RELATÓRIO DA ACTIVIDADE SEGURADORA 2000



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Transcrição:

RELATÓRIO DA ACTIVIDADE SEGURADORA 2000 1

2 I. CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO SEGURADOR A actividade seguradora na RAEM, à data de 31 de Dezembro de 2000, era exercida por 24 seguradoras, dedicando-se 15 à exploração dos ramos gerais e as restantes 9 exclusivamente a produtos do ramo vida. Verificou-se, no entanto, a revogação de autorização de uma seguradora sediada em Hong Kong em 2 de Fevereiro, cujo processo de running-off foi concluído ainda no exercício de 1999. No que se respeita à localização da respectiva sede social, as seguradoras autorizadas a exercer a actividade são maioritariamente sucursais de seguradoras com sede no exterior, representando interesses de 7 países e ainda uma da Região Administrativa Especial da China (Hong Kong), sendo 7 seguradoras constituídas localmente. SEGURADORAS AUTORIZADAS POR PAÍSES DE ORIGEM AUSTRÁLIA 1 BERMUDAS 3 CANADÁ 1 CHINA 2 RAEHK - 5 JAPÃO 1 RAEM 7 REINO UNIDO 1 E.U.A. 1 PORTUGAL - 2

3 No que respeita aos recursos humanos envolvidos no sector segurador, há a distinguir entre os trabalhadores com vínculo contratual de colaboração directa, em número de 328 cerca de 6.5% superior aos efectivos contabilizados em 1999 e os mediadores de seguros. No que concerne a estes últimos de colaboração indirecta, ascendiam a 1,467, em 31.12.2000, mais 3.9% que em 1999, divididos pelas seguintes categorias. MEDIADORES AUTORIZADOS EM 31/12/00 CATEGORIA NÚMERO - Angariador 16 - Agente - pessoa singular 1,399 - Agente - pessoa colectiva constituída no Território 37 - Agente - pessoa colectiva do exterior 8 - Corretor do exterior 7 - Total 1,467 No que se refere à estrutura dos principais ramos de seguros explorados pelas seguradoras no final do ano em apreço, o panorama é semelhante ao de 1999, continuando as seguradoras a comercializar nos ramos tradicionais, nomeadamente o ramo acidentes de trabalho, incêndio, automóvel e marítimo- -carga. Relativamente ao ramo diversos, realça-se o interesse da maioria das seguradoras em transaccionar as modalidades de acidentes pessoais, viagens, furto e roubo, responsabilidade civil, cauções e fianças, valores em trânsito, empreiteiros/todos os riscos, multi-riscos (habitação) e lucros cessantes.

4 QUADRO A NÚMERO DE SEGURADORAS AUTORIZADAS POR RAMOS DE SEGUROS Ramos de seguros Nº de seguradoras autorizadas Locais Do exterior Total - Vida 2 7 9 - Acidentes de trabalho 5 10 15 - Incêndio 5 11 16 - Automóvel 5 10 15 - Marítimo-carga 5 10 15 - Diversos:- - Acidentes pessoais 5 11 16 - Marítimo-cascos 3 7 10 - Aéreo-cascos 2 1 3 - Transportes terrestres 2 0 2 - Aéreo-carga 2 1 3 - Doença 4 5 9 - Viagens 5 10 15 - Quebra de vidros 3 5 8 - Furto ou Roubo 5 10 15 - Responsabilidade civil 5 11 16 - Responsabilidade civil de aviões 2 1 3 - Resp. civil de embarcações 2 4 6 - Valores em trânsito 5 9 14 - Cauções e fianças 5 8 13 - Multi-riscos (habitação) 4 9 13 - Fenómenos de natureza 1 0 1 - Avaria de máquinas 3 3 6 - Empreiteiros/todos os riscos 5 10 15 - Estaleiros e maquinas de empreiteiros 2 8 10 - Montagens 3 3 6 - Jóias, peles e objectos de valor 4 4 8 - Lucros cessantes 4 9 13 - Seguro de investimentos 0 1 1 - Equipamento electrónico 3 3 6 - Danos materiais 1 2 3

5 II. DIVISÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS (RAMO VIDA E RAMOS GERAIS) A produção global do sector segurador em 2000 ascendeu a 1,103.2 milhões de patacas, a que corresponde um acréscimo de 6.8% em relação ao ano transacto. À semelhança dos anos anteriores, o ramo vida continuou a evidenciar-se a ser o mais dinâmico do sector segurador, apesar de registar taxa de crescimento inferior à de 1999, com um volume de prémios de 755.3 milhões de patacas, correspondendo a 68.5% do total da facturação do mercado segurador. Por outro lado, os ramos gerais arrecadaram apenas a quota de 31.5%, revelando, mais uma vez, a perda de posição relativa em relação ao ramo vida. Com efeito, os ramos gerais, com uma produção total, em 2000, de 347.9 milhões de patacas, registaram, pelo terceiro ano consecutivo, uma deterioração nos prémios brutos, desta vez com a taxa negativa de 4.8% contra -7.9%, em 1999. COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS (VIDA E RAMOS GERAIS) (MOP'000) 1,200,000 1,100,000 1,000,000 900,000 800,000 700,000 600,000 500,000 400,000 300,000 200,000 100,000 0 1,103,247 1,032,676 919,010 844,682 745,585 755,327 667,056 521,822 412,932 432,918 397,188 365,620 347,920 411,764 332,653 1996 1997 1998 1999 2000 VIDA RAMOS GERAIS TOTAL

