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Transcrição:

Administração Interdisciplinar Rosely Gaeta 17/08/2016 Evolução do Pensamento Administrativo Fontes: Felipe Sobral Alketa Peci - Teoria e Prática no Contexto Brasileiro Capítulo 2 Chiavenato, Idalberto Teoria Geral da Administração

ADMINISTRAÇÃO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO Os administradores precisam desenvolver uma visão global do mundo de negócios. Os administradores necessitam entender diferentes modelos culturais. As organizações devem ter uma estrutura flexível e devem ser rápidas na tomada de decisões. As redes e o trabalho em equipe tendem a substituir a tradicional hierarquia rígida. Necessidade de uma força de trabalho mais qualificada. Foco na satisfação dos clientes. A ética nos negócios é cada vez mais importante. 2

Principais representantes das Teorias Administrativas Teorias administrativas Pensadores Ênfase Principais enfoques Administração Científica Frederick W. Taylor Frank & Lilian Gilbreth Carl Barth Henry Gantt Henry Ford Tarefas Abordagem clássica Racionalização do trabalho no nível operacional Teoria Clássica Henry Fayol Lyndall Urwick Luther Gulick James D. Mooney Estrutura Abordagem clássica Organização formal Princípios gerais da administração Funções do administrador Departamentalização Teoria da Burocracia Max Weber Robert Merton Philip Selznick Alvin W. Gouldner Estrutura Abordagem estruturalista Organização formal burocrática Racionalidade organizacional

Principais representantes das Teorias Administrativas Teorias administrativas Pensadores Ênfase Principais enfoques Teorias transitivas Ordway Tead Mary Parker Follett Chester Barnard Oliver Sheldon Pessoas Abordagem humanística - Funções do executivo - Relações em grupo Teoria das Relações Humanas George Elton Mayo Douglas McGregor, William Dickson, Chester Barnard Pessoas Abordagem humanística - Organização informal - Motivação, - liderança, - Comunicação e dinâmicas de grupo Teoria Estruturalista Victor A. Thompson Amitai Etzioni Talcott Parsons Peter M. Blau Estrutura Ambiente Abordagem estruturalista - Organização formal e informal, - Análise intraorganizacional e interorganizacional

Principais representantes das Teorias Administrativas Teorias administrativas Pensadores Ênfase Principais enfoques Teoria Quantitativa Herbert Simon Johann von Neumann Leonard Ansoff Processo decisório - Medição de técnicas e conceitos gerenciais - Modelos matemáticos - Abordagem Quantitativa Teoria dos Sistemas Ludwig von Bertalanffy James E. Rosenzweig Alexander Bogdanov Abordagem sistêmica - Visão holística - Organização como sistema aberto Teoria Neoclássica Peter F. Drucker Willian Newman Ernest Dale Ralph C Davis Estrutura Prática da administração Abordagem neoclássica - Reafirmação dos princípios gerais da administração - Ênfase nos objetivos e resultados - Abordagem universalista

Principais representantes das Teorias Administrativas Teorias administrativas Teoria Comportamental Pensadores Ênfase Principais enfoques Douglas McGregor Herbert Simon Rensis Likert J. G. March Abraham Maslow Pessoas Abordagem comportamental - Estilos de administração - Teoria de decisões - Integração dos objetivos organizacionais com os individuais Desenvolvimento Organizacional Edgar H. Schein Warren G. Bennis Paul R. Lawrence Jay W. Lorsch Pessoas Abordagem comportamental - Mudança na cultura organizacional - Abordagem de sistema aberto Teoria da Contingência Willian Starbuck James D. Thompson Paul R. Lawrence Jay W. Lorsch Ambiente Tecnologia Abordagem contingencial - Refuta os princípios da administração - Gestão situacional - Ideias são úteis em algumas situações mas não em outras

1903- Teoria da Administração Científica Frederick Winslow Taylor (1856-1915) em 1903, publica o livro Administração de Oficinas onde trata pela primeira vez de suas ideias sobre a racionalização do trabalho. Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. Principal obra: Principles do Scientific Management (Princípios da Administração Científica) de 1911

1903- Teoria da Administração Científica Frederick Winslow Taylor (1856-1915) oferecendo treinamento aos trabalhadores, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade. todo e qualquer trabalho necessita, de um estudo para que seja determinada uma metodologia própria visando sempre o seu máximo desenvolvimento. em relação à produtividade e à participação dos recursos humanos, estabelecia a co-participação entre o capital e o trabalho, refletindo em menores custos e em aumentos de níveis de produtividade.

