ESTRUTURALISMO. Doutoranda Rafaela Carolina da Silva

Transcrição

1 ESTRUTURALISMO Doutoranda Rafaela Carolina da Silva

2 SURGIMENTO Arranjo das partes que constituem a organização, cujo funcionamento é determinante e previsto. Análise das contribuições clássicas e humanísticas da Teoria Administração. Período de intensa transição e expansão para o pensamento administrativo.

3 SURGIMENTO Final da década de 1950, Europa Teoria das Relações Humanas entra em declínio. Desdobramento da Teoria da Burocracia (Max Weber) e leve aproximação à Teoria das Relações Humanas tentativa de obter interdisciplinaridade nas ciências. Organização formal. Do latim struo - ordenar: uma composição de elementos visualizados em relação à totalidade da qual fazem parte. Partes são reunidas em um arranjo de natureza estruturada e tornam-se subordinadas ao todo (estrutura). Qualquer modificação em uma das partes implica modificações nas demais partes e relações entre elas. Equivale ao conceito de sistemas.

4 ORIGENS Oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas: incompatíveis tornou-se necessária uma abordagem mais ampla e compreensiva que abrangesse aspectos das duas (síntese da formalidade da Teoria Clássica e da informalidade das Relações Humanas). Organização como uma unidade social grande e complexa, na qual interagem grupos sociais: compartilham alguns dos objetivos da organização, mas incompatibilizam com outros (aspecto das Relações Humanas). Influência do Estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações: organizações sociais. Conceito de estrutura: conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança ou na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um de seus elementos ou relações.

5 ORIGENS Surge a partir da era vitoriana (década de 40) como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. Conceito: Visa tratar a organização sob o ponto de vista da estrutura, das pessoas e do ambiente. Seguidores da Abordagem Estruturalista Max Weber James Burnham Talcott Parsons Philip Selznick Amitai Etzioni Robert Merton Alvin W. Gouldner Richard H. Hall Nicos Mouzelis

6 CONCEITO Estruturalismo é um método analítico e comparativo que estuda os elementos os fenômenos com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição. Análise interna de uma totalidade em seus elementos constitutivos, sua disposição, suas inter-relações. O todo é maior do que a simples soma das partes: para que haja estrutura é necessário que existam entre as partes outras relações que não a simples justaposição, e que uma das partes manifeste propriedades que resultam da sua dependência à totalidade.

7 CONCEITO Constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade: são a manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente que se caracteriza por um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos e, por isso, não pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz o melhor resultado.

8 PERCUSSORES Amitai Etzioni: - Organizações Modernas; - Diferentes tipos de organizações; - Três categorias: especialistas, não especializadas e de serviços; - Controle e autoridade.

9 PERCUSSORES Blau & Scott: - Organizações Complexas; - Categorias: membros, proprietários, clientes e público; - Classificação Organizações: interesses comerciais, benefícios mútuos, de serviços e de estado.

10 CARACTERÍSTICAS Organização como uma Unidade Social, grande e complexa; Homem Organizacional; Funcionamento dos meios para se chegar ao objetivo; Analisa os conflitos existentes; Ênfase na estrutura, nas pessoas e no ambiente.

11 NÍVEIS DA ORGANIZAÇÃO Nível Institucional Nível Gerencial Nível Técnico

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13 HOMEM ORGANIZACIONAL Desempenha diferentes papéis: - Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna e da diversidade de papéis desempenhados nas organizações e aos novos relacionamentos; - Tolerância às frustrações, para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas; - Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro na organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais; - Permanente desejo de realização, para garantir a conformidade e cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições na carreira da organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.

14 ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES Abordagens múltiplas: - Tanto a organização formal (padrão de organização determinado pela administração: divisão do trabalho e do controle, regras e regulamentos, controles de qualidade etc.) como a organização informal (relações sociais além do formal). - Recompensas salariais e materiais como recompensas sociais e simbólicas. - Diferentes enfoques da organização: modelo racional de organização e modelo natural de organização organização formal e informal. - Diferentes níveis hierárquicos da organização: nível institucional (estratégico); nível gerencial; nível técnico. - Diferentes tipos de organizações: coercitiva (poder imposto pela força física, baseado em penas ou punições campos de concentração, prisões, instituições penais), normativa (poder baseia-se no consenso sobre objetivos e métodos da organização; controle moral, ético e motivacional; voluntárias igrejas, universidades, hospitais e organizações políticas e sociais), utilitária (poder baseia-se no controle de incentivos econômicos; remuneração como base de controle empresas e comércio). - Análises intra-organizacional e interorganizacional.

