Manejo da Ascite no Cirrótico

Documentos relacionados
Manejo clínico da ascite

TRATAMENTO DA ASCITE

Tabela 33 Uso de albumina no paciente grave. Resumo das publicações encontradas. Amostra Intervenção / Desfechos. 641 cristalóides em.

R1CM HC UFPR Dra. Elisa D. Gaio Prof. CM HC UFPR Dr. Mauricio Carvalho

MANEJO DA ASCITE; O QUE HÁ DE NOVO?

VI Workshop Internacional de Atualização em Hepatologia

XXIV Congresso Brasileiro de Hepatologia Recife Outubro/2017

VIII Workshop Internacional de Atualização em Hepatologia Curitiba, Agosto de 2016

VII Workshop Internacional de Atualização em Hepatologia Curitiba, Agosto de 2014

Ascite. Sarah Pontes de Barros Leal

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DA SÍNDROME HEPATORRENAL

Ascite refratária. VIII Workshop Internacional de Atualização em Hepatologia

Sindrome Hepatorenal(HRS) Dr Rodrigo S Kruger UFPR- CTSI

Edema OBJECTIVOS. Definir edema. Compreender os principais mecanismos de formação do edema. Compreender a abordagem clínica do edema

FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS

Diuréticos. Classificação da diurese. FUNÇÕES RENAIS A manutenção do meio interno através s da: Secreção de hormônios. Excreção de drogas

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Serviços de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Transplante Hepático Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Realização: Apoio: SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEPATOLOGIA FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA

10ª edição do Curso Continuado em Cirurgia Geral do CBCSP. Estado Atual do Tratamento da Hemorragia Digestiva Alta devida a Hipertensão Portal

FARMACOLOGIA. Aula 11 Continuação da aula anterior Rim Diuréticos Antidiuréticos Modificadores do transporte tubular ANTIGOTOSOS

XVI WORKSHOP INTERNACIONAL DE HEPATITES VIRAIS DE PERNAMBUCO V SIMPÓSIO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO E HIPERTENSÃO PORTA BRASIL / INGLATERRA MAIO 2012

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

Falência Hepática na UTI V PÓS-SCCM

Classificação. Diuréticos Tiazídicos Hidroclorotiazida Diuréticos de Alça Furosemida Diuréticos Poupadores de Potássio Espironolactona e Amilorida

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico.

Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS ALINE PEIXOTO CAMPOS

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde

Lesão Renal Aguda. Revista Qualidade HC. Autores e Afiliação: Área: Objetivos: Definição / Quadro Clínico:

Síndrome Cardiorrenal. Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica

Terapêutica diurética e mecanismos de resistência diurética. Pedro Pereira Campos S. Nefrologia (Director: Dr. Pedro Correia)

VII Congresso Norte-Nordeste Nordeste de Gastroenterologia Teresina, 6 a 9 de junho de 2007

Síndrome Hepatorrenal

Recomendações de orientação clínica da EASL para a abordagem da ascite, da peritonite bacteriana espontânea e da síndrome hepatorrenal na cirrose

XXIV Congresso Brasileiro de Hepatologia Recife, Outubro de 2017

Choque hipovolêmico: Classificação

Faculdade Maurício de Nassau. Disciplina: Farmacologia

DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA URINÁRIO

Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal

Terapia Intravenosa. Enf a Maria Luiza Pereira. Comissão de Terapia Intravenosa

COMPLICAÇÕES RENAIS NO TRANSPLANTE HEPÁTICO

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde

QUINTA-FEIRA 22/08/19 (TARDE) ABERTURA 15 minutos Aulas de 15 minutos

QUINTA-FEIRA 22/08/19 (TARDE) ABERTURA 15 minutos Aulas de 15 minutos

PROTOCOLO ENCEFALOPATIA HEPATICA HU-UFSC

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS COM CAPACIDADE COGNITIVA

Critérios Prognósticos do Hepatopata na UTI: Quando o tratamento pode ser útil ou fútil

TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS DR WANGLES SOLER

ASCITE: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E MANEJO

Desequilíbrio Hidroeletrolítico. Prof.º Enfº. Esp. Diógenes Trevizan

Artigo de Revisão Bibliográfica Mestrado Integrado em Medicina SÍNDROME HEPATO-RENAL E TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL

A-Diuréticos inibidores da anidrase carbônica B-Diuréticos de alça ou potentes

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO Comprimido revestido - embalagens contendo 30 comprimidos revestidos.