1903- Teoria da Administração Científica Frederick Winslow Taylor (1856-1915) introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma sequência e um tempo préprogramados, de modo a não haver desperdício operacional. Inseriu a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas. sistema de pagamento por peça produzida, fazendo com que os rendimentos aumentassem de acordo com o esforço, maximizando a eficiência da organização. Principais obras: Princípios de Administração Científica (1911)

1903- Teoria da Administração Científica Contexto Análise Conceitos- Chave Contribuições Fase monopolista do capitalismo, força de trabalho desqualificada, desperdícios de eficiência e produtividade Processos operacionais de trabalho Única maneira certa de fazer determinada tarefa; seleção, treinamento e aperfeiçoamento do trabalhador com base em métodos científicos Melhoria da produtividade e eficiência; Remuneração relacionada à produtividade, cria a base para desenvolvimento da cadeia de produção e propicia a produção em série Limitações Concebe organização como sistema fechado, não considera influências externas, condições para alienação do trabalhador, aumentando excessivamente a especialização e divisão do trabalho

1909 - Teoria da Burocracia Maximilian Carl Emil Weber (1864-1920) a burocracia é uma forma de organização que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance dos objetivos. para Max Weber a burocracia é a organização eficiente por excelência e para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas devem acontecer. Principais obras: o ensaio A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904) e A política como vocação (1919)

Teoria da Burocracia Contexto Análise Conceitos- Chave Contribuições Limitações Centralização do poder estatal, racionalização do direito, expansão do capitalismo e da sociedade de massa Organização como um todo Os sete princípios da burocracia (impessoalidade, hierarquia, profissionalismo, padronização e formalização, autoridade, separação de domínios) Predomínio da lógica científica, análises racionais, caráter democrático, com redução de favoritismos, reformas de cunho democrático, eficiência da organização Prevalece a concepção de organização como sistema fechado, rigidez pela formalização e abuso do poder tecnocrático

1916 - Teoria Clássica da Administração Jules Henri Fayol (1841-1925) desenvolvimento a abordagem conhecida como Gestão Administrativa ou processo administrativo, onde pela primeira vez falou-se em administração como disciplina e profissão. Principais obras: "Administração Industrial e Geral"

1916 - Teoria Clássica da Administração Fayol via a organização como um "corpo empresarial". As atividades desse corpo eram encaixadas em seis funções: 1. Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa. 2. Funções comerciais, relacionadas com a compra venda e permutação/troca. 3. Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais. 4. Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas. 5. Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas. 6. Funções administrativas, relacionadas com as outras cinco funções integradas, pairando acima delas.

1916 - Teoria Clássica da Administração Contexto Fase monopolista do capitalismo, empresas altamente verticalizadas e hierarquizadas, cresce a importância da função da administração Análise Conceitos- Chave Contribuições Organização como um todo Seis áreas de operações empresariais, cinco funções e quatorze princípios da administração. Administração vista como profissão capaz de ser treinada e desenvolvida; administração como processo composto por funções-chave Limitações Prevalece a concepção de sistema fechado; pressupostos motivacionais são de natureza material e simplista.

