Modelando uma estratégia de melhoria e análise de processo no desenvolvimento de um Mini Baja

Documentos relacionados
É o resultado indesejável de um processo ou trabalho; É o não atendimento de um requisito especificado;

Gestão de Processos. Tópico 6. Ferramentas de Qualidade: Diagrama de Ishikawa

Gerenciamento da Qualidade

Unidade II TÉCNICAS DE RACIONALIZAÇÃO. Prof. Me. Livaldo dos Santos

Gestão de Processos. Tópico 7. Ferramentas de Qualidade: Diagrama de Pareto

Definição / Abordagem de Processos

ISO 9001: Abordagem de processo

Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra Delegacia da Bahia CECEPE. Curso de Extensão de Cerimonial, Etiqueta, Protocolo e Eventos

AS SETE FERRAMENTAS DA QUALIDADE. Disciplina: GESTÃO DE PROCESSOS E QUALIDADE Prof. Afonso Celso M. Madeira

Disciplina: Gestão da Qualidade

Ferramentas da Qualidade UDESC/CCT

Gerência de Projetos e Qualidade de Software. Prof. Walter Gima

Disciplina: Processos Organizacionais Líder da Disciplina: Rosely Gaeta NOTA DE AULA 05 FERRAMENTAS E MÉTODOS PARA A RACIONALIZAÇÃO DOS PROCESSOS

Planejamento Estratégico

09/05/2017. Prof. Mônica Suely Guimarães de Araujo

Engenharia da Qualidade I Aula 4

Ferramentas utilizadas durante o ciclo do PDCA. Diagrama de Causa e Efeito

DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO DE PLANEJAMENTO PARA AS PEQUENAS EMPRESAS.

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

FERRAMENTAS DA QUALIDADE DIAGRAMA DE PARETO

treinamento BRAINSTORMING BRAINSTORMING Programa de Gestão da Qualidade e Produtividade

Ferramenta 6 Diagrama de causa e efeito

6. DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO (DIAGRAMA DE ISHIKAWA)

Capítulo 8 Análise crítica do desempenho global

A IMPORTÂNCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL PARA O SUCESSO DA EMPRESA

ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Conteúdo programático

Gestão por Competências

4ªJornada Científica e Tecnológica da FATEC de Botucatu 7 a 9 de Outubro de 2015, Botucatu SãoPaulo, Brasil

SLA Aplicado ao Negócio

Analista de Negócio 3.0

GERENCIAMENTO DA QUALIDADE DO PROJETO

Introdução FERRAMENTAS PARA A GESTÃO DA QUALIDADE. Introdução. Ferramentas para a gestão da qualidade

Métodos contemporâneos para avaliação de desempenho

Estudo sobre o efeito da Crise Econômica nos Investimentos em Tecnologia de Informação

O desafio da transformação pela excelência em gestão

APOSTILA. Implantação do Programa 5S

Unidade II PROCESSOS DECISÓRIOS. Prof. Me. Livaldo dos Santos

No dicionário: Local bem determinado a que se aposta atingir; Objetivo; Limite ou abrangência de uma operação.

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC-GO. Projeto Integrador

TQM Total Quality Management

Estratégia de Negócios em TI

Gráfico de Pareto. Ferramentas da Qualidade

PDCA Melhoria Contínua

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE ENIAC

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR TÉCNICO EM QUALIDADE NA MODALIDADE A DISTÂNCIA

Trata-se do processo de auditoria dos requisitos e da qualidade, assim como dos resultados das medições de controle de qualidade, de maneira a

Balanced ScoreCard Professor Flávio Toledo

Conselheiro Titular do CREA - RJ Membro da DTE do Clube de Engª. - RJ Diretor Secretário da SOBES - RJ Presidente da ABPA - SP RJ, 29 de Outubro de

Gerencial Industrial ISO 9000

Módulo 7 Estrutura da norma ISO 9001:2008 Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos Requisitos 8.1, 8.2 e 8.3

Elaboração do Diagrama

Gestão da Qualidade Círculos de Controle da Qualidade

Capítulo 5 Gerenciamento do Escopo do projeto. Introdução. Antes de iniciarmos vamos pensar um pouco.

Qual o nível de maturidade da Gestão de Configuração e Eliminação de Problemas na sua TI? Descubra nesta palestra!

Profa. Margarita María Dueñas Orozco

Os projetos são frequentemente utilizados como meio de atingir o plano estratégico de uma organização.

Sistema de Excelência em Gestão Sindical

28/09/2012. Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Brainstorming. Brainstorming

O QUE É UM SISTEMA DE GESTÃO?

