GELSON DOS SANTOS DIFANTE. DESEMPENHO DE NOVILHOS, COMPORTAMENTO INGESTIVO E CONSUMO VOLUNTÁRIO EM PASTAGEM DE Panicum maximum Jacq. cv.



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Transcrição:

GELSON DOS SANTOS DIFANTE DESEMPENHO DE NOVILHOS, COMPORTAMENTO INGESTIVO E CONSUMO VOLUNTÁRIO EM PASTAGEM DE Pnicum mximum Jcq. cv. TANZÂNIA Tese presentd à Universidde Federl de Viços como prte ds exigêncis do Progrm de Pós- Grdução em Zootecni, pr obtenção do título de Doctor Scientie. VIÇOSA MINAS GERAIS BRASIL AGOSTO/2005

GELSON DOS SANTOS DIFANTE DESEMPENHO DE NOVILHOS, COMPORTAMENTO INGESTIVO E CONSUMO VOLUNTÁRIO EM PASTAGEM DE Pnicum mximum Jcq. cv. TANZÂNIA Tese presentd à Universidde Federl de Viços como prte ds exigêncis do Progrm de Pós- Grdução em Zootecni, pr obtenção do título de Doctor Scientie. APROVADA: 18 de gosto de 2005 Ph.D. Vléri Pcheco Btist Euclides (Conselheir) Dr. Rodrigo Amorim Brbos (Membro) Dr. Dilermndo Mirnd d Fonsec (Membro) Dr. André Fischer Sbrissi (Membro) Ph.D. Domicio do Nscimento Júnior (Orientdor)

AGRADECIMENTOS A Deus pelo milgre d vid e constnte compnhi. Aos meus pis Edurdo Flores Difnte ( in memorin ) e Hélid dos Sntos Difnte pelos ensinmentos básicos pr formção do meu cráter, poio, exemplo de vid, incentivo e mor incondicionl. À minh fmíli pel presenç constnte, pesr d grnde distânci geográfic, pelo crinho, incentivo e reconhecimento. À Universidde Federl de Viços -UFV, o Deprtmento de Zootecni e o Progrm de Pós-Grdução em Zootecni, pel oportunidde de relizção deste curso. À Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári Embrp Gdo de Corte, pel oportunidde, estrutur e colborção n execução do experimento. Ao Conselho Ncionl de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq, pel concessão de bols de estudo. À Fundção de Apoio o Desenvolvimento do Ensino, Ciênci e Tecnologi do Estdo do Mto Grosso do Sul FUNDECT, pelo finncimento prcil do projeto. Ao Professor Domicio do Nscimento Junior, pel confinç, orientção, mizde e ensinmentos trnsmitidos, meu sincero reconhecimento. A Dr. Vléri Pcheco Btist Euclides, por vibilizr execução do projeto n Embrp Gdo de Corte, pel coorientção, empenho, disposição, exemplo profissionl, confinç e, cim de tudo, pel mizde. i

Ao Dr. Rodrigo Amorim Brbos pel grnde colborção n execução desse trblho e mizde. Ao Professor Sil Crneiro d Silv pel coorientção, incentivo, sugestões e colborção n execução do projeto e n confecção d tese e pel mizde e disposição. Ao coleg Dniel Oliveir de Lucen Srmento, luno de doutordo do curso de Ciênci Animl e Pstgens d USP/ESALQ, e o Dr. Dims Estrásuls de Oliveir, professor do Centro Educcionl do Oeste, Universidde do Estdo de Snt Ctrin, pel colborção ns determinções de n-lcnos reltivs os ddos de consumo. Aos demis professores do Deprtmento de Zootecni pelos ensinmentos trnsmitidos. Aos demis pesquisdores d Embrp gdo de corte que contribuírm pr relizção desse trblho. À Dr. Terez Cristin Mores Genro pelo incentivo e mizde. Ao bolsist de inicição científic Wellington Velásquez Gonçlves, pel dedicção, empenho e mizde, su jud foi fundmentl n relizção desse trblho. Aos estgiários, compnheiros insepráveis de trblho, pelo uxilio recebido durnte condução do experimento e pel mizde. Aos funcionários d Embrp Gdo de Corte pel convivênci, mizde e uxilio n relizção do experimento. Aos colegs de curso, em especil, Lucine Sll, Kêni Mrcelino e Vicente Gontijo, que estiverm no meu ldo nos momentos mis difíceis que pssei em Viços, noss mizde é incontestável. Aos funcionários d Embrp Gdo de Corte pel colborção n condução do experimento. Aos migos Pollinn e Robson que me presenterm com um filhdo ness breve pssgem por Viços, obrigdo pel confinç e mizde. ii

Aos demis colegs e migos d UFV Anderson, Améli, Denise, Isne, Mrcinh, Krine, Jnin, Dniel, Wilton, Brun, Fernnd, Dwson, pelo compnheirismo e convívio. Aos colegs de Alojmento d Embrp, Jô, Grziel, Flávi, Letíci, Elen, Kelen, Dniel, Pulão, Amdeu, Crlos e Mrcelo pel pciênci e compnheirismo. A Jociline Grci, Crolin Brenn e Hroldo Queiroz pel mizde, cooperção e compnheirismo. Àqueles que de um form ou de outr contribuírm pr elborção deste trblho. Aos nimis experimentis, que mesmo instintivmente, colborrm e me presenterm com o convívio hrmônico durnte condução do experimento. iii

BIOGRAFIA GELSON DOS SANTOS DIFANTE, filho de Hélid dos Sntos Difnte e Edurdo Flores Difnte, nsceu em São Mrtinho d Serr, Rio Grnde do Sul, em 18 de mio de 1971. Em dezembro de 1989, concluiu o curso Técnico em Agropecuári pel Escol Agrotécnic Federl de São Vicente do Sul, em São Vicente do Sul, Rio Grnde do Sul, e prtir dess dt pssou tur como produtor rurl em São Mrtinho d Serr, Rio Grnde do Sul. Em mrço de 1993 ingressou no curso de Zootecni d Universidde Federl de Snt Mri UFSM, onde em 28 de jneiro de 2000, obteve o título de Zootecnist. Em gosto de 1993 foi dmitido, por meio de concurso público, pel Universidde Federl de Snt Mri, como Auxilir de Pesquis Agropecuári no Deprtmento de Fitotecni Centro de Ciêncis Ruris, onde tuou té mrço de 2002. Em mrço de 2000 foi ceito no Progrm de Pós-Grdução em Agronomi áre de Produção Vegetl - n Universidde Federl de Snt Mri - UFSM, onde obteve o título de Mestre em Agronomi no di 25 de mrço de 2002. Em bril de 2002, ingressou no Progrm de Pós-Grdução em Zootecni áre de Forrgicultur e Pstgens n Universidde Federl de Viços UFV, iv

desenvolveu seu projeto de tese n Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári (EMBRAPA Gdo de Corte), em Cmpo Grnde, Mto Grosso do Sul, e submeteu-se defes de tese no di 18 de gosto de 2005. v

SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS...ix LISTA DE TABELAS...xii RESUMO...xiv ABSTRACT... Erro! Indicdor não definido. 1. INTRODUÇÃO... 1 2. REVISÃO DE LITERATURA... 3 3. MATERIAL E MÉTODOS... 10 3.1. Locl do experimento e espécie vegetl... 10 3.2. Clim... 10 3.3. Áre experimentl... 11 3.4. Trtmentos e delinemento experimentl... 12 3.5. Mnejo d pstgem... 13 3.6. Solo... 13 3.6.1. Clssificção... 13 3.6.2. Correção e dubção... 13 3.7. Avlições relizds no psto... 16 3.7.1. Monitormento d interceptção d luz incidente... 16 3.7.2. Altur do psto... 16 3.7.3. Mss de forrgem no pré-pstejo e componentes morfológicos... 16 3.7.4. Mss de forrgem no pós-pstejo e componentes morfológicos... 17 vi