6 QUADRO B COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS RAMO VIDA E RAMOS GERAIS Anos Vida Ramos Gerais Total ('000) 1996 332,653 412,932 745,585 1997 411,764 432,918 844,682 1998 521,822 397,188 919,010 1999 667,056 365,620 1,032,676 2000 755,327 347,920 1,103,247 (%) 1996 44.6 55.4 100.0 1997 48.7 51.3 100.0 1998 56.8 43.2 100.0 1999 64.6 35.4 100.0 2000 68.5 31.5 100.0 1996/95 20.5 1.7 9.3 1997/96 23.8 4.8 13.3 1998/97 26.7 (8.3) 8.8 1999/98 27.8 (7.9) 12.4 2000/99 13.2 (4.8) 6.8 % III. COMPOSIÇÃO DAS INDEMNIZAÇÕES BRUTAS (RAMO VIDA E RAMOS GERAIS) Em 2000 as indemnizações brutas do sector segurador de Macau atingiram um total de 375.7 milhões de patacas, contra 362.7 milhões em 1999. Destes, 252.0 milhões de patacas foram suportados pelo ramo vida, correspondendo a uma quota de 67.1%, pertencendo o remanescente de 123.7 milhões de patacas, ou seja 32.9%, aos ramos gerais que, por sua vez, registaram pelo segundo ano consecutivo, uma melhoria com a taxa negativa de 4.3% contra os 11.7% do ano transacto, e o ramo vida com o respectivo crescimento em 7.9%, contra os 28.3% de 1999, a que corresponde uma redução em 20.4 pontos percentuais.

7 QUADRO C COMPOSIÇÃO DAS INDEMNIZAÇÕES BRUTAS - RAMO VIDA E RAMOS GERAIS Anos Vida Ramos Gerais Total ('000) 1996 152,245 96,437 248,682 1997 125,463 139,899 265,362 1998 182,005 146,378 328,383 1999 233,480 129,239 362,719 2000 251,953 123,745 375,698 (%) 1996 61.2 38.8 100.0 1997 47.3 52.7 100.0 1998 55.4 44.6 100.0 1999 64.4 35.6 100.0 2000 67.1 32.9 100.0 1996/95 88.2 15.1 51.0 1997/96 (17.6) 45.1 6.7 1998/97 45.1 4.6 23.7 1999/98 28.3 (11.7) 10.5 2000/99 7.9 (4.3) 3.6 % IV. PRÉMIOS LÍQUIDOS E CAPACIDADE DE RETENÇÃO (RAMO VIDA E RAMOS GERAIS) A taxa de crescimento global em 2000 dos prémios líquidos de resseguro foi de 6.9%, com a maior incidência no ramo vida ao atingir 505 milhões de patacas, embora a uma taxa de crescimento inferior em relação ao ano precedente ao passar de 30.8% para 12.0% em 2000. Enquanto que os ramos gerais registaram um decréscimo de 4.1% contra os 12.0% negativos de 1999, quase em paralelo com a deterioração verificada na produção bruta, totalizando uma produção líquida no montante de 199.9 milhões de patacas.

8 QUADRO D RETENÇÃO GLOBAL Anos Prémios brutos Prémios líquidos Capacidade de retenção ('000) 1996 745,585 467,612 62.7 1997 844,682 538,088 63.7 1998 919,010 581,340 63.3 1999 1,032,576 659,207 63.8 2000 1,103,247 704,949 63.9 1996/95 9.3 10.8 1.4 1997/96 13.3 15.1 1.6 1998/97 8.8 8.0 (0.7) 1999/98 12.4 13.4 0.9 2000/99 6.8 6.9 0.1 % No que concerne à taxa da capacidade de retenção global, manteve-se, praticamente, o nível de evolução registando apenas uma variação na ordem de 0.1 ponto percentual em relação ao ano anterior, reflectindo esse aspecto a continuidade da estratégia adoptada quanto à política de cedência de riscos a resseguradoras. QUADRO E COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS LÍQUIDOS - RAMO VIDA E RAMOS GERAIS Anos Vida Ramos Gerais Total 1996 222,307 245,305 467,612 1997 273,541 264,547 538,088 1998 344,588 236,752 581,340 1999 450,816 208,391 659,207 2000 505,026 199,923 704,949 1996 47.5 52.5 100.0 1997 50.8 49.2 100.0 1998 59.3 40.7 100.0 1999 68.4 31.6 100.0 2000 71.6 28.4 100.0 1996/95 21.0 3.0 10.8 1997/96 23.0 7.8 15.1 1998/97 26.0 (10.5) 8.0 1999/98 30.8 (12.0) 13.4 2000/99 12.0 (4.1) 6.9 ('000) (%) %

