ADRIANA MANNI PERES PAULO ANTONIO MARIANO WILSON ROBERTO MENDES. Fiscalização na Era Digital

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Transcrição:

ADRIANA MANNI PERES PAULO ANTONIO MARIANO WILSON ROBERTO MENDES Fiscalização na Era Digital

Sumário Introdução... 11 CAPÍTULO 1 TRIBUTAÇÃO NO BRASIL 1.1. Quantidade de Tributos... 13 1.2. Quantidade de Normas... 20 1.3. Diversidade de Interpretação (Federal, Estadual e Municipal)... 21 1.4. Variedade de Procedimentos... 22 1.5. Análise da Legislação para Escolha do Melhor Procedimento... 22 1.5.1. Princípios constitucionais... 23 1.5.2. Regras de interpretação... 24 1.5.3. Analogia... 24 1.5.4. Princípios gerais de direito tributário... 24 1.5.5. Equidade... 25 1.5.6. Análise literal... 25 CAPÍTULO 2 SPED 2.1. Mundo Antes do Sped... 27 2.2. Modelo Teórico... 28 2.2.1. Promover atuação integrada dos Fiscos... 28

6 FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Adriana Manni Peres, Paulo Antonio Mariano e Wilson Roberto Mendes 2.2.2. Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes... 30 2.2.3. Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários... 31 2.3. Declarações Existentes (IN Nº 86, DCTF, SINTEGRA, GIA, etc.)... 32 2.4. Certificação Digital... 34 2.4.1. Definição... 35 2.4.2. ICP-Brasil... 36 2.4.3. Utilização... 36 2.4.4. Tipos de certificado... 37 2.4.4.1. Certificados A1... 37 2.4.4.2. Certificados A3... 38 2.4.4.3. Certificado de servidor... 38 2.5. Informações Eletrônicas (e-cac/dec)... 38 CAPÍTULO 3 POSSÍVEIS CRUZAMENTOS 3.1. Cruzamento de Declarações... 41 3.2. Fiscalização Eletrônica (Malha Fina)... 41 3.2.1. Sped... 42 3.3. Ponto de Atenção... 44 3.4. EFD - ICMS/IPI X Documentos Eletrônicos... 45 3.5. EFD - ICMS/IPI X ECD... 48 3.6. EFD - ICMS/IPI X DIPJ... 48 3.7. EFD - ICMS/IPI X EFD Contribuições... 49 3.8. EFD - ICMS/IPI X Inventário... 49 3.9 Serviços Prestados x Declaração de Serviços Tomados/ Prestados... 50

FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Sumário 7 CAPÍTULO 4 EXPEDIENTE DE FISCALIZAÇÃO 4.1. Expediente de Fiscalização... 51 4.2. MPF (Mandado de Procedimento Fiscal)... 52 4.3. OSF (Ordem de Serviço Fiscal)... 52 4.4. SVA (Sistema Validador e Assinador de Arquivos Digitais). 52 CAPÍTULO 5 COMO ATENDER À FISCALIZAÇÃO 5.1. Considerações Introdutórias... 55 5.2. Como Evitar Contingências Fiscais... 56 5.3. Estratégias de Atendimento... 57 5.4. Como Recepcionar o Representante do Fisco... 58 5.5. Centralização da Responsabilidade do Atendimento... 60 5.6. Centralização do Atendimento... 61 5.7. O Fiscal Deve Procurar Pessoa(s) Específica(s)... 61 5.8. Em Hipótese Alguma o Fiscal Deve ser Atendido pelo Sócio... 62 5.9. Alerta Quanto às Áreas de Trabalho... 63 CAPÍTULO 6 O AGENTE FISCAL 6.1. O Agente Fiscal... 65 6.2. Início do Procedimento Fiscal... 66 6.3. Mandado de Procedimento Fiscal (MPF)... 66 5.4. Espécies de Mandado de Procedimento Fiscal... 67 6.5. Mandado de Procedimento Fiscal-Fiscalização (MPF-F) 67 6.6. Mandado de Procedimento Fiscal-Diligência (MPF-D).. 68 6.7. Mandado de Procedimento Fiscal-Especial (MPF-E)... 68 6.8. A Quem Deve ser Entregue o MPF... 68