3.7.5. Txs de cúmulo de forrgem... 18 3.7.6. Densidde volumétric d forrgem... 18 3.7.7. Remoção de forrgem e eficiênci de pstejo... 18 3.7.8. Vlor nutritivo... 19 3.8. Animis... 19 3.9. Controle do peso dos nimis... 19 3.10. Tx de lotção... 20 3.11. Gnho médio diário... 20 3.12. Produtividde niml... 20 3.13. Tempo de pstejo... 20 3.14. Tx de bocds... 21 3.15. Consumo de forrgem... 21 3.15.1. Extrção dos n-lcnos... 22 3.15.2. Análise cromtográfic... 23 3.15.3. Cálculos... 24 3.16. Conversão limentr... 25 3.17. Análise esttístic... 25 4. RESULTADOS... 27 4.1. Interceptção d luz incidente e ltur do psto no pré-pstejo... 27 4.2. Altur do resíduo pós pstejo... 28 4.3. Número de ciclos e intervlos entre pstejos... 29 4.4. Mss de forrgem no pré-pstejo e componentes morfológicos... 30 4.5. Mss de forrgem no pós-pstejo e componentes morfológicos... 34 4.6. Txs de cúmulo de forrgem... 37 4.7. Densidde volumétric d forrgem... 37 4.8. Vlor nutritivo dos componentes morfológicos d forrgem no pré-pstejo 38 4.9. Vlor nutritivo d forrgem no pós-pstejo... 47 4.10. Consumo e digestibilidde d forrgem consumid... 48 4.11. Gnho de peso e tx de lotção... 48 4.12. Produtividde niml... 50 4.13. Tempo de pstejo... 51 vii

4.14. Tx de bocds... 53 4.15. Remoção de forrgem e eficiênci de pstejo... 54 4.16. Conversão limentr... 55 5. DISCUSSÃO... 56 5.1. Alturs de pré e pós-pstejo... 56 5.2. Número de ciclos de pstejo e intervlos entre pstejo... 56 5.3. Mss de forrgem no pré-pstejo e componentes morfológicos... 57 5.4. Mss de forrgem no pós-pstejo e componentes morfológicos... 58 5.5. Tx de cúmulo de forrgem... 58 5.6. Densidde volumétric d forrgem... 59 5.7. Vlor nutritivo dos componentes morfológicos d forrgem no pré-pstejo 59 5.8. Vlor nutritivo d forrgem no pós-pstejo... 62 5.9. Consumo e digestibilidde d forrgem consumid... 63 5.10. Gnho de peso e tx de lotção... 63 5.11. Produtividde niml... 65 5.12. Tempo de pstejo... 66 5.13. Tx de bocds... 66 5.14. Remoção d forrgem e eficiênci de pstejo... 66 5.15. Conversão limentr... 67 6. CONCLUSÕES... 68 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 69 viii

LISTA DE FIGURAS Figur 1 Precipitção pluvil totl mensl (PPT), umidde reltiv do r (UR), tempertur máxim, tempertur mínim, temperturs 11 médis mensis ocorrids durnte o período experimentl. Figur 2 - Croqui d áre experimentl. 12 Figur 3 - Amostrgem estrtificd do psto, (A) estrto >50 cm, (B) estrto entre 25 50 cm e (C) estrto de 0 25 cm. 17 Figur 4 - (A) Vibrcorder, (B) Posicionmento do prelho no niml, (C) Monitormento do tempo de pstejo, vist do niml com o 21 prelho. Figur 5 (A) Aplicdor e cápsul de n-lcno. (B) Aplicção d cápsul, (C) Colet de fezes 22 Figur 6 - Interceptção de luz incidente (IL, %) e ltur (cm) do dossel de cpim-tnzâni n condição de pré-pstejo pr os 28 trtmentos 25 (A) e 50 (B) durnte os ciclos de pstejo. Figur 7 - Altur (cm) do dossel de cpim-tnzâni n condição póspstejo pr os trtmentos 25 (A) e 50 (B) durnte os ciclos 29 de pstejo. Figur 8 Intervlos entre pstejos (A) e intervlos médios entre pstejos (B), em dis, nos trtmentos 50 e 25 durnte o período 30 experimentl. Figur 9 Médis dos qudrdos mínimos pr mss de forrgem (kg/h de MS) do cpim-tnzâni n condição de pré-pstejo pr os trtmentos 50 e 25 durnte o período experimentl 31 ix

Figur 10 Médis dos qudrdos mínimos pr mss de forrgem (kg/h de MS) por estrto do cpim-tnzâni n condição de pré-pstejo. Figur 11 - Proporções de lâmin folir, colmo e mteril morto (%) d mss de forrgem, em pré-pstejo, em pstos de cpimtnzâni em função dos trtmentos 25 (A) e 50 (B), estrtos e períodos de pstejo. Figur 12 Médi d mss de forrgem (kg/h de MS) do cpimtnzâni n condição de pós-pstejo pr os trtmentos 50 e 25, durnte o período experimentl, e médi dos ciclos. Figur 13 Médis dos qudrdos mínimos pr proporções de componentes morfológicos (%) d mss de forrgem em pós-pstejo em pstos de cpim-tnzâni em função dos trtmentos 25 (A) e 50 (B) e ciclos de pstejo. Figur 14 Médis dos qudrdos mínimos pr densidde de MS em g/cm.h d forrgem n condição de pré-pstejo de cpimtnzâni em função dos trtmentos e ciclos de pstejo. Figur 15 Médis dos qudrdos mínimos pr proteín brut (%PB) dos componentes morfológicos do cpim-tnzâni em função dos trtmentos. Figur 16 Médis dos qudrdos mínimos pr proteín brut (PB, %) dos componentes morfológicos do cpim-tnzâni nos trtmentos 25 (A) e 50 (B) em função dos ciclos de pstejo. Figur 17 Médis dos qudrdos mínimos pr fibr em detergente neutro (FDN, %) dos componentes morfológicos do cpimtnzâni nos trtmentos 25 (A) e 50 (B) em função dos ciclos. Figur 18 Médis dos qudrdos mínimos pr digestibilidde in vitro d mtéri orgânic (DIVMO, %) dos componentes morfológicos do cpim-tnzâni nos trtmentos 25 (A) e 50 (B) em função dos ciclos. Figur 19 Médis dos qudrdos mínimos pr lignin (LDA, %) dos componentes morfológicos do cpim-tnzâni nos trtmentos 25 (A) e 50 (B) em função dos ciclos. Figur 20 Vlores médios de gnho médio diário (GMD) de cordo com os meses do no durnte o período experimentl. Figur 21 Vlores médios de tx de lotção (TL) de cordo com os meses do no durnte o período experimentl. Figur 22 Gnho de peso (GP, kg/h) em cpim-tnzâni durnte os ciclos de pstejo e totl no período experimentl. 51 32 34 35 36 38 40 41 43 45 47 49 50 x

Figur 23 Tempo de pstejo de nimis (TP, minutos/di) mntidos em pstos de cpim-tnzâni em função do período de ocupção nos piquetes. Figur 24 Relção entre tempo de pstejo (TP, minutos/di) de nimis mntidos em pstos de cpim-tnzâni e ltur do dossel forrgeiro (cm). Figur 25 Tx de bocds (TB, bocds/minuto) de nimis mntidos em pstos de cpim-tnzâni em função do período de ocupção nos piquetes. Figur 26 Relção entre tx de bocds (TB, bocds/minuto) de nimis mntidos em pstos de cpim-tnzâni e ltur do dossel forrgeiro (cm). Figur 27 Remoção de forrgem (RF, %) d mss de forrgem verde disponível por nimis mntidos em pstos de cpimtnzâni o longo do período experimentl. 52 52 53 54 55 xi