9 V. RAMO VIDA 1. Evolução dos prémios Conforme referido anteriormente, o ramo vida continua a manifestar um certo dinamismo em relação aos ramos gerais, mas a um ritmo de crescimento mais moderado, tendo atingido 755.3 milhões de patacas, o que corresponde a um acréscimo de apenas 13.2%, incremento que, contudo se deteriorou em 14.6 pontos percentuais quando comparado com a evolução de 27.8% verificada em 1999. No que diz respeito à produção líquida, o respectivo crescimento foi de 12.0%, quase idêntico ao verificado na produção bruta, enquanto que a capacidade de retenção se manteve na ordem dos 66.9% muito similar à registada em 1999, diferindo em apenas 0.7 pontos percentuais, demonstrando que as seguradoras do ramo vida, nos últimos cinco anos, estão a proceder de forma estável quanto à cedência dos riscos assumidos. QUADRO F PRÉMIOS BRUTOS E LÍQUIDOS DO RAMO VIDA Prémios brutos Prémios líquidos Cap. de retenção ('000) % ('000) % (%) 1996 332,653 20.5 222,307 21.0 66.8 1997 411,764 23.8 273,541 23.0 66.4 1998 521,822 26.7 344,588 26.0 66.0 1999 667,056 27.8 450,816 30.8 67.6 2000 755,327 13.2 505,026 12.0 66.9 2. Sinistralidade Em 2000, as indemnizações brutas do ramo vida cifraram-se em 252 milhões de patacas, revelando um incremento na ordem de 7.9% em relação a 1999, evolução essa bem inferior aos 28.3% registados no ano precedente. A taxa de sinistralidade, por seu turno, situou-se em 33.4% contra 35% do ano anterior.

10 QUADRO G INDEMNIZAÇÕES E TAXA DE SINISTRALIDADE DO RAMO VIDA Anos Indemnizações brutas Taxa de sinistralidade ('000) (%) 1996 152,245 45.8 1997 125,463 30.5 1998 182,005 34.9 1999 233,480 35.0 2000 251,953 33.4 3. Resultado de exploração Os custos técnicos do ramo vida, cujo valor totalizava 757.5 milhões de patacas no ano de 2000, evoluíram 13.2% em relação a 1999, excedendo em 0.3 pontos percentuais do total da facturação do sector vida. A componente comissões, com um aumento de 22.0% foi a que mais contribuiu para o referido incremento, ao mesmo tempo que as provisões matemáticas e as indemnizações brutas sofreram acréscimos de, respectivamente, 12.4% e 7.9%. Tendo em atenção o resultado negativo verificado no resseguro cedido, conjugado com o agravamento dos custos técnicos deste sector, fez com que o resultado técnico registasse, pela primeira vez, o sinal menos, traduzindo num prejuízo de 5.2 milhões de patacas. Considerando, por outro lado, os encargos de gestão (cujo valor é elevado), suportados pelas seguradoras deste sector, o resultado de exploração atingiu os 125 milhões negativos, correspondendo a uma deterioração de 94.4% em relação ao ano de 1999. QUADRO H RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO DAS SEGURADORAS DO RAMO VIDA Prémios Custos Res. de Resultado Encargos Resultados Anos resseguro de De brutos técnicos cedido técnico gestão Exploração ('000) 1996 332,653 299,539 3,940 29,174 81,509 (52,335) 1997 411,764 399,917 (11,220) 23,067 72,928 (49,861) 1998 521,822 500,858 2,009 18,955 84,778 (65,823) 1999 667,056 669,211 (34,087) 31,932 96,234 (64,302) 2000 755,327 757,475 3,021 (5,169) 119,825 (124,994) % (Em % dos prémios) 1996 20.5 90.0 1.2 8.8 24.5 (15.7) 1997 23.8 97.1 (2.7) 5.6 17.7 (12.1) 1998 26.7 96.0 0.4 3.6 16.2 (12.6) 1999 27.8 100.3 (5.1) 4.8 14.4 (9.6) 2000 13.2 100.3 0.4 (0.7) 15.9 (16.5)