TRATAMENTO DA COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA

Cirurgia em Terapia Intensiva

Rim: Aliado ou inimigo? Miguel Nobre Menezes João R. Agostinho. Serviço de Cardiologia, CHLN, CAML, CCUL

Hipertensão Intracraniana Traumática Introdução

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE SINDROMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ

Diagnóstico. de HP entre brancos e negros. A prevalência de HP entre os pacientes com HAR é constante em diversos estudos (Figura 1).

Introdução ao Protocolo

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA 2016 Sociedade de Anestesiologia do Distrito Federal 3ª ETAPA

DIURÉTICOS 09/10/2016 CONCEITO INTRODUÇÃO FISIOLOGIA RENAL FISIOLOGIA RENAL FISIOLOGIA RENAL

HEPATITE B EM POPULAÇÕES ESPECIAIS

NEFROPATIA DIABÉTICA. Vinicius D. A. Delfino. Prof. Titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Brasil

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO CICLO DE PALESTRAS

Avaliação Clínica do Paciente Crítico monitorização hemodinâmica. Profª Dra Luciana Soares Costa Santos

DIURÉTICOS Professora: Fernanda Brito

DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS HIPONATREMIA - I

SEÇÃO 1 IMPORTÂNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E DE SUA PREVENÇÃO

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

FISIOLOGIA HUMANA. Sistema Renal - Filtração Glomerular - Prof. Fernando Zanoni

CASO CLÍNICO II. Maria Alice Pires Soares. Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Português Salvador-BA

Técnicas de Isquemia Hepática

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO

HOMEOSTASE Entrada + Produção = Utilização + Saída. sede BALANÇO DA ÁGUA. formação de urina INGESTÃO DE ÁGUA PERDA DE ÁGUA (*)

Controle da Osmolalidade dos Líquidos Corporais. Prof. Ricardo Luzardo

V Congresso Internacional de Cuidados Intensivos e Unidades Intermédias. Programa Científico Provisório

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim.

Fisiologia e princípios pios do uso de vasopressores e inotrópicos. Pedro Grade

O PACIENTE COM EDEMA

CONCEITO FALHA CIRCULATÓRIA HIPOPERFUSÃO HIPÓXIA

Epidemiologia, diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial em pacientes com Doença Renal Crônica, no primeiro nível de atenção

Fármacos com Ação nas Arritmias, Insuficiência Cardíaca e Acidentes Vasculares

Seminário ME3: Choque. Orientador: Gabriel MN Guimarães

Prevenção Secundária da Doença Renal Crônica Modelo Público

CASO CLÍNICO. O fim do mundo está próximo José Costa Leite Juazeiro do Norte Ceará

MENSAGEM: Prezados colegas do Centro-Oeste e convidados de todo Brasil,

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE MEDICINA/HOSPITAL DAS CLÍNICAS COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA COREME

Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas vasoativas são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o conhecimento exato da

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea

CDI na miocardiopatia não isquémica

CADA VIDA CONTA. Reconhecido pela: Parceria oficial: Realização:

Distúrbios da Circulação Edema. - Patologia Geral

Complicações da pancreatite crônica cursando com dor abdominal manejo endoscópico - agosto 2016

98% intracelular extracelular

Departamento de Ginecologia e Obstetrícia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Como Evitar: Pré-eclâmpsia

Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa 1

HEPATITE. Profª Karin aula05

FARMACOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

Ascite no Pronto-Socorro

Transcrição:

XVIII WORKSHOP INTERNACIONAL DE HEPATITES VIRAIS DE PERNAMBUCO VII SIMPÓSIO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO E HIPERTENSÃO PORTA BRASIL/ INGLATERRA Manejo da Ascite no Cirrótico Gustavo Pereira Serviço de Gastroenterologia e Hepatologia Hospital Federal de Bonsucesso Rio de Janeiro

Llach, 1988 Prognóstico

Fisiopatologia Cirrose Hipertensão Portal Vasodilatação Arterial Esplâncnica Diminuição do volume arterial efetivo Estímulo aos sistemas anti-natriuréticos/vasoconstrictores Aumento da reabsorção tubular de sódio Ascite

