6. Fundos Autónomos Geridos pelo ISP
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1 6. Fundos Autónomos Geridos pelo ISP i. Fundo de Garantia Automóvel Actividade Desenvolvida Em 2007 foram participados ao Fundo de Garantia Automóvel acidentes, menos 12,8% do que em É de assinalar a redução pelo terceiro ano consecutivo do número de processos registados em 2005 menos 7,41% do que em 2004 e em 2006 menos 11,3% do que em Podem considerar-se factores determinantes para a redução da sinistralidade as campanhas, uma vez mais promovidas pelo ISP, alertando para as consequências da condução sem seguro automóvel e a fiscalização pelas autoridades reguladoras do trânsito. Outro dado importante a registar é o decréscimo em 21,54% do número de processos abertos por via judicial (demandas directas), que se vem consolidando desde 2004: 455 casos em 2003; 425 em 2004; 390 em 2005; 311 em 2006; 244 em Foram participados 578 casos de acidentes causados por desconhecidos, correspondendo a 10,48% do total das participações. Embora o número de processos encerrados tenha registado, em termos absolutos, um decréscimo de 20,13% relativamente a 2006, aquele traduz-se num razoável rácio encerramentos/ aberturas de 213,83%: processos encerrados para processos abertos. Figura 20 Processos Iniciados/Terminados (unidades) Durante 2007 foram pagas indemnizações no valor de milhares de euros, menos 0,98%, face a 2006, sinal de alguma estabilidade no cômputo ressarcitório. 51
2 Dos pagamentos efectuados, 70,4% correspondem a indemnizações decorrentes de dano corporal (sendo 27,1% por morte) e 29,6% por dano material. Foram pagas mais indemnizações por via extrajudicial (52,3% correspondente a milhares de euros) do que por via judicial (47,7% correspondente a milhares de euros, incluindo juros). Enquanto Organismo de Indemnização (4.ª Directiva Automóvel), o FGA despendeu cerca de 221 milhares de euros, o que face aos 381 milhares despendidos em 2006 representa uma redução de 41,9%. No âmbito do Regulamento Geral do Conselho dos Serviços Nacionais de Seguros, foram reembolsadas ao Gabinete Português de Carta Verde indemnizações no valor aproximado de milhares de euros. Figura 21 Indemnizações Pagas por Tipo de Lesão (milhares de ) O FGA gastou milhares de euros com a gestão dos processos (incluindo despesas gerais), mais 0,76% do que em Figura 22 Despesas de Gestão (milhares de ) 52
3 Os reembolsos cobrados totalizaram milhares de euros, expressando um acentuado decréscimo de 12% relativamente a Os valores cobrados no Exercício representam 8,3% dos montantes despendidos com indemnizações e despesas afectas a processos, correspondendo a uma diminuição no rácio de cobrabilidade, sem embargo do empenho tanto do FGA como dos prestadores externos de recuperação de créditos, cujos resultados se podem equiparar. Figura 23 Reembolsos Cobrados (milhares de ) Recursos Financeiros No final do exercício de 2007, o total do Activo Líquido do FGA atingiu o montante de ,21 euros, reflectindo um aumento de 9,9% relativamente ao valor de 2006 ( ,61 euros), em consequência do crescimento dos Activos Financeiros. Por outro lado, o Passivo registou um acréscimo de 4,5%, com um valor de ,38 euros ( ,24 euros em 2006), sendo que 97,3% é relativo à provisão para sinistros, que corresponde aos sinistros ocorridos e ainda não pagos à data do balanço. Esta provisão pode decompor-se na provisão para sinistros afecta a processos, que transita para 2008 com o saldo acumulado de milhares de euros (traduzindo um crescimento de 4% face ao ano anterior) e numa provisão estimada no montante de euros relativa a sinistros ocorridos antes de 31 de Dezembro de 2007 e ainda não reportados ao FGA (IBNR). A provisão para sinistros incorpora uma estimativa, no montante de milhares de euros, de encargos futuros de gestão relativos à regularização dos sinistros pendentes declarados e não declarados, constituída pela primeira vez em Quadro 9 Evolução do Fundo Líquido de Responsabilidades 53
4 Figura 24 Evolução do Fundo Líquido de Responsabilidades (milhares de ) Conforme mostra o quadro seguinte, o Resultado Líquido do FGA em 2007 aumentou substancialmente em relação ao ano anterior. O Resultado Operacional praticamente manteve-se aos níveis de 2006, pelo que a variação no resultado se justifica pelo acréscimo de 31% dos proveitos financeiros e pelas mais-valias realizadas na alienação de activos financeiros, no montante de euros, essencialmente resultantes da alienação de acções da Companhia Portuguesa de Resseguro, S.A., à Companhia de Seguros Fidelidade Mundial, S.A., e da alienação de acções do BANIF, SGPS, em bolsa. Quadro 10 Evolução dos Resultados Líquidos Execução Orçamental As receitas correntes cobradas, no valor de euros, ultrapassaram em 2% os valores orçamentados, sobretudo pelo aumento dos rendimentos financeiros, já que as receitas provenientes das empresas de seguros foram praticamente iguais aos valores orçamentados. No que respeita às despesas correntes, o grau de execução foi de 88%, o que se deveu basicamente à diminuição do pagamento de indemnizações, conforme já referido anteriormente. 54
5 Análise Sumária dos Investimentos Financeiros A composição dos activos financeiros consta do quadro seguinte, onde se comparam os valores de aquisição, líquidos de balanço e de mercado (cotação), divergindo os dois últimos em milhares de euros por o valor líquido de balanço considerar valores de aquisição deduzidos das menos-valias potenciais (provisões) e o valor em bolsa incluir as mais e menos-valias. Quadro 11 Composição dos Activos Financeiros À semelhança de anos anteriores, ao longo de 2007 manteve-se uma política de investimentos prudente e conservadora, continuando a privilegiar-se os títulos da dívida, que representam 65% do total dos activos financeiros, aumentando em relação a 2006 nove pontos percentuais. O investimento global no ano de 2007 foi de milhares de euros, sendo em obrigações. Figura 25 Títulos de Dívida por País Emitente Dos títulos que compõem a carteira de obrigações e dívida pública, mais de 65% têm rating igual ou superior a AA, sendo que apenas cerca de 1% têm rating inferior a BBB+. 55
6 Figura 26 Distribuição Sectorial dos Emitentes A rendibilidade média dos investimentos financeiros apurada no exercício, excluindo mais ou menos-valias potenciais, foi de 3,2%, enquanto em 2006 havia sido de 2,73%. Considerando as mais ou menos-valias potenciais esta taxa atingiria os 11%. A taxa média relativa às aplicações de curto prazo foi de 3,19%, a qual se justifica pela obrigatoriedade da aplicação dos excedentes de tesouraria junto do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, cuja remuneração é consideravelmente inferior à da banca comercial. 56
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