11 (MOP'000) 950,000 850,000 750,000 650,000 550,000 450,000 350,000 250,000 150,000 50,000 (50,000) (150,000) RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO VIDA 4 11,7 6 4 461,625 384,988 332,653 (52,335) (49,861) 521,822 667,056 587,645 (65,823) 731,358 (64,302) 755,327 1996 1997 1998 1999 2000 Prémios brutos Custos Resultados de exploração 880,321 (124,994) QUADRO I COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS TÉCNICOS Provisões Indemnizações Anos matemáticas Comissões brutas Total ('000) 1996 62,103 85,191 152,245 299,539 1997 158,006 116,448 125,463 399,917 1998 172,454 146,399 182,005 500,858 1999 272,067 163,664 233,480 669,211 2000 305,929 199,593 251,953 757,475 (%) 1996 20.7 28.5 50.8 100.0 1997 39.5 29.1 31.4 100.0 1998 34.4 29.2 36.3 100.0 1999 40.7 24.5 34.9 100.0 2000 40.4 26.3 33.3 100.0 1996/95 (34.4) 23.5 88.2 22.5 1997/96 154.4 36.7 (17.6) 33.5 1998/97 9.1 25.7 45.1 25.2 1999/98 57.8 11.8 28.3 33.6 2000/99 12.4 22.0 7.9 13.2 %

12 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS TÉCNICOS RAMO VIDA (MOP'000) 350,000 300,000 272,067 250,000 200,000 182,005 152,245 158,006 172,454 150,000 125,463 146,399 100,000 116,448 85,191 62,103 50,000 233,480 163,664 305,929 251,953 199,593 0 1996 1997 1998 1999 2000 PROVISÕES MATEMÁTICAS COMISSÕES INDEMNIZAÇÕES BRUTAS 4. Resultado final Face ao exposto o resultado final do ramo vida, no ano em análise, foi mais uma vez desfavorável. Apesar dos rendimentos de natureza financeira auferidos pelas seguradoras deste sector terem evoluído praticamente para o quádruplo, em relação ao ano anterior, cifrando-se em 44.2 milhões de patacas, não foram, no entanto, suficientes para anular o prejuízo de exploração, pelo que o resultado final, em 2000, foi negativo no montante de 80,8 milhões de patacas, tendo-se agravado 49.8%, relativamente a 1999. QUADRO J RESULTADOS FINAIS DO RAMO VIDA ( 000) Rendimentos Anos Resultados de diversos líquidos Resultados Exploração de encargos finais financeiros 1996 (52,335) 30,971 (21,364) 1997 (49,861) 38,018 (11,843) 1998 (65,823) 44,046 (21,777) 1999 (64,302) 10,336 (53,966) 2000 (124,994) 44,160 (80,834)

13 VI. RAMOS GERAIS 1. Evolução dos prémios No que concerne aos ramos gerais, assinala-se, pelo terceiro ano consecutivo, a deterioração na produção bruta deste sector, desta vez com a taxa negativa de 4.8% contra -7.9%, em 1999. Este facto deveu-se fundamentalmente à recuperação lenta da actividade económica da RAEM, como consequência da recessão económica sentida mundialmente nos últimos tempos. Quanto aos prémios líquidos de resseguro, verificou-se que a respectiva evolução foi quase idêntica com a protagonizada pelos prémios brutos, situando-se em (-4.1%), pelo que a taxa de retenção registou também um ligeiro aumento em 0.5 pontos percentuais à assinalada em 1999. QUADRO K PRÉMIOS BRUTOS E LÍQUIDOS DOS RAMOS GERAIS Anos Prémios brutos Prémios líquidos Cap. de retenção ('000) % ('000) % (%) 1996 412.932 1.7 245.305 3.0 59.4 1997 432.918 4.8 264.547 7.8 61.1 1998 397,188 (8.3) 236,752 (10.5) 59.6 1999 365,620 (7.9) 208,391 (12.0) 57.0 2000 347,920 (4.8) 199,933 (4.1) 57.5 2. Composição dos prémios brutos Analisando a estrutura e a evolução das principais modalidades que compõem o sector dos ramos gerais, verifica-se que o ramo incêndio, com uma produção de 138.9 milhões de patacas, continua ser a modalidade mais importante, ocupando uma quota de mercado de 39.9%, embora tenha perdido 0.5 pontos percentuais em relação a 1999. Seguidamente, com 83.8 milhões de patacas aparece o ramo automóvel, que deteve 24.1% dos prémios dos ramos gerais, quando em 1999 a respectiva quota era de 23.9%. Os ramos diversos, que inclui várias sub- -modalidades, com 18.9% de peso na estrutura e 65.7 milhões de patacas, ligeiramente superior ao valor registado em 1999 (64.8 milhões de patacas), constituindo o terceiro ramo mais importante, logo seguido pelo ramo acidentes de trabalho com 48.3 milhões de patacas da produção bruta dos ramos gerais, equivalendo a uma quota de 13.9%, traduzindo um decréscimo de 0.6 pontos