Fisiopatologia Transplante Cirrose TIPS Hipertensão Portal Vasodilatação Arterial Esplâncnica Diminuição do volume arterial efetivo Estímulo aos sistemas anti-natriuréticos/vasoconstrictores Diuréticos Aumento da reabsorção tubular de sódio Paracentese Ascite

Classificação Definição e classificação Não-Complicada Grau 1 Detectável apenas à USG Grau 2 Detectável ao exame clínico Grau 3 Ascite Tensa Ascite Refratária

Classificação Definição e classificação Não-Complicada Grau 1 Detectável apenas à USG Grau 2 Detectável ao exame clínico Grau 3 Ascite Tensa Ascite Refratária

Tratamento Ascite não complicada Restrição salina Efetiva em 10-20% dos casos Restrição hidrica necessária apenas em pacientes com Hiponatremia Objetivo: balanço salino negativo Efeitos colaterais: alteração no paladar pode comprometer o estado nutricional

Tratamento Ascite não complicada Fármacos Diuréticos Espironolactona/amilorida antagonistas da aldosterona Furosemida inibidores da reabsorção tubular de Na + (alça de Henle) Indicações Ascite grau 2 Prevenção da recidiva após paracentese total (grau 3) Edemas sem ascite

Tratamento Ascite não complicada Dosagem Diuréticos Espironolactona: 100-400 mg/dia Furosemida: 40-160 mg/dia Objetivos Sem edemas: 200-500g/dia Com edemas: 500-1000g/dia Controle Peso Sódio urinário

Perez-Ayuso, 1983 Tratamento Ascite não complicada Diuréticos Furosemida vs. Espironolactona

Santos, 2003 Tratamento Ascite não complicada Diuréticos Tratamento isolado vs. Combinado Espironolactona (n=47) Espironolactona + Furosemida (n=47) Resposta 94% 98% NS Δt resposta (dias) 10,3 (4-32) 9,8 (4-35) NS Redução de dose (resposta excessiva) 34% 68% 0,002 Efeitos colaterais 13% 6% NS Hiponatremia 6% 2% Encefalopatia Hepática 3% 0% Hipo/Hiper K 6% 2% IRA 0 2% p

Angeli, 2010 Tratamento Ascite não complicada Diuréticos Tratamento Sequencial vs. Combinado Canrenoato Furosemida (n=50) Canrenoato + Furosemida (n=50) Resposta 88% 96% NS Δt resposta (dias) 7±2 5±2 <0,0025 Redução de dose (resposta excessiva) 4% 4% NS Efeitos colaterais 38% 20% <0,05 Hiponatremia 8% 8% Encefalopatia Hepática?? Hipo/Hiper K 20% 4% <0,05 IRA 16% 12% p

Gines, 1987 Tratamento Ascite não complicada Ascite não complicada Paracentese total vs. diuréticos Paracentese (n=58) Diuréticos (n=59) Sucesso 97% 73% <0,05 Complicações 10 36 <0,001 Hiponatremia 3 18 <0,001 Encefalopatia Hepática 6 17 <0,001 Insuficiência Renal 2 16 <0,002 Tempo de internação (dias) 12±2 31±3 <0,001 Readmissão 35/54 33/46 NS Readmissão por ascite 16 10 NS p

Tratamento Definição e classificação Não-Complicada Grau 1 detectável apenas à USG Grau 2 detectável ao exame clínico Grau 3 Ascite Tensa Ascite Refratária

Ascite Refratária Definição: ascite que não pode ser tratada de maneira adequada OU cuja recorrência precoce não pode ser prevenida com dieta hipossódica (40-80 meq/dia) e diuréticos (espironolactona 400mg/dia e furosemida 160 mg/dia). Frequência: 5-10% dos pacientes com ascite Moore, 2003 Salerno, 1993

Arroyo, 1996 Definição Subtipos de ascite refratária Ascite resistente ao tratamento diurético aquela que não pode ser adequadamente tratada ou cuja recorrência não pode ser prevenida devido a ausência de resposta a restrição salina e diuréticos. Ascite intratável por diuréticos - aquela que não pode ser adequadamente tratada ou cuja recorrência não pode ser prevenida devido ao surgimento de efeitos colaterais que impedem o uso de doses máximas de diuréticos.

