AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DESAFIOS DO PARFOR/UEL

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DESAFIOS DO PARFOR/UEL Resumo Marleide Rodrigues da Silva Perrude 1 - UEL Ana Lucia Ferreira da Silva 2 - UEL Grupo de Trabalho -Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação Básica Agência Financiadora: não contou com financiamento Este texto relata as ações do projeto de pesquisa em andamento que analisa o Programa Emergencial de Formação de Professores (PARFOR) ofertado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pretende-se compreender a estrutura desta política e suas características organizacionais além de identificar os fatores que facilitam ou dificultam seu desenvolvimento. O estudo é norteado pelas seguintes indagações: que aspectos delineados por esta política podem ser considerados desafios para formação de professores? Haveria divergências entre os documentos regulamentadores e as ações do PARFOR? Em que medida suas ações permitem aos professores alunos repensarem sua ação docente?. Adota-se uma abordagem qualitativa que visa a análise bibliográfica sobre a política de formação de professores, análise documental, identificando, reunindo e analisando os instrumentos legais de regulamentação do funcionamento do PARFOR no âmbito Federal e no Estado do Paraná, além dos relatórios referentes ao processo de implantação e o desenvolvimento do Programa no período de 2009-2012 na UEL. Discute-se a avaliação de políticas publicas e a implementação de programas governamentais com base nos estudos de Sulbrandt (1994), Arretche (1998, 2001) Höfling (2001), Boschetti, (2009). Os documentos analisados até o momento apontaram para a necessidade de expor os interesses que sustentaram e nortearam as políticas direcionadas para o campo educacional, em especial, para a formação de professores, explicitando os discursos políticos formulados no contexto da reforma do Estado e das mudanças dos princípios administrativos e pedagógicos da organização dos sistemas de ensino. Os documentos que relatam, em especial, o processo de implementação do Programa na UEL não explicitam divergências e ou conflitos no seu processo de implementação o que aponta a necessidade de continuidade do trabalho e a realização de entrevistas com os sujeitos envolvidos no sentido de captar e compreender os meandros da política quando do momento de sua implantação nesta instituição. Palavras-Chave: Política pública. Formação de professores. PARFOR. 1 Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas/ UNICAMP e Docente da Universidade Estadual de Londrina, Área de Política e Gestão da Educação. Email - marleideperrude@gmail.com 2 Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo/USP e Docente da Universidade estadual de Londrina, Área de Política e Gestão da Educação. Email a.ferreira@uel.br ISSN 2176-1396

17958 Introdução O Decreto 6755/2009 instituiu a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, com a finalidade de organizar, em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas da educação básica. O PARFOR é um Programa emergencial instituído para atender o disposto no artigo 11, inciso III 3 do referido Decreto. O PARFOR oferece cursos de Licenciatura, destinados a professores da Educação Básica Pública, como primeira e segunda licenciaturas, além da formação pedagógica 4. Para tanto, o Decreto induz e fomenta a oferta de educação superior gratuita para professores em exercício na rede pública de educação básica, para que estes possam obter a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB (9394/96) (BRASIL, 1996). Esta pesquisa objetiva avaliar o processo de desenvolvimento do PARFOR na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Para realizar o referido estudo, adota-se uma abordagem qualitativa, na busca da compreensão dos dados obtidos a partir de informações geradas na interlocução com os professores formadores e os professores estudantes do Programa. Além da investigação teórica pertinente à formação de professores no Brasil e análise de documentos elaborados e divulgados pelo Ministério da Educação por meio da CAPES, será realizada uma pesquisa empírica na UEL junto aos professores estudantes e docentes formadores do PARFOR. Para a coleta dos dados estão sendo empregados os seguintes instrumentos: pesquisa bibliográfica sobre a formação de professores no Brasil pós década de 1990; análise, em site eletrônico, dos documentos operacionais do PARFOR (do âmbito nacional); mapeamento e análise das Atas do Colegiado PARFOR, Atas do Fórum Estadual de Apoio à Formação de Professores da Educação Básica Pública e dos relatórios avaliativos de coordenadores e docentes dos cursos, elaborados entre os anos de 2009 e 2012, período em que ocorreu o processo de implementação do PARFOR na UEL, oficialização das 3 Propõe-se a oferta emergencial de cursos de licenciaturas e de cursos ou programas especiais dirigidos aos docentes em exercício há pelo menos três anos na rede pública de educação básica, que sejam: a) graduados não licenciados; b) licenciados em área diversa da atuação docente; e c) de nível médio, na modalidade Normal. 4 I. Licenciatura para docentes ou tradutores intérpretes de Libras em exercício na rede pública da educação básica que não tenham formação superior ou que, mesmo tendo-a se disponham a realizar curso de licenciatura na etapa/disciplina em que atuam em sala de aula; II. Segunda licenciatura para professores licenciados que estejam em exercício há pelo menos três anos na rede pública de educação básica e que trabalhem em área distinta da sua formação inicial, ou para profissionais licenciados que atuam como tradutor intérprete de Libras na rede pública de Educação Básica; e III. Formação pedagógica para docentes ou tradutores intérpretes de Libras graduados não licenciados que se encontram no exercício da docência na rede pública da educação básica.