14 percentuais quando comparado com 1999. Em último lugar, o ramo marítimocarga, tradicionalmente de pouca expressão no mercado segurador, com apenas 11.3 milhões de patacas de prémios brutos e um peso relativo de 3.2% contra os habituais 4.0% de média dos anos anteriores. Da leitura das variações no que diz respeito à taxa de crescimento das principais modalidades dos ramos gerais, não se registaram grandes oscilações entre elas, sendo apenas de realçar o ramo diversos assinalou com o sinal positivo com 1.4% de taxa de crescimento. Os remanescentes registaram decréscimos na respectiva evolução, sendo os ramos marítimo-carga e acidentes de trabalho os mais afectados, com decréscimos de 10.5% e-8.7%, respectivamente. Seguiram-se o incêndio com 6.0% e, por último, o ramo automóvel com -4.3%. QUADRO L COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS POR RAMOS DE SEGUROS Anos Acid. de Marítimo trabalho Incêndio Automóvel carga Diversos Total 1996 78,994 155,423 103,540 18,447 56,528 412,932 1997 76,110 166,676 105,765 19,119 65,248 432,918 1998 57,374 154,530 98,281 14,662 72,341 397,188 1999 52,927 147,804 87,513 12,585 64,791 365,620 ('000) 2000 48,298 138,909 83,758 11,258 65,697 347,920 (%) 1996 19.1 37.6 25.1 4.5 13.7 100.0 1997 17.6 38.5 24.4 4.4 15.1 100.0 1998 14.5 38.9 24.7 3.7 18.2 100.0 1999 14.5 40.4 23.9 3.4 17.7 100.0 2000 13.9 39.9 24.1 3.2 18.9 100.0 1996/95 (10.1) 6.8 8.8 5.2 (5.7) 1.7 1997/96 (3.7) 7.2 2.1 3.6 15.4 4.8 1998/97 (24.6) (7.3) (7.1) (23.3) 10.9 (8.3) 1999/98 (7.8) (4.4) (11.0) (14.2) (10.4) (7.9) 2000/99 (8.7) (6.0) (4.3) (10.5) 1.4 (4.8) %

15 (MOP'000) 180,000 160,000 140,000 120,000 100,000 80,000 60,000 40,000 20,000 0 COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS (RAMOS GERAIS) 1996 1997 1998 1999 2000 Acidentes de Trabalho Incêndio Automóvel Marítimo-carga Diversos 3. Composição dos prémios líquidos No que se refere à produção líquida deste sector, o desenvolvimento foi inferior à do ano passado, totalizando 199.9 milhões de patacas contra os 208.4 milhões, o que corresponde a um decréscimo de 4.1%, tendo a taxa de retenção, que se situa em 57.5%, sido incrementada em 0.5 pontos percentuais relativamente a 1999. QUADRO M COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS LÍQUIDOS POR RAMOS DE SEGUROS Anos Acidentes de Marítimo Incêndio Automóvel trabalho carga Diversos Total ('000) 1996 56,132 66,807 86,006 9,550 26,810 245,305 1997 55,970 79,999 90,508 10,124 27,946 264,547 1998 40,075 74,533 82,099 7,503 32,542 236,752 1999 37,480 69,776 67,626 6,475 27,034 208,391 2000 34,076 67,531 65,473 5,563 27,290 199,933 (%) 1996 22.9 27.2 35.1 3.9 10.9 100.0 1997 21.2 30.2 34.2 3.8 10.6 100.0 1998 16.9 31.5 34.7 3.2 13.7 100.0 1999 18.0 33.5 32.5 3.1 13.0 100.0 2000 17.0 33.8 32.7 2.8 13.6 100.0 % 1996/95 (9.1) 9.9 6.3 9.9 2.8 3.0 1997/96 (0.3) 19.7 5.2 6.0 4.2 7.8 1998/97 (28.4) (6.8) (9.3) (25.9) 16.4 (10.5) 1999/98 (6.5) (6.4) (17.6) (13.7) (16.9) (12.0) 2000/99 (9.1) (3.2) (3.2) (14.1) 0.9 (4.1)

16 O panorama da estrutura dos prémios líquidos é muito semelhante à do ano anterior, com a variação entre as modalidades de seguro a ser mínima, não ultrapassando 1%. O ramo incêndio continua, no ano em apreço, a deter a maior quota de 33.8% contra os 33.5% do ano precedente, logo seguido pelo ramo automóvel que evoluiu em 0.2 pontos percentuais, ou seja uma fatia de 32.7% (32.5% em 1999). Os ramos acidentes de trabalho e diversos com 17% e 13.6%, respectivamente e, por último, o ramo marítimo-carga com apenas 2.8%. QUADRO N RETENÇÃO DOS RAMOS GERAIS Acid. de Marítimo (%) Anos trabalho Incêndio Automóvel carga Diversos Total 1996 71.1 43.0 83.1 51.8 47.4 59.4 1997 73.5 48.0 85.6 53.0 42.8 61.1 1998 69.8 48.2 83.5 51.2 45.0 59.6 1999 70.8 47.2 77.3 51.5 41.7 57.0 2000 70.6 48.6 78.2 49.4 41.5 57.5 No que se respeita à taxa de retenção dos respectivos ramos, verificou-se um ligeiro aumento no ramo automóvel de 78.2% contra os 77.3% de 1999, sendo, assim, o ramo que detém a mais elevada taxa de retenção do sector dos ramos gerais. Quanto aos restantes, o ramo incêndio é aquele que também registou variação positiva ao passar 47.2% em 1999 para os 48.6% em 2000. Os restantes ramos, ou seja, acidentes de trabalho, marítimo-carga e diversos, viram aumentar as respectivas taxas de cedência, pois o primeiro e o último aumentaram 0.2 pontos percentuais e o segundo 2.1 pontos relativamente ao ano anterior.