1916 - Teorias Transitivas Mary Parker Follett (1868-1933), Chester Barnard (1886-1961) São teorias do tempo em que figuras como Fayol, Frederick Taylor e Henry Ford dominavam o mundo capitalista, não permitindo muito destaque para suas obras. Follett - seus principais escritos concentram-se sobre a Resposta Circular (as relações entre as pessoas estão em constante modificação, que o simples contato entre dois relacionantes já altera a forma como um vê ao outro). e o Conflito Construtivo (as divergências são extremamente importantes porque revelam uma diferença de opinião que cedo ou tarde se manifestará, de forma danosa ou não)

1916 - Teorias Transitivas Barnard - também é tido como um pensador do behaviorismo. Foi o criador da teoria da cooperação, em que estuda a autoridade e a liderança. Formulou duas interessantes teorias: uma sobre autoridade, e outra sobre incentivos, vistas no contexto do sistema comunicativo, baseado em 7 regras: Os canais de comunicação devem ser definidos; Todos devem conhecer os canais de comunicação; Todos devem ter acesso aos canais formais de comunicação; Linhas de comunicação devem ser mais curtas e diretas possível; A competência de pessoas que servem como centros de comunicação deve ser adequada; A linha de comunicação não deve ser interrompida enquanto a organização estiver funcionando; Toda comunicação deve ser autenticada. Principal obra: "The interest of business in social progress (1930) ( O interesse das empresas no progresso social)

1932 - Teoria das Relações Humanas Principais Representantes: George Elton Mayo (1880-1949), Douglas McGregor, William Dickson, Herbert Alexander Simon (1916-2001) teoria de gestão, incluída na Escola Comportamental, fundada por George Elton Mayo. George Elton Mayo o estudo Experiências de Hawthorne, realizado entre 1924 e 1932, numa fábrica da Western Electric Company em Hawthorne (próximo de Chicago), que era o de determinar como as mudanças nas condições de remuneração e de trabalho (iluminação, temperatura, descanso, acidentes de trabalho, fadiga, rotação do pessoal, etc.) influenciam as pessoas e a sua produtividade do trabalho.

1932 - Teoria das Relações Humanas Douglas McGregor estabeleceu dois tipos de relação sobre motivação no trabalho, denominadas de X e Y. O gestor de tipo X parte do princípio que os trabalhadores são preguiçosos, não gostam de trabalhar e evitam a tomada de responsabilidades. As pessoas são obrigadas e pressionadas a trabalhar mediante recompensas ou castigos, conforme realizam, bem ou mal, as tarefas que lhes são confiadas. A teoria Y, baseia-se na premissa de que as pessoas querem e gostam de trabalhar e assumem as suas responsabilidades, e através do trabalho atingem estabilidade financeira e progressão na carreira, conseguem segurança afetiva satisfazendo muitas das suas necessidades.

1932 - Teoria das Relações Humanas Contexto Resultados insatisfatórios da escola clássica da administração, impactos da psicologia, questionamentos decorrentes da crise da década de 1930 Análise Conceitos- Chave Contribuições Indivíduo e grupos informais nas organizações Produtividade e eficiência influenciadas por grupos informais de trabalho, autoridade do gerente com base em competências sociais em vez de técnicas Inclusão do fator humano na análise organizacional, impacto da motivação humana no desempenho das empresas Limitações Prevalece o sistema fechado, organização vista exclusivamente como sistema social, em detrimento de outros aspectos técnicos, resultados de pesquisa demonstram que trabalhadores felizes nem sempre são mais produtivos

1947 - Teoria Estruturalista Principais Representantes: Etzioni (1929-) Peter Blau (1918-2002) e Amitai representa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma aproximação da Teoria das Relações Humanas, partindo do conceito de estrutura, como uma composição de elementos visualizados em relação ao todo do qual fazem parte, e que alterações em qualquer delas implica em rever o todo. Os estruturalistas além de se preocuparem com os fenômenos internos, também se preocupam com os fenômenos que ocorrem externamente nas organizações. Principal obra Blau: The Structure of Organizations (1971) Principal obra Amitai: Organizações Modernas" (1964)

1947 Teoria Quantitativa Principais Representantes: Leonard Ansoff John von Neumann (1903-1957) Refere-se aos uso das técnicas matemáticas e quantitativas para criação e análise de modelos complexos, para facilitar a solução dos problemas da administração. Consiste em criação de equipes mistas, de diferentes disciplinas, para analisar problemas e propor estratégias de ação. Áreas incluídas: análise de decisão, simulação, previsão, teoria dos jogos, modelos de redes, transportes. A principal limitação é a não-consideração do fator humano.

