Unidade II Necessidades nutricional. Avaliação nutricional. Nutrição no ciclo da vida NUTRIÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM. Profa Dra Milena Baptista Bueno



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Transcrição:

Unidade II Necessidades nutricional. Avaliação nutricional. Nutrição no ciclo da vida NUTRIÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM Profa Dra Milena Baptista Bueno

Leis da alimentação (Pedro Escudero, 1937) 1º Lei : Quantidade A quantidade de alimento deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas do organismo e manter o equilíbrio do seu balanço 2º Lei : Qualidade A alimentação deve ser completa na sua composição para oferecer ao organismo, todas as substâncias que o integram. Não deve omitir nenhum nutriente (contra dietas da moda).

Leis da alimentação (Pedro Escudero, 1937) 3º Lei : Harmonia As quantidades dos diversos nutrientes que integram a alimentação devem garantir uma proporção entre si 4º Lei : Adequação A finalidade da nutrição está ajustada à sua adequação ao organismo. Adequar a alimentação aos hábitos, situação econômica, condições fisiológicas

GRUPOS DE ALIMENTOS De acordo com a quantidade de nutrientes: CONSTRUTORES: fonte de proteínas. Carnes, peixes, aves, ovos, leite, queijos, feijões, soja, ervilhas e lentilhas REGULADORES: fonte de vitaminas e minerais. Verduras, legumes e frutas ENERGÉTICOS: fonte de carboidratos e lipídios que fornecem energia. Pães, arroz, batata, macarrão, aveia, trigo, açúcares e doces. Óleos e gorduras

Recomendações A alimentação variada refere-se à seleção de alimentos dos diferentes grupos de alimentos, tendo-se em conta a renda familiar e a disponibilidade de alimentos. Nenhum alimento é completo (exceto o leite materno para crianças até seis meses), ou seja, nenhum possui todos os nutrientes em quantidade suficiente para atender às necessidades do organismo

Pirâmide de alimentos Considera os princípios de moderação, variedade e proporcionalidade

Guia alimentar Conjunto de recomendações e normas dirigidas à população, com a finalidade de promover uma alimentação saudável. Link para acesso ao guia alimentar brasileiro: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/gui a_alimentar_conteudo.pdf Bases para uma alimentação adequada são as mesmas, mas cada fase da vida merece cuidados especiais.

Recomendações energéticas Equações para cálculo de Gasto Energético Basal (GEB) Homens 0-3 60,9 P - 54 3-10 22,7 P + 295 10-18 17,5 P + 651 18-30 15,3 P + 679 30-60 11,6 P + 879 > 60 13,5 P + 487 Fonte: OMS (1985) Sendo que P = peso (kg) Mulheres 0-3 61,0 P - 51 3-10 22,5 P + 499 10-18 12,2 P + 746 18-30 14,7 P + 496 30-60 8,7 P + 829 > 60 10,5 P + 596

Recomendações energéticas - Fator Atividade Física* Leve 1,56 Moderada 1,64 Intensa 1,82 Gasto Energético Total (GET) = GEB X Fator atividade

Recomendações energéticas Outra formula para calculo de necessidade energética: Estimated energy requirement (EER) = necessidade energética estimada EER para crianças (0a 35 meses): 0-3 meses= (89 x peso (kg) -100) + 175 4-6 meses= (89 x peso (kg) -100) +56 7-12 meses = (89 x peso (kg) -100) + 22 13-35 meses= (89 x peso (kg) -100) + 20

Recomendações energéticas EER para crianças e adolescentes (3 a 18 anos): Sexo masculino EER = 88,5 61,9 x idade (anos) + NAF x [(26,7x peso (kg)) + (903 x altura (m))] + 20 Sexo feminino EER = 135,3 30,8 x idade (anos) + NAF x [(10 x peso (kg)) + (934 x altura (m))] + 20 * NAF = Nivel de atividade física

Recomendações energéticas NAF para crianças e adolescentes Sedentária Leve Moderada Intensa Masculino 1,00 1,13 1,26 1,42 Feminino 1,00 1,16 1,31 1,56

Recomendações energéticas EER para adultos e idosos (19 anos e mais): Sexo masculino: EER = 662 (9,53 x idade (anos)) + NAF x [(15,91 x peso (kg)) + (539,6 x altura (m))] Sexo feminino: EER = 354 (6,91 x idade (anos)) + NAF x [(9,36 x peso (kg)) + (727 x altura (m))]

Recomendações energéticas NAF para adultos e idosos Sedentária Leve Moderada Intensa Masculino 1,00 1,11 1,25 1,48 Feminino 1,00 1,12 1,27 1,45

Recomendações de nutrientes Macronutrientes % do GET Gorduras Totais 15-30 Carboidratos 55-75 Proteínas 10-15 * WHO/FAO (2003) Para recomendações de nutrientes é utilizado a Recommended Dietary Allowances (RDA) e o Limite máximo de ingestão (UL) Link para acesso à tabela: http://www.nap.edu/openbook.php?record_id= 10490&page=1320 * Paginas 1320 a 1329

Determinantes da prática alimentar Cultura Sociais Psicológicos Prática alimentar Políticos Econômicos Biológicos Religião