LISTA DE TABELAS Tbel 1 - Crcterístics químics de mostrs ds cmds de 0-10 cm, 0-20 cm e 20-40 cm do solo d áre experimentl Tbel 2 Prcelmento d quntidde de N (kg/h) plicd em cd repetição e su respectiv dt de plicção durnte o período experimentl Tbel 3 Médis dos qudrdos mínimos pr proporções de lâmin folir, colmo e mteril morto, em percentgem (%), d mss de forrgem em pré-pstejo em pstos de cpim-tnzâni em função dos resíduos Tbel 4 Médis dos qudrdos mínimos pr proporções de lâmin folir, colmo e mteril morto, em percentgem (%), d mss de forrgem em pré-pstejo em pstos de cpim-tnzâni em função dos estrtos Tbel 5 Médis dos qudrdos mínimos pr proporções de lâmin folir, colmo e mteril morto, expressos em percentgem (%), d mss de forrgem em pstos de cpim-tnzâni em função dos trtmentos no pós pstejo Tbel 6 Médis dos qudrdos mínimos pr tx de cúmulo (TA, kg/h.di de MS) do cpim-tnzâni em função dos trtmentos Tbel 7 Médis dos qudrdos mínimos pr densidde volumétric de forrgem em g/cm.h n condição de pré-pstejo de cpimtnzâni em função dos trtmentos e estrtos Tbel 8 - Médis dos qudrdos mínimos pr proteín brut (%) dos componentes morfológicos d mss de forrgem em prépstejo em pstos de cpim-tnzâni em função dos estrtos 14 15 32 33 35 37 37 39 xii

Tbel 9 - Médis dos qudrdos mínimos pr fibr em detergente neutro (FDN, %) dos componentes morfológicos d mss de forrgem em pré-pstejo em pstos de cpim-tnzâni em função dos estrtos Tbel 10 - Médis dos qudrdos mínimos pr digestibilidde in vitro d mtéri orgânic (DIVMO, %) dos componentes morfológicos d mss de forrgem em pré-pstejo no cpim-tnzâni em função dos estrtos Tbel 11 - Médis dos qudrdos mínimos pr lignin (LDA, %) dos componentes morfológicos d mss de forrgem em prépstejo no cpim-tnzâni em função dos estrtos Tbel 12 Médis dos qudrdos mínimos pr vlor nutritivo do resíduo de forrgem em pstos de cpim-tnzâni em função dos trtmentos Tbel 13 Médis dos qudrdos mínimos pr gnho médio diário (GMD, g/di) e tx de lotção (TL, nimis de 300 kg /h) em pstos de cpim-tnzâni em função dos trtmentos 42 44 46 48 49 xiii

RESUMO DIFANTE, Gelson dos Sntos, Universidde Federl de Viços, gosto de 2005. Desempenho de novilhos, comportmento ingestivo e consumo voluntário em pstgem de Pnicum mximum Jcq. cv. Tnzâni. Orientdor: Domicio do Nscimento Júnior. Conselheiros: Vléri Pcheco Btist Euclides e Sil Crneiro d Silv. Em sistems de produção niml em psto, o controle do pdrão de vrição e estrutur do dossel, por influencir o desempenho de plnts e nimis, condicion e determin os pdrões de eficiênci prcil do sistem: crescimento, utilizção e conversão. Entretnto, obtenção de níveis máximos de eficiênci desses componentes não pode ser lcnçd de form simultâne, indicndo que os objetivos e mets de mnejo do pstejo devem ser idelizdos pr que eficiênci do sistem de produção sej otimizd. Assim, o presente trblho teve como objetivo vlir o desempenho e o comportmento ingestivo de novilhos em pstgem de Pnicum mximum Jcq. cv. Tnzâni sob regime de desfolhção intermitente, submetido dus intensiddes de desfolhção, lturs de resíduo de 25 e 50 cm, ssocids à condição de pré-pstejo de 95% de interceptção d luz incidente pelo dossel forrgeiro. O experimento foi conduzido n Embrp Gdo de Corte, em Cmpo Grnde, MS, durnte o período de setembro de 2004 mio de 2005. O delinemento experimentl utilizdo foi o de blocos completos xiv

csulizdos, com dus repetições. Durnte cd período de rebrotção form vlids interceptção de luz pelo dossel, s lturs pré e pós-pstejo, mss de forrgem pré e pós-pstejo e seus componentes morfológicos, tx de cúmulo, densidde volumétric d forrgem, o vlor nutritivo dos componentes morfológicos, eficiênci de pstejo, o gnho médio diário, produtividde niml, tx de lotção, o tempo de pstejo, tx de bocds e eficiênci de conversão d forrgem disponível. A interceptção de luz médi observd no pré-pstejo foi de 95 e 95,8% pr os trtmentos com resíduos de 25 e 50 cm, respectivmente. As lturs de pré e pós-pstejo se presentrm de form consistente durnte o período experimentl, com médis de 65 e 26,3 cm pr o trtmento com 25 cm de resíduo, e 68,4 e 47,8 cm pr o trtmento com 50 cm de resíduo. O trtmento com 50 cm de resíduo presentou mior número de ciclos de pstejo em relção o trtmento com 25 cm de resíduo, resultdo dos menores intervlos entre pstejos. A mss de forrgem no pré-pstejo foi semelhnte nos trtmentos, pesr de tx de cúmulo observd no trtmento com 50 cm de resíduo ter sido mior (164,9 kg/h/di de MS) que no trtmento com 25 cm de resíduo (42,1 kg/h/di de MS). A densidde volumétric de forrgem foi mior no trtmento com 50 cm de resíduo devido o mior percentul de colmo observdo nesse trtmento. A mss de forrgem no pós-pstejo foi mior no resíduo de 50 cm e presentou mior percentul de lâmins folires n su composição morfológic qundo comprd com mss de forrgem do resíduo de 25 cm. O resíduo de 25 cm presentou mior proporção de mteril morto (58,6%) qundo comprdo o resíduo de 50 cm (38,3%) n mss de forrgem pós-pstejo devido mior intensidde de desfolhção impost nesse trtmento. Os teores de proteín brut (PB), digestibilidde in vitro d mtéri orgânic (DIVMO), fibr em detergente neutro (FDN) e lignin em detergente ácido (LDA) form semelhntes entre os trtmentos pr s lâmins folires, colmo e mteril morto. Entretnto, à medid que o estrto se proximv do solo, menores erm os teores de PB e de DIVMO, e miores os teores de FDN e de LDA, demonstrndo o mior vlor nutritivo dos estrtos superiores. O mior gnho médio diário foi observdo no trtmento de xv

