Carta ao Cotista Abril 2015 Ambiente Macroeconômico Internacional O fraco resultado dos indicadores econômicos chineses mostrou que a segunda maior economia mundial continua em desaceleração. Os dados de abril frustraram mais uma vez as expectativas do mercado. O resultado do primeiro trimestre leva a crer que o governo tomará ações mais expansionistas como a redução da taxa de juros e do deposito compulsório. Ainda trabalhamos com uma projeção de PIB de 7% neste ano, mas com viés negativo. No mercado americano, a tão aguardada reunião do FOMC (comitê de política monetária do Banco Central americano) sinalizou maior cautela do governo com o aumento de juros. O desaquecimento da economia, que cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre, decepcionou o mercado, afastando a crença de muitos de que o aumento de juros ocorreria em junho. Continuamos trabalhando com o cenário de elevação dos juros em setembro, porém atentos aos dados do mercado de trabalho e inflação, que caso não alcancem os patamares projetados, poderão postergar a elevação dos juros para 2016. A região do euro vem reagindo bem à injeção de capital feita pelo Banco Central Europeu, mas os riscos continuam, decorrentes de tensões geopolíticas e incertezas com relação à Grécia. Nacional O déficit em conta corrente brasileiro chegou a 4,54% do PIB em março, em linha com o esperado pelo mercado. Já o Investimento Estrangeiro Direto (IED) alcançou 3,97% do PIB, ficando bem acima do esperado e mostrando que os fluxos de capitais estrangeiros para o Brasil continuam robustos. Mantemos nossa previsão de ajuste da taxa de desemprego para 7% no final de 2015, inflação de 8% e taxa de juros de 13,50%.
BBT - Fundo de Investimentos Multimercado Em abril o fundo BBT FIM variou +0,36%, e o CDI variou 0,95%. O gráfico abaixo mostra a contribuição das estratégias para o resultado mensal do fundo. Atribuição de Performance Fonte: BBT Asset Management
Desempenho dos ativos em abril: Renda Fixa (Pós/Pré/Termo): rentabilidade de 97% do CDI. A taxa básica de juros chegou a 13,25% ao ano, conforme a última reunião do Copom em abril. Seguimos acreditando que a alta dos juros está próxima do fim e que não deverá ultrapassar 13,50% ao ano. A deprimida atividade econômica, o mercado de trabalho em desaceleração e os baixos ganhos salariais favorecem o recuo da inflação e não abrem espaço para novas elevações. Com base neste cenário, fizemos uma alocação em títulos públicos atrelados à inflação, prevendo uma queda da curva de juros futuros de 2018 e garantindo uma taxa real de 6,25% ao ano mais inflação. A taxa de juros real tende a diminuir com a superação das tensões políticas e aprovação do ajuste fiscal pelo governo. Acreditamos que nos próximos meses teremos uma rentabilidade bastante superior ao CDI, devido ao momento de menor risco no mercado de renda fixa. Offshore (Dólar, Euro): rentabilidade de -11,97%. Após um trimestre de alta rentabilidade, sofremos com a queda do dólar e apreciação do euro, decorrentes do fraco PIB dos EUA no primeiro trimestre, que não atingiu a previsão de 1%, alcançando apenas 0,20% de crescimento. Atrelamos isto ao forte inverno americano que penalizou a economia, porém julgamos este resultado como pontual. A forte alta do real em abril não reflete os fracos fundamentos internos brasileiros, portanto não consideramos consistente e zeramos nosso hedge, ficando expostos em 8% do patrimônio em dólar para o mês de maio. Com relação ao euro, zeramos nossa posição até que haja mais dados da economia americana, bem como a confirmação de alta dos juros americanos para setembro, o que causará valorização do dólar perante as demais moedas mundiais, justificando nossa estratégia. Lembramos que em 2015 a venda de euro gerou uma rentabilidade de 27%. Ações (Ações e Long & Short): rentabilidade de +6,16%. A maior rentabilidade do fundo no mês foi proveniente dos investimentos em ações, mostrando a importância da diversificação independentemente da situação econômica. Permanecemos otimistas com o futuro do mercado de ações, devido à diversidade da economia brasileira apesar dos desafios de curto prazo.
BBT - Fundo de Investimentos em Ações Em abril o fundo BBT FIA variou +6,67% e o Ibovespa variou + 9,93%. O impressionante desempenho do principal índice acionário brasileiro se explica pelo encerramento de posições vendidas por fundos especulativos, em empresas como Petrobras, Vale, Eletrobrás, entre outras. Já companhias com boas estratégias de crescimento, ótimo management e boa situação financeira não se beneficiaram tanto. Apesar do baixo valuation das empresas de commodities, não vemos razões para mudar as alocações, devido ao cenário mundial de alta oferta de commodities e menor crescimento de economias como a China. Além disso, sabemos que ao longo do ano as posições de fundos de investimento modificam e o lado fundamental sempre prevalece. Separamos nossos investimentos em três classes de ativos: - Crescimento consolidado e geração de caixa: BB Seguridade, CCR e Itaú - Forte crescimento e plano estratégico com ótimo management: BRF, Ser Educacional e Portobello - Turn Around: Cosan e Petrobras Destacamos que o nosso investimento mais questionado, que foi a empresa Petrobras, trouxe no ano uma rentabilidade de 35%, sendo a ação que mais valorizou em nosso portfólio. Em primeiro lugar, acreditamos que a Petrobras estava e continua com sérios problemas de caixa, altas dividas e alavancagem. O risco de a instituição perder o grau de investimento e consequentemente pressionar a perda do grau de investimento do Brasil, levou o governo a adotar mudanças em toda a Diretoria e Conselho Administrativo. A alta dívida da companhia a obrigaria a adotar duas alternativas: aumento de capital (o que faria o preço da ação cair drasticamente e pressionar ainda mais o governo) ou um programa de desinvestimento, com venda de ativos (o que está ocorrendo). Além disso, como mencionado anteriormente, trabalhamos com uma projeção de preço de petróleo acima de 70 dólares por barril (o que também está ocorrendo), uma vez que os baixos preços da commodity pressionariam produtores com altos custos de produção a baixar seus volumes. Somando o crescimento da produção do Pré sal ao aumento de competitividade devido ao know how adquirido nos últimos anos na extração deste óleo a custo de produção abaixo dos 35 dólares, ainda vemos sentido no case de investimento. Lembramos ao cotista que o preço da Petrobras, após todos os impactos causados pela corrupção e a perda de valor nos ativos na operação Lava Jato, ainda se encontra 50% do seu patrimônio e somado ao novo management, ainda encontramos espaço para valorização da companhia.
A Petrobrás se encontra em uma situação bastante delicada e com muitos desafios, mas consideramos o risco x benefício atraente. Abaixo, a rentabilidade das empresas do portfólio no mês: Fonte: BBT Asset Management Alocação atual do portfólio: Fonte: BBT Asset Management BBT Asset Management
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