17959 ações e elaboração de processos seletivos; ainda, aplicação (se necessário) de questionário e utilização de depoimentos de docentes e professores estudantes do PARFOR. Com o olhar voltado aos efeitos do Programa Emergencial de Formação de Professores (PARFOR) ofertado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) na formação de professores da Educação Básica Pública, procura-se identificar as forças políticas que permitem verificar a articulação dos mesmos no Estado com as determinações econômicas em curso e com as orientações vigentes em âmbito federal. Busca-se identificar avanços, recuos, conflitos e contingências gerados pelos sujeitos no processo de implementação dos Programas em estudo. Avaliação de políticas e programas: uma perspectiva metodológica O trabalho em questão tem como foco a análise de um programa de formação de professores em andamento. Compreende, a partir da perspectiva apresentada por Sulbrandt (1994), que a avaliação permite captar [...] sinais e ajuda a solucionar os problemas surgidos durante a sua execução. Reitera o autor que a avaliação adquire, nesta perspectiva, uma enorme significação, visto que se supõe sua utilidade na aplicação de recursos de forma eficiente, visando assegurar um alto grau de efetividade, assim, avaliar compreende: [...] estabelecer uma relação de causalidade entre um programa e seu resultado, e isso só pode ser obtido mediante o estabelecimento de uma relação causal entre a modalidade da política social avaliada e seu sucesso e/ou fracasso, tendo como parâmetro a relação entre objetivos, intenção, desempenho e alcance dos objetivos (BOSCHETTI, 2009, p.02). Arretche (1998) diferencia avaliação de políticas públicas de outras modalidades de avaliação, designada pela autora como avaliação política e análise de políticas públicas. A avaliação política, conforme observa Arretche (1998) se dedica a analisar o processo de tomada de decisão, o qual resulta na adoção de determinado tipo de política pública. Nessa lógica, a avaliação política não está voltada para análise da natureza, dimensão ou abrangência de uma política social. Esta se destina a compreender e explicar motivos, razões ou argumentos que levam (ou levaram), os governos a adotarem determinados tipos de políticas públicas, e não outros. Assim, a avaliação política visa explicar o processo decisório e os fundamentos políticos, os quais explicam a existência de uma política social, constituindo um objeto de estudo privilegiado da ciência política. No caso da análise e avaliação de políticas sociais, também conforme Arretche (1998), estas se dedicam a compreender a

17960 configuração das políticas sociais, o que pressupõe conhecer e explicitar sua dimensão, significado, funções, ou seja, todos os elementos que atribuem forma e significado às políticas sociais. A análise de Boschetti (2009) a respeito da avaliação de uma política social pressupõe sua inserção na totalidade e dinamicidade da realidade, de forma que: [...] Mais que conhecer e dominar tipos e métodos de avaliação ou diferenciar análise e avaliação, é fundamental reconhecer que as políticas sociais têm um papel imprescindível na consolidação do Estado democrático de direito e que, para exercer essa função, como seu objetivo primeiro, devem ser entendidas e avaliadas como um conjunto de programas, projetos e ações que devem universalizar direitos. Para tanto, toda e qualquer avaliação de políticas sociais (ou de programas e projetos) deve se sobrepor à mera composição de técnicas e instrumentos, e se situar no âmbito da identificação da concepção de Estado e de política social que determina seu resultado (BOSCHETTI, 2009, p. 03). Apresentado o significado de avaliar, para melhor compreensão da discussão que segue, entende-se que seja preciso diferenciar políticas públicas e políticas sociais. Nesse sentido, esta discussão parte do entendimento de que políticas sociais são [...] ações que determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas, em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais visando a diminuição das desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento econômico (HÖFLING, 2001, p. 31). Partindo, por diferentes instrumentos, entre esses, releva-se o estudo bibliográfico, uma vez que esta forma de pesquisa, além de se constituir como um primeiro momento desse processo propicia, conforme assinalado por Richardson (1999), que as relações estabelecidas pelo fenômeno estudado, quando possível, sejam analisadas à luz das teorias existentes. Permitem também, que estudos não sejam replicados, que teorias sejam construídas, que determinados temas sejam aprofundados, enfim, possibilita que os estudos e pesquisas neste campo específico possam avançar. Também tem sido realizada pesquisa documental com base em seleção de documentos como portarias, resoluções, pareceres e regulamentos, além de documentos norteadores referentes ao PARFOR e demais publicações veiculadas pelo MEC, bem como documentos (resoluções, relatórios e atas) entre outras publicações que sustentam esta proposta em âmbito do Estado do Paraná e da própria Universidade Estadual de Londrina. Para a análise documental, foi feita a opção pela análise do discurso. Assinala-se que as recomendações presentes nos documentos de política educacional, os quais são amplamente divulgados por meio impresso e digital, não são prontamente assimiláveis ou aplicáveis. Portanto,

