

Análise de Conjuntura

INDX registra alta de 10,9% em outubro

a.a. 15,0% 20% 15% 10,0% 10% 5,0% 1,3% 0,0% -5% -10% -5,0% a.a. Pessoa Física 9% 7% Pessoa Jurídica 3% 1% -1% -3% 4,6% -5% -3,5% -7% -9% -11,7%

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro

a.a. 19% 14% Crédito/PIB -1% a.a. 12% Pessoa Jurídica Pessoa Física Total 5,3% -1,8% -4% -9,6% -8%

Macroeconomia Fernando Honorato Barbosa. Economista-Chefe Diretor DEPEC

Nota de Crédito PJ-PF

INADIMPLÊNCIA BELO HORIZONTE PESSOA FÍSICA. Periodicidade: AGOSTO/2018

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Apresentação Institucional & de Resultados (até Julho)

CNC - Divisão Econômica Rio de Janeiro

Panorama da Economia Brasileira

Ambos os segmentos apresentaram aceleração nas taxas de 12 meses (Mar./11 PF: 12,1% e PJ: 12,6%).

INDX recua 6,31% em setembro

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro

CNC - Divisão Econômica Rio de Janeiro. Setembro de 2016

Nota para Imprensa do Banco Central Setembro/08. Everton P.S. Gonçalves 22/10/08

Nota de Crédito. Setembro Fonte: BACEN - 26/10/2012

CRÉDITO E JUROS SETEMBRO DE 2002

a.a. 30% 20% 15,3% 10% 9,9% 5,2% abr/11 abr/15 jul/15 jan/15

6 SEMINÁRIO ABECIP 2018

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Market Share Indicadores Mar/09 Mar/10 Mar/11 Mar/12 Mar/13 Ativo Total Patrimônio Líquido Depósitos Totais Nº de Agências

43,85 43,67 43,50 43,26 43,03 42,76 42,45 42,35 42,11 41,96 41,93 41,91

Análise de Conjuntura

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

Luís Abel da Silva Filho

Perspectivas para Economia Brasileira em 2009

CNC - Divisão Econômica Rio de Janeiro

ESTÍMULOS À CADEIA PRODUTIVA DA CONSTRUÇÃO

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 2º trimestre de 2013

OPERAÇÕES DE CRÉDITO NO SFN JULHO/ 2009

INDX registra alta de 0,41% em outubro

CNC - Divisão Econômica Rio de Janeiro

INDX apresenta queda de 8,42% em julho

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

(série iniciada em 2000)*

Análise de Conjuntura Agosto/2011

ECONOMIA 25 de junho de 2015 Relatório de Crédito (dados de maio)

Transcrição:

Política Monetária 2 CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA Consultoria Desenvolvendo soluções, alavancando resultados!

Trajetória crescente do endividamento familiar com o sistema financeiro O aumento do volume de crédito nos últimos anos somado as taxas de juros em baixos patamares, ao crescimento do volume de crédito subsidiados, aumento dos prazos de pagamentos, ao aumento da massa salarial, entre outros fatores, tem resultado em um crescimento do endividamento familiar. Em janeiro de 25 o endividamento das famílias era de 18,39%, o que significava que, do total dos ganhos das famílias neste ano, 18,39% estavam comprometido com pagamentos de dívidas com o sistema financeiro. A trajetória crescente do endividamento fez com que em janeiro 214, o endividamento aumentasse para 45,8%, ou seja, quase metade dos ganhos familiares estão comprometidos com dívidas. Apesar de mais endividadas, as famílias estão sendo cautelosas, os serviços mensais da dívida com o sistema financeiro em proporção da renda mensal, que em janeiro de 25 era de 15,6%, em 212 atingiu 21,62%, o que quer dizer que apenas 21,62% da renda mensal estava comprometido com o pagamento da dívida. 36