Ferramentas da Qualidade PPGEP / UFRGS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

- Gestão Estratégica - Discussão

Monitoramento do Processo. Indicadores. Consultor: Gabriela Barbosa

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Soluções em Recursos Humanos, Treinamento e Conhecimento

NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Funções do Gestor de Pessoas. - Conceito e processos da área de Gestão de Pessoas.

Wconsulting Garantia de excelência nos projetos desenvolvidos!

FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO

Indicadores de Desempenho

APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS ADMINISTRATIVAS NA GESTÃO EMPRESARIAL

Indicadores. Breno Roberto

AULA 2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS

ADMINISTRAÇÃO III Aula 6 TÓPICOS ESPECIAIS EM. Dr. Alexandre Silva de Oliveira. Material desenvolvido por Prof. Ms.

Recursos a serem utilizados: Será utilizado para as demonstrações visuais o software Minitab.

desenvolva e utilize seu pleno potencial de modo coerente e convergente com os objetivos estratégicos da organização. Dentro da área de gestão de

SETE FERRAMENTAS BÁSICAS DO CONTROLE DE QUALIDADE

Organização e Normas. Qualidade Segurança Saúde Meio Ambiente

PLANEJAMENTO DE ENSINO

Decision Mapping. Análise, Diagnóstico e Planejamento Estratégico. Exemplo Exercício. Metodologia de. Parte 1 A. Atualizado em: Março / 2009

INTEGRANDO O BENCHMARKING E O GERENCIAMENTO DE PROCESSOS PARA APERFEIÇOAR UMA SAÍDA DO QBD

USO DO MÉTODO PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS

Os Recursos Humanos e o TQM

Organização, Sistemas e Métodos. Unidade 5

ISO 9000:2000 ABORDAGEM SISTÊMICA PARA A GESTÃO E MELHORIA CONTÍNUA 5/9/2002 Revista Banas Qualidade No Setembro/ Pág.

3.3 Diagrama de Relações Descrição Finalidade Aplicação Sugestão de como fazer

Sumário. Introdução } 24/05/16 } 1. } Estatística: ciência que trata da coleta, processamento e disposição de dados.

1

O PROCESSO DE AVALIAÇÃO PROFISSIONAL

PCP Planejamento de Controle da Produção. Aula 04 14/3/2011. Planejamento Estratégico da Produção. Planejamento Estratégico da Produção

Funções da Administração. Administrar é a tarefa de tomar decisões sobre recursos para atingir objetivos.

FAILURE MODE AND EFFECT ANALYSIS

Pós-Graduação. Gestão Estratégica de Processos de Negócios

1.1.1 O que é o Estágio?

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Gestão da Qualidade. Ciclo PDCA. Prof. Fábio Arruda

11º ENTEC Encontro de Tecnologia: 16 de outubro a 30 de novembro de 2017

Prof. Dr. Marcus Vinicius Rodrigues Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2008

Pense nisso... ORGANIZAÇÃO E GERÊNCIA. Evolução do Pensamento Estratégico 16/05/2011. Aula 08. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - CE

Gestão da Qualidade: Gerenciamento das Diretrizes

Gestão de pessoas: desenvolvimento de liderança e organização de equipe (GP)

Transcrição:

Modelando uma estratégia de melhoria e análise de processo no desenvolvimento de um Mini Baja Narã Vieira Vetter 1 Thiago Teixeira dos Santos 2 Renato Moraes dos Santos 3 nara.vetter@volkswagen.com.br thiago.santos@volkswagen.com.br renatomsantos2005@gmail.com 1 Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), Faculdade de Engenharia de Resende - Resende, RJ, Brasil 2 Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), Faculdade de Engenharia de Resende - Resende, RJ, Brasil 3 Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), Faculdade de Engenharia de Resende - Resende, RJ, Brasil RESUMO Este trabalho apresenta uma estratégia para soluções e melhorias no processo de desenvolvimento de um mini baja, sustentada num planejamento e previsão de situações vividas durante o desenvolvimento do projeto. Assim, será buscado combater os erros de maneira sistemática e planejada, para otimizar o tempo de desenvolvimento e os recursos e efetivar ações construtivas que poderiam ser afligidas por problemas encontrados durante o processo de desenvolvimento. A estratégia aplicada pelos colaboradores do projeto Mini Baja consiste em uma seqüência de passos bem definidos a serem seguidos. Serão levantados indicadores, por meio de ferramentas estatísticas, que serão analisadas, logo, priorizada a solução de problemas que tenham maior freqüência na incidência, segundo os colaboradores. Estabelecendo uma prioridade para o combate das causas dos problemas, buscar-se-á tornar o processo mais dinâmico e não desperdiçar energia em causas de menor importância. A ferramenta utilizada para priorização é o diagrama de Pareto e está descrita nesse trabalho. Também será mencionada nesse trabalho a estrutura definida do projeto, mostrando a divisão de trabalhos e competências dos colaboradores e a atuação dos mesmos no projeto. Para modelagem da estratégia de melhoria e análise de processos no desenvolvimento de um mini baja, ferramentas de metodologia da engenharia foram utilizadas, tais como Brainstorming e diagrama de causa e efeito. A forma de utilização das mesmas estão expostas nesse trabalho. Por meio das ações aqui estabelecidas em consenso com os colaboradores do projeto, acredita-se estar contribuindo para eficiência e eficácias das tarefas desempenhadas no desenvolvimento do projeto. Palavras-Chave: Diagrama de Pareto. Brainstorming. Causa - e -efeito. Mini-baja. 1 INTRODUÇÃO Segundo Deming, quem não mede não gerencia (DRUCKER, Peter; As Novas Realidades; pág. 194) e como Juran menciona quem não gerencia, não melhora (GONÇALVES, David; Indústria: Os primeiros passos para o sucesso; pág. 13) essas duas frases resumem e traduzem aquilo que é mais importante no desenvolvimento de qualquer projeto e nos líderes do mesmo, se você não medir os resultados, não medir as metas, não medir a sua equipe de trabalho (talentos e capacidades), então não sabe nem para onde está indo e nem quando irão chegar em algum lugar. Por isso, a importância de sempre analisar aquilo que está realizando e atacar causas dos efeitos que afligem as ações tornando as ineficientes. Essa é a essência demandada para um líder de projeto, hoje. Pretende-se, assim, disseminar de forma clara as ações que envolvem o projeto AEDBaja, buscando a eficiência, a eficácia e a efetividade para as tarefas. Através da implementação de um modelo de estratégia de análise e melhoria de processos, será possível atingir os objetivos e combater as anomalias no projeto, para realizar ações corretivas e certas, resolver o que não

der certo, lembrando que a terceira chance é uma situação que torna o processo mais demorado. Trata-se de uma metodologia com a seguinte seqüência de passos: a) Definir a missão; b) Coletar dados do processo; c) Identificar os problemas; d) Identificar as causas; e) Elaborar soluções viáveis; f) Planejar e efetuar as mudanças; g) Avaliar; h) Estabelecer a rotina. (NEVES S., João A. 2007. Apostila Engenharia de Métodos. Pág. 44) 2 OBJETIVOS Desenvolver uma estratégia para melhoria e análise de processos no desenvolvimento de um mini baja; Aplicar ferramentas da engenharia aprendidas na formação acadêmica à prática no desenvolvimento de um projeto; Aprender uma metodologia aplicada para otimizar o desenvolvimento de um projeto; Levantar indicadores importantes para contribuir positivamente para o projeto AEDBaja; Eliminar anomalias que estagnam ações para o desenvolvimento do projeto. 3 O PROJETO AEDBAJA Como decorrência do trabalho em equipe, voltado para o desenvolvimento e materialização de seus projetos, os estudantes têm a oportunidade de exercitar disciplinas que usualmente não fazem parte dos currículos acadêmicos e que, não obstante, se revelam preciosas para o sucesso dos modernos profissionais da engenharia em um mundo sempre mais competitivo: espírito de equipe, liderança, planejamento, capacidade de vender idéias e projetos. Trata-se do desenvolvimento e construção de um protótipo denominado Mini Baja que participará de competições promovidas por uma entidade que busca o avanço da tecnologia da mobilidade no país. O protótipo a ser desenvolvido segue um regulamento proposto pela organização da competição. Durante a competição, vários são os quesitos levados em conta para avaliação das equipes, alguns dos quais estão descritos nesse trabalho. Vale ressaltar que o projeto encontrase em fase de concepção, e é isso que este trabalho representa, a idéia central de um projeto a ser desenvolvido.