17961 Sua implementação exige que sejam traduzidas, interpretadas, adaptadas de acordo com as vicissitudes e os jogos políticos que configuram o campo da educação em cada país, região, localidade; tal processo implica, de certo modo, uma re-estrutura das prescrições, o que coloca para os estudiosos a tarefa de compreender a racionalidade que os informa e que, muitas vezes, parece contraditória, fomentando medidas que aparentam ir em direção contrária ao que propõem (SHIROMA; CAMPOS; GARCIA, 2005, p.431/grifo no original). Partindo do suposto da política como processo, concordamos com Shiroma, Campos e Garcia (2005, p. 433), quando afirmam, amparadas em Belsey (1980), que [...] um texto não é restrito a uma única e harmoniosa leitura, mas, que, ao contrário, torna-se plural, aberto a novas leituras, uma vez que não se trata de uma objeto para consumo passivo, mas, sim, um objeto para ser trabalhado pelo leitor para produzir sentido. Shiroma, Campos e Garcia (2005, p. 433), observam que: Se os textos são, ao mesmo tempo, produto e produtores de orientações políticas no campo da educação, sua difusão e promulgação geram também situações de mudanças ou inovações, experienciadas no contexto das práticas educativas, e analisam que os textos de políticas não são simplesmente recebidos e implementados, mas, ao contrário, dentro da arena da prática estão sujeitos à interpretação e recriação. De acordo com Ball, 1994 (apud Shiroma; Campos; Garcia, 2005, p. 439), os documentos disseminam afirmações sobre a realidade, no entanto, convém observar que [...] qualquer discurso, ao enfatizar determinados objetos e certos conceitos, omite outros. Nesse sentido, observam as autoras, a necessidade de estudos aprofundados no sentido de que conceitos e argumentos são privilegiados e quais os intencionalmente desprezados, essa tarefa exige conforme Shiroma, Campos e Garcia (2005, p. 439/grifo no original). [...] um olhar investigativo sobre os textos oficiais legislação, relatório, documento para ler o que dizem, mas também para captar o que não dizem. Apoiadas em Orlandi (1999), Shiroma, Campos e Garcia ( 2005), destacam que a análise dos discursos funciona como um Nesse sentido, [...] dispositivo de interpretação para colocar o dito em relação ao não dito, o que o sujeito diz em um lugar com o que é dito em outro, procurando ouvir, naquilo que o sujeito diz, aquilo que não foi dito mas que constitui igualmente o sentido de suas palavras (ORLANDI 1999, apud SHIROMA; CAMPOS; GARCIA, 2005, p. 439). A análise do discurso visa compreender como um objeto simbólico produz sentidos. [...] a imagem que temos das coisas se constitui no confronto do simbólico com o político, em processos que ligam discurso e instituições. [...] sentidos estão sendo

