Teoria Geral dos Sistemas



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Transcrição:

Teoria Geral dos Sistemas Apresentação A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) foi desenvolvida pelo biólogo húngaro Ludwig von Bertalanffy, em 1936. Sua idéia central é o desenvolvimento de uma teoria de caráter geral, de modo que possa ser aplicada a fenômenos bastante semelhantes que ocorrem em uma diversidade de campos específicos de conhecimento. Se diversas disciplinas desenvolvessem conjuntamente seus esforços de pesquisa, seriam capazes de identificar leis e princípios que poderiam ser aplicados com vantagem em vários sistemas. Com uma moldura comum de conceitos os diversos campos científicos poderiam melhor comunicar seus desenvolvimentos, com ganhos mútuos, por minimizar-se a duplicação de esforços. Os postulados da TGS vêm sendo aplicados na prática de forma parcial, mas mesmo assim com resultados excepcionais, nos desenvolvimentos decorrentes de grupos multidisciplinares. Definição de sistema Sistema é uma entidade que tem a capacidade de manter um certo grau de organização em face de mudanças internas ou externas, composto de um conjunto de elementos, em interação, segundo determinadas leis, para atingir um objetivo específico. Função básica de um sistema A função básica de um sistema é de converter seus insumos (materiais, energia, trabalho, informações) - retirados de seu ambiente - em produtos (bens, serviços, informações) de natureza qualitativa diferente de seus insumos - para serem então devolvidos para seu ambiente. A quantidade de produtos gerados por um sistema deve ser suficiente para o funcionamento de seus subsistemas de produção, manutenção e adaptação. Os sistemas que não têm condições de continuadamente atender a essa condição, comprometem sua capacidade de sobrevivência a curto prazo (caso não atendam às necessidades de produção), a médio prazo (caso não atendam às necessidades de manutenção) ou a longo prazo (caso não atendam às necessidades de adaptação). Níveis de complexidade dos sistemas De acordo com Kenneth Boulding, existem nove níveis de sistemas, classificados em ordem crescente de complexidade... Nível de Exemplo Características complexidade Nível 1 Sistemas estáticos A estrutura de um mineral, o mapa de uma região, o (estruturais) organograma de uma empresa Nível 2 Determinísticos (relojoaria) Sistemas com movimento, mas de características previsíveis, controlados externamente: o sistema solar, um ventilador, um relógio Nível 3 Sistemas Sistemas dinâmicos, com características cibernéticos (tipo termostato) probabilísticas, capazes de auto-regulação de seu funcionamento, dentro de limites determinados (computador, geladeira) Nível 4 A célula Sistemas abertos, dinâmicos, programados para a autopreservação sob condições externas cambiantes; capazes de alterar seu comportamento e estrutura 1

Nível 5 As plantas Sistemas abertos, dinâmicos, capazes de autoregulação geneticamente determinada, através de uma ampla gama de alterações nas condições externas e internas Nível 6 O sistema animal Sistemas abertos, dinâmicos, geneticamente determinados para adaptar-se ao seu ambiente, através de ajustamentos internos e pela formação de grupos sociais simples Nível 7 Os seres humanos Sistemas abertos, dinâmicos, auto-regulados, adaptativos através de uma ampla gama de circunstâncias, pela sua capacidade de pensar abstratamente e comunicar-se simbolicamente Nível 8 Nível 9 O sistema social (Humano) sistemas transcendentais Mais complexo e aberto à influência ambiental que o indivíduo; mais adaptativo pela capacidade de acumulação de conhecimento coletivo e diversidade de perfis individuais. Pode viver indefinidamente, através do fenômeno da entropia negativa Mais livremente adaptáveis às circinstâncias porque se elevam acima e além dos sistemas individuais e sociais Os elementos comuns à maioria dos sistemas dinâmicos, são: ambiente, objetivo, insumos, processamento, saídas, controle e retroalimentação. Em conseqüência eles devem sempre ser considerados quando da sua modelagem. Expressões-chave da tgs Termo Inglês Definição Exemplo Entrada Input A energia e insumos transformados pelo sistema. Processamento Saída Retroalimentação Controle ou cibernética Throughput O processo usado pelo sistema para converter os insumos retirados do ambiente, para obtenção de produtos para consumo do próprio sistema ou serem devolvidos ao ambiente. Output O produto ou serviço resultante do processo de transformação do sistema. Feedback Informações sistemáticas sobre algum aspecto do Control or cybernation sistema, que possam ser utilizadas para avaliar e monitorá-lo, de modo a melhorar seu desempenho. As atividades e processos usados para avaliar as entradas, processamentos e saídas, de modo a permitir as ações corretivas. Matérias-primas, energia, trabalho humano, informações, tempo. Planejamento, tomada de decisão, comunicação, coordenação, armazenamento, transporte, transformação, distribuição física. Bens extrativos ou silvícolas, bens agropecuários, bens industriais, bens de consumo, serviços comerciais, serviços públicos, idéias, leis. Número de unidades produzidas, qualidade do produto, relação entre a quantidade produzida e os insumos gastos, outros tipos de relações entre esforço e resultado, tempestividade das atividades. Sistemas de informação, testes de controle de qualidade, exames escolares, avaliação de desempenho, controladoria contábil, pesquisas sócioeconômicas. 2