Taxa Selic em seu menor nível histórico Até Julho de 1999 a taxa básica de juros da economia, a SELIC, era utilizada para manutenção da taxa de câmbio, ao manter o país atrativo ao capital estrangeiro, o que exigiam taxas sempre altas. Com o início do regime de metas para a inflação, a SELIC passou a atender a manutenção de uma taxa de inflação meta. Assim, dada a estabilidade dos preços proporcionada pelo Plano Real, a taxa pode apresentar seu mais baixo nível histórico em outubro de 212 (7,25%). 9 8 7 6 5 4 3 2 1 85,5% 45,9% 2,8% 26,1% 19,7% 13,7% ago/94 mar/95 out/95 mai/96 dez/96 jul/97 fev/98 set/98 abr/99 nov/99 jun/ jan/1 ago/1 mar/2 out/2 mai/3 dez/3 jul/4 fev/5 set/5 abr/6 nov/6 jun/7 jan/8 ago/8 mar/9 out/9 mai/1 dez/1 jul/11 fev/12 set/12 abr/13 nov/13 jun/14 7,2% Taxa de juros - Selic acumulada no mês anualizada (% a.a.) 37

Quedas na taxa de juros de mercado em 212 Em 212, o governo federal realizou políticas voltadas à redução do spread e, consequentemente, à diminuição da taxa de juros nos bancos estatais, e nos bancos privados via aumento da concorrência. A redução da taxa total no período foi resultado da redução das taxas para recursos livres, uma vez que as taxa de juros para recursos direcionados sempre são mais baixas. 4 35 3 25 2 15 1 5 Total Recursos Livres Recursos direcionados Taxa média de juros das operações de crédito: total, recursos direcionados e livres (em %a.a) 38

O volume financeiro do open market tem aumentando fortemente nos últimos 5 anos Diante das expectativas de aumento na taxa de inflação, nos últimos dois anos, o Banco Central tem aumentado a meta para a taxa SELIC. Para que essa meta se efetive no mercado realizou vendas de títulos públicos federais para reduzir a oferta de moeda na economia e aumentar a taxa de juros efetiva. 2 15 1 5-5 -1-15 II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I II I 19941995 1996 1997 1998 1999 2 21 22 23 24 25 26 27 28 29 21 211 212 213214 Operações com tulos públicos federais (em Bilhões de R$ - dados semestral) 39

Expansão da base monetária em 286% em 18 anos Para se ajustar ao comportamento do produto, aumento da massa salarial, expansão do crédito,entre outros fatores, a base monetária apresentou expansão média de 16% a.a nos últimos 18 anos. Os menores crescimentos foram observados em 2, 29 e 213, anos de baixo crescimento da atividade econômica. 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 4,5% 4,6% 7,6% 1995 1996 1997 1998 1999 2 21 22 23 24 25 26 27 28 29 21 211 212 213 Base monetária (em milhões) 4

Crédito no Brasil aumenta nos últimos anos Ao longo dos últimos anos, a economia brasileira tem experimentado forte aumento no volume do crédito. Este aumento aquece a demanda no mercado interno e, assim, atuando diretamente e de forma positiva no desempenho do Produto Interno Bruto. 35 3 25 2 15 1 5 mar/7 jul/7 nov/7 mar/8 jul/8 nov/8 mar/9 jul/9 nov/9 mar/1 jul/1 nov/1 Total Recursos livres Recursos Direcionados mar/11 jul/11 nov/11 mar/12 jul/12 nov/12 mar/13 jul/13 nov/13 mar/14 jul/14 Saldo de crédito e recursos livres e direcionados - R$ (bilhões) 41

Volume de crédito para pessoa jurídica O volume de crédito para pessoa jurídica tem apresentado trajetória de aumento ao longo dos anos, puxado principalmente pela demanda por crédito para capital de giro recursos livres e pelos recursos do BNDES recursos direcionados. Do total dos recursos do BNDES, cerca de 93% foram direcionados para o financiamento de investimentos na economia, 5% para capital de giro e 2% Investimento agroindustrial. 16 14 12 1 8 6 4 2 mar/7 jun/7 set/7 dez/7 mar/8 jun/8 set/8 dez/8 mar/9 jun/9 set/9 dez/9 mar/1 jun/1 set/1 Capital de giro (Recursos livres) dez/1 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 Financiamento com recursos do BNDES (Recursos direcionados) PJ (eixo direito) Saldo da carteira de crédito pessoa jurídica principais modalidades (em bilhões R$) dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 42