17962 produzidos [...]. Os sentidos não estão nas palavras elas mesmas, estão aquém e além delas. [...] não há análise de discurso sem a mediação teórica permanente. É mister que a teoria intervenha a todo momento para reger a relação do analista com o seu objeto, com os sentidos, com ele mesmo, com a interpretação (ORLANDI, 1999, apud SHIROMA; CAMPOS; GARCIA, 2005, p. 440/grifo no original). Do conjunto de documentos selecionados com o objetivo de fundamentar a análise das orientações e encaminhamentos em diferentes instâncias, destacam-se as principais fontes utilizadas, iniciando pela esfera federal: Decreto 6.755 de 19 de janeiro de 2009. Institui a Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério e regulamenta a ação da CAPES, de 2009 e as Diretrizes Operacionais para a implantação do Programa Emergencial de Segunda Licenciatura para Professores em exercício na Educação Básica Pública a ser coordenado pelo MEC em regime de colaboração com os sistemas de ensino e realizado por instituições públicas de Educação Superior. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, produzido no ano de 2008. Dentre os documentos de base local, a Resolução CEPE/CA Nº0244/2009 que Institui o Programa Emergencial de Formação de Professores em exercício na Educação Básica Pública e Resolução CU Nº009/2011 que Aprova o Regulamento do Programa Emergencial de Formação de Professores em exercício na Educação Básica Pública (PARFOR/UEL), que integra o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, além de relatórios e atas referentes ao período de implantação do programa nesta universidade. Reitera-se que este trabalho ancora-se em boa parte de seu conteúdo, em pesquisa documental, não apenas porque o objeto em estudo se encontra em fase de andamento, ou seja, trata-se da análise de um programa de formação, cuja política se encontra em plena vigência, mas, principalmente, por entendermos que as coordenadas emanadas dos documentos podem fornecer uma dimensão complementar da realidade analisada. A opção pela pesquisa documental como procedimento de base para o desenvolvimento deste trabalho pareceu-nos a que melhor respondia aos propósitos do estudo por um conjunto de razões, entre estas: 1- pela necessidade de aproximação do entendimento que se tem acerca da política de formação de professores da educação básica pública; 2- porque convinha evidenciar as orientações emanadas pelo MEC referentes à formação de professores e buscar compreender e a forma como estas orientações são apropriadas pelos implementadores destas políticas e são consubstanciadas; 3- pela preocupação em identificar os elementos que dão base para a concretização da política de formação de professores e as dificuldades para a implementação dessa política em âmbito desta universidade (UEL), a fim

17963 de analisar e compreender como esta instituição foi se organizando para a implementação dessa proposta. O PARFOR na Universidade Estadual de Londrina: percursos da pesquisa Na UEL, o PARFOR foi implantado no ano de 2009, inicialmente ofertando dois cursos: Artes Visuais, na modalidade de Segunda Licenciatura, e Pedagogia, como Primeira Licenciatura. A partir de 2010, outros cursos foram disponibilizados, totalizando 11 cursos (onze). A partir de 2012 o PARFOR/UEL passou a atuar nas três frentes previstas no Programa: primeira e segunda licenciaturas e formação pedagógica. Observa-se que, desde a implantação do PARFOR, um conjunto de ações foi desenvolvido com o objetivo de incorporar o Programa às ações da Universidade considerando seus aspectos políticos, administrativos e pedagógicos. Destacam-se, as reuniões do Colegiado PARFOR, composto pelos coordenadores dos cursos, por representantes das três pró-reitorias acadêmicas e pelo coordenador da UAB/UEL, cujo objetivo é subsidiar as ações do programa, criando uma estrutura organizacional, permitindo o desenvolvimento de ações de constante acompanhamento. Além disso, um conjunto de relatórios foi elaborado pelos coordenadores dos cursos, que, em algumas situações, tem subsidiado reformulações dos cursos oferecidos pelo Programa, além dos cursos de graduação regulares. Este processo também desencadeou discussões acerca da reformulação de alguns cursos regulares de licenciatura. Entretanto, esses processos avaliativos têm apontado para a necessidade de uma análise do desenvolvimento do PARFOR em seus aspectos políticos e pedagógicos na instituição, pois o Programa não está imune aos questionamentos e críticas dos próprios agentes implementadores que, direta ou indiretamente, interferem em sua estrutura organizacional. Assim, excetuando-se algumas Secretarias Municipais de Educação, o apoio por parte da maioria delas, sejam municipais ou estaduais, praticamente, inexiste e isso é um dos motivos da evasão, pois cursar o PARFOR passa a ser responsabilidade unicamente dos professores-estudantes, marcando assim a dificuldade quanto à articulação dos entes federados, em especial estados e municípios, refletindo diretamente no desenvolvimento do Programa no Estado. Nesse sentido, pretendendo-se determinar o nível de desempenho do Programa em comparação com as normas definidas, considerou-se necessário desenvolver uma análise dos relatórios avaliativos (semestrais e ou anuais) elaborados pelos coordenadores da cada curso,