50 cm de resíduo (801,0 g/di) qundo comprdo àquele do trtmento de 25 cm de resíduo (663,6 g/di), porém tx de lotção foi mior no resíduo com 25 cm. O consumo diário e digestibilidde d forrgem consumid foi 6,6 e 7,1 kg/niml de MS (2,0 e 2,2% PV; P = 0,3007) e 68,5 e 67,3% (P = 0,6951) pr os trtmentos de resíduo 25 e 50 cm (P = 0,3007), respectivmente. A produtividde totl observd no experimento foi de 601 e 559 kg/h de PV pr os trtmentos com resíduo de 25 e 50 cm, respectivmente. O tempo de pstejo presentou comportmento liner crescente em função dos dis de ocupção dos piquetes com vlores entre 475 e 630 minutos de pstejo por di. A tx de bocds presentou comportmento liner crescente pr o trtmento com 25 cm de resíduo, com umento de 0,641 bocds/minuto por di de ocupção. Porém, no trtmento com 50 cm, regressão pr tx de bocds não foi significtiv, sendo verificdo, em médi, 39,08 bocds/minuto. As lturs do dossel influencirm s eficiêncis de pstejo e de conversão, de form que no trtmento com resíduo de 50 cm eficiênci de pstejo foi menor (50,2%) qundo comprd àquel do resíduo de 25 cm (90,4%), conseqüênci d menor intensidde de pstejo impost nesse trtmento. Por outro ldo, eficiênci de conversão foi mior no mnejo com resíduo de 25 cm qundo comprdo o mnejo com resíduo de 50 cm (10,3 e 8,9 kg de MS/kg de PV produzido, respectivmente). O mnejo do pstejo utilizndo um resíduo de 25 cm de ltur proporcionou miores gnhos por unidde de áre e mior uniformidde no gnho de peso dos nimis o longo do experimento, pesr de presentr menor número de ciclos de pstejo. O mnejo do pstejo utilizndo um resíduo de 50 cm de ltur promoveu mior gnho de peso individul e mior número de ciclos de pstejo. Independente d ltur do resíduo pós-pstejo ou ds mets de gnho peso lmejds, ltur do psto no pré-pstejo entre 65 e 70 cm mostr-se dequd pr o mnejo do cpim-tnzâni, sob lotção intermitente. xvi

ABSTRACT DIFANTE, Gelson dos Sntos, Universidde Federl de Viços, August 2005. Animl performnce, ingestive behviour nd herbge intke of steers on rottionlly grzed Pnicum mximum Jcq. cv. Tnzâni psture. Supervisor: Domicio do Nscimento Júnior. Advisors: Vléri Pcheco Btist Euclides e Sil Crneiro d Silv. In pstorl systems of niml production, the performnce of the plnt nd niml components is conditioned nd explined by swrd structure nd its ptterns of vrition, which in turn determines the efficiencies of growth, utilistion nd conversion, individul components of the overll system s productivity. However, mximum levels of efficiency for ech individul component cnnot be chieved simultneously, indicting the need for setting objectives nd trgets tht im to optimise overll system s efficiency insted of tht of individul components. The objective of this experiment ws to evlute the performnce nd the ingestive behviour of beef cttle steers on Pnicum mximum Jcq. cv. Tnzâni psture submitted to rottionl grzing mngement chrcterised by pre-grzing condition of 95% cnopy light interception (LI) nd two post-grzing residues (25 nd 50 cm). It ws crried out t Embrp Gdo de Corte, Cmpo Grnde, MS, from September 2004 to My 2005. Tretments (95/25, 95/50 LI/residue) were ssigned to experimentl units (groups of six 2500 m 2 pddocks per tretment) xvii

ccording to complete rndomised block design, with two replictions. During ech regrowth cycle the following response vribles were mesured: cnopy light interception, pre nd post-grzing heights, pre nd post-grzing herbge mss nd its morphologicl composition, herbge ccumultion nd bulk density, chemicl composition of the morphologicl components, grzing efficiency, niml dily weight gin nd productivity, stocking rte, herbge intke, grzing time, bite rte nd conversion efficiency. Nominl vlues of LI were 95.0 nd 95.8% for the 25 nd 50 cm post-grzing residue tretments, respectively. Pre nd post-grzing heights were stble throughout the yer with verge vlues of 65.0 nd 26.3 cm for the 25 cm post-grzing residue tretment nd 68.7 nd 47.8 cm for the 50 cm post-grzing residue tretment. The number of grzing cycles ws lrger for the 50 cm thn the 25 cm post-grzing residue tretment, consequence of the shorter intervl between successive grzings. Herbge mss pre-grzing did not differ between tretments, lthough herbge ccumultion rte ws higher for the 50 thn the 25 cm residue tretment (164.9 nd 42.1 kg/h.dy DM, respectively). Herbge bulk density ws higher for the 50 cm residue tretment becuse of the higher proportion of stems in the herbge mss reltive to the 25 cm residue tretment. Vlues of herbge mss post-grzing were lrger for the 50 cm residue tretment nd were chrcterised by higher proportion of lef lmin in reltion to the 25 cm tretment, which presented higher proportion of ded mteril. On verge, the contents of crude protein (CP), neutrl detergent fibre (NDF) nd lignin in cid detergent (LAD), s well s the vlues of the in vitro orgnic mtter digestibility (IVOMD) were similr for both tretments for lef lmin, stem nd ded mteril components. However, CP nd IVOMD decresed nd FDN nd LAD incresed from the top to the bottom of the swrd. The verge dily weight gin ws lrger for the 50 cm (801.0 g/dy.niml) thn the 25 cm (663.6 g/dy.niml) residue tretment, lthough stocking rte ws higher for the 25 cm residue tretment. Dily herbge intke nd digestibility of the consumed herbge were 6.6 nd 7.1 kg/niml DM (2.0 nd 2.2% LW; P = 0.3007) nd 68.5 nd 67.3% (P = 0.6951) for the 25 nd 50 cm residue tretments, respectively. Vlues of weight gin per unit re were 601 nd 559 kg/h for the 25 nd 50 cm residue xviii

tretments, respectively. Grzing time incresed linerly with number of dys of the grzing period of ech pddock, with totl verge vlues of 475 nd 630 minutes per dy. Similrly, bite rte followed the sme pttern of behviour for the 25 cm tretment, with n increment of 0.641 bite/minute for ech dy of the grzing period studied. However, for the 50 cm residue tretment, bite rte did not vry with number of dys of the grzing period, nd n verge vlue of 39.08 bites/minute ws recorded. Grzing efficiency ws influenced by post-grzing height, with higher vlues recorded for the 25 cm (90.4%) thn the 50 cm (50.2%) tretment. On the other hnd, vlues of conversion efficiency were lower for the 25 cm (10.3 kg DM/kg LWG) thn the 50 cm (8.9 kg DM/kg LWG). Grzing mngement with the post-grzing residue of 25 cm resulted in lrger productivity nd uniformity of niml performnce throughout the experiment, despite presenting lower number of grzing cycles, while the post-grzing residue of 50 cm resulted in lrger vlues of niml performnce nd grzing cycles. Regrdless of the post-grzing height used or trgets of niml performnce imed, the pregrzing height of 65 nd 70 cm ws proven dequte for the grzing mngement of rottionlly grzed Tnzâni grss pstures. xix

1. INTRODUÇÃO Grmínes forrgeirs tropicis são crcterizds por lts produções de mtéri sec. No entnto, em termos práticos, os benefícios potenciis de su utilizção dificilmente têm sido lcnçdos, um vez que os indicdores produtivos e zootécnicos ncionis pontm pr umentos de produtividde muito modestos em relção o que poderi ser obtido (NASCIMENTO JR. et l., 2004). O fto é que sistems de produção niml são entiddes complexs que impedem que interferêncis pontuis em componentes isoldos, ou em prte deles, resultem em lterção imedit e eficz em produtividde. Assim, ções de mnejo que tenhm como finlidde umentos em produtividde e eficiênci globl do sistem necessitm ser relizds em conjunto e de mneir integrd, conhecendo-se s reções de cus e efeito que ocorrem e regem o sistem de produção (SBRISSIA & D SILVA, 2001). Em sistems de produção niml em psto estrutur do dossel influenci o consumo niml e determin os pdrões de eficiênci prcil do sistem: crescimento, utilizção e conversão. Entretnto, obtenção de níveis máximos de eficiênci desses componentes não pode ser lcnçd de form concomitnte, indicndo que os objetivos e mets de mnejo devem ser plnejdos pr que eficiênci do sistem de produção sej otimizd por meio de justes de sus eficiêncis prciis (HODGSON, 1990). 1