Figura 1. Modelo de estruturação da equipe 4 TÉCNICAS UTILIZADAS PARA A REALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS. Visto que para modelagem da estratégia serão utilizadas ferramentas estatísticas para priorização de problemas, ferramentas de engenharia para levantar os indicadores e combater as causas, tratar-se-á das seguintes técnicas para realização dos objetivos: Brainstorming e Diagrama de Pareto. Brainstorming ou tempestade de idéias é a técnica usada para auxiliar um grupo a criar tantas idéias quanto possível, em um menor espaço de tempo, ou seja, quando há necessidade de respostas rápidas, esta ferramenta é uma das mais populares e eficazes (NEVES S., João A. 2007. Apostila Engenharia de Métodos. Pág. 12). Outra técnica utilizada foi o Diagrama de Pareto que é uma forma especial de gráfico de barras verticais, que permite determinar quais problemas deverão ser resolvidos e priorizados. Além destas técnicas citadas anteriormente, foi feito uso do Diagrama de Causa-e-efeito, desenvolvido pelo professor Kaoru Ishikawa. Utilizado para representar a relação entre um efeito e todas as possibilidades de causa, que podem contribuir para esse efeito. É uma técnica muito boa para estabelecer relacionamentos entre opiniões levantadas em Brainstorming ou outra forma de levantamento de dados (NEVES S., João A. 2007. Apostila Engenharia de Métodos. Pág. 14). 4.1 A UTILIZAÇÃO DO BRAINSTORMING. A utilização do Brainstorming de maneira correta e eficaz é possível devido ao procedimento a seguir: a) Definir o tema proposto. Centralização no problema para que fique de maneira especificada uma percepção clara do proposto em debate, para que não haja distanciamento do tema nas idéias.

b) Preparação para o Brainstorming. A ferramenta para ser desenvolvida de maneira mais efetiva requer que o tema para debate seja informado com antecedência para os participantes tomarem ciência e se prepararem. Uma reunião possui um resultado positivo tendo o número de participantes variando de cinco a doze, números inferiores ou superiores a estes limites fará com que haja poucas idéias geradas ou dificultará o controle de informações. Regras de utilização a serem seguidas para um desenvolvimento eficaz: a) Rejeitar críticas. Durante o surgimento de idéias não deve haver a opinião de outros membros para que não influencie e ou atrapalhe o processo e criatividade dos membros. b) Levar em conta criatividade dos participantes. Deixar que surjam idéias espontâneas e criativas, encorajando os membros a sugerir qualquer idéia que lhe venha a mente. c) Quantidade é necessária. Quanto maior o número de idéias levantadas facilita a para retirar as idéias de qualidade que surgiram no processo. Quantidade gera qualidade. d) Combinação e aperfeiçoamento das idéias. Esta regra diz respeito ao aproveitamento da idéia dada por outros membros adicionando-se idéias ou reconstruindo-as para um melhor resultado. De acordo com todos estes princípios e regras seguidos, o Brainstorming foi realizado sobre o tema: Principais problemas do projeto AEDBaja com isto as idéias geradas foram: Comunicação; Recursos; Comprometimento dos participantes; Conhecimento Técnico; Participação da Instituição; Falta de interesse dos membros; Instalações Inadequadas; Falta de iniciativa da equipe; Falta de apoio para execução; Falta de patrocínio; Falta de laboratório; Faltam ferramentas; Falta de tempo disponível; Grupos heterogêneos; Professor Orientador; Falta de dedicação; Falta Organização; Falta Marketing; Falta Reconhecimento. Com o surgimento destas idéias, todas foram explicadas para esclarecimento total e entendimento dos participantes. Assim, idéias similares puderam ser agrupadas de modo a diminuir o número de observações a serem avaliadas. Os critérios de avaliação foram estabelecidos para determinação do grau de importância de cada idéia.