Sistemas abertos Sistemas fechados Sistema dinâmico Sistema estático Subsistema Open systems Sistemas que intragem com o ambiente, realizando trocas de energia materiais e informações. Autoregulados, capazes de crescimento, desenvolvimento e adaptação. Closed systems Dynamic system Sistemas com relações fixas e automáticas entre seus componentes, sem muita flexibilidade nas suas interações com o ambiente. Sitemas que mudam e são mudados pelo ambiente com freqüência. Static system Nem o sistema nem suas partes mudam bastante em relação ao seu ambiente. Subsystem Um sistema que é parte de um sistema maior. Existem sistemas em paralelo e sistemas em série. Fronteira Boundary A demarcação que permite a diferenciação entre o sistema ou subsistema e seu ambiente ou outros subsistemas. Objetivo Goal O propósito geral da existência do sistema; sua razão de ser; sua missão. Eqüifinalidade Equifinality Objetivos semelhantes podem ser conseguidos com uma grande variedade de insumos e de diferentes formas. Famílias, sociedades, empresas, igrejas, organizações militares, partidos políticos, organizações governamentais, associações de classe. Os minerais são o exemplo mais extremo. Nos grupos sociais humanos encontra-se sociedades fechadas, bastante resistentes à influência exterior e à mudança. A pessoa se desenvolve a partir dos estímulos do ambiente (família, escola, colegas, igreja, trabalho) e através da interdependência, independência e autosuficiência, modifica também seu ambiente (família, escola...). Os minerais. O sistema nervoso em relação ao corpo humano; o sistema de informações e o sistema gerencial; em relação ao sistema-empresa; o sistema de produção e o sistema de comercialização, em relação ao sistema-empresa. As pessoas em um grupo social, os departamentos em uma empresa, as empresas em um agrupamento econômico. Reprodução da espécie, educar estudantes, curar doentes, obter lucro, manter a ordem social, mudar a ordem social, salvar almas. Professores usam diferentes abordagens e recursos instrucionais para obter a educação dos alunos; cervejas podem ser filtradas a frio ou a quente; margarina pode ser feita a partir de diversos óleos vegetais diferentes; peças de carros podem ser fabricadas a partir de metais ou plástico; uma matéria-prima pode ser transportada por duto, trem, caminhão, navio ou avião e 3