Em plnts forrgeirs tropicis tem sido verificdo que o mnejo do pstejo tendo por bse mets de condição do psto pode promover incrementos substnciis n eficiênci de utilizção ou de colheit d forrgem produzid. Nesse contexto, experimentos relizdos com cpim-mombç (UEBELE, 2002; CARNEVALLI, 2003) e cpim-tnzâni (BARBOSA, 2004), utilizndo interceptção de luz como determinnte ds mets de pré-pstejo, demonstrrm que sobreposição ds condições ótims pr produção eficiente de mss sec e obtenção de bom vlor nutritivo d forrgem pode ser lcnçd. Assim, pstejos inicidos qundo o dossel forrgeiro intercept 95% d luz incidente resultrm em mior proporção de folhs e menor proporção de colmos e de mteril morto n mss de forrgem em pré-pstejo. Por outro ldo, pstejos relizdos qundo o dossel tingiu 100% de interceptção luminos fvorecerm o longmento de colmos e senescênci, comprometendo o vlor nutritivo d forrgem ofertd os nimis no curto przo e produção de forrgem e controle d estrutur do dossel forrgeiro (mnutenção do resíduo pós-pstejo) em médio e longo przo. Com o conhecimento e informções hoje disponíveis tem sido possível consttr que plnts e nimis em pstgens respondem de form consistente vrições em estrutur do dossel forrgeiro. A mgnitude e o vlor bsoluto ds resposts podem vrir segundo s crcterístics morfofisiológics ds espécies de plnts e nimis considerdos, ms seguem pdrões comuns de resposts funcionis. Esse fto bre um vsto e inexplordo horizonte pr o mnejo do pstejo de pstgens tropicis, crcterizdo pel doção de mets de condição de psto (estrutur) necessáris pr produção de forrgem eficiente e desempenho niml stisftório (D SILVA, 2004). Assim, o objetivo deste trblho foi vlir o desempenho e o comportmento ingestivo de novilhos d rç Nelore em pstos de Pnicum mximum Jcq. cv. Tnzâni submetidos regimes de desfolhção intermitente crcterizdos por pstejo os 95% IL do dossel e resíduos de 25 ou 50 cm. 2

2. REVISÃO DE LITERATURA Qundo forrgem é únic fonte de limento pr os nimis, el deve fornecer o totl de energi, proteín, vitmins e mineris necessários pr produção niml. Isso porque, deficiênci ou o bixo consumo de qulquer nutriente essencil pode restringir o desempenho dos nimis. O consumo de energi, influencido pel combinção do efeito d digestibilidde e do consumo voluntário d forrgem, é o principl ftor limitnte d produtividde niml (MINSON, 1981). A produção por niml está diretmente ssocid o consumo de mtéri sec digestível qundo proteín, os mineris e outros ftores nutricionis são dequdos (MOORE, 1980). O umento d eficiênci de trnsformção d forrgem em produto niml é conseguido qundo tx de lotção é incrementd sem prejuízos pr produtividde do sistem. Qundo o nível de energi ou o consumo de mtéri sec digestível ultrpss o requerimento de mntenç, mior quntidde de forrgem ingerid é trnsformd em produto niml. Portnto, o consumo de mtéri sec digestível está correlciondo com o gnho de peso do niml. Dentre s crcterístics ds plnts forrgeirs mis importntes pr produção niml, destcm-se quels que determinm o consumo voluntário de nutrientes digestíveis. Considerndo que o consumo restrito (quntidde e, ou, qulidde) de nutrientes é o principl ftor limitndo produção niml, ele só será controldo pelo vlor nutritivo se quntidde disponível de forrgem não for 3

limitnte (EUCLIDES, 2000). Dess form, no Brsil Centrl, durnte o período crítico de crescimento ds plnts forrgeirs (outono-inverno), ou em pstgens super-pstejds ou degrdds, disponibilidde de forrgem pode se tornr o ftor mis limitnte do consumo dos nimis em pstejo e, por conseguinte, restringir o desempenho niml (EUCLIDES et l., 1993). Segundo BURNS et l. (1994), quntidde de MS ingerid dirimente é medid mis importnte pr que se fç inferêncis respeito do limento e d respost niml. Apesr de enorme esforço por prte d comunidde científic (KYRIAZAKIS, 2003), os vnços, no sentido de se obter predições robusts de vrições de consumo, em diferentes sistems de limentção, são limitdos, pr dizer o mínimo. PITTROFF & KOTHMANN (1999) ilustrrm o tmnho do desfio em relção esse tem, bem como resignção frente o que se conhece té o momento: o controle do consumo em ruminntes é um processo extremmente complexo que envolve múltiplos mecnismos que são muito pouco conhecidos. A hipótese clássic n litertur é quel n qul o consumo de forrgem seri controldo pel cpcidde do trto digestivo qundo do consumo de forrgens de bix digestibilidde, e pelo feedbck dos metbólitos dos nutrientes bsorvidos em forrgens de lt digestibilidde, que CONRAD et l. (1964) denominrm de mecnismos físicos e quimiostáticos ou fisiológicos. No entnto, CARVALHO et l. (2001) legrm que estrutur do psto teri efeito muits vezes prepondernte n definição do consumo em pstejo, e D SILVA & CARVALHO (2005) rgumentrm que os elevdos índices de desempenho niml obtidos n pesquis recente em pstgens tropicis revelm o qunto o desconhecimento do dequdo mnejo d estrutur desses pstos compromete produção niml nesss pstgens. Portnto, situção de pstejo se mostr singulr. Váris revisões de litertur envolvendo os ftores que controlm o consumo voluntário nos ruminntes em pstejo têm sido feits (ALLISON, 1985; POPPI et l., 1987; MINSON, 1990; MERTENS, 1994, VAN SOEST, 1994; HODGSON, 2004). Em tods els reconhece-se crcterístic prticulr sob condições de pstejo de que, lém dos mecnismos clássicos de controle do 4

consumo (VAN SOEST, 1994), intergem outros ftores dicionis, únicos n relção plnt-niml, definidos por POPPI et l. (1987) como ftores não nutricionis ou comportmentis. Esses utores definem os ftores que controlm o consumo em pstejo prtir d relção existente entre bundânci de limento e o consumo por niml. Ess respost do consumo à ofert crescente de forrgem seri representd por um função curvilíne, denomind respost funcionl (CARVALHO, 1997). N fse scendente d curv, situção de bix disponibilidde de forrgem, os ftores que ssumirim o controle serim os não nutricionis, relciondos à hbilidde do niml em colher o psto. N fse ssintótic d curv de respost, situção de grnde disponibilidde de forrgem, os ftores nutricionis ssumirim o controle do consumo. Como conseqüênci, estrutur do psto fetri fse scendente d curv, enqunto fse ssintótic estri relciond à concentrção de nutrientes n forrgem ingerid e com o processo digestivo proprimente dito. No entnto, CARVALHO et l. (2001) sugerirm que respost do consumo à ofert de psto seri representd por um modelo qudrático, em que estrutur do psto fetri o consumo tnto n condição de bix como de lt disponibilidde de forrgem. Segundo COSGROVE (1997), em qulquer circunstânci ind é difícil predizer o consumo de forrgem de nimis em pstejo. Muito dess flt de cpcidde de predição deve-se o fto de ingestão de mtéri sec ser influencid por vários ftores de comportmento niml. O desempenho niml depende diretmente do consumo diário de forrgem e, indiretmente, dos efeitos do processo de pstejo sobre composição, crcterístics estruturis e produtividde d forrgem. Assim, o conhecimento dos mecnismos do processo de pstejo é importnte pr entender o controle do consumo de forrgem pelos nimis (ROMNEY & GILL, 2000). Os principis componentes do comportmento de pstejo são o tempo de pstejo, tx de bocds e o tmnho do bocdo. Estes, em conjunto, determinm o consumo diário de forrgem pelos nimis. MINSON (1981) descreveu que os mecnismos físicos, quimiostáticos e de comportmento ingestivo integrdos tum no complexo plnt-niml de form que tnto quntidde como qulidde do psto, como disponibilidde do mteril 5