4.2 OBTENÇÃO DOS INDICADORES A ferramenta utilizada para obtenção dos indicadores foi o Diagrama de Pareto. Conforme Vilfredo Pareto, criador desta técnica, é possível estabelecer dois grupos de causas para a maioria dos processos: Grande quantidade de causas que contribuem muito pouco para os efeitos observados; Pequena quantidade de causas que contribuem de forma preponderante, cerca de 80%, para os efeitos observados. O primeiro grupo é reconhecido como maioria de triviais, enquanto o segundo é reconhecido como minoria de essenciais, logo, com a realização do diagrama de Pareto automaticamente esclarecem-se os principais efeitos do problema estudado. Sobre estes principais efeitos ações devem ser tomadas para eliminação e resolução dos mesmos. O importante é começar pela resolução dos problemas prioritários dentro da organização (NEVES S., João A. 2007. Apostila Engenharia de Métodos. Pág. 31). Após o Brainstorming realizado, foram contadas as ocorrências dos problemas levantados, sendo as seguintes pontuações: Comunicação (0); Recursos (7); Comprometimento dos participantes (9); Conhecimento Técnico (95); Participação da Instituição (18); Falta de interesse dos membros (0); Instalações Inadequadas (71); Falta de iniciativa da equipe (2); Falta de apoio para execução (36); Falta de patrocínio (25); Falta de laboratório (18); Faltam ferramentas (3); Falta de tempo disponível (34); Grupos heterogêneos (1); Professor Orientador (18); Falta de dedicação (1); Falta Organização (15); Falta Marketing (4); Falta Reconhecimento (0). A construção do diagrama segue a seguinte ordem: a) Selecionar o que será comparado e é estabelecida uma ordem através da utilização do Brainstorming. b) Selecionar o padrão de comparação, no caso a ocorrência de votos sobre as idéias apresentadas. c) Selecionar um período de tempo a ser analisado. d) Coletar dados necessários a cada categoria. e) Comparar a freqüência de cada categoria com relação às outras. f) Listar cada categoria, da esquerda para a direita, no eixo horizontal, em ordem decrescente de freqüência. g) Uma barra vertical deve representar cada categoria a uma altura que represente sua respectiva freqüência.

Figura 2. Gráfico de Pareto para priorização dos problemas. Uma forma de levantamento de sintomas para problemas, é a construção de diagramas de causa-efeito, desenvolvido pelo professor Kaoru Ishikawa. É utilizado para a identificação de direcionadores, ou indicadores, que potencialmente levam ao efeito indesejável. Sendo assim, o diagrama de Ishikawa conduz a um universo de causas, sem estabelecer exatamente quais as raízes do problema. O diagrama apresenta como pontos fortes: É uma boa ferramenta de levantamento de direcionadores; É uma boa ferramenta de comunicação; Estabelece entre o efeito e suas causas; Possibilita um detalhamento das causas. Mas também apresenta os seguintes pontos fracos: Não apresenta os eventuais relacionamentos entre as diferentes causas; Não focaliza necessariamente as causas que devem ser efetivamente atacadas. Algumas pessoas defendem que podemos definir antecipadamente as categorias de causas, tais como: material, Mão-de-obra e Máquinas. Alguns querem acrescentar a essas quatro categorias mais duas, Medição e Meio Ambiente. Isso deve ficar a cargo de quem utiliza esta ferramenta.

Figura 3. Diagrama de causa-e-efeito, usado para relacionar os efeitos às possíveis causas 5 RESULTADOS OBTIDOS (INDICADORES) Como observado no diagrama de Pareto apresentado logo acima, podemos dizer que se solucionarmos os quatro problemas com maior pontuação na votação múltipla, será solucionada a maior parte dos problemas (66,11%). Esta é a maior vantagem do uso do gráfico de Pareto, que fornece vasta noção daqueles problemas que devem ser priorizados e posteriormente atacados. Além disso, a perfeita elaboração do diagrama causa-e-efeito possibilita ampla visão e análise minuciosa a fim de localizar causas que possam estar ligadas ao efeito final. 6 CONCLUSÕES Portanto, após análise dos resultados obtidos através da aplicação seqüencial de um Brainstorming, construção do gráfico de Pareto e elaboração do diagrama de causa-e-efeito, é necessário iniciar um ataque às causas mais relevantes e prioritárias dos problemas levantados acerca do projeto mini-baja. Com o intuito de colocar em prática ações para concretizar soluções dos problemas levantados, já providenciamos a aquisição de livros para que seja possível suprir a falta de conhecimento técnico e desenvolver o perfil intelectual dos componentes. A instituição já está construindo um ambiente para que o projeto AEDBaja possa ser trabalhado. O modelo de análise e avaliação organizacional aqui apresentado facilita a criação das diretrizes de desenvolvimento e evolução contínua visando o sucesso. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que a execução das etapas do programa cumpre um papel essencial na formulação das diversas atividades necessárias e requeridas para solução de tais problemas. A prática cotidiana demonstra, mais uma vez, que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação possibilita uma melhor visão global de estratégias para atingir a excelência e resolução das dificuldades surgidas em qualquer projeto.

REFERÊNCIAS NEVES S., João A. 2007. Apostila Engenharia de Métodos Wikipedia, A Enciclopédia Livre (www.wikipedia.org) Acesso em: 10 de maio/2007 DRUCKER, Peter; As Novas Realidades GONÇALVES, David; Indústria: Os Primeiros Passos Para O Sucesso.