Avaliação nutricional de adultos ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) IMC= Peso (kg) Altura ²(m) IMC (kg / m 2 ) Classificação < 18,5 Baixo peso 18,5 24,99 Adequado (eutrófico) 25 29,99 Sobrepeso 30 34,99 Obesidade I 35 39,99 Obesidade II 40 Obesidade III

Recomendações nutricionais nos ciclos da vida

Gestantes Aumento da necessidade de energia, proteínas e demais nutrientes RDA (1989): + 300 kcal/dia a partir do 2º trimestre. *Mulheres com baixo peso ou adolescentes: 300 kcal desde o início da gestação EER (Estimated Energy Requirements) 1º trimestre = EER (pré gestacional) 2º e 3º trimestre = EER (pré gestacional) + (8 kcal X Idade Gestacional em semanas) + 180

Gestantes Ganho de peso adequado durante a gestação segundo IMC pré gestacional IMC pré gestacional Ganho total (Kg) < 19,8 12,5 18 19,8 25,99 11,5 16 26 28,99 7 11,5 29 6

Gestantes Proteínas: 60 g/dia (+ 10 g/dia) Ferro: é indicada a suplementação de ferro a partir do segundo semestre devido ao aumento da volemia sanguinea materna (60 a 120 mg de sulfato ferroso por dia). Ácido fólico: é indicado a suplementação desde os três meses antes da concepção até a 12ª semana de gestação para prevenir doenças do tubo neural no feto (0,4 a 0,5 mg/dia). Farinhas são fortificadas com ferro e ácido fólico.

Gestantes RECOMENDAÇÕES Evitar o consumo de álcool e excesso de sal; Ingerir de 1,5 a 2 litros de água/ dia; Não consumir café em excesso (+ 2 xícaras de café por dia): pode afetar a freqüência cardíaca e a respiração fetal Evitar alimentos ricos em aditivos químicos, gorduras e açúcares. Fracionar as refeições (5 a 6 vezes ao dia) Não usar adoçantes (exceção para diabéticos e obesidade)

Gestantes Naúseas e vômitos Ingerir alimentos secos (bolacha água e sal) antes de se levantar Refeições pequenas e mais freqüentes (8 vezes ao dia) Não consumir líquidos durante as refeições Diminuir o consumo de gordura e alimentos gordurosos

Gestantes Azia Reduzir o consumo de gorduras Não deitar por até 3 horas após as refeições Evitar o ganho de peso excessivo Fazer pequenas refeições, comer devagar Evitar café, chá preto, chá mate, bebidas alcoólicas e refrigerantes Evitar frutas ácidas, tomate, temperos industrializados, pimenta, chocolate

Gestantes Constipação intestinal Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras (cereais integrais, frutas, verduras) Aumentar o consumo de água Consumir alimentos laxativos (abobrinha, abacaxi, arroz integral, beterraba, couve, feijão, aveia, granola, mamão, ameixa preta) Diminuir o consumo de açúcar (substituir por mel levemente laxativo) Realizar atividade física Não é recomendado o uso de laxantes

Gestantes Flatulência Diminuir o consumo de alimentos que fermentam: repolho, brócolis, feijão, lentilha, ovo, batata inglesa, couve, alho, amendoim, açúcar branco Grande variação individual quanto à relação entre os alimentos e a flatulência Evitar ficar muito tempo sentada ou deitada Realizar atividade física

Gestantes Diabetes gestacional Frutas: 2 unidades por dia ou ate 300 g Diluir sucos de frutas < 10% do GET proveniente de açúcar simples Máximo de 3 horas de intervalo entre refeições Evitar sacarina e ciclamato. Hipertensão arterial gestacional Garantir ganho de peso adequado Adequado consumo de proteínas e cálcio Dieta normossódica

Lactantes A demanda de energia e nutrientes durante o período de lactação é maior que durante a gestação. EER (Estimated Energy Requirements) (2001) Primeiros seis meses EER (pré gestacional) + 500 170 Após os 6 meses iniciais EER (pré gestacional) + 400 RDA (1989) + 500 kcal 1º semestre + 400 kcal 2º semestre

Lactantes Recomenda-se que a redução do peso corporal materno não exceda 2 kg/mês. Ingestão de 2 a 3 litros de água. Consumo de alimentos com maior valor nutritivo. O café deve ser limitado a 100 ml por dia. O álcool deve ser restringido. Incentivar consumo de peixes (fontes de ômega-3)

Alimentação do 1º ano de vida Criança Velocidade alta de crescimento Metabolismo protéico - energético elevado Atividade muscular intensa Imaturidade funcional: renal, imunológica, digestiva, neurológica Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses sob livre demanda: Sem água, chás ou qualquer outro alimento

Alimentação do 1º ano de vida Em casos excepcionais, quando esgotadas todas as possibilidades de aleitamento materno exclusivo, preferir fórmulas lácteas indicadas para cada faixa etária (quando for possível o acesso): Idade Volume (ml) Nº de refeições < 30 dias 60-120 6-8 30-60 dias 120-150 6-8 2-3 meses 150-180 5-6 3-6 meses 180-200 4-5 7-12 meses 180-200 2-3