1947 Teoria Quantitativa Contexto Impacto da segunda guerra mundial e financiamento estatal da pesquisa, impacto das associações e revistas de pesquisa operacional Análise Técnicas de apoio ao processo de tomada de decisão Conceitos- Chave Contribuições Limitações Aplicação da análise quantitativa às decisões administrativas, conjunto de técnicas como: - teoria dos jogos, - otimização, - modelagem matemática, - alocação de recursos, - gestão de projetos, modelos de rede e transportes Facilita o processo de decisão, aprimora a análise dos problemas Desconsidera fatores não quantificáveis, ignora o lado humano das organizações, não são projetados para decisões não rotineiras ou imprevisíveis.

1951 - Teoria dos Sistemas Principais Representantes: Karl Ludwig von Bertalanffy (1901-1972) Alexander Aleksandrovich Bogdanov (1873-1928) a pesquisa de Von Bertalanffy foi baseada numa visão diferente do reducionismo científico até então aplicada pela ciência convencional, foi uma reação contra o reducionismo e uma tentativa para criar a unificação científica. sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente.

1951 - Teoria dos Sistemas Entre 1912 e 1917 Alexander Bogdanov concebeu uma teoria geral dos sistemas, intitulada Tectologia, do grego tekton (construtor), que pode ser traduzida com "ciência das estruturas" vivas e não vivas, identificando três tipos de sistemas : Complexos organizados: o todo é maior que a soma das partes, Complexos desorganizados: o todo é menor que a soma das partes e Complexos neutros: a organização e desorganização se anulam mutuamente Principal obra Bogdanov: Socially Organised Society: Socialist Society (Sociedade socialmente organizada: Sociedade Socialista) de 1919

Contexto Influência da obra de Bertalanffy, impacto da 2ª guerra mundial, conscientização dos limites da excessiva especialização das disciplinas Análise A organização, subsistemas e interação com o ambiente Conceitos- Chave Organização como sistema aberto, interdependente entre si, contínua interação com o ambiente para recolher insumos e contribuir com produtos e serviços. Contribuições Percebe relações entre os subsistemas organizacionais que influenciam o alcance dos objetivos, abre espaço para solução satisfatória e desmistifica a ótima solução administrativa, expande fronteiras da organização Limitações 1951 - Teoria dos Sistemas Não oferece direcionamento sobre as funções e práticas gerenciais, conceitos transpostos de ciências biológicas e naturais.

1953 - Teoria dos Sistemas - Sociotécnicos Principais Representantes: Eric Trist (1911-1993) Frederick Edmund Emery (1925-1997) deve-se aos desenvolvimentos teóricos da corrente sociotécnica por investigadores ligados ao Tavistock Institute de Londres, entre os anos 50 e 70. As características da metodologia sociotécnica consistem em considerar o processo de trabalho como um sistema composto por partes interdependentes, dar relevo ao grupo, privilegiar os mecanismos de autorregulação internos e informais do grupo, considerar o indivíduo como algo complementar à máquina e reforçar o enriquecimento das funções.

1954 - Teoria Neoclássica Principais Representantes: Peter Ferdinand Drucker (1909-2005) e outros autores como Willian Newman, Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e George Terry os autores neoclássicos não formam propriamente uma escola bem definida, mas um movimento relativamente heterogêneo. Dentre os principais conceitos abordados por essa teoria, destacam-se: ênfase na prática da administração; reafirmação relativa das proposições clássicas; ênfase nos princípios gerais de gestão; ênfase nos objetivos e resultados.