17 4. Evolução das indemnizações brutas Pelo segundo ano consecutivo os ramos gerais registaram melhoria, em termos de indemnizações brutas, desta vez com a taxa negativa de 4.3% contra os 11.7% do ano transacto, a que corresponde um valor de 123.7 milhões de patacas. Da análise das indemnizações líquidas, verificou-se que as seguradoras se responsabilizaram por 62 milhões de patacas contra os 62.8 do ano anterior, uma redução na ordem de 1.3%, com a participação dos resseguradores a decrescer de 51.4% em 1999 para 49.9% no ano em apreço. Anos QUADRO O EVOLUÇÃO DAS INDEMNIZAÇÕES Indemnizações brutas Indemnizações líquidas Participação dos Resseguradores ('000) % ('000) % (%) 1996 96,437 15.1 68,293 (8.5) 29.2 1997 139,899 45.1 99,818 46.2 28.6 1998 146,378 4.6 98,098 (1.7) 33.0 1999 129,239 (11.7) 62,841 (35.9) 51.4 2000 123,745 (4.3) 62,010 (1.3) 49.9 5. Composição das indemnizações Na conjuntura dos ramos gerais, no ano de 2000, o ramo diversos passou a ser o mais afectado, ao deter um volume de 35 milhões de patacas, o que representa uma fatia de 28.2% do total das indemnizações processadas por este sector e com um aumento de 5.7% em relação a 1999. Entretanto, registou-se incremento substancial no volume das indemnizações do ramo incêndio que sofreu um agravamento de 76.3%, atingindo o valor de 31.7 milhões de patacas, e uma quota

18 de 25.6%. O ramo automóvel que, no ano em apreço, registou uma quota igual à do ramo incêndio, ou seja, 25.6%, registou por sua vez um decréscimo de 25.2% quando comparado com o ano transacto, logo seguido pelo ramo acidentes de trabalho com 20.3%, traduzindo um valor de 25.2 milhões de patacas, cuja taxa de crescimento se situa em 22% contra os 10.6% de 1999. E, por último, o ramo marítimo-carga com um peso irrelevante de 0.2%, o que em termos de valor absoluto, não atinge 250 mil patacas, tendo registado uma variação negativa na ordem dos 98.4%. QUADRO P COMPOSIÇÃO DAS INDEMNIZAÇÕES BRUTAS POR RAMOS DE SEGUROS Acid. de Marítimo Anos Trabalho Incêndio Automóvel Carga Diversos Total ('000) 1996 15,693 7,307 50,745 5,301 17,391 96,437 1997 21,788 18,831 76,662 3,584 19,034 139,899 1998 23,073 25,650 70,562 14,089 13,004 146,378 1999 20,635 17,976 42,357 15,201 33,070 129,239 2000 25,170 31,690 31,683 246 34,956 123,745 (%) 1996 16.3 7.6 52.6 5.5 18.0 100.0 1997 15.6 13.4 54.8 2.6 13.6 100.0 1998 15.8 17.5 48.2 9.6 8.9 100.0 1999 16.0 13.9 32.8 11.8 25.6 100.0 2000 20.3 25.6 25.6 0.2 28.2 100.0 % 1996/95 (1.8) (11.8) (12.3) 121.5 (2,482.3) 15.1 1997/96 38.8 157.7 51.1 (32.4) 9.4 45.1 1998/97 5.9 36.2 (8.0) 293.1 (31.7) 4.6 1999/98 (10.6) (29.9) (40.0) 7.9 154.3 (11.7) 2000/99 22.0 76.3 (25.2) (98.4) 5.7 (4.3) No que respeita às indemnizações líquidas, o ramo automóvel continua ser o ramo que as seguradoras suportam, por sua conta, o maior volume de indemnizações, representando 38.9% do montante total, seguindo-se o ramo de acidentes de trabalho, com as responsabilidades em 16.9 milhões de patacas, representando 27.2% do valor global, e um acréscimo de 20.3% em relação a 1999. O ramo