8 FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Adriana Manni Peres, Paulo Antonio Mariano e Wilson Roberto Mendes 6.9. Verificação da Autenticidade do MPF... 69 6.10. Prazo de Validade... 69 6.11. Identificação e Checagem do Fiscal... 70 6.12. Como Deve Agir a Fiscalização no Caso de não Haver Expediente na Empresa no Dia da Visita... 70 CAPÍTULO 7 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À ATIVIDADE FISCALIZATÓRIA TRIBUTÁRIA 7.1. Direitos e Deveres do Fisco... 71 7.2. Direitos e Deveres do Contribuinte... 71 7.2.1. Cuidados a Serem Adotados pelos Responsáveis Tributários... 72 7.3. O Poder De Polícia e o Direito ao Silêncio... 73 7.4. Os limites da Atividade Fiscalizatória... 74 7.5. Poderes da Fiscalização... 75 7.6. Abuso de Poder no Início da Fiscalização... 75 CAPÍTULO 8 CONDUTAS IRREGULARES DA AUTORIDADE FISCAL 8.1. Condutas Irregulares da Autoridade Fiscal... 77 8.2. Condutas Praticadas pela Fiscalização, Tidas Como Irregulares... 78 8.3. Como agir Diante de Procedimentos Irregulares da Fiscalização... 80 8.4. Abrangência Examinatória da Fiscalização... 80 CAPÍTULO 9 DURANTE A FISCALIZAÇÃO 9.1. Período Sujeito à Fiscalização... 83 9.2. Quais Informações Devem ser Prestadas... 83

FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Sumário 9 9.3. Cuidados com Informações e Esclarecimentos Prestados ao Fisco... 84 9.4. O Contribuinte Deve Entregar ao Fiscal Documentos Solicitados Verbalmente... 85 9.5. O Contribuinte Deve Apresentar ao Fiscal Documentos Não Obrigatórios por Lei... 86 9.6. Entrega de Documentos e Prazos... 86 9.7. O Fiscal Deve Conceder Prazo para a Entrega de Documentos... 86 9.8. Livros exigidos pelo Fisco: Obrigatórios e Facultativos. 87 9.7.1. Apresentação de Documentos para o Município - Possibilidade... 87 CAPÍTULO 10 OBSTRUÇÃO AO TRABALHO DA FISCALIZAÇÃO 10.1. O que Pode ser Considerado como Embaraço à Fiscalização... 89 10.2. Auto de Embaraço à Fiscalização... 90 CAPÍTULO 11 LIMITES DA FISCALIZAÇÃO 11.1. A Fiscalização Pode Invadir o Estabelecimento do Contribuinte... 91 11.2. Apreensão de Livros e Mercadorias... 91 11.3. Interdição do Estabelecimento... 92 11.4. Responsabilidade do Contabilista... 92 11.5. Possibilidade de Reabertura de Fiscalização... 93 11.6. O Fiscal Federal Pode Passar Informações para o Fiscal do Estadual... 93

10 FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Adriana Manni Peres, Paulo Antonio Mariano e Wilson Roberto Mendes CAPÍTULO 12 AUDITORIA INTERNA FISCAL 12.1. Conceituação e Objetivos... 95 CAPÍTULO 13 REGULARIZAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS 13.1. Principais Incorreções... 97 13.1.1. Procedimentos do vendedor... 97 13.2. Perguntas e Respostas... 98 13.3. Substituição Tributária... 99 13.4. Alíquotas das Operações Interestaduais... 99 13.5. Natureza da Operação... 100 13.6. Procedimentos Fiscais a Serem Adotados na Aquisição de Bens, Mercadorias e Serviços... 102 13.7. Simples Nacional... 105 13.8. Contratação de Serviços... 106 13.8.1. Venda com instalação... 106 13.8.2. Prestador de serviços sujeito ao ICMS e ao ISS.. 106 13.8.3. Industrialização ICMS x ISS (conflito de competência)... 106 13.8.4. Prestação de serviço... 107 13.9. Faturamento... 108 BIBLIOGRAFIA Bibliografia... 112