15 FORÇAS EXISTENTES Coercitiva: coação, alienação, força, ameaça, medo, envolvimento pessoal dos participantes alienativo, sem motivações, com punições. Remunerativa: incentivos econômicos, interesse, vantagem percebida, envolvimento pessoal dos participantes calculativo, benefícios e vantagens. Normativa: moral, ética, convicção, fé, crença, ideologia, envolvimentos pessoal dos participantes moral e motivacional, motivação de autoexpressão.

16 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Século XX, Max Weber Burocracia. Aparecimento das burocracias - despontar do capitalismo. Economia monetária. Mercado de mão-de-obra. Estado-nação centralizado. Divulgação da ética protestante (trabalho como dom de Deus e poupança como forma de evitar a vaidade e a ostentação). Decorrência das necessidades de ordem e exatidão.

17 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Reinvindicação dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. Burocracias: invenções sociais, aperfeiçoadas no decorrer da Revolução industrial, embora tenham suas raízes na Antiguidade, com a finalidade de organizar detalhadamente e de dirigir rigidamente as atividades das empresas com a maior eficiência possível. Organização burocrática: monocrática (democrática), sustentada no direito de propriedade privada. Dirigentes: grande poder e elevado status social e econômico.

18 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Teoria da Burocracia Ênfase na estrutura Abordagem Estruturalista Fonte: CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, Teoria Estruturalista Ênfase na estrutura, nas pessoas e no ambiente

19 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Teoria da Burocracia 1 - A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica quanto da Teoria das Relações Humanas, que não possibilitam uma abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. 2 - A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e aplicável não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização humana e principalmente às empresas. 3 - O crescente tamanho e complexidade das empresas passou a exigir modelos organizacionais mais bem definidos. 4 - O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber.

20 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Características da Burocracia Disfunções da Burocracia 1. Caráter legal das normas 2. Caráter formal das comunicações 3. Divisão do trabalho 4. Impessoalidade no relacionamento 5. Hierarquização da autoridade 6. Rotinas e procedimentos 7. Competência técnica e mérito 8. Especialização da administração 9. Profissionalização 10. Previsibilidade do funcionamento 1. Internalização das normas 2. Excesso de formalismo e papelório 3. Resistência a mudanças 4. Despersonalização do relacionamento 5. Categorização do relacionamento 6. Superconformidade 7. Exibição de sinais de autoridade 8. Dificuldades com clientes Previsibilidade do funcionamento Imprevisibilidade do funcionamento

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22 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO (BURNHAM) Problemas do capitalismo: incapacidade de resolver os grandes problemas da humanidade endividamento público e privado, desemprego em massa, depressão econômica, precária distribuição da riqueza etc. Problema do socialismo: classe operária se tornando classe média países socialistas regidos por uma classe dominante burocratas. Sociedade de organizações estruturalistas: racionalidade, relação entre os meios, os recursos utilizados e os objetivos a serem alcançados. Estruturalismo: além do enfoque intra-organizacional enfoque interorganizacional. Visão limitada aos aspectos internos da organização passa a ser substituída para uma visão mais ampla, envolvendo a organização e suas relações com outras organizações dentro de uma sociedade maior. Abordagem estruturalista se impõe sobre as abordagens Clássicas e de Relações Humanas.

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24 Teoria Estruturalista da ADM Período: 1950 Princípios: Convergência de várias abordagens divergentes Integrativa e Conflito (Tendências teóricas) Análise organizacional mais ampla Etzioni/ Blau e Scott Ênfase na estrutura organizacional, nas pessoas e no ambiente Surgem Estudos: Ambiente interno e externo Conflitos organizacionais Análise organizacional Homem organizacional Sistema Social Organizações formais e informais Organizações complexas Homem organizacional Críticas: Teoria de transição (para a teoria de sistemas)

25 Período: 1940 Princípios: Modelo Racional Complexidade das empresas Sociedade legal Formalização Hierarquia e autoridade Meritocracia Teoria da Burocracia Weber/ Merton Ênfase na eficiência da estrutura Surgem Estudos: Autoridade organizacional Rotinas e procedimentos padronizados Comunicação formalizada Racionalidade de processos Normalização e especificações Caráter legal das normas Rotinas e procedimentos Previsibilidade do funcionamento Organização formal Críticas: Excesso de formalismo Ênfase nos cargos Excesso de exigências Processos lentos

26 CONSIDERAÇÕES Abordagem múltipla das organizações; Organizações com um sistema social; Coexistência de duas tendências teóricas; Limitação das tipologias organizacionais.

27 BIBLIOGRAFIA CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da Administração. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, p. LODI, J. B. História da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, p. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 4.ed. São Paulo: Atlas, p.

28 DEBATE

29 PARA A PRÓXIMA AULA Ler Estruturação da Estrutura Organizacional: o Caso de uma Empresa Familiar. (MACHADO-DA-SILVA; FONSECA, 2010).