19 diversos, por seu lado, foi responsável por um montante de 12.2 milhões de patacas, valor muito semelhante à do ano findo, o que se traduziu num peso de 19.7%, tendo a respectiva evolução decrescido para -0.5%. Constata-se ainda, que o valor retido pelo ramo incêndio se elevou de 6 milhões de patacas (1999) para 8.3 milhões (2000), um aumento de 39.9%, seguindo a tendência das indemnizações brutas, cuja retenção na conjuntura se situa em 13.4%. Por último, o ramo marítimo-carga, partilhando uma quota de pouca expressão, ou mais concretamente, de 0.8% do total das indemnizações líquidas do sector, revelando um decréscimo de 62.4%. QUADRO Q COMPOSIÇÃO DAS INDEMNIZAÇÕES LÍQUIDAS POR RAMOS DE SEGUROS Acid. de Marítimo Anos trabalho Incêndio Automóvel carga Diversos Total ('000) 1996 10,366 2,331 45,733 1,498 8,365 68,293 1997 16,063 2,965 70,194 1,606 8,990 99,818 1998 15,646 7,502 65,434 1,312 8,204 98,098 1999 14,027 5,951 29,369 1,248 12,246 62,841 2000 16,876 8,329 24,150 469 12,189 62,010 (%) 1996 15.2 3.4 67.0 2.2 12.2 100.0 1997 16.1 3.0 70.3 1.6 9.0 100.0 1998 16.0 7.6 66.7 1.3 8.4 100.0 1999 22.3 9.5 46.7 2.0 19.5 100.0 2000 27.2 13.4 38.9 0.8 19.7 100.0 % 1996/95 (13.2) (12.5) (16.0) 107.2 73.3 (8.5) 1997/96 55.0 27.2 53.5 7.2 7.5 46.2 1998/97 (2.6) 153.0 (6.8) (18.3) (8.7) (1.7) 1999/98 (10.3) (20.7) (55.1) (4.9) 49.3 (35.9)

20 2000/99 20.3 39.9 (17.8) (62.4) (0.5) (1.3) 6. Taxa de sinistralidade A nível da taxa de sinistralidade, o sector dos ramos gerais teve, em 2000, um ligeiro agravamento de 0.8%, registando 35.6% contra 35.3%, em 1999, devendo salientar-se, no entanto, que na respectiva taxa, nos últimos três anos, não se constataram variações significativas, na medida em que a taxa manteve-se, na ordem dos 36% a 37%. O ramo diversos assumiu uma taxa muito semelhante à do ano transacto, passando de 51.0% em 1999 para 53.2% em 2000. O ramo acidentes de trabalho foi aquele que registou agravamento na respectiva taxa de sinistralidade, com uma taxa de 52.1% (39.0% em 1999). O ramo automóvel que, tradicionalmente, é o mais afectado, neste ano em apreço, revelou uma melhoria, com uma taxa de 37.8%, diferindo em 10.6 pontos percentuais em relação ao ano de 1999. O ramo incêndio com 22.8% de taxa, traduzindo uma deterioração na ordem de 10.6 pontos percentuais comparativamente com o ano precedente, e, por último, tem-- se o ramo marítimo-carga, que registou uma melhoria substancial ao passar de 120.8% em 1999 para 2.2% em 2000 Anos QUADRO R TAXA DE SINISTRALIDADE POR RAMOS DE SEGUROS Acid. de trabalho Incêndio Automóvel Marítimo carga Diversos Total 1996 19.9 4.7 49.0 28.7 30.8 23.4 1997 28.6 11.3 72.5 18.7 29.2 32.3 1998 40.2 16.6 71.8 96.1 18.0 36.9 1999 39.0 12.2 48.4 120.8 51.0 35.3 2000 52.1 22.8 37.8 2.2 53.2 35.6 (%)

21 COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS E INDEMNIZAÇÕES BRUTAS RAMOS GERAIS Acidentes de Trabalho Incêndio (MOP'000) 100,000 80,000 60,000 40,000 20,000 0 1996 1997 1998 1999 2000 Prémios brutos Indemnizações brutas (MOP'000) 180,000 150,000 120,000 90,000 60,000 30,000 0 1996 1997 1998 1999 2000 Prémios brutos Indemnizações brutas Automóvel (MOP'000) 120,000 100,000 80,000 60,000 40,000 20,000 0 1996 1997 1998 1999 2000 Prémios brutos Indemnizações brutas Marítimo-carga Diversos (MOP'000) 25,000 20,000 15,000 10,000 5,000 0 1996 1997 1998 1999 2000 Prémios brutos Indemnizações brutas (MOP'000) 80,000 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0 1996 1997 1998 1999 2000 Prémios brutos Indemnizações brutas