Introdução Este livro tem por objetivo informar aos contribuintes e demais profissionais da área fiscal os procedimentos a serem adotados nas empresas para o atendimento à fiscalização e demonstrando os principais aspectos a serem considerados e observados por ocasião do recebimento do Fiscal na empresa. Conheceremos também alguns limites que devem ser observados pelos contribuintes e agentes fiscais que na prática traduzem em uma boa convivência que se deve ter entre FISCO e Contribuinte. No início da obra temos os aspectos gerais sobre a Tributação no Brasil através de um panorama geral, a quantidade de tributos, normas, declarações, além de particularidades dos arquivos eletrônicos como: SPED, DCTF, DACON, DIPJ e outras obrigações a que o contribuinte deve estar atento. Na sequência, em razão do avanço e da utilização massiva de meios eletrônicos pelos agentes fiscais, faz-se necessário tratar com maiores propriedades sobre a Certificação Digital, DEC, fiscalização eletrônica e possíveis cruzamentos de declarações que o Fisco vem utilizando para detecção de irregularidades. Tratamos ainda sobre as formalidades vigentes no atendimento à fiscalização como: Mandado de Procedimento Fiscal (MPF) e a Ordem Verificação Fiscal (OVF), bem como o Sistema Validador e Autenticador dos Arquivos Digitais (SVA).

12 FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Adriana Manni Peres, Paulo Antonio Mariano e Wilson Roberto Mendes Baseado na experiência adquirida nos inúmeros atendimentos às fiscalizações ao longo dos anos, onde passamos vários tipos de situações, algumas das quais sumarizadas nesta obra, reservamos alguns capítulos para alguns conselhos práticos quanto as principais estratégias de atendimento e sua centralização em uma única pessoa e ainda, quais os documentos que devem ser apresentados e quais os solicitados ao agente fiscal em uma eventual visita ao estabelecimento. Através da citação dos princípios aplicáveis à atividade fiscalizatória, à luz da Constituição Federal, verificamos quais os Direitos e Deveres do Fisco e dos Contribuintes, inclusive o direito de silenciar, quando for o caso, diante dos limites dos poderes da fiscalização, bem como o que pode ser considerado como Abuso de Poder, onde procuramos citar as principais irregularidades praticadas pelos agentes fiscais e como o contribuinte pode reagir contra a arbitrariedade do Fisco. Outra questão muito importante abordada nesta obra foi quanto aos documentos obrigatórios a serem apresentados ao Fisco e como estes devem ser entregues, prazo de entrega, etc. Por outro lado, demonstramos que não cabe ao contribuinte trazer embaraços à fiscalização e os riscos que esta ação ou omissão podem gerar, culminando na lavratura de auto de infração, autuação por presunção, etc. Além de todos os pontos citados acima, criamos um capítulo para tratar da forma de Regularização de Documentos Fiscais, como maneira preventiva de se evitar penalidades, através de exemplos práticos que podem ser reforçados com a chamada Denúncia Espontânea que já conhecemos, mas que nenhum contribuinte costuma usar. Por fim, apresentamos sugestões de roteiros práticos de atendimentos às fiscalizações a serem utilizados pelos contribuintes no dia a dia, buscando a melhoria contínua nesta relação. Novembro/2012 Os autores

Capítulo 1 TRIBUTAÇÃO NO BRASIL No Brasil, atualmente, encontramos dificuldades para interpretação de normas tributárias, em razão de uma série de fatores. Neste Capítulo, iremos mostrar apenas alguns desses fatores para exemplificar as dificuldades, sem, contudo, pretender expor todas as situações possíveis. 1.1. QUANTIDADE DE TRIBUTOS Há muito se houve dizer que no Brasil há uma elevada carga tributária e os tributos representam boa parte do preço dos produtos que consumimos. Essa informação se ouve frequentemente no rádio, com o slogan Brasil o país dos impostos. Mas, para tentar demonstrar isso, precisamos primeiro entender o que são tributos. Para o direito, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (art. 3º do CTN - Lei nº 5.172/1966). Isso significa dizer que tributo é todo valor pago à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, que não representa uma penalidade, tal como uma multa de trânsito, mas, tão somente, algo que pagamos para poder realizar uma atividade permitida legalmente.