preferido e su cessibilidde, influencim o consumo. Dess form, pr cd condição de psto, esses ftores se lternrim no controle do consumo. Qundo o controle é feito por meio de mecnismos físicos, o consumo será determindo pelo enchimento do rúmen e pel tx de pssgem ds prtículs pr for do rúmen. Pr condições de psto em que o controle do consumo é comnddo por mecnismos fisiológicos, este será determindo pel concentrção de energi d forrgem e pels necessiddes energétics do processo de produção (VAN SOEST, 1994). O comportmento ingestivo dos nimis em pstejo depende ds reções do niml às vriáveis d interfce plnt-niml fetndo o consumo (MANNETJE & EBERSOHN, 1980). De cordo com esses utores, o niml just seu comportmento em pstejo de cordo com ofert d frção preferid d forrgem e su distribuição espcil no dossel forrgeiro. STOBBS (1975) slientou que bovinos em pstejo ingerem forrgem que é químic, botânic e morfologicmente diferente d oferecid. Segundo esse utor, o potencil de seleção é mior em pstgens tropicis do que em temperds, um vez que s primeirs presentm grnde vrição no vlor nutritivo dentro e dentre seus componentes morfológicos (folh e colmo, principlmente). Trdicionlmente, interção entre o niml em pstejo e seu limento tem sido estudd por meio d disponibilidde de forrgem e de seu consumo. Entretnto, pouc ênfse tem sido dd os mecnismos que regulm o processo (DEMMENT et l., 1987). Gerlmente, ess relção tem sido bidimensionl, relcionndo biomss por unidde de áre com forrgem consumid por unidde de tempo por niml, ms o vlor ds relções empírics derivds desses estudos é limitdo pr explicr os processos de controle envolvidos. A compreensão ds cuss exige mior conhecimento dos componentes d estrutur do psto e su influênci nos mecnismos do processo de pstejo (CARVALHO et l., 2001). A estrutur do psto é importnte n determinção d fcilidde com que forrgem é preendid pelo niml. Qundo el é pouco dens, o niml em pstejo encontr dificuldde em ingerir forrgem em quntidde. Correlções 6

positivs entre densidde de folhs e relção lâmin:colmo com o consumo form observds em vários experimentos com pstgens tropicis (STOBBS, 1973; HENDRICKSEN & MINSON, 1980; EUCLIDES, 1985), especilmente densidde de folhs no estrto superior do psto (CHACON et l., 1978). A disponibilidde de mtéri sec influenci proporção de mteril que pode ser colhid pelo niml, o gru de seletividde, o consumo e, portnto, o desempenho niml. À medid que mtéri sec oferecid diminui, o niml tent mnter o nível de consumo lterndo o comportmento ingestivo. A mss do bocdo é vriável mis influencid pels condições do psto, principlmente pel su ltur (HODGSON, 1990). Com um menor ofert de forrgem mss do bocdo diminui. A tx de bocds gerlmente tende umentr, ms esse incremento muits vezes não é suficiente pr evitr um diminuição no consumo (BRÂNCIO, 2000; SARMENTO, 2003). A respost do niml ess situção é um umento no tempo de pstejo. A mss de forrgem oferecid influi no consumo do niml, pois lter estrutur do psto por meio de seus componentes, ltur e, ou, densidde. Esss lterções n estrutur do psto fetm fcilidde de preensão de forrgem por prte do niml e, portnto, tx de ingestão e o consumo diário (CARVALHO et l., 1999). Vários trblhos, principlmente com plnts forrgeirs tropicis, têm demonstrdo que, gerlmente, há bix correlção entre consumo e produção niml com o totl de forrgem disponível. No entnto, ess correlção é melhord qundo disponibilidde é express em termos de disponibilidde de mtéri verde sec (MVS). Pr rtificr ess relção, podem ser citdos os resultdos obtidos em pstgens de Pnicum (Colonião, Tobitã e Tnzâni) (EUCLIDES et l., 1993). Alguns resultdos de consumo voluntário e tempo de pstejo form presentdos em um experimento usndo três cultivres de Pnicum mximum (EUCLIDES et l., 1999). O número de nimis foi justdo pr mnter mesm disponibilidde de mtéri sec o longo do no. Foi observdo que o tempo de pstejo foi significtivmente mior no período mis seco do no do que no período chuvoso. Esse umento, no entnto, não foi 7

suficiente pr impedir um qued no consumo voluntário de mtéri sec de forrgem, que foi de 2,2; 1,9 e 2,1% e 2,9; 2,8 e 2,8% do peso vivo no período seco e ns águs, pr s cultivres Colonião, Tobitã e Tnzâni, respectivmente. Esses estudos sugerem que pr um mesm mss de forrgem, distribuição dos componentes folh, colmo e mteril morto vri o longo do no (CARNEVALLI, 2003; BARBOSA, 2004), e que colmo e mteril morto podem limitr o consumo (ANDRADE, 2003; SARMENTO, 2003). A ltur do psto influenci o consumo lterndo o comportmento ingestivo, principlmente por lterções n mss do bocdo. HODGSON (1985) considerou que ltur do psto seri o principl determinnte do tmnho de bocdo em pstos de clim temperdo, enqunto que ns pstgens tropicis densidde do psto seri de mior importânci. Esse contrste pode ser explicdo tendo como bse o fto de que, gerlmente, s pstgens tropicis são menos denss e de mior ltur que s pstgens temperds. HODGSON (1985) ressltou dificuldde de seprr os efeitos d ltur e d densidde, pois esss são vriáveis ltmente correlcionds, complicndo interpretção dos resultdos obtidos. Qunto mior heterogeneidde do psto, mior será seletividde niml (STOBBS, 1973; 1975). MINSON (1990) reltou que qundo o niml está costumdo consumir folhs, ele continu procurndo por els, mesmo qundo proporção de folhs presentes no dossel forrgeiro é bix, fto observdo tmbém por BRÂNCIO (2000). Esse comportmento result em consumos bixos por rejeição d forrgem com lt proporção de colmos e mteril morto. HENDRICKSEN & MINSON (1980) observrm que o tempo de pstejo umentou com diminuição d proporção de folhs no dossel forrgeiro té um limite de 1185 kg de biomss de folhs. Abixo desse vlor de ofert de folhs o tempo de pstejo diminuiu e o número de bocds inicilmente umentou, ms diminuiu posteriormente, presentndo lt correlção com tempo de pstejo. A mss do bocdo diminuiu linermente com redução n proporção de folhs no dossel forrgeiro. Resultdos semelhntes form obtidos por CHACON & STOBBS 8

(1976). Em mbos os trblhos, os utores concluírm que bix densidde de folhs no dossel cus diminuição no consumo dos nimis. De form gerl, o consumo e o desempenho niml umentm com umentos em ltur do dossel, mss de forrgem, resíduo pós-pstejo ou ofert de forrgem té certo limite. Esse umento tende um vlor máximo específico pr espécie e ctegori niml, crcterizdo pel limitção dos nimis em processr e, ou digerir forrgem consumid. A identificção desse vlor pr cd espécie e ctegori niml permite su comprção com os vlores correspondentes pr produção eficiente de forrgem pels plnts forrgeirs, resultndo no estbelecimento de mets de condição de psto que deverim ser gerds pr que determinds mets de desempenho niml pudessem ser tingids dentro dos limites d produção de forrgem eficiente (D SILVA & CORSI, 2003). 9