1954 - Teoria Neoclássica Por exemplo, suponha-se que gestor e funcionário concordam acerca da introdução de um indicador de performance que relate o desenvolvimento das vendas de uma parte da organização. O gestor e funcionário necessitam discutir o que está a ser planejado, qual o prazo e as várias interpretações que indicador pode assumir. Ambos devem certificar-se que o objetivo está considerado e que será concluído no tempo estipulado. Sistemas de informação de gestão confiáveis são necessários para estabelecer objetivos relevantes e monitorar as taxas de sucesso, sob o ponto de vista dos objetivos Principal obra Peter Drucker: "Concept of the Corporation (1946) (Conceito de Corporação)

1957 - Teoria do Comportamento Organizacional Principais Representantes: Abraham Maslow (1908-1970) Frederick Herzberg (1923-2000) A teoria comportamental (ou teoria behaviorista) da administração trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento (behavior sciences approach), o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores ( teorias clássica, das relações humanas e da burocracia) e a sua ênfase se encontra no comportamento humano Sua características são: 1. a ênfase nas pessoas; 2. preocupação com o comportamento organizacional (processo de trabalho); 3. estudo do comportamento humano.

1957 - Teoria do Comportamento Organizacional A Pirâmide de Maslow hierarquiza as necessidades humanas numa escala ascendente com o objetivo de compreender as motivações das pessoas.

1957 - Teoria do Comportamento Organizacional Herzberg afirmava que: A satisfação no cargo é função de atividades desafiadoras e estimulantes, são os chamados "fatores motivadores"; A insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo, são os chamados "fatores higiênicos. Principais obras: Maslow - A Theory of Human Motivation - artigo na revista Psychological Review (Uma teoria da Motivação Humana) Herzberg - A Motivação para Trabalhar.

1957 - Teoria do Comportamento Organizacional Contexto Análise Conceitos- Chave Visão reducionista do ser humano, impacto das ciências sociais Comportamento de grupos nas organizações Motivação e fatores motivacionais, liderança Contribuições Aumento da complexidade nas teorias de motivação e liderança, melhor eficiência da organização pela motivação individual, importância do desenvolvimento dos recursos humanos, introdução de práticas como participação, autonomia, iniciativa individual, Limitações Abordagem essencialmente descritiva, falta de comprovação empírica de algumas teorias, ignora fatores como tecnologia e ambiente da organização, ou variáveis como o poder.

1962 - Teoria do Desenvolvimento Organizacional Principais Representantes: Warren Gamaliel Bennis (1925-) Teve origem na teoria comportamental e nos consultores de dinâmica de grupo e comportamento organizacional. Nada mais é que as mudanças que ocorrem dentro de uma organização. Segundo esta teoria aberta, democrática e participativa, as organizações devem voltar-se mais para as pessoas do que para as técnicas e recursos para conseguir uma maior capacidade de realizar as mudanças necessárias ao desenvolvimento organizacional Principais obras: Bennis - Líderes - As Estratégias para assumir o comando

1972 - Teoria da Contingência Principais Representantes: Alfred D. Chandler (1918-2007), Tom Burns, Jay Lorsch, F. E. Emery e E.L. Trist A Teoria contingencial nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. Pesquisa de Alfred D. Chandler sobre estratégia e estrutura organizacional. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases iniciais distintas:

1972 - Teoria da Contingência acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais recursos do que era necessário. continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda fase possibilitou um aumento da eficiência, fazendo a diferença de custo entre as várias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a procura de novos produtos e novos mercados. racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Cada linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão autônoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias. Principais obras: Chandler A Mão Visível: A Revolução Gerencial em empresas norte-americanas (1977), e artigo do MIT Strategy and Structure (1962)

1972 - Teoria da Contingência Contexto Análise Conceitos- Chave Contribuições Limitações Influência do pensamento sistêmico A organização, subsistemas e interação com o ambiente Não existe uma única melhor maneira de administrar, contingências como tarefas, tamanho, tecnologia, ambiente Identificação, por pesquisa empírica, de várias contingências que influenciam a empresa, contestação dos princípios gerais da administração Teoria organizacional cai em certo relativismo, pois tudo depende de contexto, *Contingência = eventualidade, acaso, circunstância