Entropia Entropia negativa Homeostase (ou homeostasia) Entropy A tendência dos sistemas de perderem sua energia, sua vitalidade e dissolver-se no caos, ao longo do tempo. Negative Entropy A tendência do sistema de desenvolver ordem e energia ao longo do tempo; de manter-se em funcionamento mesmo assim chegar no local de destino. O enrijecimento, o envelhecimento, a perda da capacidade de adaptação às modificações ambientais, a relação negativa entre a quantidade de insumos retirados do ambiente e a quantidade de produtos obtidos (dessimilação), a morte. A relação positiva entre a quantidade de insumos retirados do ambiente e a quantidade de produtos devolvidos ao ambiente (assimilação); a capacidade de adaptação às modificações ambientais, a flexibilidade. Homeostasis É a propriedade de De acordo com o princípio um sistema aberto, seres da homeostase ], as vivos especialmente, de organizações, como todo regular o seu ambiente sistema aberto, procuram interno para manter uma manter uma certa constância condição estável, no intercâmbio de energia mediante múltiplos importada e exportada do ajustes de equilíbrio ambiente, assegurando o seu caráter organizacional e dinâmico controlados por evitando o processo entrópico mecanismos de (desintegração). regulação interrelacionados. Princípios básicos da abordagem de sistemas 1- Um sistema é maior que a soma de suas partes. Assim, seu entendimento requer identificar cada parte componente do mesmo. Entender um sistema significa fazer as devidas conexões entre seus elementos, de modo que se ajustem logicamente em um todo. 2- A investigação de qualquer parte do sistema deve ser sempre realizada em relação ao todo. 3- Muitas vezes a compreensão total da realidade escapa à nossa percepção. Em compensação, se entendermos a relação entre os fenômenos e sua essência, teremos condições objetivas de intervir sobre essa realidade. 4- A porção de uma totalidade sob estudo (sistema) necessita apresentar algum grau de previsibilidade. 5- Embora cada subsistema possa ser visto como uma unidade autocontida, ele faz parte de uma ordem maior e mais ampla, que o contém. 6- O objetivo central de um sistema pode ser identificado pelo fato de que o cumprimento de outros objetivos pode ser sacrificado em nome de obter-se a realização do objetivo central. 7- Qualquer sistema deve ser visto como um sistema de informações; a geração e transmissão de informações são essenciais para sua compreensão. 8- Um sistema aberto e seu ambiente estão em permanente interrelação. 9- Um sistema altamente complexo pode ser melhor entendido se for dividido em subsistemas menores, que possam ser mais facilmente analisados e - posteriormente - recombinados no todo. 10- Um sistema compõe-se de uma rede de elementos interrelacionados; um mudança em um dos elementos provocará mudanças nos demais ou na totalidade do sistema. 11- Em sistemas seriais, a saída de um subsistema é a entrada de outro; assim, alterações de processamento em um subsistema provocam alterações em outros subsistemas. 4

12- O analista de um sistema, em muitos casos, tem condições de redesenhar sua fronteira. 13- Sistemas para serem viáveis a longo prazo, devem perseguir com clareza seus objetivos, serem governados por retroalimentação e apresentar a capacidade de adaptar-se a mudanças ambientais. Fonte Teoria Geral dos Sistemas. Disponível em: <http://www.dearaujo.ecn.br/cgibin/asp/gst02.asp>. Acesso em: 08 fev. 2006. 5

Sinergia A palavra, de origem grega, significa cooperação, atividade coordenada de vários órgãos para desempenhar uma função. Em Biologia e Fisiologia, sinergia é a associação de vários órgãos para executar determinada função. Por exemplo, para executar os delicados movimentos dos dedos é preciso que uma série de nervos atue com uma coordenação perfeita. Em Farmacologia e Quimioterapia, sinergia define substâncias distintas, que, quando unidas, aumentam seu potencial de ação. Por exemplo, a mistura de aspirina com codeína forma um analgésico muito mais forte do que qualquer uma dessas substâncias sozinhas. O termo sinergia foi usado originalmente por Ruth Benedict para se referir ao grau de cooperação e de harmonia interpessoal em uma sociedade. Sinergia significa ação combinada ou cooperação. Também se refere à ação cooperativa de elementos, que resulta em um efeito global maior do que todos os elementos tomados separadamente. Sob condições de baixa sinergia social, o sucesso de um membro causa a perda ou o fracasso de outro. Por exemplo, se cada caçador reparte sua presa apenas com a família imediata, é mais provável que a caça se torne fortemente competitiva. Sob elevada sinergia social, a cooperação atinge o máximo. Um exemplo seria um grupo caçador análogo, com uma única e importante diferença: a divisão comunitária da presa. Nessas condições, cada caçador beneficia-se com o sucesso dos outros. Sob alta 16 sinergia social, o sistema de crença cultural reforça a cooperação e os sentimentos positivos entre os indivíduos e ajuda a minimizar os conflitos e as discórdias. J. Fadiman e R. Frager. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 1986, p. 270 (com adaptações) 6