3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Locl do experimento e espécie vegetl O experimento foi conduzido n EMBRAPA Gdo de Corte, em Cmpo Grnde, MS (Lt. 20º27 S, Long. 54º37 W e Alt 530m). A plnt forrgeir utilizd foi o Pnicum mximum Jcq. Cv. Tnzâni, tmbém conhecido como cpim-tnzâni, cuj semedur foi feit em jneiro de 1995 utilizndo-se 2 kg de sementes purs e viáveis por hectre, incorpords o solo por meio de um grdgem leve seguid de leve compctção com rolo de pneus. Desde gosto de 1995 áre er mntid sob pstejo. O período totl de utilizção d áre pr o experimento foi de 232 dis (29.09.2004 18.05.2005), sendo que o período de 29.09.2004 12.12.2004 foi destindo à colet de mostrs pr nálise de solo, controle de invsors, recuperção de cercs e encnmentos de águ, correção e dubção do solo e roçds de uniformizção d áre experimentl. O período destindo à colet de ddos foi de 13.12.2004 18.05.2005, totlizndo 156 dis. 3.2. Clim O clim em Cmpo Grnde, segundo clssificção de Köppen, é do tipo tropicl chuvoso de svn, subtipo Aw, crcterizdo pel distribuição szonl de chuvs, com ocorrênci bem definid de um período seco durnte os meses mis frios do no e um período chuvoso durnte os meses de verão. 10

Os ddos referentes à precipitção pluvil form registrdos no locl do experimento e os ddos de tempertur e umidde reltiv do r (Figur 1) durnte o período experimentl form registrdos pel estção meteorológic d EMBRAPA - Gdo de Corte. Temperturs ( C) 40 35 30 25 20 15 10 5 0 go set out nov dez jn fev mr br Figur 1 Precipitção pluvil totl mensl (PPT), umidde reltiv do r (UR), tempertur máxim, tempertur mínim e temperturs médis mensis ocorrids durnte o período experimentl. 3.3. Áre experimentl A áre utilizd no experimento foi subdividid em três blocos de três hectres, com 12 piquetes de 0,25 h cd, totlizndo nove hectres (Figur 2). Cd bloco foi dividido em dois módulos com seis piquetes. Desses três blocos, um foi utilizdo como áre de reserv pr mnutenção dos nimis reguldores qundo estes não erm necessários pr regulr tx de lotção dos piquetes vlidos. 300 250 200 150 100 50 0 PPT (mm) e UR (%) PPT (mm) UR(%) Temp. mx Temp. min Temp. médi 11

49 54 55 60 Reserv 50 53 56 59 N 51 52 57 58 3 4 9 10 Bloco I 2 5 8 11 1 6 7 12 50 25 50 25 42 37 48 43 Bloco II 41 38 47 44 40 39 46 45 Figur 2 Croqui d áre experimentl. 3.4. Trtmentos e delinemento experimentl Os trtmentos vlidos corresponderm dus intensiddes de pstejo crcterizds pels lturs do resíduo do psto n condição de pós-pstejo de 25 e 50 cm, mbs ssocids à condição de 95% de interceptção de luz (IL) pelo dossel forrgeiro no pré-pstejo. Estes form ssim denomindos: 25 = 25 cm de resíduo pós-pstejo e 95% de IL no pré-pstejo 50 = 50 cm de resíduo pós-pstejo e 95% de IL no pré-pstejo O delinemento utilizdo foi o de blocos completos csulizdos, com dus repetições, sendo que cd repetição foi constituíd de um módulo de seis piquetes pr que os nimis permnecessem sempre no mesmo trtmento, totlizndo 24 piquetes. 12

3.5. Mnejo d pstgem O método de pstejo utilizdo foi o de lotção intermitente (rotciondo) com tx de lotção vriável e período de descnso determindo em função d IL. Antes do início do experimento áre experimentl estv vedd o pstejo. Em novembro de 2004 começrm ser feits roçds de uniformizção do psto pr gerr s lturs de resíduo dos trtmentos. Esss roçds form feits semnlmente em um piquete por módulo de form ssegurr que houvesse um grdiente de rebrotção entre os piquetes. Esse procedimento foi dotdo té que todos os piquetes do módulo fossem roçdos pr gerr s mets iniciis de resíduo. As dts ds roçds de cd piquete coincidirm com s plicções d primeir dose de nitrogênio (Tbel 1). 3.6. Solo 3.6.1. Clssificção O solo d áre experimentl é clssificdo como Ltossolo Vermelho Distrófico (EMBRAPA, 1999), crcterizdo por textur rgilos, ph ácido, bix sturção por bses e lt concentrção de lumínio. 3.6.2. Correção e dubção A fertilidde d áre foi monitord com finlidde de mnter sturção por bses entre 50 e 70%, o teor de fósforo entre 8 e 12 mg/dm 3 (P Mehlich 1 ) e o teor de potássio entre 80 100 mg/dm 3. Pr tnto, nos dis 30.09 e 01.10.2004, form retirds 36 mostrs de solo por piquete, sendo 12 n profundidde de 0-10 cm, 12 n profundidde de 0-20 cm e 12 n profundidde de 20-40 cm. A nálise químic ds mostrs de solo foi relizd de cordo com EMBRAPA (1997) e os resultdos são presentdos n Tbel 1. 13

Tbel 1 - Crcterístics químics de mostrs ds cmds de 0-10 cm, 0-20 cm e 20-40 cm do solo d áre experimentl Trt. Piq. P* MO ph K C Mg H+Al S T V ** mg/dm 3 % CCl 2 mg/dm 3 cmol c /dm 3 % Bloco I 0 10 50 1-6 5,35 4,56 5,31 131,8 2,65 1,93 4,17 4,91 9,08 54,11 25 7-12 4,14 4,63 5,32 130,7 2,55 1,87 3,67 4,75 8,42 56,44 0 20 50 1-6 2,32 4,36 5,14 118,0 1,98 1,37 4,26 3,65 7,91 46,16 25 7-12 2,76 6,40 5,03 108,7 1,95 1,31 3,48 3,54 7,02 50,44 20 40 cm 50 1-6 1,08 2,91 4,62 37,1 0,79 0,52 3,13 1,40 4,53 30,93 25 7-12 0,84 2,69 4,64 29,0 0,81 0,47 3,13 1,35 4,48 30,20 Bloco II 0 10 cm 50 37-42 3,15 5,29 5,36 194,3 2,53 1,81 4,63 4,84 9,47 51,09 25 43-48 2,32 5,51 5,27 193,1 2,60 1,77 5,54 4,86 9,39 51,72 0 20 cm 50 37-42 1,88 5,22 5,02 163,0 1,86 1,23 4,58 3,51 8,09 43,35 25 43-48 1,36 5,65 4,87 123,8 1,56 0,99 8,95 2,87 11,82 24,25 20 40 cm 50 37-42 0,69 3,15 4,77 55,6 0,79 0,49 2,83 1,42 5,25 27,06 25 43-48 0,51 3,21 4,77 35,9 0,71 0,45 3,99 1,25 5,25 23,87 P* Extrtor Mehlich 1 **Trtmento = 50 (resíduo de 50cm de ltur); 25 (resíduo de 25cm de ltur) De posse dos resultdos d nálise de solo procedeu-se correção e dubção n áre experimentl. Form plicdos 1000 kg/h de clcário dolomítico (PRNT 75%), 800 kg/h de gesso grícol e 500 kg/h d fórmul 0-20- 20. Os piquetes tmbém receberm 150 kg/h de N n form de uréi, plicd de form prceld (Tbel 2). Como os intervlos entre pstejos dos piquetes form vriáveis, quntidde de N plicd e s dts de plicção tmbém form 14