Famílias aumentam o endividamento com o sistema financeiro O endividamento das famílias, isto é, a relação entre o valor atual do montante de dívidas das famílias com o Sistema Financeiro Nacional e a renda das famílias acumulada nos últimos doze meses, tem seguido uma trajetória de crescimento nos últimos anos, resultado do aumento do acesso ao crédito, que permite que este endividamento seja pagos em varias parcelas. Desse modo, com a compra parcelada, o comprometimento da renda mensal das famílias, ou seja, a relação entre o valor correspondente aos pagamentos esperados para o serviço da dívida com o Sistema Financeiro Nacional e a renda mensal das famílias, tem oscilado pouco ao longo dos anos, mostrando que as famílias estão cautelosas em relação ao comprometimento mensal de sua renda, embora estejam mais endividadas. Comprome mento da renda x Endividamento familiar (em %) 43

Expansão do crédito para pessoa física O aumento do endividamento das famílias, ao longo dos últimos anos, foi impulsionado, principalmente, pela expansão do crédito pessoal e do cartão crédito via créditos com recursos livres pelo aumento do crédito imobiliário via crédito com recursos direcionados. Com a expansão do crédito direcionado, as famílias estão aproveitando a oportunidade para realizar o sonho da compra da casa própria. 1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 mar/7 jun/7 set/7 dez/7 mar/8 jun/8 set/8 dez/8 mar/9 jun/9 set/9 Saldo da carteira de crédito pessoa sica principais modalidades (em bilhões R$) dez/9 mar/1 jun/1 set/1 dez/1 Crédito pessoal (Resursos livres) Cartão de crédito (Resursos livres) Financiamento imobiliário (Recursos direcionados) mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 PF (eixo direito) mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 14 12 1 8 6 4 2 44

Inadimplência segundo controle de capital A taxa de inadimplência das instituições públicas encerrou 213 com a menor taxa já registrada pelo Banco Central, 1,83%. O fato do volume de crédito concedido pelas instituições públicas ser maior que o volume de crédito das instituições privadas, não comprometeu a qualidade do crédito. Isto porque, grande parte do volume de crédito nas instituições públicas tem origem nos recursos direcionados, principalmente o crédito rural e imobiliário, os quais apresentam menor taxa de juros e de inadimplência. 18 16 14 12 1 8 6 4 2 mar/ set/ mar/1 set/1 mar/2 set/2 mar/3 set/3 mar/4 set/4 mar/5 set/5 mar/6 set/6 mar/7 set/7 Pública Privada nacional Privada estrangeiro mar/8 set/8 mar/9 set/9 mar/1 set/1 mar/11 set/11 mar/12 set/12 mar/13 set/13 mar/14 Inadimplente das Ins tuições financeiras privadas e públicas ( em %) 45

Queda do spread bancário em 212 Em 212, com a adoção de algumas políticas por parte do governo Federal, o spread bancário apresentou quedas. Resultando em um descolamento entre o comportamento da taxa inadimplência e o spread, o que durou até o inicio de 213. 4,1 3,9 3,7 3,5 3,3 3,1 2,9 2,7 2,5 Inadimplência Total Spread Total (eixo direito) 17 16 15 14 13 12 11 1 9 8 7 Inadimplência total x spread total (em %) 46

Grande vulnerabilidade da Bovespa ao cenário Externo O desempenho desfavorável da bolsa de valores de São Paulo em muitos períodos ao longo dos últimos 2 anos, refletiu as mudanças nas expectativas dos investidores do mercado brasileiro frente aos acontecimentos do cenário externo. Por sua magnitude, a Crise Russa foi a que mais impactou negativamente no desempenho do IBOVESPA (indicador de desempenho do Bovespa). Neste período, assustados com a alta volatilidade dos mercados internacionais, tanto investidores brasileiros quanto os estrangeiros preferiram retirar seus investimentos da bolsa brasileira. Sendo que alguns investidores, principalmente estrangeiros, venderam as ações de empresas brasileiras para cobrir os prejuízos causados pela queda de outras bolsas de valores em outros locais do mundo. 1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 jul/94 Crise do México jan/95 jul/95 jan/96 jul/96 jan/97 Crise da Rússia jul/97 jan/98 jul/98 Crise do Brasil jan/99 jul/99 jan/ jul/ jan/1 Crise Argen na jul/1 jan/2 jul/2 jan/3 jul/3 jan/4 jul/4 jan/5 jul/5 jan/6 jul/6 jan/7 jul/7 jan/8 Crise dos Estados Unidos jul/8 jan/9 jul/9 jan/1 jul/1 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 Índice Ibovespa mensal em mil pontos (%) 47