SUPERAR OS FALSOS DILEMAS E ENFRENTAR OS VERDADEIROS DESAFIOS JANUARIO MONTONE
15 anos de Regulação Limites estruturais do sistema de saúde Superar os falsos dilemas e enfrentar os verdadeiros desafios
ANTES DA REGULAMETAÇÃO DEPOIS DA REGULAMETAÇÃO OPERADORAS Livre Atuação Legislação do tipo societário Atuação Controlada Autorização de Funcionamento Regras de Operação uniformes (balanços, indicadores, etc.) Sujeitas a intervenção e liquidação Exigência de reservas (garantias econômico-financeiras) Assistência à Saúde e Acesso (Produto) Livre Atuação Livre definição da cobertura assistencial Livre exclusão do usuário (rompimento de contrato e não renovação) Livre definição de carências Livre definição de reajustes Atuação Controlada Assistência Integral à saúde obrigatória (Rol de Procedimentos) Proibição da seleção de risco Proibição da rescisão unilateral de contrato Preço inicial auditado Reajustes controlados
CONSUMIDOR OPERADORAS Rever modelo de negócio Competitividade Solidez (reservas) Ampliação do mercado (odontologia e administradoras) ANS PROVEDOR SUS
Grande Números 49.032.912 - Beneficiários Assistência Médica (set/2013) 42.806.524 Novos (87,3%) 80,2% Coletivos 19,8% Individuais 6.226.388 Antigos (12,7%) 68% Coletivos 22,2% Individuais 9,9% NI 25,3% Taxa de Cobertura Nacional RECEITA (2012) R$ 92.463.705.226,00 19.531.839 - Beneficiários Planos Odontológicos(set/2013) 19.036.645 Novos (97,5%) 82,0% Coletivos 18,0% Individuais 495.194 Antigos (2,5%) 77% Coletivos 3,4% Individuais 19,3% NI 10,1% Taxa de Cobertura Nacional RECEITA (2012) R$ 1.778.611.565,00
Nova Agenda (2009) Integração com o SUS Consolidação do Marco Legal Novo Modelo de Regulação
Novo Modelo de Regulação (2009) Tema Expansão da Saúde Suplementar Prestadores de Serviço Aplicação de penalidades Portabilidade da Carência Revisão da Política de Reajustes Proposta Saúde Suplementar como política pública e ANS como instrumento de sua expansão Regular as relações dos prestadores e operadoras Legislação específica para as agências reguladoras Garantia de Mobilidade dos Usuários Associar a garantia de mobilidade com redução dos controles de reajuste
Novo Modelo de Regulação (2009) Tema Assistência Farmacêutica Vazios Assistenciais Rol de Procedimentos (revisões mais frequentes) Diretrizes Clínicas de Conduta Ressarcimento ao SUS Proposta Liderar a implantação do Plano de Medicamento do Trabalhador DLP especial, PPP s, Consórcio de Operadoras e Resseguro Copagamento temporário para os novos procedimentos Ampliação e consolidação Ressarcimento por estimativa com revisões periódicas
Limites Estruturais do Sistema de Saúde
SUS Sistema Único de Saúde ou SNS Sistema Nacional de Saúde? SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) SAÚDE SUPLEMENTAR VIGILÂNCIA EM SAÚDE (Sanitária, Epidemiológica e Ambiental) ASSISTÊNCIA À SAÚDE ASSISTÊNCIA À SAÚDE 197 milhões 49 milhões 10
Subsistemas de Assistência à Saúde (Público e Privado) SUS (Regulador do Sistema) ORÇAMENTO PÚBLICO SUS (Assistência à Saúde) PROVEDORES DE SERVIÇOS DE SAÚDE INDUSTRIA ATENÇÃO PRIMÁRIA ATENÇÃO ESPECIALIZADA ATENÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO S A D T COMÉRCIO Saúde Suplementar RECEITA OPERADORAS
Subsistemas de Assistência à Saúde (Público e Privado) Saúde Suplementar (45 milhões de usuários) SUS (191 milhões usuários) GESTORES OPERADORAS (1.044) Med. Grupo Seguradoras Cooperativas Autogestão Administradoras Hospitais Públicos Hospitais Privados com SUS Hospitais Privados SADT Públicos SADT Privado com SUS SADT Privado GESTORES DO SUS (5.585) Federal: Min. Da Saúde (1) Estaduais: Sec. Est. Saúde (27) Municipais: Sec. Mun. Saúde (5.558) R$ 73,0 bilhões/ano Receita do Setor Médicos do setor público Médicos do setor privado R$ 138,7 bilhões Gastos Públicos Nacionais/Ano Base: 2010
Impactos da Desigualdade de Financiamento Sistema Cobertura Única Cobertura Dupla SUS R$726,00/ano R$726,00/ano S.Supl. R$ 1.622,00/ano Total R$726,00/ano R$ 2.348,00/ano % População 75% 25% Notas: 1. Valores per capita/ano base 2010 2. 25% é o total de beneficiários em relação à população;
Impactos da Desigualdade de Acesso Tomógrafos por grupo de 100 mil usuários - 2013 7,0 6,0 4,7 6,3 5,0 3,8 4,0 3,0 3,3 3,5 3,6 2,0 1,0 0,6 0,6 1,2 1,6 0,0 NO NE SE S 1,0 CO 1,0 BRASIL S.Supl. SusDep Parâmetro = 1 Equip. por grupo de 100 mil usuários SusDep S.Supl. Fonte: DATSUS/MS e Inova Saúde
Impactos da Desigualdade de Acesso Ressonâncias por grupo de 500 mil usuários - 2013 18,0 16,0 14,0 11,0 16,8 12,0 10,0 8,0 8,3 9,3 9,7 9,7 6,0 4,0 2,0 1,3 1,2 2,0 3,1 - NO NE SE S CO 1,4 1,8 BRASIL S.Supl. SusDep Parâmetro = 1 Equip. por grupo de 500 mil usuários SusDep S.Supl. Fonte: DATSUS/MS e Inova Saúde