vriáveis, porém relizds de form que todos os trtmentos recebessem mesm quntidde de N o finl do período experimentl. Tbel 2 Prcelmento d quntidde de N (kg/h) plicd em cd repetição e su respectiv dt de plicção durnte o período experimentl Trt.** Piq. Dt 1º P* Dt 2º P Dt 3º P Totl (kg/h) (kg/h) (kg/h) (kg/h) Bloco I 50 1 04/11 50 24/01 50 04/03 50 150 50 2 10/11 50 31/01 50 23/02 50 150 50 3 19/11 50 05/02 50 04/03 50 150 50 4 27/11 50 05/02 50 04/03 50 150 50 5 07/12 50 11/02 50 06/04 50 150 50 6 23/12 50 11/02 50 06/04 50 150 25 7 04/11 50 11/02 75 06/04 25 150 25 8 10/11 50 04/03 75 24/03 25 150 25 9 19/11 50 04/03 75 24/03 25 150 25 10 27/11 50 16/03 75 24/03 25 150 25 11 07/12 50 06/04 100 - - 150 25 12 23/12 50 06/04 100 - - 150 Bloco II 50 37 04/11 50 24/01 50 11/02 50 150 50 38 10/11 50 24/01 50 04/03 50 150 50 39 19/11 50 31/01 50 04/03 50 150 50 40 27/11 50 31/01 50 04/03 50 150 50 41 07/12 50 31/01 50 04/03 50 150 50 42 23/12 50 05/02 50 16/03 50 150 25 43 04/11 50 11/02 75 24/03 25 150 25 44 10/11 50 04/03 75 24/03 25 150 25 45 19/11 50 04/03 75 24/03 25 150 25 46 27/11 50 16/03 75 24/03 25 150 25 47 07/12 50 06/04 100 - - 150 25 48 23/12 50 06/04 100 - - 150 * Trtmento = 50 (resíduo de 50cm de ltur); 25 (resíduo de 25cm de ltur) ** P= prcel 15

3.7. Avlições relizds no psto 3.7.1. Monitormento d interceptção d luz incidente No início do período de rebrotção s vlições pr monitormento d interceptção de luz pelo dossel (IL) form feits semnlmente, ms qundo os níveis de IL estvm próximos à met de 95% o monitormento pssou ser relizdo cd dois ou três dis. As medições form relizds utilizndo-se o prelho nlisdor de dossel AccuPAR Liner PAR/LAI ceptometer, Model PAR 80 (DECAGON Devices), com o qul form relizds leiturs em 18 estções por piquete, dividids em três linhs com seis estções cd. Em cd estção foi relizd um leitur cim do dossel forrgeiro e um (médi de cinco leiturs instntânes) no nível do solo, entre s touceirs. No totl form tomds 18 leiturs cim do dossel e 90 leiturs no nível do solo por piquete em cd vlição relizd. 3.7.2. Altur do psto A ltur do psto foi medid utilizndo-se um régu de um metro, grdud em centímetros, sendo medidos 40 pontos letórios por piquete, divididos em cinco linhs com oito pontos cd. A ltur do dossel em cd ponto correspondeu à ltur médi d curvtur ds folhs superiores em torno d régu. Esss leiturs form tomds no mesmo di do monitormento d IL, no período de rebrotção, n condição de pré-pstejo, qundo os piquetes tingim met de 95% de IL, e n condição de pós-pstejo, imeditmente pós síd dos nimis do piquete. 3.7.3. Mss de forrgem no pré-pstejo e componentes morfológicos A mss totl de forrgem n condição de pré-pstejo foi estimd medinte o corte de seis áres representtivs em três piquetes de cd módulo, ntes d entrd dos nimis. Pr isso form utilizdos dois qudrdos de 1 m 2 de áre, com suportes de 25 cm de ltur e um encixe pr fixr um sobre o outro, tingindo ltur de 50 cm. Em cd ponto de mostrgem form colhids três submostrs, um prtir d ltur máxim do psto té 50 cm (estrto mior 16

que 50 cm, Figur 3A), outr os 25 cm (estrto de 25 50 cm, Figur 3B) e último corte no nível do solo (estrto de 0 25 cm, Figur 3C), totlizndo 18 mostrs por piquete (seis mostrs em cd estrto). Pr vlição d mss sec de forrgem, cd mostr foi sub-mostrd em 50% (peso verde conhecido) e condicionds em scos de ppel e secs em estuf de ventilção forçd de r 65 ºC té peso constnte, qundo form novmente pesds. A mss de forrgem totl de cd mostr foi estimd pel som d mss dos três estrtos. Pr vlição dos componentes morfológicos d forrgem form retirds dus submostrs representtivs ds mostrs colhids pr determinção d mss de forrgem de cd estrto. Esss submostrs form seprds mnulmente ns frções lâmin folir, colmo (colmo + binh) e mteril morto. Após seprção, os componentes form pesdos e secos em estuf de circulção forçd de r 65 ºC té peso constnte. Os vlores de mss de forrgem form convertidos pr kg/h de MS e os componentes morfológicos expressos em percentgem (%) d mss de forrgem de cd estrto. A B C Figur 3 - Amostrgem estrtificd do psto, (A) estrto >50 cm, (B) estrto entre 25 50 cm e (C) estrto de 0 25 cm. 3.7.4. Mss de forrgem no pós-pstejo e componentes morfológicos A mss de forrgem n condição de pós-pstejo foi estimd medinte colheit em seis qudrdos de 1 m 2 em três piquetes de cd módulo, imeditmente pós síd dos nimis. Os qudros form posiciondos em 17

pontos representtivos d ltur médi do dossel de cd piquete no momento d mostrgem e forrgem foi colhid no nível do solo. A vlição dos componentes morfológicos d mss de forrgem no póspstejo foi relizd de form nálog àquel relizd no pré-pstejo. 3.7.5. Txs de cúmulo de forrgem O cúmulo de forrgem foi clculdo pel diferenç entre s msss de forrgem no pré-pstejo tul e no pós-pstejo nterior de cd piquete. As txs de cúmulo de forrgem (kg de MS/h.di) form clculds dividindo-se o cúmulo de forrgem pelo número de dis de rebrotção. O cúmulo totl de mss sec do período experimentl foi o somtório do cúmulo de forrgem durnte todos os ciclos de pstejo. 3.7.6. Densidde volumétric d forrgem A densidde volumétric médi d forrgem no psto (g/cm.h de MS) foi clculd dividindo-se s msss de forrgem dos estrtos do pré-pstejo pel ltur de cd estrto, e densidde dos componentes morfológicos foi determind dividindo-se o peso desses, por estrto, pel ltur do estrto correspondente. 3.7.7. Remoção de forrgem e eficiênci de pstejo A remoção de forrgem durnte o pstejo foi clculd como sendo diferenç entre MSV disponível (lâmin folir + colmo) n condição de prépstejo e MSV disponível no resíduo pós-pstejo. Esses vlores form trnsformdos em percentgem em relção à quntidde de MSV no pré-pstejo. Não form relizds vlições de perds de forrgem durnte o pstejo. A eficiênci de pstejo foi clculd como sendo o resultdo do quociente entre quntidde de mtéri sec consumid pelos nimis (tx de lotção durnte o período de ocupção do piquete x consumo individul de forrgem) e quntidde de mtéri sec removid durnte o pstejo (mss de forrgem pré mss de forrgem pós-pstejo), sendo os vlores expressos em porcentgem. 18