14 FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Adriana Manni Peres, Paulo Antonio Mariano e Wilson Roberto Mendes Entres as várias classificações existentes de tributos, vamos considerar as descritas a seguir: a) contribuições de melhorias - a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado; (art. 81 do CTN) b) taxas - cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; (art. 77 do CTN) A definição de Poder de Polícia pode ser encontrada no art. 78 do CTN, reproduzida a seguir: Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966) Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. c) impostos - é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal es-

FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Tributação no Brasil 15 pecífica, relativa ao contribuinte (art. 16 do CTN). Devendo sempre ser instituído por lei; d) contribuições sociais - podem ser instituídas pela União, sendo de intervenção no domínio econômico ou de interesse das categorias profissionais ou econômicas, principalmente porque muitos impostos se encontram dentro do preço das mercadorias e serviço que consumimos. Com os conceitos acima, já é possível imaginar a quantidade de tributos que pagamos sem nos darmos conta diariamente. No entanto, para demonstrar a quantidade, vejam o quadro a seguir, com um levantamento dos tributos brasileiros. Tributos no Brasil (Federal, Estadual e Municipal) ORDEM 1 TRIBUTO Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) - Lei nº 10.893/2004 2 Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei nº 5.461/1968 3 4 Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) - Lei nº 10.168/2000 Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado Salário-Educação - Decreto nº 6.003/2006 5 Contribuição ao Funrural 6 Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) - Lei nº 2.613/1955 7 Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT) 8 9 10 Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa (Sebrae) - Lei nº 8.029/1990 Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (Senac) - Decreto-Lei nº 8.621/1946 Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (Senat) - Lei nº 8.706/1993

16 FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Adriana Manni Peres, Paulo Antonio Mariano e Wilson Roberto Mendes ORDEM 11 TRIBUTO Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai) - Lei nº 4.048/1942 12 Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar) - Lei nº 8.315/1991 13 Contribuição ao Serviço Social da Indústria (Sesi) - Lei nº 9.403/1946 14 Contribuição ao Serviço Social do Comércio (Sesc) - Lei nº 9.853/1946 15 Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (Sescoop) - art. 9, I, da MP nº 1.715-2/1998 16 Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (Sest) - Lei nº 8.706/1993 17 Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados) 18 Contribuição Confederativa Patronal (das empresas) 19 20 21 22 23 24 25 26 Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) Combustíveis - Lei nº 10.336/2001 Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) Remessas Exterior - Lei nº 10.168/2000 Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais (Faap) - Decreto nº 6.297/2007 Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional nº 39/2002 Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) - art. 32 da Medida Provisória nº 2.228-1/2001 e Lei nº 10.454/2002 Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei nº 11.652/2008 Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral) Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo art. 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembleia do Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT)

FISCALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL Tributação no Brasil 17 ORDEM 27 28 TRIBUTO Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar nº 110/2001 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) 29 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 30 31 Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, Crea, Creci, Core, etc.) Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc. 32 Fundo Aeroviário (Faer) - Decreto-Lei nº 1.305/1974 33 Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC nº 31/2000 34 Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) - Lei 5.070/1966 com novas disposições da Lei nº 9.472/1997 35 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 36 37 38 Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) - art. 6º da Lei nº 9.998/2000 Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art. 6º do Decreto-Lei nº 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF nº 180/2002 Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) - Lei nº 10.052/2000 39 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 40 Imposto sobre a Exportação (IE) 41 Imposto sobre a Importação (II) 42 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 43 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) 44 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 45 Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica) 46 Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)