Tratamento ascite refratária Parecentese Total Definição paracenteses com retirada de volume maior ou igual a 5 Litros. Complicações Locais Hemorragia intraperitoneal Extravasamento do líquido ascítico pelo orifício de punção. Complicações Sistêmicas Síndrome de disfunção circulatória pós paracentese (paracentesis induced circulatory disfunction PICD) Arroyo,1996 Moore, 2003

Tratamento ascite refratária Síndrome de disfunção circulatória pós paracentese (paracentesis induced circulatory disfunction PICD) Definição: aumento na atividade de renina plasmática >50% em relação ao valor pre-tratamento, com valor final (6º dia pós paracenteses) > 4 ng/ml/h. Incidência: 27-71% variável segundo o volume de líquido retirado e expansão plasmática utilizada. Ginès, 1996 Ginès, 1988

Ginès, 1996 Tratamento ascite refratária PICD -Correlação com prognóstico Reinternações por ascite Sobrevida A- sem disfunção B- com disfunção

Tratamento ascite refratária Tipo de expansor plasmático e incidência de PICD Albumina Colóide Líquido Ascítico (Litros) Ginès, 1996

Tratamento ascite refratária TIPS - Efeitos sobre a hemodinâmica sistêmica e hormônios vasoativos em pacientes com ascite refratária Pre-TIPS 6 Meses 14 Meses PAM (mmhg) 78±7 82±5 84±7 RVS (dyn -1 sec cm-5 ) 1459±541 1154±401 1058±339 IC (L min -1 m-2 ) 2,8±1,0 3,8±0,4 3,5±0,1 PWCP (mmhg) 7±4 5±4* 8±3* ARP (1±0,9 ng/l/seg) 2,5±1,2 0,6±0,4* 0,5±0,5* Aldosterona (650±280pmol/L) 1950±639 698±447* 532±342* NA (<1,2 nmol/ml) 2,3±1,2 1,8±1,0 1,6±0,9 * p<0,05 versus pré-tips Wong 2004

Tratamento ascite refratária TIPS - Efeitos sobre a hemodinâmica sistêmica e hormônios vasoativos em pacientes com ascite refratária * p<0,05 versus pré-tips Wong 2004

Tratamento ascite refratária Estenose Migração Encefalopatia hepática Hemólise intravascular Insuficiência cardíaca Insuficiência renal Insuficiência hepática Infecção do TIPS TIPS - complicações

Tratamento ascite refratária TIPS vs. Paracentese - Recorrência da ascite Ginès, 2002 Sanyal, 2003

Tratamento ascite refratária TIPS vs. Paracentese - Encefalopatia hepática * * * p<0,05 Ginès, 2002

Tratamento ascite refratária TIPS vs. Paracentese - Encefalopatia hepática * * * p=0,058 Sanyal, 2007

Tratamento ascite refratária TIPS vs. Paracentese - Sobrevida Ginès, 2002 Sanyal, 2003

Bellot, 2013 Tratamento ascite refratária ALFAPump

Bellot, 2013 Tratamento ascite refratária ALFAPump e necessidade de paracenteses

Tratamento ascite refratária Complicações da Cirrose ALFAPump - complicações Coorte I (n=19) Coorte II (n=21) Total Encefalopatia Hepática 38% 47% 42% Insuficiência Renal 42% 21% 32% Infecções 75%* 42%* 60% PBE 38% 21% 30% ITU 14% 0% 7% Complicações Locais Cateter Peritoneal 10% 10% 12% Cateter Vesical 24%** 0%** 12% *p=0,09 e **p=0,04 Bellot, 2013

Conclusões Ascite é uma complicaço frequente em cirroticos. O tratamento deve ser orientado de acordo com os diferentes graus de ascite. Um grande número de pacientes poderá ser tratado com restrição salina e diuréticos. Paracentese total com albumina é o tratamento de escolha para pacientes com ascite tensa ou refratária. O TIPS é um tratamento eficaz, porém se associa a elevada incidência de complicações e não aumenta a sobrevida, devendo ser reservado para casos selecionados.

gustavo_henrique@hgb.rj.saude.gov.br

Riggio, 2008 Tratamento ascite refratária TIPS encefalopatia hepática