22 7. Resultados de exploração Como efeito do agravamento dos custos técnicos (+7% relativamente a 1999), nomeadamente do montante dispendido nas indemnizações brutas, o qual atinge mais de metade do total desses custos, cerca de 51.6%, e com as comissões, como segunda maior componente, ao registar 43.5% do valor total, enquanto que o montante das provisões para riscos foi de apenas 5%. Assim sendo, o resultado técnico do sector dos ramos gerais, em 2000, atingiu os 77,1 milhões de patacas, montante inferior em 22.4%, face ao resultado do ano precedente, em termos de peso relativo, demonstrando uma regressão em 5 pontos percentuais, no ano em apreço. De notar que o resultado verificado representa cerca de 22.2% do total dos prémios auferidos por este sector. Atendendo à influência dos encargos de gestão, que ascenderam a 89.1 milhões de patacas (25.6% da produção bruta), o resultado de exploração dos ramos gerais registou num prejuízo de cerca de 12 milhões de patacas. QUADRO S RESULTADOS DE EXLORAÇÃO DAS SEGURADORAS DOS RAMOS GERAIS Prémios Custos Res. de Resultado Encargos Resultados Anos Resseguro de de brutos técnicos cedido técnico gestão exploração ('000) 1996 412,932 229,307 75,643 107,982 85,275 22,707 1997 432,918 273,983 69,582 89,353 93,030 (3,677) 1998 397,188 253,074 58,754 85,360 87,810 (2,450) 1999 365,620 224,427 41,779 99,414 89,795 9,619 2000 347,920 240,030 30,792 77,098 89,076 (11,978) % (Em % dos prémios) 1996 1.7 55.5 18.3 26.2 20.7 5.5 1997 4.8 63.3 16.1 20.6 21.5 (0.9) 1998 (8.3) 63.7 14.8 21.5 22.1 (0.6) 1999 (7.9) 61.4 11.4 27.2 24.6 2.6 2000 (4.8) 69.0 8.9 22.2 25.6 (3.4)

23 RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO (MOP'000) 470,000 420,000 370,000 320,000 270,000 220,000 170,000 120,000 70,000 20,000 (30,000) RAMOS GERAIS 412,932 432,918 436,595 397,188 399,638 390,225 365,620 356,001 347,920 359,898 22,707 9,619 (3,677) (2,450) 1996 1997 1998 1999 2000 Prémios brutos Custos Resultados de exploração (11,978) QUADRO T COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS TÉCNICOS Prov. p/riscos Comissões Indemnizações Total Anos em curso brutas ('000) 1996 7.832 125.038 96.437 229.307 1997 5.056 129.028 139.899 273.983 1998 (9.361) 116,057 146,378 253,074 1999 (14.379) 109,367 129,239 224,427 2000 11,968 104,317 123,745 240,030 (%) 1996 3.4 54.5 42.1 100.0 1997 1.8 47.1 51.1 100.0 1998 --- 44.2 55.8 100.0 1999 --- 45.9 54.1 100.0 2000 5.0 43.5 51.6 100.0 1996/95 184.7 1.2 15.1 9.1 1997/96 (35.4) 3.2 45.1 19.5 1998/97 (285.1) (10.1) 4.6 (7.6) 1999/98 53.6 (5.6) (11.7) (11.3) 2000/99 (183.2) (4.8) (4.3) 7.0 %

24 QUADRO U RESULTADOS FINAIS DOS RAMOS GERAIS Rendimentos Resultados de diversos líquidos Resultados Anos exploração de encargos Finais financeiros 1996 22,707 13,663 36,370 1997 (3,677) 14,093 10,416 1998 (2,450) 20,201 17,751 1999 9,619 21,018 30,637 2000 (11,978) (29,078) (41,056) 8. Resultado final ('000) O papel dos rendimentos advindos de aplicações financeiras tem vindo a ser determinante para o resultado final do sector segurador. Em 2000, o sector dos ramos gerais foi a primeira vez em que tais rendimentos registaram um valor negativo de 29.1 milhões de patacas, por conseguinte, não conseguiram atenuar o prejuízo proveniente do resultado de exploração. Conjugado com o prejuízo registado no resultado de exploração com a perda nas aplicações financeiras, o resultado final assinala-se um prejuízo na ordem 41.1 milhões de patacas, correspondendo a um decréscimo de 234.0% em relação ao ano transacto. VII. BALANÇO AGREGADO DO SECTOR SEGURADOR Quanto ao balanço agregado do sector segurador, o peso das principais rubricas foram semelhantes ao do ano transacto. O total do activo do sector segurador foi ligeiramente superior ao registado no ano de 1999, tendo verificado um acréscimo de 12.4% e ascendido a 3,313.2 milhões de patacas contra os 2,946.6 milhões do ano anterior. De realçar os acréscimos de 25.2% e 19.0% nas rubricas participações dos resseguradores nas provisões técnicas e imobilizações líquidas, o que fizeram aumentar o peso relativo destas rubricas de 16.3% e 51.5% em 1999 para 18.2% e 54.5% em 2000, respectivamente. No campo do passivo, a par do incremento das provisões técnicas, as quais constituem a sua maior componente, partilhando mais de metade das responsabilidades das seguradoras, com 1,736.2 milhões de patacas equivalendo a um aumento de 25.8% em relação ao ano anterior, verificou-se que a rubrica