Guia de. Tributação GUIA DA FARMÁCIA
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- Lídia Molinari
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1 Guia de Tributação A tributação tem sido um campo não muito amigável de muitos empresários no Brasil, mas é preciso dominar o assunto, para que a saúde do negócio não fique comprometida. Veja a seguir insights sobre a distribuição da carga tributária no Brasil, tributação do setor farmacêutico e dos medicamentos, além da Substituição Tributária e seus respectivos cálculos
2 PANORAMA GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL A carga tributária nacional corresponde, segundo estudos realizados pela Receita Federal do Brasil, a 32,71% DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB). As projeções não oficiais estimadas para 2019 são de uma carga tributária da ORDEM DE 32%, segundo dados do Sindicato da Indústria de Produtos farmacêutico do Estado de São Paulo (Sindusfarma), o que demonstra a tendência de elevação, mesmo em momentos de retração econômica.
3 CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE MEDICAMENTOS Entre bens indispensáveis à manutenção do mínimo vital se encontram os medicamentos, cuja carga tributária, aproximada e prevista para 2019, é de 32%, SEGUNDO ESTUDOS DO SETOR. Esse pecentual torna o Brasil um dos países recorditas na tributação sobre medicamentos no mundo e supera os 37 PAÍSES INTEGRANTES da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
4 QUAIS SÃO OS TRIBUTOS QUE COMPÕEM O PREÇO DOS MEDICAMENTOS? Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), tributos incidentes sobre circulação e faturamento; Imposto sobre Serviços (ISS) sobre a prestação de serviços; Imposto Sobre Importação (II), incidente sobre a compra do exterior de componentes para a fabricação de medicamentos; Contribuição Previdenciária, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Terceiros (Sistema S), sobre folha de pagamento; Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), sobre operações financeiras; Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), sobre o lucro obtido;
5 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), sobre a frota própria de veículos; Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), sobre o imóvel urbano próprio; Sindicais e Entidades de Classes, que são os valores pagos a instituições representativas de classe; Contribuições de Melhorias, sobre eventuais melhorias na urbalização do local da sede da empresa; Taxas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anivsa), que são os pagamentos à entidade de fiscalização do setor; Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) - Royalties, pela utilização de patentes e licenças internacionais.
6 LUCRO REAL Por Lucro Real, entende-se a tributação da pessoa jurídica pelo real lucro auferido no período, admitindo-se a antecipação mensal dos valores e o ajuste desses valores por ocasição do encerramento do balanço patrimonial.
7 O CÁLCULO SE DÁ DA SEGUINTE FORMA: Lucro Líquido contábil (=) (-) (=) (-) (=) Adições (por exemplo, multas de trânsito) Exclusões (por exemplo, lucros ou dividendos recebidos, etc.) Lucro Ajustado Compensações (até 30% do lucro ajustado) Lucro Real (alíquota de 15%. A parcela do lucro real que exceder a R$ ,00 se sujeita à incidiencia do adicional do imposto de renda à alíquota de 10%).
8 LUCRO PRESUMIDO Trata-se de opção da pessoa jurídica e sumete o contribuinte ao pagamento do imposto calculado trimestralmente sobre pacela da receita bruta operacional, variável de acordo com a atividade econômica exercida (1,6%, 8%, 16% E 32%) sendo irrelevante a existência ou não de lucro ao fim do exercício e sem direito a compensar eventuais prejuíxos fiscais.
9 LUCRO ARBITRADO Como o próprio nome diz, permite à administração arbitrar o lucro de contribuintes que, obrigados a recolher o imposto pelo Lucro Real, não mantenham escrituração fiscal e comercial na forma da lei, a escrituração fiscal e comercial vanha a apresentar indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para identificar a real movimentação financeira, bancária, bem como, na determinação do Lucro Real, o contribuinte deixe de apresentar livros ou documentos requisitados pela administração tributária, ou então, não mantiver Livro Razão (art. 530 e incisos do regulamento do Imposto de Renda (RIR/99).
10 SIMPLES NACIONAL Regime de apuração facultado às microempresas ou empresas de pequeno porte cuja receita bruta não ultrapasse R$ ,00, MEDIANTE APLICAÇÃO de alíquotas progressivas de acordo com a atividade exercida e o valor da receita auferida, constantes nos Anexos da Lei Complementar (LC) 123/06.
11 PARTICULARIDADES DO SIMPLES NACIONAL PARA EMPRESAS DO RAMO FARMACÊUTICO Empresas do ramo farmacêutico, que auferirem receitas decorrentes da revenda de mercadorias sujeitas à tributação monofásica do PIS e da COFINS têm direito a reduzir o valor referente a essas vendas no cálculo do Simples Nacional. O mesmo ocorre com os produtos sujeitos à Substituição Tributária (ST) do ICMS.
12 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Em São Paulo, a partir de 2008, os medicamentos (e cosméticos) se submetem à ST para frente, de modo que o ICMS é recolhido logo no início da cadeia negocial (indústria ou importador), sendo o ICMS referente às demais etapas (distribuição e venda a varejo), devido logo na primeira operação e por antecipação.
13 ESMIUÇANDO A ST Por se tratarem de produtos cujos preços se submetem a controle estatal (Lei /2000), a Secretaria da Fazenda adota, como margem de lucro na cadeia negocial, o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), de acordo com os artigos 6º e 7º da Resolução 4, de 12/03/2015, da Câmera de Regulação do Mercao de Medicamentos (CMED).
14 EXCEÇÕES DA ST Para os medicamentos que não possuem PMC, a base de cálculo do ICMS-ST consiste no preço praticado pelo sujeito passivo, incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor adicionado calculado mediante a multiplicação do preço praticado pelo IVA-ST, conforme tabela constante no inciso II do artigo 1º da Portaria CAT 94/2017.
15 LISTA POSITIVA Composta por produtos que possuem o regime especial de concessão de crédito presumido de PIS e COFINS às empresas produtoras e importadoras previsto pelo artigo 3º da Lei Federal /2000.
16 LISTA NEGATIVA Composta por produtos sujeitos ao regime de ST do PIS e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PSSEP) e da COFINS, nos termos do Art. 1º da Lei Federal /2000. O PIS e a COFINS são recolhidos pela indústria ou importador, as revendas posteriores realizadas por distribuidoras, farmácias o varejistas utilizarão alíquota zero conforme artigo 2ª da Lei Federal /2000. Compõem essa lista os produtos que não constam no Decreto de 24 de abril de 2001 e, estão enquadrados na Lei /2000.
17 LISTA NEUTRA Pertencem à Lista Neutra os produtos que não estejam sujeitos aos regimes tributários estabelecidos na Lei /2000 ou no Decreto 3.803, de 24 de abril de 2001, ou seja, aqueles que não pertencem às Listas Positiva ou Negativa.
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