Alimentação do 1º ano de vida Após os 6 meses, inserir alimentos gradativamente e manter amamentação até 2 anos ou mais. Caso a criança não consuma leite materno, inserir alimentos aos 4 meses Incluir na papa cereais, hortaliças e carnes ou leguminosas (introduzir 1 de cada vez): Variar alimentos Utilizar pequenas quantidades de óleo e sal para temperar Não liquidificar e peneirar (contaminação e não estimula a mastigação)

Alimentação do 1º ano de vida A partir dos 8 meses: mesmos alimentos oferecidos para a família desde que amassados, desfiados, picados Modificar a forma de apresentação do alimento e ofertar várias vezes aumenta a aceitação Alimentos impróprios para crianças menores de 1 ano: açúcar, mel, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos.

Alimentação do 1º ano de vida Esquema Alimentar 6 a 7 meses 2 papas fruta e 1 papa salgada + leite materno livre demanda 8 a 11 meses 1 papa fruta e 2 salgadas + leite materno livre demanda 11 meses - + 2 lanches (fruta/ mingau) + leite materno livre demanda Sem leite materno 4 6 meses - 2 papas fruta e 1 papa salgada > 6 meses 2 papas de fruta/ 2 salgada/ 1 mingau Oferecer água e sucos de frutas entre as refeições

Alimentação do 1º ano de vida Estudar os dez passos para alimentação saudável para crianças menores de dois anos: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/10 _passos_final.pdf

Pré escolar Neste período a velocidade de crescimento diminui, assim como o apetite. A excessiva ingestão de leite e recusa da refeição de sal provoca anemia, obesidade e constipação. Importante período para a formação de hábitos alimentares. Ações positivas permitir tempo suficiente para comer tolerar bagunças ocasionais alimentar-se todos os membros da família

Pré escolar Ações negativas Ambiente agitado Exigência de bom comportamento Ameaças / chantagens Discussões e estresses emocionais Consumir em frente a TV Disciplinar a oferta de guloseimas e refrigerantes

Escolar São mais independentes: se alimentam sozinhos, sabem o que e quanto vão comer. São mais influenciados pela publicidade e propaganda de alimentos. Maior acesso a TV e internet. Não realizar refeições em frente a TV Facilidade em incorporar hábitos alimentares de outras pessoas (colegas)

Adolescentes Período de acelerado crescimento e desenvolvimento caracterizado por alterações morfológicas, fisiológicas e psicológicas. - Influência por modismos, midia e amigos - Preocupação com aparência (maior frequencia de bulimia, anorexia) - Omissão do café da manhã - Substituição de refeições por lanches - Horários irregulares

Idosos Metabolismo diminui Diminuição de massa magra Dificuldade para a compra e preparo dos alimentos Alterações de paladar (maior consumo de sal e açúcares e inapetência) Ausência de dentes ou uso de próteses dentárias podem dificultar a ingestão dos alimentos. Diminuição de movimentos peristálticos e de secreções enzimáticas

Idosos Diminuição da absorção de nutrientes e excreção de substâncias tóxicas Fatores psicológicos (depressão), patológicos, econômicos e sociais podem prejudicar a ingestão de alimentos As refeições devem: Ser de fácil digestão, não sejam monótonas e possuam poder de saciedade, Apresentar aspectos agradáveis: cor, sabor, aroma, textura

Idosos Função mastigatória íntegra: não há razão para modificação a consistência para liquida e pastosa; Mastigar bem os alimentos (facilita a digestão); Não deixar de comer carnes, legumes, frutas e verduras no caso de próteses: deve-se picar, moer, desfiar, amassar, cortar;

Idosos Para manter bom hábito intestinal: consumir quantidade suficientes de líquidos e alimentos ricos em fibras; Consumir carnes, vegetais verde-escuro e leguminosas (feijão) em conjunto com alimentos ricos em vitamina C (frutas cítricas) para prevenir a anemia; Açúcares, doces e gorduras em pequenas quantidades; Ingerir alimentos que contenham cálcio e vitamina D (osteoporose); Preferir óleos vegetais.

Idosos Dividir a alimentação em 5 ou 6 refeições Evitar o consumo exagerado de sal e temperos industrializados ( da pressão arterial e inchaço): incentivar o uso de temperos naturais C Considerar aspectos econômicos. Recomenda-se a compra de alimentos da época

Questão Para exemplificar como deve ser a alimentação de uma população foi desenvolvida uma figura, na qual estão dispostos os alimentos que devem fazer parte dos hábitos alimentares de uma população. Conhecendo a Pirâmide alimentar, qual destes conceitos NÃO corresponde a ela?

Questão a) A pirâmide alimentar visa promover hábitos saudáveis para a população. b) A pirâmide alimentar leva em consideração o indivíduo doente. c) A pirâmide alimentar é um guia de alimentação. d) A pirâmide alimentar está categorizada em grupos dos alimentos. e) A pirâmide alimentar está categorizada em grupos dos alimentos, quantificado em porções.

Resposta A alternativa correta é letra B

ATÉ A PRÓXIMA!