17964 além dos preenchidos por docentes e professores estudantes que frequentam o Programa na UEL. Busca-se, também, explicitar os elementos que envolvem a formação professor estudante e suas inquietações sobre o curso, evidenciando avanços e limites, relativos a sua implantação. Considerações Finais Busca-se, por meio do presente estudo, desenvolver uma reflexão sobre os efeitos do PARFOR na formação de professores, analisando relatórios referentes a seu processo de implementação e seu desenvolvimento, buscando, desta forma, apontar os principais aspectos que induzem uma política de Estado para a formação desses profissionais, seus determinantes políticos e pedagógicos e suas implicações para Educação Básica. Considerando o percurso da pesquisa, estudos e análises realizados nos encontros quinzenais, ousamos elencar algumas considerações acerca do PARFOR: a) não podemos reduzir a análise das políticas de formação de professores no Brasil à mera descrição dos seus processos, ressaltamos para a necessidade de apreendê-las no âmbito das condições e das influências políticas e pedagógicas em que elas foram formuladas, implantadas e implementadas. Ou seja, a análise dos documentos normalizadores do PARFOR as atas e instrumentos regulativos no contexto da implementação dessa política na UEL, aponta para a necessidade de expor os interesses que sustentaram e nortearam as políticas direcionadas para o campo educacional, em especial, para a formação de professores, explicitando os discursos políticos formulados no contexto da reforma do Estado e das mudanças dos princípios administrativos e pedagógicos da organização dos sistemas de ensino. b) - Os documentos analisados até o momento que relatam o processo de implementação do Programa na UEL não explicitam divergências e ou conflitos no seu processo de implementação o que aponta a necessidade de continuidade do trabalho e a realização de entrevistas com os sujeitos envolvidos no sentido de captar e compreender os meandros da política quando do momento de sua implantação nesta instituição. REFERÊNCIAS ARRETCHE, Marta Teresa da Silva. Uma contribuição para fazermos avaliações menos ingênuas. In: BARREIRA, Maria Cecília Roxo Nobre; CARVALHO, Maria do Carmo Brant (Org.). Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas sociais. São Paulo: IEE/PUC-SP, 2001. v. 1, p. 43-55.

17965 ARRETCHE, Marta. Tendências no estudo sobre avaliação. In: RICO, Elizabeth. Avaliação de Políticas: uma Questão em Debate. São Paulo: Cortez Editora; IEE/PUC/SP, 1998. p. 29-39. BALL, S. Education reform. A critical and post-structural approach. Buckingham: Open University Press,1994. BELSEY, C. Critical practice. New York: Methuen, 1980 BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 15 dez. 2015. BOSCHETTI, Ivanete. Avaliação de políticas, programas e projetos sociais. Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais CFESS, ABEPSS, Brasília, 2009. BRASIL. Decreto 6.755 de 19 de janeiro de 2009. Institui a Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério e regulamenta a ação da CAPES. Lex: Brasília, 2009. HÖFLING, Eloisa de Mattos. Estado e políticas (públicas) sociais. Caderno Cedes, Campinas, v. 21, n. 55, p. 30-41, 2001. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0101-32622001000300003>. Acesso em: 08 de agosto de 2015. ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas, SP: Pontes, 1999. RICHARDSON, Roberto Jarry. Métodos Qualitativos e Quantitativos. In: Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999. SHIROMA, Eneida Oto; Roselane Fátima Campos; Rosalba Maria Cardoso Garcia. Decifrar textos para compreender a política: subsídios teórico-metodológicos para análise de documentos. Perspectiva, Florianópolis, v. 23, n. 02, p. 427-446, jul./dez. 2005 http://www.ced.ufsc.br/nucleos/nup/perspectiva.html. Acesso em 09 de agosto de 2015. SULBRANT, J. A avaliação dos programas sociais: uma perspectiva crítica dos modelos atuais. In: Kliksberg, Bernardo. (Org.): Pobreza: uma questão inadiável. Brasília, ENAP, 1994. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Resolução CEPE/CA Nº0244/2009. Institui o Programa Emergencial de Formação de Professores em exercício na Educação Básica Pública. Disponível em http://www.uel.br/prograd/docs_prograd/resolucoes/2009/resolucao_244_09.pdf. Acesso em 11 de agosto de 2015. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Resolução CU Nº 009/2011. Aprova o Regulamento do Programa Emergencial de Formação de Professores em exercício na Educação Básica Pública (PARFOR/UEL), que integra o Plano Nacional de Formação de

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