Impactos da Desigualdade de Acesso Brasília - Desigualdade de Acesso - Usuários S.Supl. e SUS por Equipamentos - 2013 160.000 133.786 156.084 140.000 120.000 104.056 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000-13.847 6.304 72.039 38.225 4.284 13.847 19.883 104.056 72.039 34.055 5.660 5.874 1.943 31.217 1.428 46.825 834 85.137 2.416 S.Supl. / Equip. SUS Dep. /Equip. Fonte: DATSUS/MS e Inova Saúde
Desafios do SUS e S.Supl. Taxa Util. Esperada RM = SUS: 1,2 /S.Supl.: 2,2 TC = SUS: 6,0 /S.SUPL.: 11,0 Portaria n. 1.101/2002 Taxa de Utilização SUS - 2012 35,0 30,3 30,0 25,0 20,0 12,6 15,0 10,9 10,0 4,8 5,0 3,4 6,2 - NO NE SE Fonte: MS, FENASAUDE, Inova Saúde 4,5 S 19,6 4,6 CO 14,9 4,8 BR 19,5 TC RM RM TC
Desafios do SUS e S.Supl. Saúde Suplementar: Incremento dos custos (hospitalares e SADT) SUS: custos reprimidos pela capacidade de pagamento >> sucateamento
Impactos do Envelhecimento da População SUS - Internações por faixa etária 60 (+) 23% 30% 15 a 59 até 14 17% 19% 53% 58% 2012 2000 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Evolução da Pop./Faixa Etária Faixa Etária 2000 2012 até 14 anos 30% 24% 15 a 59 anos 59% 65% 60 anos ou mais 9% 11%
Superar os falsos Dilemas e Enfrentar os verdadeiros Desafios O SUS É PÚBLICO OU É ESTATAL? O SUS PRECISA DE MAIS RECURSOS OU MAIS GESTÃO? A ANS DEVE FISCALIZAR OU FOMENTAR O SETOR? O SUS é Público, Integral, Universal e Gratuito O SUS não é estatal O SUS precisa de muito mais recursos E precisa de gestão mais eficaz e efetiva Para isso precisa mudar o modelo de gestão e de governança Deve fiscalizar cada vez mais Deve ser instrumento de expansão do setor Saúde Suplementar tem que ser uma política pública de saúde
Sistema Único de Saúde (SUS) 1988/1990 1ª Onda SUS na Constituição de 88 Universal, integral, gratuito, público, mas não estatal na assistência à saúde Lei Orgânica da Saúde (lei n. 8.080/1990) 1998/2000 2ª Onda 3ª Onda Regulamentação do Setor de Saúde Suplementar (lei n. 8.656/1998) Regulamentação do Modelo de Organizações Sociais Aprovação da Emenda Constitucional 29 vinculando recursos para a Saúde Sistema Nacional de Saúde
Agenda da 3ª Onda do SUS Construção do consenso de que o SUS é público, não estatal Novo modelo de financiamento do Sistema Nacional de Saúde Expansão do Setor de Saúde Suplementar Papel do Gestor Público: Ampliação do papel de Gestor da assistência à saúde Redução do papel de prestador de serviços Incentivar e regular o crescimento da prestação de serviços por parceiros (organizações sociais, fundações estatais e outros) e prestadores privados Ampliação das ações de Vigilância em Saúde Uso intensivo de TI com destaque para Telemedicina Gestão integrada com o setor de saúde suplementar (racionalização e superação do modelo de medicina curativa)
Gestão Integrada Subsistema Público e Privado Infraestrutura Gerenciamento dos equipamentos públicos Racionalização dos recursos TI <> Telemedicina Modelo de Pagamento (Contrato de Gestão) Modelo Assistencial (Curativo >> Preventivo)
Inova Saúde agenda mínima 2013/2014 Expansão da Saúde Suplementar: 45% até 2030 Assistência Farmacêutica Ampliar e racionalizar a oferta de procedimentos e exames de alta complexidade; Integração da base de dados dos subsistemas de assistência à saúde público e privado
Inova Saúde agenda mínima 2013/2014 Ampliar os recursos financeiros do SUS a. Curto Prazo: 10% da Receita Federal b. Médio Prazo: ampliação progressiva dos Gastos Públicos em Saúde em relação ao Total de Gastos Públicos dos atuais 6% para 15% Fortalecer o Modelo de Gestão em Parceria a. Parceria com Organizações Sociais sem fins lucrativos b. Programa Nacional de Parcerias Público- Privadas (PPP s)
Instituto INOVA Saúde (em organização) Diretriz Estratégica Obrigado! januario.montone@monitorsaude.com.br Apoiar e desenvolver ações que coloquem na agenda da sociedade a importância de uma terceira onda da Reforma Sanitária que atualize o SUS, 25 anos após sua criação (1988/1990), que foi a primeira onda, e 15 anos após a segunda onda formada pela regulação do setor de Saúde Suplementar, a criação das Organizações Sociais e a garantia de financiamento, por intermédio da Emenda 29 (1998/2000). É hora de repensar o subsistema público de assistência à saúde (SUS) e o subsistema privado (Saúde Suplementar) integrandoos num Sistema Nacional de Saúde que responda aos desafios do atual estágio de desenvolvimento do Brasil e de suas perspectivas futuras.